quinta-feira, março 6, 2025
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Informações institucionais – o que é, objetivos,

Empresas descobrem o poder da inteligência artificial

 

 

 

Uma pesquisa realizada pela Everis em parceria com a revista inglesa The Economist apontou algumas tendências tecnológicas sobre digitalização da força de trabalho. A ideia é entender como estas tendências estão mudando a natureza do trabalho no século 21 e como as organizações estão se preparando para esta revolução. Após ouvir 228 executivos de empresas nos Estados Unidos, Europa, América Latina e Ásia-Pacífico, o relatório mostrou que as maiores tendências são a eficiência dos robôs e a inteligência artificial.

“Há uma enorme demanda no mercado envolvendo estas inovações. Elas estão provando que cada vez mais é possível executar de maneira eficiente tarefas antes impossíveis de se realizar”, destaca Rodrigo Catalan, especialista em Tecnologia da Informação e líder da operação de Business Process Outsourcing da Everis no Brasil. Inteligência Artificial Dentre os destaques do estudo, um dos mais interessantes é que 65% das companhias pretendem utilizar inteligência artificial, já que inovações recentes têm ajudado as empresas a extrair conhecimento e a aprender com o crescente volume de dados que coletam.  Os respondentes também enxergam a IA como uma ferramenta para ajudar os profissionais a serem mais produtivos. A pesquisa também revela que 43% dos entrevistados dizem que suas organizações já estão fazendo algum uso desta tecnologia e a aplicação mais comum hoje é em análise de dados.  “Empresas de todos os setores irão se beneficiar do uso destas tecnologias, o setor financeiro, por exemplo, tem grandes oportunidades neste cenário, já que se trata de um setor que conta com um número significativo de profissionais qualificados executando tarefas de baixo valor agregado, mas que são fundamentais para as instituições. Algumas empresas já têm utilizado aplicações baseadas em IA para compreender os seus clientes e recomendar ou sugerir soluções pertinentes às suas necessidades”, explica Catalan. Robótica O uso de robôs tem permitido que profissionais altamente qualificados possam concentrar seu talento onde é realmente necessário e de maneira mais estratégica. No entanto, para 45% dos entrevistados, falta de conhecimento técnico é um dos maiores desafios na área de robótica.  Quando questionados se a organização faz algum uso de robôs em seus processos, descobriu-se que o recurso é utilizado por apenas 38%. A maioria, 50% dos entrevistados, não utiliza ou não pretende utilizá-la no futuro. No entanto, para 48% dos que participaram da pesquisa, nos próximos cinco anos uma das áreas que mais se beneficiará com a eficiência desta tecnologia é a de manufatura. O estudo apontou três importantes tendências relacionadas à eficiência do uso de robôs que podem levar as empresas inteligentes a repensar sua utilização:  Uso de robôs industriais para realização de diferentes tarefas saindo dos ambientes fabris e atuando, por exemplo, em hotéis ou restaurantes.  Emprego de nuvens mais eficientes, que permitem o uso de um hardware robô ligado a um servidor para coordenar outras centenas de robôs em enormes armazéns, por exemplo.  Uso dos robôs fora de ambientes industriais, como no projeto do carro que dirige sozinho, drones e exoesqueletos, que são exemplos claros.  De acordo com a Federação Internacional de Robótica (IFR), as vendas de robôs alcançaram 178.132 unidades em 2013, de longe o maior nível já registrado em um ano. Em 2014, eles aumentaram mais de 27%, atingindo a marca de 225 mil unidades. Com informações da Maxpress

Matéria completa:

https://corporate.canaltech.com.br/noticia/mercado/estudo-aponta-tendencias-em-eficiencia-do-uso-de-robos-e-inteligencia-artificial-54041/

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Radar do Futuro e Pensadoria: presentes originais e inteligentes

Uma Parceria que Transforma Presentes em Conhecimento

O portal Radar do Futuro anuncia uma parceria especial com a Pensadoria, oferecendo aos leitores uma nova forma de apresentar e, ao mesmo tempo, colaborar com o funcionamento da plataforma.

Esta parceria não apenas oferece aos leitores uma nova maneira de escolher presentes, mas também contribui diretamente para a sustentabilidade e o desenvolvimento do conteúdo do Radar do Futuro.

Sobre a Pensadoria

A Pensadoria é uma iniciativa que transforma reflexões sobre o futuro em produtos e experiências que promovem o pensamento crítico e o planejamento consciente. Ao escolher itens ou serviços da Pensadoria, você não está apenas fazendo um presente; está investindo em conhecimento e apoiando a disseminação de ideias sobre tendências, inteligência artificial e o futuro do trabalho.

Benefícios da parceria Radar & Pensadoria

  • Sustentabilidade Financeira : Parte das vendas na Pensadoria será destinada à manutenção e aprimoramento do conteúdo oferecido pelo Radar do Futuro.
  • Incentivo ao Conhecimento : Cada compra ajuda a fomentar a discussão sobre o futuro, tornando-se uma ferramenta de aprendizagem e reflexão.
  • Presentes Significativos : Surpreenda alguém especial com um presente que não só é único, mas também carrega um propósito maior.

Se você deseja apoiar o Radar do Futuro enquanto apresenta alguém com algo realmente especial, esta é a sua chance!


Conheça mais a Pensadoria

São camisetas, canecas, bolsas, bonés e aventais com um toque a mais.

Essa é uma oportunidade inteligente de investir em conhecimento e garantir que iniciativas inovadoras continuem a prosperar. Compartilhe essa ideia!

Conheça a Pensadoria


Acontecimentos que mudam o mundo

 

Econômicos

Crises no mercado internacional

China disputa hegemonia com os Estados Unidos

Políticos

 

Sociais

Mais gente com acesso a cursos superiores

Avanço das mulheres no mercado de trabalho

Demográficos

Geração do Milênio: novos hábitos de consumo

 

 

Realidade virtual se transforma em padrão

Ao longo de 2015, várias tendências que afetam nossa indústria começou a tomar raiz. Abaixo estão quatro vemos com vencimento em tempo real e 2016 se desenrola.

Trajetória: de estudante de matemática a “futurólogo”

Em 1980, aos 24 anos, eu desisti de frequentar as aulas do curso de matemática na Universidade Federal de Minas Gerais. Não era a minha praia. A gota dágua para o abandono definitivo do curso que, reconheço, não me deixava minimamente animado, foi dada por uma pergunta feita a algum colega: O que é variância? O sujeito respondeu algo como “a soma dos quadrados dividida pelo número de observações do conjunto menos uma. A variância é representada por s2”.

A resposta deve ter sido algo assim. A minha pergunta era, na verdade, sobre o significado da tal variância. Não obtive resposta. O colega tinha a fórmula decorada. Não o conceito. A ausência da aplicação possível da fórmula colaborou para a minha percepção de que não teria condições de permanecer ali, naquele lugar, onde a capacidade de guardar fórmulas era mais importante do que qualquer coisa. Acabei procurando novos mares e embarquei no curso de comunicação social. Em jornalismo, mais especificamente. 

Se há algo presente na minha história, e entre os cursos de matemática e de comunicação, é a certeza de que a sociedade não é delimitada por fórmulas prontas. Este é o desafio mais profundo de ser jornalista. Algo que foi expandido pelo meu interesse antigo em trabalhar com projeções de tendências. Para ser um “futurologista”, assim como para ser um jornalista, não basta ter fórmulas prontas.

É preciso ir além de somatórios, senos, consenos e logarítmos. Gente é mais que isso. Muita gente, então, é infinitamente isso. São as relações entre as pessoas que vão determinar a forma como o futuro vai ser conduzido.

 

 

Serviços do Radar do Futuro: conteúdos com inteligência

 

ESTUDOS DE MERCADO

Sintéticos: contém análises gerais sobre acontecimentos  econômicos, políticos, sociais, legais, ambientais, de mercado e tecnológicos/produtivos

Sintéticos/ampliados: contêm as mesmas análises, mas incluem itens específicos, de acordo com a demanda do cliente

Sob encomenda: Análises prospectivas, desenvolvidas de acordo com a demanda de clientes para conhecer as tendências futuras dos segmentos ou atividades

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO 3.0

Prestação de serviços de assessoria de imprensa e comunicação, vinculado a novas mídias e a atividades de inteligência de mercado

CURADORIA / FILTRAGEM DE INFORMAÇÕES

Levantamento de informações sobre assuntos que demandem pesquisas específicas

WORKSHOPS

Oficinas “in company” sobre temas setoriais, gerais, específicos, relacionados à análise de tendências

como fazer análise de tendência

análise setorial específica  

RELATÓRIOS / BOLETINS

Publicações impressas ou digitais, com sínteses de estudos desenvolvidos

COLUNAS ASSINADAS

Coluna Radar do Futuro: produção de textos para publicaçao periódica em jornais, sites, revistas etc

Cadernos especiais: exemplos – especial sobre Minas Gerais em 2030, produzido para o Diário do comércio

Cadernos especiais: expectativas para períodos futuros

CURADORIA / FILTRAGEM DE INFORMAÇÕES

Levantamento de informações sobre assuntos que demandem pesquisas específicas

WORKSHOPS

Oficinas “in company” sobre temas setoriais, gerais, específicos, relacionados à análise de tendências

como fazer análise de tendência

análise setorial específica  

 

Motéis apostam na reinvenção

Motéis apostam na reinvenção de suítes e utilização de tecnologias

para atrair novos clientes e manter setor aquecido

Apple - SP

Legenda: Moderna suíte do motel Apple, em São Paulo

Mercado moteleiro visa atrair aqueles que buscam unir diversão e economia ao oferecer solução completa para uma noite agradável

Com a escalada dos preços do entretenimento (restaurantes, bares, cinema, entre outros) o setor moteleiro vem de forma estratégica se posicionando como uma opção completa com valor mais acessível ao considerar os elementos que compõem uma noite para um casal. Nos motéis os clientes podem jantar um prato refinado, ter à disposição uma carta de bebidas de alta qualidade, desfrutar de tranquilidade privativa, assistir a um filme em HD (High Definition) e repousar, tudo sem entrar em seu automóvel e pagar um valet a cada etapa.

Uma noite completa, incluindo restaurante, cinema e motel, se for substituída por uma ida direto ao estabelecimento moteleiro para desfrutar com conforto as opções oferecidas, chega a representar uma economia de cerca de 50%. Justamente, para atrair o hóspede interessado em fazer esse programa único é que diversos motéis estão investindo nos cardápios preparados por chefs, cartas de vinhos e cervejas importadas.

“Para combater a crise, o mercado moteleiro vem se reinventando com novas suítes e fachadas, cardápios e equipamentos, que se tornaram essenciais para que os estabelecimentos se diferenciem em um setor altamente competitivo. Com isso, estamos atraindo um público que antes não atingíamos, já que os custos do setor aumentaram em, pelo menos, 20% esse ano. Para o próximo trimestre enxergamos que o cenário de incertezas e o endividamento devem esfriar ainda mais o ânimo do consumo. Por isso, estamos investindo em infraestrutura e qualidade para suportar possíveis novos aumentos em água, energia e alimentos, sem repasse nos preços”, declara o presidente da ABMOTÉIS, Eusébio Ribeirinha.

Como entidade que representa o setor, a ABMOTÉIS está incrementando frequentemente sua agenda de treinamentos e palestras a fim de orientar o moteleiro na busca pela excelência técnica, padrão de qualidade e da constante evolução do segmento.

No Brasil existem aproximadamente 5 mil motéis, que movimentam R$ 4 bilhões por ano. Somente na Grande São Paulo existe 300 motéis e no estado 1.200 estabelecimentos.

A perspectiva para 2015 era de crescer 20% em faturamento, mas pelo cenário atual de crise a entidade observou que nesse primeiro semestre, em média, os motéis tiveram uma retração 10% a 15% e um aumento de custos em torno de 20%, principalmente com energia elétrica. De toda forma, os motéis acreditam na recuperação em longo prazo.

O setor emprega, em média, 50 funcionários por motel ou quase 250 mil funcionários diretos. Indiretamente empregam mais de 300 mil pessoas, que prestam serviços terceirizados ou são empregados de empresas fornecedoras. Além disso, estima-se que os motéis hospedem cerca de 100 milhões de pessoas por ano. Os novos motéis, que investem em ambientes com qualidade e serviços de hotelaria vão crescer a uma taxa média anual de 10%, sendo que em 2022, o mercado moteleiro brasileiro estará movimentando cerca de R$ 10 bilhões anualmente.

Sobre a ABMOTÉIS

ABMOTÉIS (Associação Brasileira de Motéis) foi fundada em setembro de 2012 é a única representante dos motéis do Brasil. Atualmente, a sua diretoria é composta por representantes de 16 estados, mais Distrito Federal, cujo intuito é coordenar, orientar e defender os interesses dos seus associados, representados pelas empresas do ramo moteleiro em todas as regiões do Brasil. Tem no seu quadro de associados cadastrados mais de 1.000 estabelecimentos em todo Brasil. A ABMOTÉIS tem a missão de profissionalizar e desenvolver o segmento moteleiro, estimulando o empresário do ramo a investir e expandir suas empresas e gerar mais empregos. A ABMOTÉIS é uma entidade membro da CNTUR (Confederação Nacional de Turismo). Para mais informações, acesse: https://www.abmoteis.com.br/

O que vem por aí: Conheça o Radar do Futuro

Radar do Futuro: o que vem por aí
Radar do Futuro: o que vem por aí

 

O Radar do Futuro apresenta informações e desenvolve estudos sobre mercados, tendo como foco a análise de informações sobre oportunidades e ameaças geradas pelas transformações do ambiente onde atuamos como empresários, trabalhadores, estudantes ou cidadãos.

As notícias e análises produzidas e publicadas no site são destinadas ao apoio ao processo de tomada de decisão. O empreendedor ou o profissional tem, no site, uma fonte de referência de credibilidade, produzida por profissionais especializados.

O Radar do Futuro é um centro de geração de pensamentos que foca na identificação de mudanças nos padrões globais de comportamentos

No Radar do Futuro, você encontra:

  • Notícias sobre fatos capazes de gerar oportunidades ou ameaças para empreendedores e gestores de organizações
  • Análises de indicadores sociais, econômicos, políticos
  • Estatísticas
  • Estudos
  • Fontes de referência para a busca de informações
  • Indicadores econômicos, sociais

“No momento em que toda a sociedade acompanha ativamente o desenrolar dos acontecimentos políticos, fica evidente que não basta apenas estar com a leitura dos jornais em dia para entender o que está ocorrendo. No volume de informações que é veiculado todos os dias é necessário identificar os ingredientes, os atores, os interesses em jogo. Fazer isso é fazer análise de conjuntura.”

Herbert de Souza, Betinho, sociólogo, no livro Como se faz análise de conjuntura – Editora Vozes – 1984

Processo de decisão

Analisamos, todos os dias, as alternativas de roupas a colocar, o caminho a seguir, o lugar onde almoçar, entre outras atividades do dia a dia que demandam decisões. Para cada iniciativa, há um cruzamento também inconsciente de dados.

Ao verificar a temperatura e a previsão do tempo, decidimos pela roupa mais adequada. Se estamos com pressa, almoçamos em uma lanchonete. A avaliação do ambiente atual e a projeção de alternativas futuras se inserem no processo de tomada de decisões. Tomar decisões envolve, portanto, as etapas de escolha de algumas ou apenas uma entre muitas alternativas para as ações a serem realizadas. O vocábulo decisão é constituído por de, que vem do latim e significa fora, + caedere, “cortar”.

Muitas vezes uma decisão implica em cortar fora uma das possibilidades. As decisões são escolhas tomadas com base em propósitos, são ações orientadas para determinado objetivo e o alcance deste objetivo determina a eficiência do processo de tomada de decisão. A decisão é mais do que a simples escolha entre alternativas, sendo necessário prever os efeitos futuros da escolha, considerando todos os reflexos possíveis que ela pode causar no momento presente e no futuro. Especialistas em administração e gestão da informação acreditam que não há, nos processos de decisão de tomada de decisão, a melhor alternativa. Cabe a quem avalia, a busca por alternativas satisfatórias.

Na prática, o que se busca é a alternativa que, mesmo não sendo a melhor, leve para o alcance do objetivo da decisão. Segundo Idalberto Chiavenato, professor e autor de mais de 30 livros de administração de empresas, o processo de decisão é complexo e está sujeito às características individuais do decisor, da circunstância em que está envolvido e da maneira como compreende essa situação.

Agronegócio pode reduzir investimento em tecnologia

 

Os investimentos em tecnologias devem ser reduzidos no setor de agronegócios do Brasil na próxima safra. A previsão pessimista é do presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho. Para o executivo, o cenário menos favorável para a rentabilidade do produtor neste ano de 2015, decorrente do aumento dos custos de produção e rigidez na concessão do crédito, terá reflexos na produção. 

O resultado de todo o ambiente adverso da economia interna será a redução de investimentos tanto em compra de insumos quanto na renovação de maquinário. Com o dólar batendo em quatro reais, as máquinas passam a ter valores proibitivos, segundo os empresários. O mesmo aumento do valor do dólar não parece ser suficiente para compensar a dependência do setor de máquinas e insumos em relação ao setor externo. 

 

Acordo de Paris é uma nova Revolução Industrial, diz especialista

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

“É como se fosse uma nova Revolução Industrial”, disse hoje (14) o coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, Tasso Azevedo, ao falar sobre o Acordo de Paris, primeiro acordo global sobre o clima, aprovado no último sábado (12) na 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), na capital francesa, por 195 países e a União Europeia, para entrar em vigor em 2020.

“Começamos uma nova era onde as pessoas estão alinhadas sabendo para onde ir. Isso faz com que os investimentos comecem a ser feitos nessa direção e provavelmente daqui 30 ou 40 anos, vamos lembrar desse final de ano como o momento em que mudamos a forma de se desenvolver. É como se fosse uma nova Revolução Industrial, agora com um objetivo atrelado a um desenvolvimento e tecnologia, que é a sustentabilidade e um clima seguro para todos”, afirmou.

O texto final do acordo estabelece o objetivo de manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2 graus Celsius (ºC) em relação aos níveis pré-industriais e garantir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC.

Segundo Azevedo, entretanto, as metas atuais levam a um aumento de cerca de 3ºC, mas também definem, claramente, uma direção de trabalho. “O que é importante é que, em Paris, se definiu um modo de operar que faz com que se faça uma revisão, progressivamente, em ciclos de cinco em cinco anos para que os países possam ir aprofundando as metas de forma que nos próximos ciclos possamos caminhar no sentido de limitar a 2ºC”, disse.

As Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas (INDCs) apresentadas pelos países também foram importantes para o sucesso do acordo, segundo os especialistas. “É um acordo aprovado por unanimidade, ninguém deixou de ser escutado. As contribuições foram voluntárias e é aquilo que foi apresentado voluntariamente que se torna, então, obrigatório”, disse Tasso Azevedo.

“Grande parte do sucesso desta COP21 se deve a questões de procedimento. A estratégia das INDCs ajudou a romper a lógica binária de negociações entre países desenvolvidos versus países em desenvolvimento”, diz, em nota, o diretor de Políticas Públicas do WWF-Brasil, Henrique Lian.

Em vídeo divulgado pelas redes sociais, o diretor-presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, disse que as empresas privadas também assumiram posições importantes para redução de emissões, mas que ainda existem desafios. Entre eles estão a adaptação, que é uma oportunidade muito grande para as empresas, segundo ele; a questão dos acessos aos financiamentos; a transparência; e a construção de políticas públicas, “é algo que o governo deixa claro, a importância das empresas estarem construindo conjuntamente as políticas públicas”, afirmou.

Segundo Abrahão, entretanto, há outro tema, pouco tratado, que é o estilo de vida da população. “Nosso modo de viver é algo que nos traz desafios, seja do ponto de vista individual, seja do ponto de vista das empresas”, disse.

Para Tasso Azevedo, do Observatório do Clima, as ações do dia a dia são importantes para redução das emissões, quando por exemplo, as pessoas escolhem andar de transporte coletivo, usar o aquecedor solar ou consumir produtos de origem sustentável. Ele diz ainda que o país pode implementar ações imediatas, como o desmatamento zero, o investimento forte na agricultura de baixo carbono e na recuperação de pastagens degradadas e o investimento em energias renováveis.

Principais pontos do Acordo de Paris, segundo Ministério do Meio Ambiente:

– Fortalece a implementação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) sob os seus princípios.

– Busca limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais e empreender esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC.

– Promove o financiamento coletivo de um piso de US$ 100 bilhões por ano para países em desenvolvimento, considerando suas necessidades e prioridades.

– Estabelece processo que apresenta as contribuições nacionalmente determinadas (INDCs), com metas individuais de cada país para a redução de emissões de gases de efeito estufa.

– Cria um mecanismo de revisão a cada cinco anos dos esforços globais para frear as mudanças do clima

Gerentes de Inteligência de Mercado e de Digital: em alta em 2016

Os cargos de gerência de Inteligência de Mercado e de Marketing Digital estarão em alta em 2016. Isto é o que mostra estudo da consultoria Michael Page, que reforça ainda que após dois anos seguidos com o cenário macroeconômico de incertezas, as companhias estão reavaliando o escopo de suas posições e reorganizando o planejamento estratégico para retomar o caminho do crescimento. Para se alinharem a este novo momento, os executivos devem estar prontos para absorverem novas funções e capazes de agregar valor e experiência ao negócio.

Devido ao crescimento ínfimo de PIB 2014/2015 e estímulos cada vez maiores por novos hábitos de consumo, as empresas têm demandado cada vez mais por profissionais sêniores e com um papel mais próximo à finanças criando e valorizando a área de Business Intelligence, avaliando não só as mudanças dos hábitos dos consumidores mas sim os impactos financeiros que estas informações obtidas na hora certa podem gerar nas empresas. Áreas como Inteligência de Mercado e Customer Insight são áreas que devem crescer em 2016. Segundo a Michael Page o salário de gerentes de Inteligência de Mercado variam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil.

Esse profissional tem perfil bastante analítico e com raciocínio lógico diferenciado deve estar sempre atualizado em relação a tendências, inovações e práticas do mercado. Entre as atribuições desta gerência estão atividades relacionadas à inteligência de mercado, envolvendo análise de dados sobre concorrência, consumidores, tendências e cenários, com o objetivo de definir políticas e processos e subsidiar informações as áreas de Marketing, Comunicação e Comercial na busca por oportunidades de crescimento e inovação.

Por conta da força do digital que cresce a cada dia, quem tiver profundos conhecimentos no ambiente virtual terá destaque. Por conhecer os processos e ferramentas para esse tipo de público, os cargos gerentes de Marketing Digital estarão em alta no próximo ano. Esses profissionais realizam gestão da estratégia digital, atuam com prospecção de leads e vendas, fazem análise de mercados e tendências além do suporte consultivo gerencial, identificando as novas oportunidades de produtos, serviços, informações e soluções através do digital.

Profissionais com conhecimento em usabilidade e experiência do usuário e compra de mídia online, conseguem garantir mais e melhores acessos ao site e assim, melhorar a taxa de conversão e vendas dos sites. Ter cursos técnicos e atuações com passagens sólidas nas empresas ajudam a tornar esse profissional um destaque nesse mercado. O salário, segundo a Michael Page, varia entre R$ 10 mil e R$ 14 mil.

Quer se aprofundar mais sobre a carreira de Inteligência de Mercado? Baixe o nosso guia grátis.

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Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFSCar inscreve para doutorado

Programa tem infraestrutura completa em diversas áreas e grande potencial de colaboração internacional

UFSCar seleciona alunos para mestrado e bioprocessos associados

O programa tem duas linhas de pesquisa, “Produção vegetal e biotecnologia” e “Bioprocessos associados à agricultura e indústria”

impressão digital vai nos permitir fazer a maior parte das coisas

Em breve, impressão digital vai nos permitir fazer a maior parte das coisas

Kerry Reid*

Se tivéssemos de destacar apenas uma tecnologia com alto valor de uso no nosso dia a dia, seria difícil não mencionar a ‘impressão digital’ – atributo físico inviolável, que não pode ser alterado por criminosos. Num futuro próximo, tudo com o que vamos contar para realizar uma série de atividades dentro da nossa rotina são nossos dedos. Quando os leitores de impressão digital de alta qualidade e segurança estiverem disponíveis nos smartphones, meios de transporte, locais de trabalho, caixas eletrônicos, escolas, hospitais, academias de ginástica etc., tudo quanto fizermos terá um nível de segurança imensamente maior do que hoje. A possibilidade de saber ‘quem’ está fazendo ‘o quê’ faz cair por terra um número enorme de fraudes e ações mal-intencionadas.

Imagine: você sai de casa e tanto para pegar ônibus ou metrô não é preciso mais levar dinheiro trocado nem cartão, apenas o dedo (que foi cadastrado numa conta regularmente abastecida). Depois, ao invés de bater o cartão de ponto, você usa novamente o dedo para registrar o horário de chegada ao trabalho. Dependendo da empresa em que atua, também usará o dedo para ter acesso a áreas restritas, máquinas especiais ou medicamentos de uso controlado. Antes do almoço, você passa num caixa eletrônico para fazer uma retirada e não precisa se lembrar de senha alguma. À tarde, não se sentindo muito bem, resolve ir até um hospital e é prontamente atendido quando sua impressão digital demonstra que está em dia com o plano de saúde. Ainda usando apenas o dedo indicador, vai à faculdade depois do trabalho e ainda passa na academia antes de voltar para casa.

Em resumo, dentro de muito pouco tempo as pessoas deixarão de carregar vários documentos, cartões e crachás, e não vão mais precisar memorizar senhas. Nesse sentido, a identificação de uma pessoa pela leitura de sua impressão digital vai facilitar muito a vida de todos. Ao ser parado numa blitz, por exemplo, não será mais preciso procurar a carta de motorista e os documentos do carro, já que todas essas informações estarão armazenadas num grande banco de dados – acionado pelo leitor de impressão digital. Os primeiros registros, inclusive, já vêm sendo feitos nesses moldes, como os novos RGs, passaportes, títulos de eleitor, licenças para dirigir etc. Na medida em que as pessoas estão cada vez mais agitadas, será muito bom não precisar forçar a memória para se lembrar de onde colocou determinado documento.

Por outro lado, com tantas instâncias tendo acesso a seus dados, é fundamental aumentar a segurança dessa operação. No caso dos bancos, que são altamente exigentes com o fator segurança do usuário, dois em cada três caixas eletrônicos no Brasil adotou a tecnologia de imagem multiespectral – que permite identificar qualquer impressão digital, ainda que o dedo esteja sujo, molhado, desgastado pelo tempo ou pelas condições de trabalho. Trata-se de uma aplicação altamente segura. Além de capturar a imagem externa da impressão digital, também capta a imagem de uma camada interna da pele, que reproduz o mesmo padrão. Isso torna todo o processo muito mais seguro para o usuário e para as empresas e departamentos do governo.

Atualmente, o lançamento recente do leitor de impressões digitais V371 possibilitou que administradores de programas verifiquem as identidades dos usuários através de um leitor que reconhece tanto o cartão como a impressão digital. A solução foi projetada para simplificar processos e transações, combatendo o uso de impressões digitais falsas. Esse leitor traz o melhor desempenho biométrico de impressão digital disponível para aplicativos de leitura sem contato, em situações em que conhecer a pessoa é de extrema importância. Originalmente concebido dentro de um programa nacional de registro civil, o V371 é uma ferramenta excelente para toda verificação de identidade em que os indivíduos inserem suas informações de impressão digital em um cartão de contato. A validação é realizada ao confrontar a impressão digital do indivíduo com os dados biométricos registrados no momento da inscrição. Pode-se dizer que esse é o primeiro asso para um futuro livre de documentos em papel ou plástico.

Kerry Reid é vice-presidente global de vendas da HID Biometrics – www.hidglobal.com.br

(temos foto do autor)

Mais informações: https://www.hidglobal.com.br/node/24197

Sobre a HID Global

A HID Global é a fonte confiável de produtos inovadores, serviços, soluções e know-how relacionado com criação, gerenciamento e uso de identidades seguras para milhões de clientes em todo o mundo. Mercados atendidos pela empresa incluem controle de acesso físico e lógico, com autenticação forte e gerenciamento de credenciais; impressão e personalização de cartões; sistemas de gestão de visitantes; identidades altamente seguras para cidadãos e governo; e tecnologias de identificação RFID utilizadas na identidade animal, indústria e aplicações de logística. As principais marcas da companhia incluem ActivID®, EasyLobby®, FARGO®, IdenTrust®, LaserCard®, Lumidigm®, HID Biometrics®. Com sede em Austin, Texas, a HID Global tem mais de 2.100 funcionários no mundo todo e opera escritórios internacionais que atendem mais de 100 países. A HID Global® é uma marca do Grupo ASSA ABLOY.

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Crise reverte ganhos da baixa renda

A crise econômica já está fazendo com que parte dos brasileiros migrem da chamada “nova classe média” de volta para as classes D e E.

Entre janeiro e novembro de 2015, a proporção de brasileiros na classe C caiu dois pontos percentuais, de 56,6% para 54,6%.

Isso significa que cerca de 3,7 milhões de brasileiros que deixaram de ter renda mensal familiar entre R$ 1.646 e R$ 6.585 no período, e eles não estão migrando para cima na pirâmide social.

No mesmo período, a classe D passou de 16,1% para 18,9% e a classe E foi de 15,5% para 16,1%, revertendo o processo de queda vivido na última década.

Enquanto isso, as classes A e B também diminuíram de tamanho: a primeira foi de 6,8% para 5,9% da população e a segunda foi de 5,1% para 4,5%.

Os números foram elaborados pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Banco Bradesco, com informações da PNAD e da PME do IBGE.

Reversão

De acordo com Ana Barufi, pesquisadora do banco, o principal fator explicativo é a piora do mercado de trabalho decorrente da crise econômica do país.

Primeiro por uma questão metodológica, já que o PME mede apenas a renda do trabalho, e segundo porque a subida da taxa de desemprego afeta primeiro as classes mais baixas.

“O rendimento real vem desacelerando já há alguns trimestres, refletindo, entre outras questões, negociações salariais que buscam manter empregos, mesmo com ganho nominal menor de salário. A desaceleração e até início de reversão da formalização do mercado de trabalho faz com que menos indivíduos tenham acesso ao seguro desemprego, o que também pode afetar a renda disponível”, diz Ana.

Ela lembra que outros fatores que compõe as rendas das famílias, como aposentadorias e transferências, não sofreram ainda grande impacto da crise.

Os aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo vão contar com um reajuste de 11,28% em 2016, variação definida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e que vai elevar os os gastos da Previdência em R$ 21,5 bilhões este ano.

Já o desemprego deve seguir crescendo em 2016 em direção aos dois dígitos, o que vai afetar a renda. Não está descartado que a classe C volte a representar menos de metade da população brasileira, o que foi atingido em 2010.

Ainda assim, isso não significa que todos as conquistas sociais das últimas décadas sejam facilmente revertidas, pois não estão relacionadas apenas a renda mas também a fatores como educação.

“Uma parte substancial da redução da pobreza tem raízes sólidas. Tem lá o papel importante das políticas sociais e a pura e simples melhora no acesso à educação, mesmo sem falar em qualidade. Tem também a ver com os ganhos macroeconômicos de estabilidade que o pais auferiu e pode muito bem recuperar”, disse Otaviano Canuto, diretor-executivo para o Brasil no FMI (Fundo Monetário Internacional), em entrevista para EXAME.com em setembro.

Pensadores se mobilizam pelo futuro

 

 
 
No momento em que, em São Paulo, o governo estadual tenta, a todo custo, fechar escolas em nome de uma racionalidade administrativa, a população percebe que há movimentos de resistência. Como os que estão sendo promovidos pelos estudantes que ocupam as escolas para defender o direito ao ensino de qualidade. Os acontecimentos, coincidindo com protestos dos jovens paulistas, o Rio de Janeiro recebe, entre os dias 7 e 13 de dezembro, milhares de pessoas para o projeto “Emergências”, iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) que propõe pensar a cultura como ativadora de processos na conquista de direitos civis, políticos, sociais, econômicos e ambientais.
 
Ao mobilizar pensadores, ativistas, artistas, produtores culturais, gestores e agentes políticos, a iniciativa coordenada pela Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC), demonstra que há uma efervescência que raramente aparece na mídia tradicional.  E que tende a se contrapor ao conservadorismo crescente.
 
O evento ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro, em Niterói e na Baixada Fluminense, tendo, como anfitrião, o ministro da Cultura, Juca Ferreira. A programação inclui a presença de, entre outros, o cantor, compositor, ex-ministro da Cultura e ativista digital Gilberto Gil; o americano Lawrence Lessig, um dos maiores defensores da internet livre; a advogada e ex-senadora da Colômbia Piedad Córdoba; a filósofa, artista e feminista Márcia Tiburi; o escritor e roteirista Gregorio Duvivier, um dos criadores do Porta dos Fundos; e a senadora uruguaia Constanza Moreira.
 
Para falar sobre a busca pela transparência na indústria da música na era digital, foi confirmada a participação do britânico Peter Jenner. Para falar sobre a área de segurança pública, estará Luiz Eduardo Soares, um dos maiores especialistas brasileiros no tema. Os deputados federais Jean Wyllys (PSol-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também estarão no evento. Outros convidados são o diretor da Spcine, Alfredo Manevy; a coordenadora da Aliança pela Água, a arquiteta e urbanista Maru Whately; o secretário Geral da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Milton Romani; a grafiteira e ativista artística Panmela Castro; e o líder indígena, ambientalista e escritor Ailton Krenak. 
 
Por que Emergências?
 
O nome do evento remete a dois sentidos da palavra. De um lado, o sentido de urgência, associado a uma necessidade imediata de ações de enfrentamento dos retrocessos no campo dos direitos culturais e no conjunto dos direitos humanos. De outro lado, a palavra emergências faz referência ao que emerge, ao surgimento de um novo contexto social, cultural, político e econômico. Um contexto que surge aliado à mudança tecnológica e às comunicações, que viabiliza novos territórios culturais, novas modalidades de organização social e um novo mundo no campo da informação.
 
Programação
 
A programação será composta de uma grande variedade de atividades, como percursos culturais, debates, encontros, oficinas e atividades com autogestão. Dentre os temas de debates estão o contexto político do Brasil; os feminismos; a relação entre Cultura e cidade; as culturas indígenas; a revolução comunicacional e a nova ecologia das mídias; a internet como espaço público; a crise migratória e a interação entre as culturas; as estéticas emergentes, arte e diversidade; o aquecimento global; as intolerâncias religiosas; as fissuras no capital e os novos caminhos econômicos; a política de drogas e a relação com o extermínio da juventude negra.
 

 

Bibliotecas: essenciais para o futuro

O maior risco que as bibliotecas podem correr nos próximos anos é que se expanda e consolide a crença de que elas perderão utilidade diante das projeções de morte do livro em papel e do avanço das publicações digitais. São, no final das contas, duas teses a olhar com parcimônia dobrada. Em países de baixos investimentos em cultura, como o Brasil, onde os espaços dedicados aos livros são raros, os riscos tendem a ser maiores. 

É essencial reconhecer que as discussões sobre o futuro das bibliotecas são frequentemente marcadas pelo tom nostálgico. O tom premonitório inclui lamentos pela perspectiva de inclusão da atividade de gestão de publicações no catálogo de funções em extinção. Há, no exterior, e menos ainda no Brasil, poucos exercícios que tentem desvendar alternativas para o futuro. 

Especialista em tecnologia e cultura, Jacob Brogan, colaborador do site Slate, ressalta a preocupação com a ausência de uma busca de alternativas, diante do viés pessimista das análises predominantes no mercado. É necessário buscar um meio-termo entre o conformismo diante de um fim próximo e as propostas com visão exclusivamente de adaptação à realidade futurística. “Quem imagina bibliotecas como espaços puramente digitais também erra o alvo”, assinala o artigo publicado pelo Slate.

Jacob Brogan assinala que, segundo um relatório do instituto de pesquisa Pew Research Center, o fechamento de bibliotecas provavelmente afetaria a população de baixa renda e Pelo menos nos Estados Unidos, as bibliotecas públicas não são apenas destinos educacionais. Elas também fornecem acesso às oportunidades econômicas disponíveis.

De acordo com um estudo da União Internacional de Telecomunicações, de 2014, mais de 4 bilhões de pessoas ainda não têm acesso básico à internet. A entidade reconhece que algumas soluções apontadas como democratizantes para o acesso ao conhecimento, como o site Wikipedia. Há um acriticismo a combater no caminho. Para Jacob Brogan, embora alguns dos serviços digitais inovadores, como a enciclopédia colaborativa, possam reduzir o fosso do acesso ao conhecimento, também ameaçam impor novas formas de desigualdade. O rico fica com a internet plenta, enquanto os pobres ficam com o Wikipedia e o Facebook. 

Serviços de acesso gratuito à internet, como os desenvolvidos pelo Google ou Facebook, em áreas remotas do planeta, podem criar ilusões também. ” Mas bibliotecas também oferecem uma variedade de outros serviços-e em informações complementares, criticamente, a assistência para ajudar os visitantes a dar sentido a eles. Em apoio da alegação de que iniciativas taxa zero não são tão limitante como parecem, notas Ocidente “Na realidade, as pessoas que vão de acesso on-line outros produtos e encontrar formas de limitar as suas taxas de capitalização de dados.” Embora ele não faz imediatamente elaborar sobre esta afirmação, as bibliotecas públicas oferecem ambos os “outros produtos” e assistência em usá-los. E como programas Internet.org e semelhantes se tornam normativos, tais serviços públicos vai crescer ainda mais necessária.

Isto significa que as bibliotecas também podem desempenhar um papel importante na evolução social e política. A Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias defende este ponto quando propõe que as bibliotecas contribuir para a transparência do governo e a participação cívica. Este praças com as conclusões do relatório Pew, que mostram que nos Estados Unidos, a maioria dos adultos que usam instalações da biblioteca estavam ativamente envolvidos em suas comunidades, e um percentual significativo também tinha trabalhado para influenciar a política do governo. 

Claro, não é claro que as bibliotecas causar tal participação, mas parece que eles estão conectados a participação do público em geral. Importante, a IFLA também salienta que os bibliotecários podem se inserir neste processo, facilitando e promovendo o acesso à informação.

Percepções similares também estão no coração de Bill e Melinda Gates Foundation bibliotecas global de estratégia.  The Gates Fundação afirma que as bibliotecas podem oferecer Internet de formação, bem como o acesso simples. Ao fazer isso, ele propõe, essas instituições podem afetar tudo, desde saúde pública ao ativismo ambiental.

Para este fim, a fundação financiou o trabalho de organizações como Read Global, que constrói biblioteca e recursos centros em todo regiões rurais no Sul da Ásia. Como Tina Sciabica, diretor-executivo do Read, me disse, no processo de servir comunidades inteiras essas instalações também proporcionar um espaço seguro para as mulheres, alguns dos quais são de outra maneira incapaz de deixar a casa sem a permissão de seus maridos. 

“Uma vez lá, as mulheres podem ter acesso a aulas de alfabetização, grupos de auto-ajuda (cooperativas de poupança), programas de saúde e formação de subsistência que de outra forma não seria capaz de acessar,” Sciabica me disse. Até certo ponto isso é possível porque Read envolve ativamente as comunidades locais no estabelecimento de bibliotecas e requer co-investimento, incutir um senso de propriedade coletiva.

Naturalmente, as bibliotecas não será capaz de funcionar nesta capacidade, sem alterar-se. Como um relatório do Instituto Aspen (produzido em colaboração com a Fundação Gates) reconhece, a associação entre as bibliotecas e os livros físicos provavelmente vai diminuir nos próximos anos, um processo que já está bem encaminhado. No entanto, o relatório sublinha, “A biblioteca pública continua a ser um destino para muitos usuários, que serve a muitos propósitos.” É esta abertura a diversas necessidades que é mais importante, especialmente a partir de uma perspectiva de desenvolvimento, já que permite que bibliotecas para responder a necessidades específicas: Em Botswana , por exemplo, onde a diversificação económica é uma prioridade, a Fundação Gates ajudou a criar serviços de biblioteca destinados a incentivar o desenvolvimento de pequenos negócios. Em vez de imperialisticamente imprimindo o mesmo modo de aprendizagem em todos os lugares, as bibliotecas podem responder às indicações de mudança de diferentes comunidades e contextos.

Bibliotecas são poderosos precisamente porque são espaços de potencialidade. Eles são, como o relatório de Aspen coloca, “plataformas”, alicerces sobre os quais muitas estruturas podem ser construídas. Para falar de seu futuro, então, deve ser a falar de uma coletiva futuro, uma da qual ninguém é excluído.

 

Jacob Brogan escreve para Slate sobre tecnologia e cultura. Ele está escrevendo um livro sobre a história cultural de lovesickness. Siga-o no Twitter.

 

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Herbert de Souza, Betinho, sociólogo, no livro Como se faz análise de conjuntura – Editora Vozes – 1984