Acontecimentos que marcaram o noticiário político e econômico da semana
Notas econômicas: 18 a 22 de outubro de 2021
Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas
Notas econômicas: 19 a 23 de fevereiro de 2021
Confira nas Notas Econômicas: o que foi destaque no noticiário da semana. A reunião virtual para debater os rumos do clima no planeta
Notas econômicas: 2 a 6 de agosto de 2021
Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas
Com queda das médias móveis de internações e mortes, o Brasil retoma atividades, mas sem que o clima de insatisfações e dúvidas seja eliminado. Em diferentes regiões do País, professores protestam contra o retorno das aulas presenciais, sem que as medidas de segurança tenham sido adotadas. O medo é justificável. Novas cepas do Covid-19, como a Delta e Gama, causam preocupações, por conta da agressividade e do poder de expansão. Ainda mais em ambientes sem proteção. Na política, o ambiente segue tenso. As regras perdem relevância. Rejeitada pela comissão especial da Câmara dos Deputados, proposta do voto impresso será analisada no plenário. Mesmo desgastado, o governo mostra que as negociações com o “Centrão” geram favoráveis para os seus planos. As privatizações avançam, sem um amplo debate com a sociedade.
Economia e Finanças
Taxa Selic: O Copom elevou a taxa básica de juros de 4,25% para 5,25% ao ano. Esse é o maior patamar desde setembro de 2019, quando estava em 5,5%. A alta de 1 ponto percentual da Selic era esperada pelo mercado financeiro, apesar de o comitê ter indicado que elevaria os juros em 0,75 ponto porcentual na reunião anterior, realizada em 15 e 16 de junho. (Poder 360)
Capacidade Instalada da Indústria: A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) subiu para 82,9% em junho e se encontra no maior patamar desde 2013. São dois meses consecutivos de alta e quatro meses de UCI acima de 80%, diz a CNI, destacando que a “UCI segue elevada, refletindo o aquecimento da indústria”. O indicador está 9,1 pontos percentuais acima do registrado em junho de 2020. (Valor)
Faturamento Real da Indústria: O faturamento real da indústria caiu 0,9% em junho, na comparação com o mês anterior, considerando dados dessazonalizados. Enquanto isso, as horas trabalhadas na produção subiram 0,3% na mesma base de comparação, interrompendo a sequência de quedas observada desde fevereiro. Os indicadores foram divulgados dia 02-08-2021 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). (Valor)
Papelão Ondulado: A expedição de papelão ondulado, usado na fabricação de embalagens, teve em junho o melhor mês, inclusive superando o volume de junho de 2018, quando houve a recomposição dos despachos após a paralisação dos serviços de transporte de cargas em maio daquele ano, informou a Associação Brasileira de Embalagens Em Papel (Empapel). Foram expedidas 329.757 toneladas de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado. Foi também a 12ª vez consecutiva em que o crescimento interanual do volume expedido é recorde (Valor)
Juros no Brasil: A taxa de juros no Brasil é mais elevada do que no resto do mundo. Os Estados Unidos e o Japão têm dívidas na faixa de 100% a 150% do PIB, mas a taxa de juros nesses países é zero. Aqui no Brasil a taxa chegou a 5,25%. A expectativa do mercado é que a taxa continuará subindo até chegar próxima a 7% este ano. (Valor)
Ataque às Criptomoedas: O presidente da Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA), Gary Gensler, disse que os investidores precisam de mais proteção no mercado de criptomoedas, que está “repleto de fraudes, golpes e abusos”, segundo ele. (Valor)
Open Banking: O Open Banking, previsto para o mês que vem, tem o potencial de aumentar a concorrência e turbinar o volume de crédito no país. Cálculos do mercado apontam para um crescimento de 30% no volume de empréstimos e financiamentos concedidos. Mas, ao contrário do PIX, os avanços serão graduais, ao longo de dois, três anos. Com essa abertura, qualquer banco poderá ter o histórico do cliente, o que permitiria uma oferta maior de crédito para a população (Estadão) (Meio)
Spread Bancário: A margem cobrada pelos bancos no crédito caiu ao menor nível em oito anos. O spread bancário médio, diferença entre a taxa praticada pelas instituições financeiras nas concessões de empréstimos e a taxa de captação de recursos, ficou em 14,5 pontos percentuais. No entanto, segundo economistas, o ciclo de alta da Selic e o fim das linhas de crédito emergenciais criadas durante a pandemia devem pressionar o spread novamente para cima. (Valor Investe) (Meio)
Indústria Parada: Pressionada por alta de custos, falta de insumos e demanda fraca, a indústria pisou no freio e ficou estagnada em junho. Analistas ainda veem espaço para crescimento da produção no segundo semestre, mas o dinamismo deverá ser menor num cenário que conta ainda com inflação e desemprego elevados. (Valor)
Desemprego Seguirá em Alta: Apesar da perspectiva de melhora em população ocupada no mercado de trabalho nos próximos meses, a taxa de desemprego deve se manter alta no segundo semestre. Esse é o entendimento de Rodolpho Tobler, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao comentar a alta de 1,6 ponto, a quarta consecutiva, no Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) de junho a julho, para 89,2 pontos, anunciada hoje pela fundação. (Valor)
Previsões do Morgan Stanley 1: O Banco Morgan Stanley revisou sua previsão de crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB) brasileiro neste ano de 4,2% para 5,5% e diz ver “o ímpeto continuando em 2022”, ainda que tenha ajustado a projeção de 2,7% para 2,5%. A mediana do boletim Focus aponta para altas de 5,3% em 2021 e 2,1% em 2022. (Valor)
Previsões do Morgan Stanley 2: O Morgan Stanley revisou sua projeção para a inflação cheia de 2021 de 6,2% para 6,9%, “devido a outro aumento nas tarifas de energia elétrica, impacto negativo sobre a inflação de alimentos do mau tempo no Sul do Brasil, bem como aumento da inflação de serviços”. (Valor)
Deterioração do Risco Fiscal 1: Impulsionada por uma discussão atabalhoada em torno do problema dos precatórios (as dívidas judiciais que o governo é obrigado a pagar), agravada por um excessivamente generoso Refis, aprovado pelo Senado e relatado pelo próprio líder do governo, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), o Executivo e sua base no Congresso deram uma contribuição relevante para deteriorar os mercados de juros, câmbio e a própria bolsa. E não podemos esquecer da confusão que tomou conta da reforma do Imposto de Renda e a estranha pressa do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), em colocar um texto que não está maduro e traz muitos riscos – fiscais e tributários – em votação. (Valor)
Deterioração do Risco Fiscal 2: Se no início do pregão de ontem o bom humor era dominante nos negócios, após a divulgação do balanço da Petrobras e o tom mais duro do Copom na condução da política monetária, o clima nos mercados azedou de vez no início da tarde de 06-08-2021. O reflexo do sentimento avesso a risco se deu, em especial, no mercado de juros. Atingidas em cheio pelos riscos fiscais, as taxas futuras dispararam e levaram junto o dólar, que fechou em alta, e o Ibovespa, que encerrou o dia em queda. Em um momento no qual o mercado continua bastante sensível aos riscos fiscais, o parecer do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), sobre o novo Refis detonou uma forte aversão a risco, que fez as taxas futuras dispararem e a queda do dólar foi abandonada. (Valor)
Finanças Públicas
Balança Comercial: A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 7,395 bilhões em julho, aumento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, pela média diária, segundo números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. Nos primeiros sete meses de 2021, o saldo acumulado está positivo em US$ 44,126 bilhões, aumento de 48,6% sobre o mesmo período de 2020. (Valor)
Sugestão de Emitir Moeda: Em vez de parcelar o pagamento de precatórios ao longo de vários anos, a União deveria emitir moeda como forma de cumprir seus compromissos financeiros, inclusive com uma possível versão reformulada do Bolsa Família, sustenta o especialista em finanças públicas Raul Velloso. O volume de precatórios — dívidas decorrentes de decisão judicial — previsto para 2022 está próximo de R$ 90 bilhões, o que motivou um esforço político do Ministério da Economia para reduzir este montante. (Valor)
Fugindo do Teto de Gastos 1: O governo vai propor a criação de um “Fundo de Liquidação de Passivos da União” para pagar parte dos precatórios (dívidas decorrentes de decisões judiciais) sem a limitação do teto de gastos. A medida é parte da saída para resolver a bomba fiscal que se aproximava de R$ 90 bilhões e deve constar de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) a ser enviada nos próximos dias, confirmou a Casa Civil da Presidência. (Valor)
Fugindo do Teto de Gastos 2: O novo fundo será abastecido com recursos de venda de imóveis da União ou de rendimentos de fundos imobiliários com esses ativos; dividendos de estatais; privatizações ou vendas de participações minoritários em empresas; concessões; antecipação de valores dos contratos de partilha do pré-sal e os ganhos do primeiro ano de redução de benefícios tributários, que o governo precisa propor. (Valor)
Concessões: Depois da Infra Week em abril, que teve 28 ativos leiloados com sucesso por três dias seguidos, o Ministério da Infraestrutura prepara agora um “mês das superconcessões”. Serão oferecidos à iniciativa privada projetos que devem receber mais de R$ 23 bilhões em investimentos. O cardápio inclui a relicitação da Presidente Dutra (Rio-São Paulo) e o maior arrendamento portuário das últimas duas décadas, além da BR-381 em Minas Gerais, conhecida como “rodovia da morte” e com a promessa de ser duplicada. (Valor)
Inflação
Causas da Inflação: Para Raul Veloso, especialista em finanças públicas, o que causa inflação no Brasil é a economia superaquecida; choque nos preços das commodities e no câmbio; e expectativas desfavoráveis e desenfreadas. (Valor)
Meio Ambiente, Sustentabilidade e Energia
Grilagem e Desmatamento: Apontado como estímulo à grilagem e ao desmatamento, o projeto que amplia o tamanho de imóveis rurais em terras públicas que podem ser regularizados por autodeclaração foi aprovado na Câmara e vai agora ao Senado. (G1) (Meio)
Emissário Especial: Em uma nova articulação para contornar o governo Bolsonaro nas negociações sobre meio ambiente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, escalou um emissário para se reunir com governadores da Amazônia e discutir projetos de preservação do bioma. No encontro de chefes de Estado realizada em abril, Bolsonaro prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2030 e atingir a neutralidade climática até 2050. Mas, na prática, o Brasil tem registrado números que mostram o avanço do desmatamento na Amazônia. (Valor)
Agenda Verde, Carvão e Desmatamento: Alok Sharma, o britânico que preside a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a CoP-26, reuniu-se com oito representantes de movimentos sociais, empresariais e ambientalistas, no Brasil. O político britânico, que tem dito que o fim do uso do carvão no mundo “é nossa última esperança”, ouviu que “desmatamento é igual a carvão” e que ambos sabotam os objetivos do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura a níveis bem abaixo de 2°C mirando 1,5°C. (Valor)
Ambiente Social, Emprego e Renda
Taxa de Desemprego: A taxa de desemprego do país ficou praticamente estável no trimestre até maio, em 14,6%, ante 14,7% nos três meses até abril, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada na sexta-feira pelo IBGE. (Valor)
Taxa de Subutilização: A taxa de subutilização (desocupados, subocupados e força potencial) é elevada (29,3%), sendo que quase 7,4 milhões trabalhavam menos horas do que gostariam. Isso mostra a baixa qualidade dos empregos gerados (Valor)
Índice de Gerentes de Compras: A atividade da indústria brasileira continuou a crescer em julho, com aumento de produção e estoques de bens acabados e também de empregos. A escassez de insumos diminuiu no mês. É o que mostra o Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), da IHS Markit. O indicador subiu de 56,4 em junho para 56,7 em julho, maior nível em cinco meses. Leituras acima de 50 apontam expansão da atividade. (Valor)
Custos de Produção: Os custos de produção da indústria brasileira continuaram a subir “substancialmente” por causa da depreciação do câmbio e do aumento dos preços em dólar das matérias-primas. (Valor)
Demanda por Talentos 1: Serviços financeiros, tecnologia, e-business/e-commerce, saúde e construção são as cinco áreas que mais estão contratando hoje no Brasil e que devem seguir aquecidas até o fim do ano, segundo o relatório “Demanda por talentos no cenário atual”, elaborado pela consultoria global de recrutamento especializado Robert Half. (Valor)
Demanda por Talentos 2: O relatório também traz as habilidades mais demandadas atualmente no mercado de trabalho brasileiro. Para os recrutadores entrevistados, os maiores impactos da abrupta digitalização foram o aprimoramento de habilidades estratégicas e de planejamento, a necessidade de uma comunicação mais assertiva e colaborativa com a equipe, capacidade de trabalhar de forma mais flexível/remota e o surgimento de novas responsabilidades (mais técnicas e complexas). As soft skills seguem em alta, com destaque para comunicação, liderança, visão do negócio e pensamento criativo. (Valor)
Ausência de Bancarização: Ainda existem 34 milhões de brasileiros sem conta bancária ou que a usam com pouca frequência. São, majoritariamente do interior, mulheres, mais jovens, das classes D e E e menos escolarizados, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva. (Valor investe) (Meio)
Endividamento Recorde 1: O percentual de brasileiros endividados bateu recorde em julho, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice chegou a 71,4%, o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2010. (Valor)
Endividamento Recorde 2: Em julho de 2020, 67,4% dos brasileiros estavam endividados e em junho de 2021, 69,7%. Para a CNC, o quadro reflete avanço inflacionário no período, que restringe orçamento das famílias e estimula novas tomadas de empréstimo para compor a renda. (Valor)
Endividamento Recorde 3: A parcela de endividados que declaram atraso ao cumprir pagamentos subiu de 25,1% em junho para 25,6% em julho, mas ainda está abaixo de julho de 2020 (26,3%). A parcela de inadimplentes que informaram não ter condição de quitar suas dívidas passou de 10,8% para 10,9% na primeira comparação. Em julho de 2020, essa fatia era de 12%. (Valor)
Endividamento Recorde 4: Entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, o índice subiu de 70,7% em junho para 72,6% em julho e também bateu recorde. No mesmo mês do ano passado, havia ficado em 69%. (Valor)
Comprometimento da Renda: A parcela de renda das famílias comprometida com pagamento de dívidas ficou em 30,5% do total do orçamento em julho, segundo a última edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi a maior proporção desde novembro de 2017 (30,6%). (Valor)
Governo e Ambiente Político
Tales Faria: “Bolsonaro fez toda sua carreira política jogando truco, e muitas vezes blefando aos berros. Mas a verdade é que ele sempre acaba recuando quando é enfrentado por um oponente que se mostra de fato mais forte. Já os ministros do Supremo jogam pôquer. Quando enxergam um blefe, pagam para ver, mesmo que silenciosamente. Pois bem, chegou a hora de o presidente da República recuar novamente, ou colocar suas cartas na mesa. Nas duas hipóteses, o mais provável é que ele acabe derrotado. Agora, ou mais tarde.” (UOL) (Meio)
Derrota do Governo 1: Numa das mais expressivas derrotas do governo Bolsonaro na Câmara, a comissão especial que analisava a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso rejeitou por 23 votos a 11 o parecer do relator Filipe Barros (PSL-PR), favorável à mudança. Agora, um novo relator será escolhido e deve propor o arquivamento da proposta, que será votado hoje. Integrantes da base governista, PSL, PP, Republicanos, PTB e Podemos orientaram voto em favor do voto impresso. PT, PL, PSD, MDB, DEM, PSDB, PSB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede foram contra. Cidadania e Novo não quiseram assumir uma posição e liberaram as bancadas. (Globo) (Meio)
Derrota do Governo 2: Mesmo com a derrota esmagadora na comissão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, aventa a possibilidade de levar a PEC ao plenário da Câmara. Ele afirma que as comissões são opinativas, não terminativas, e que o Regimento permite levar a plenário pautas rejeitadas em comissões. A oposição admite que a possibilidade existe, mas acha improvável que o governo consiga amealhar 308 votos em dois turnos para aprovar uma mudança na Constituição rejeitada pelos partidos. (Folha) (Meio)
Se Não Tem Distritão: Na dificuldade de aprovar na Câmara a proposta do “distritão”, a relatora Renata Abreu (Pode-SP) passou a discutir uma outra proposta também encarada como retrocesso. A volta das coligações em eleições proporcionais. Até 2017, quando essas coligações foram proibidas, partidos inexpressivos podiam se escorar no cociente eleitoral de legendas maiores para conseguir suplências ou mesmo vagas no Legislativo. Nas eleições de 2020, eles tiveram que contar somente com a própria musculatura. Junto com a cláusula de barreira, o fim das coligações proporcionais é apontado como crucial para reduzir a fragmentação partidária e melhorar a governabilidade. (G1) (Meio)
Se as eleições fossem hoje: O ex-presidente Lula (PT) venceria, hoje, no segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por 52% a 32%, segundo levantamento do PoderData. Há duas notícias aí. A primeira é a confirmação da vantagem de Lula. A segunda é que ela parou de crescer. Em relação à última pesquisa, o petista caiu dois pontos, dentro da margem de erro, enquanto o presidente obteve o mesmo número. No primeiro turno, Lula chegaria em primeiro com 39%, seguido de Bolsonaro, com 25%. Somados, todos os demais candidatos têm os mesmos 25% do presidente. O que não para de crescer é a rejeição a Bolsonaro: 61% dos entrevistados não votariam nele de jeito nenhum. Eram 56% em julho. Lula tem a menor rejeição, 34%. (Poder360) (Meio)
Desfeita Diplomática: No sábado, 31-07-2021, em pleno clima de campanha antecipada, Bolsonaro já havia ameaçado as eleições durante uma ‘motociata’ em Presidente Prudente (SP). O evento, inclusive, marcou uma desfeita diplomática sem precedentes. Enquanto passeava de moto, Bolsonaro, embora convidado, não compareceu nem mandou representante à reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, destruído por um incêndio em 2015. Além do anfitrião João Doria, estavam presentes os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, além dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer. (Folha) (Meio)
Restrição ao Twiter: Uma portaria do Exército reduziu drasticamente o acesso dos generais ao Twitter em seus comandos. Embora a Arma tenha equipes dedicadas à divulgação em redes sociais, a ação direta de oficiais de alta patente comentando, compartilhando e tuitando preocupou o Comando. Agora, somente os oito generais de quatro estrelas responsáveis pelos comandos de área e o Comandante do Exército tuítam pela instituição. (Revista Sociedade Militar) (Meio)
República em Crise: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade abrir um inquérito administrativo contra Jair Bolsonaro por seus sistemáticos ataques às urnas eletrônicas. O inquérito não tem como resultar em punição ao presidente, mas pode municiar ações futuras movidas por partidos ou pelo MP Eleitoral. Também por unanimidade, o TSE pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) inclua Bolsonaro no inquérito sobre fake news. Ao longo os últimos anos, o presidente fez acusações constantes de fraudes nas eleições de 2014 e 2018, mas na última quinta-feira, 29-07-2021, admitiu não ter provas, o que não o impediu de continuar atacando as urnas eletrônicas e condicionando as eleições de 2022 à adoção do voto impresso, já considerado inconstitucional pelo Supremo. Todos os ex-presidentes do TSE desde 1988 e a atual cúpula da Corte divulgaram uma carta aberta em defesa do modelo eletrônico de votação usado no Brasil desde 1996. (G1) (Meio)
Regime de Privilégios: Como se não bastassem os gordos valores recebidos por pensionistas e militares de alta patente, viúvas e filhos de oficiais generais que integraram o STM usam brechas na lei para receber até 31% a mais. (Folha) (Meio)
Nova âncora: O governo esperar aprovar uma segunda geração de arcabouço fiscal, no qual a dívida atuará como âncora. A ideia é que seja estabelecida uma trajetória de médio e longo prazos para a dívida pública. As metas de resultado primário (receita menos despesas, exceto gastos com juro) serão definidas a cada ano, tendo em vista atingir o nível de endividamento previsto para aquele ano. (Valor)
Supremo Investiga Bolsonaro: O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes aceitou a notícia-crime enviada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e incluiu o presidente Bolsonaro no inquérito das fake news por seus constantes ataques sem provas ao sistema de votação brasileiro. A decisão de Moraes elencou onze possíveis crimes cometidos pelo presidente, incluindo calúnia, denunciação caluniosa e três artigos previstos na Lei de Segurança Nacional, a mesma que o governo usou contra opositores. Moraes pediu um parecer à Procuradoria-Geral da República (PGR), e é aí que a coisa complica. O procurador-geral Augusto Aras se notabilizou como escudo do presidente e já tentou várias vezes barrar o inquérito das fake news. (G1) (Meio)
Novo Bolsa Família: O presidente Jair Bolsonaro confirmou que o programa social que será lançado pelo governo em substituição ao Bolsa Família se chamará Auxílio Brasil e terá no mínimo 50% de reajuste. O novo nome já era citado por interlocutores do presidente e foi anunciado durante a posse do novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, durante solenidade no Palácio do Planalto.
Tendências do Eleitorado Evangélico: Quase metade dos eleitores que se declaram evangélicos (45%) votaria em Jair Bolsonaro se as eleições fossem hoje. Entre os católicos, 39% votariam no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dado é de pesquisa PoderData realizada de 2 a 4 de agosto de 2021. O petista lidera em todas as religiões, exceto entre os evangélicos. Tem a maior preferência entre os que se declaram pertencentes à umbanda ou ao candomblé. Nesse grupo, 78% votariam em Lula. (Poder 360)
Ambiente tecnológico
Inteligência Artificial: Um tribunal federal australiano decidiu que a inteligência artificial pode ser reconhecida como um inventor. No centro da sua decisão está o DABUS um sistema de IA capaz de criar suas próprias invenções de forma autônoma. Suas criações já incluem um contêiner ajustável para alimentos e um sinalizador de emergência. As suas patentes já foram registradas nos EUA, Japão, África do Sul, Índia e Israel. No entanto, apenas os sul-africanos aprovaram o pedido, enquanto as chances de aprovação em outros países são mínimas. (Morning Brew) (Meio)
Hackers Chineses: Grupos de hackers apoiados pelo estado chinês se infiltraram em pelo menos cinco empresas globais de telecomunicações e roubaram registros telefônicos e dados de localização, de acordo com pesquisadores de segurança cibernética. Os hackers agiram no Sudeste Asiático de 2017 a 2021, em alguns casos explorando vulnerabilidades de segurança nos servidores Microsoft Exchange para obter acesso aos sistemas internos das empresas de telecomunicações, segundo novo relatório publicado pela empresa de segurança americana Cybereason. (Valor)
Bluetooth e Internet da Coisas: O Bluetooth vai muito além de conectar o notebook à impressora ou ao fone de ouvido. Atualmente, a tecnologia tem sido usada para criar ecossistemas de Internet das Coisas (IoT) para automatizar ambientes de trabalho com menor interferência humana possível. Enquanto dispositivos IoT conectados por uma rede Wi-Fi exigem a intervenção de um humano para funcionar, como um comando de voz, numa rede em malha Bluetooth isso ocorre totalmente de forma automatizada. Dessa forma, o escritório se torna muito mais inteligente. (Meio)
Ambiente Empresarial
LGPD: As empresas brasileiras já podem sofrer sanções pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Agora, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) poderá aplicar penalidades a quem descumprir a lei que entrou em vigor em setembro de 2020. No entanto, neste primeiro momento, as primeiras sanções devem ser apenas advertências, já que multas ainda devem demorar para ocorrer porque não foi publicado o documento que estabelece como elas serão calculadas. (G1) (Meio)
Selo Brasileiro de Indicação Geográfica 1: O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) lançou uma pesquisa inédita para mapear o interesse de empreendedores de pequeno e médio porte em todo o país de vender produtos típicos regionais. O levantamento faz parte do trabalho de estruturação do Selo Brasileiro de Indicação Geográfica, com a participação do Ministério da Agricultura. (Valor)
Selo Brasileiro de Indicação Geográfica 2: O registro da indicação geográfica permite atestar a procedência do produto, valorizando a cultura local e ajudando a fomentar atividades turísticas. O público-alvo do levantamento inclui minimercados, mercearias, delicatessen, lojas de produtos alimentícios naturais e orgânicos, padarias, confeitarias, lanchonetes, lojas de bebidas, chocolaterias, cafeterias, mini-torrefações, restaurantes, lojas de artesanato, presentes, objetos decorativos, cerâmicas e joalherias. (Valor)
Principais Desafios: Segundo o relatório “Demanda por talentos no cenário atual”, elaborado pela consultoria global de recrutamento especializado Robert Half, os principais desafios das empresas em relação às equipes são qualificar e treinar os empregados diante das novas necessidades do negócio, encontrar candidatos qualificados e manter processos seletivos e de onboarding remotos. (Valor)
Transformações Digitais: As organizações estão dedicando mais tempo, esforço e capital para se transformarem digitalmente. Alguns alcançam resultados significativos. Outras, no entanto, veem menos impacto. Essa diferença tem um motivo: a adoção de uma cultura digital e ágil. A transformação digital não pode ficar apenas nas mãos de ferramentas digitais. Ela precisa vir com insights e toda uma gestão por trás que apoie os colaboradores e deem autonomia para eles inovarem e implementarem mudanças na empresa. (Meio)
Vendas pelo Twitter: Um novo recurso de compras começará a ser testado no Twitter. As marcas poderão exibir os seus catálogos no topo do seu perfil e as compras poderão ser feitas pela própria plataforma. A nova funcionalidade surge para competir com Facebook e Instagram. No entanto, o novo recurso do Twitter, por enquanto, só estará disponível nos EUA para algumas marcas. (Folha) (Meio)
Produção Industrial: A produção da indústria brasileira ficou estável em junho, frente a maio, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, o indicador teve alta de 1,4%, após três quedas seguidas, e se equiparou ao patamar do pré-pandemia, em fevereiro de 2020, que foi mantido com a variação nula de junho. (Valor)
Startups Brasileiras: Depois de registrarem o melhor semestre da história para investimentos, as startups brasileiras seguem acumulando bons números. Durante o mês de julho, captaram, juntas, mais de US$ 484 milhões em investimentos, um volume 35% superior ao mesmo período do ano passado. (Exame) (Meio)
Investimentos da Gerdau em Minas: A Gerdau anunciou um plano de investimentos de R$ 6 bilhões em Minas Gerais, a serem aplicados ao longo de cinco anos. Os recursos serão usados para modernização, atualização tecnológica e ampliação das operações locais. A expectativa da companhia é gerar 6 mil novos postos de trabalho diretos e indiretos com os investimentos. O plano contempla a modernização das plantas de Ouro Branco, Barão de Cocais, Divinópolis e Sete Lagoas. (Valor)
Venda de Veículos: Como reflexo, principalmente, da escassez de semicondutores na indústria, a venda de veículos em julho praticamente não cresceu em comparação com o mesmo mês do ano passado e caiu em relação ao volume de junho. Em julho foram licenciados 175,5 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Isso representou um ligeiro aumento, de 0,6%, em relação ao mesmo mês de 2020. Na comparação com junho houve uma retração de 3,8%. (Valor)
Notas econômicas
Fontes: Jornal Valor, Folha, Estadão, IstoÉ, Exame, Canal Meio Newsletter, Carta Capital, Poder 360, Revista Sociedade Militar, UOL, Morning Brew e G1.
Notas Econômicas: 2 a 6 de maio de 2022
Confira nas Notas Econômicas os destaques das notícias entre 2 a 6 de maio de 2022, da coleta de informações produzida pelo economista Paulo Roberto Bretas
Notas Econômicas: 20 a 24 de junho de 2022
Confira nas Notas Econômicas os destaques das notícias publicadas durante a semana. A seleção de informações é produzida pelo economista Paulo Roberto Bretas
A Petrobras segue concentrando as atenções dos políticos. E distraindo o público de outros assuntos. O presidente da Câmara, Arthur Lira, pretende realizar uma reunião de líderes para discutir a política de preços da estatal. Ele postou a declaração em sua conta no Twitter após os jornais noticiarem que a estatal iria anunciar um novo aumento de preços. Após o reajuste ser confirmado, Lira disse o governo vai se reunir para discutir os aumentos e que o imposto sobre o lucro da Petrobras pode ser dobrado. Definições que impactam fortemente os mercados são esperadas no cenário externo. Em especial, há a preocupação com a política de aperto monetário do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. (Radar do Futuro)
Notas econômicas: 20 a 24 de setembro de 2021
Não poderia ser diferente. O discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU foi o acontecimento mais esperado da semana. Na terça-feira, dia 21, o mais importante não foi o fato de que ele mentiu sobre temas de interesse interno. Para os seus seguidores fieis, ele apresentou uma fantasia de um país onde a economia vai bem, desmatamento não existe, a “ameaça socialista” está sendo combatida. E voltou a defender o que ele chama de “tratamento precoce”, que nada mais é do que tratamento sem eficácia. Ao retornar, deixou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em isolamento em Nova York após ter testado positivo para a Covid-19.
A semana fecha com o MTST levando a fome para a Bolsa de Valores de São Paulo. E a novidade de uma entrevista publicada pela revista Veja, que tenta dar uma lustrada civilizatória no presidente. O que não tira de evidência o envolvimento da operadora de planos de saúde Prevent Sênior em fraudes de atestados de óbito de pacientes da Covid-19. Para as próximas, uma nova série das desventuras brasileiras vai ganhar mais destaque, com a crise hídrica.
A situação se agrava a cada dia que passa e quem paga a conta é o consumidor brasileiro. Conta essa que pode se prolongar até meados de 2025, de acordo com especialistas do setor de energia. A situação se agrava a cada dia que passa e quem paga a conta é o consumidor brasileiro. Conta essa que pode se prolongar até meados de 2025, de acordo com especialistas do setor de energia.
Notas Econômicas: 21 a 25 de fevereiro de 2022
Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas
Notas Econômicas: 21 a 25 de março de 2022
Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas
Notas econômicas: 21 a 26 de dezembro de 2020
Acontecimentos que marcaram o noticiário político e econômico da semana
Notas Econômicas: 21 a 26 de setembro de 2021
Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas
A “invasão” do rio Madeira por garimpeiros ilegais evidenciou mais que o avanço dos garimpos ilegais nos rios da Amazônia. Demonstra a certeza de impunidade e a ausência de limites da população. O movimento ocorre há vários anos. Mas os ambientalistas denunciam que se intensificou durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, como consequência da desarticulação dos sistemas de normatização e fiscalização. Além da queda na fiscalização ambiental, existe uma conjunção de fatores como aumento no preço do ouro, discursos e ações governamentais simpáticas à atividade e facilidade para “esquentar” o ouro ilegal.
A extração ilegal de ouro ocorre com uso de dragas que, ao revirar o leito do rio em busca de ouro, separa o minério das impurezas com o de mercúrio, uma substância tóxica jogada na água. O metal tem efeito cumulativo e pode causar doenças neurológicas. Em um áudio atribuídos a garimpeiros da região pelo jornal O Estado de S. Paulo, um homem desafia as autoridades e diz que seria necessário montar um “paredão” de balsas para que eles fossem respeitados. (Radar do Futuro)
Notas econômicas: 22 a 26 de março de 2021
Governos fecham praias e batem cabeça enquanto a pandemia evolui no Brasil. Confira mais informações de destaque nas Notas Econômicas da semana
Notas econômicas: 23 a 27 de agosto de 2021
Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem do que reclamar. A inflação em alta, combustível caro e com reajustes sem controle, desemprego, miséria crescente, descrença no futuro e instabilidade política não parecem causar problemas para o sono do banqueiro que temporariamente ocupa um cargo público. Que nada. Ele contabiliza vitórias. Como a aprovação nesta semana, definitivamente, da autonomia do Banco Central. Por oito votos a dois, o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional a lei que possibilitou à chamada “autoridade monetária” desempenhar livremente a sua, por assim dizer, autoridade para definir as prioridades da política monetária, decisões centrais que vão impactar o País. O texto defendido pelo ministro e pelo sistema financeiro foi aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 10 de fevereiro e estabelece que o presidente e diretores do BC tenham mandatos de quatro anos. Haverá também um escalonamento para que o presidente da autarquia e a maioria da diretoria sejam indicados pelo chefe do Executivo apenas no terceiro ano de mandato presidencial.
Economia e Finanças
População do Brasil: Segundo o IBGE o total da população atingiu no dia 01-07-2021 o total de 213.317.639 pessoas. Em 2020, o contingente de habitantes no país era de 211.755.692 pessoas. Assim, houve um aumento de 0,73% da população em 2021, frente a 2020. As estimativas são feitas por procedimento matemático, mas os efeitos da pandemia não foram considerados por falta de dados de migração e da necessidade de consolidação dos dados de mortalidade e fecundidade. (Valor)
Supremo Valida Autonomia: Por 8 votos a 2, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter válida a lei que instituiu a autonomia do Banco Central (BC). Para a maioria dos ministros, não houve nenhum vício formal na maneira com que o projeto tramitou no Congresso Nacional. (Valor)
Nota do Dieese: A conclusão da mais recente nota do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese sobre os Correios é de que a privatização é um péssimo negócio. A entidade analisou o projeto de lei em tramitação no Congresso, comparando tendências mundiais e projetando várias consequências negativas para a população caso a operação vá adiante. (Carta Capital)
Moeda nas Privatizações: A possibilidade do uso de precatório como moeda de privatização consta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, encaminhada pelo governo ao Congresso neste mês e que ainda será debatida. Precatórios são créditos detidos por pessoas e empresas que venceram na Justiça causas contra a União. Nas privatizações, esses créditos serão aceitos por seu valor de face. (Valor)
PEC dos Precatórios: A PEC dos Precatórios foi formulada pelo governo com o objetivo de parcelar uma conta de R$ 90 bilhões desse tipo de crédito a ser paga em 2022. Para os superprecatórios, a ideia é pagar 15% em 2022 e parcelar o restante em nove vezes. Do contrário, o Orçamento de 2022 ficaria comprometido, diz o governo. (Valor)
Fórmula para Pagamento dos Precatórios: O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, defendeu a criação de uma fórmula para pagamento de precatórios que, segundo sua avaliação, não representaria calote, seria suportável para a União e teria boa aceitação no mercado. Sob mediação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), seria estabelecida a data de criação da lei do teto de gastos para separar precatórios que seriam pagos em 2022 dos que ficariam a espera do Orçamento de 2023, o que chamou de “microparcelamento”. (Valor)
Reforma do Imposto de Renda: Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que uma elevação do IR sobre as pessoas físicas com renda acima de 20 salários-mínimos poderia financiar de forma permanente uma ampliação da atual rede de proteção social de forma a abarcar total de 28,4 milhões de famílias que compõem os 30% mais pobres do país. (Valor)
Relatório Focus PIB: A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 registrou sua segunda queda consecutiva, agora de 5,28% para 5,27%, no Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado dia 23-08-2021, com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2022, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) também recuou, pela terceira semana seguida, de 2,04% para 2,00%. (Valor)
Relatório Focus Selic: Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das expectativas manteve-se em 7,50% tanto no fim de 2021 quanto no de 2022. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. (Valor)
Relatório Focus Câmbio: A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi mantida em R$ 5,10 pela terceira semana seguida, segundo o Relatório Focus.
Salto do Juro Real: O salto das taxas de mercado diante do estresse em torno da situação fiscal e da continuidade das pressões inflacionárias deu impulso ao juro real, que atingiu o maior nível desde outubro de 2018 na semana passada. Cálculos do Valor Data a partir dos contratos de swap de juro de 360 dias e das expectativas de inflação de um ano apontam que a taxa de juro real ex-ante subiu a 3,61% dia 19-08-2021. (Valor)
Arrecadação Federal Recorde: A arrecadação federal de impostos registrou uma alta real de 35,47% em julho na comparação com igual mês do ano passado e chegou a R$ 171,270 bilhões, um valor recorde para o mês. Com o desempenho de julho, o recolhimento no ano atingiu a marca de R$ 1,053 trilhão, uma elevação real de 26,11% ante o mesmo período de 2020. O montante do ano também é recorde. O maior saldo visto até então era o de 2013: R$ 1,010 trilhão. (Valor)
Desonerações Tributárias: O governo deixou de arrecadar R$ 54,273 bilhões nos primeiros sete meses do ano devido a desonerações tributárias. Em 2020, abriu mão de R$ 54,062 bilhões no mesmo período. Apenas em julho, as desonerações somaram R$ 7,317 bilhões. (Valor)
Vendas de Títulos do Tesouro: As vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 934,1 milhões em julho de 2021 – a captação líquida mais alta desde abril de 2020, quando chegou a R$ 1,6 bilhão. Com o resultado, o programa passa a acumular a captação líquida de R$ 1,5 bilhão em 2021. No mês de julho, o Tesouro Selic foi o papel mais demandado em julho, com participação de 44,8% nas vendas. (InfoMoney) (Meio)
Aumento dos Juros Bancários: Os juros bancários médios subiram pela primeira vez em três meses, de 20% ao ano em junho para 20,5% ao ano em julho, refletindo o aumento dos custos de captação dos bancos e a alta dos spreads bancários, em meio ao acirramento do ciclo de aperto monetário pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. (Valor)
Crédito Imobiliário: O crédito imobiliário com recursos da poupança movimentou R$ 18,79 bilhões em julho, com alta de 73,6% em relação ao mesmo mês de 2020 e queda de 4,4% frente ao mês imediatamente anterior, segundo a Abecip, associação das instituições que oferecem essa modalidade de crédito. (Valor)
Home Equity Avança: O crédito com garantia de imóvel (CGI) – também conhecido como “home equity” – ainda é pouco comum no Brasil, mas vem apresentado crescimento expressivo. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de concessões aumentou 50,3% de janeiro a junho de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o estoque da modalidade está em R$ 12,3 bilhões, distribuídos entre cerca de 95 mil contratos. (Valor)
Total de Empresas do Setor de Serviços: Segundo dados do IBGE, o total de empresas do setor de serviços avançou de 969,2 mil em 2010 para 1,371 milhão em 2019. Essas companhias geraram, em 2019, R$ 1,8 trilhão em receita operacional líquida e R$ 1,1 trilhão de valor adicionado. Os quase 13 milhões de trabalhadores do setor receberam R$ 376,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. (Valor)
Swaps Cambiais: O Banco Central (BC) teve perda de R$ 26,198 bilhões nas operações de swaps em agosto, até o dia 20, conforme divulgado pela autoridade monetária. Desde o início do ano, houve perda de R$ 10,150 bilhões. Com esses contratos, a autoridade monetária oferece proteção ao mercado quando há grande volatilidade no câmbio. No contrato, o BC é perdedor quando o dólar sobe frente ao real e ganha com a valorização da moeda nacional. Em 2020, a conta ficou negativa em R$ 40,801 bilhões. (Valor)
Crescimento da Carteira de Crédito: O saldo total da carteira de crédito deve crescer 1,3% em julho deste ano, uma aceleração comparada ao que foi registrado em junho (alta de 0,9%). Se essa estimativa for confirmada pelo Banco Central (BC), o ritmo de expansão anual da carteira deve ficar estável em 16,3%, um patamar ainda considerado bastante elevado. As projeções fazem parte da Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada mensalmente e que serve como uma prévia do levantamento oficial feito pelo BC. (Valor Invest)
Casa da Moeda: O governo decidiu retirar a Casa da Moeda do Programa Nacional de Desestatização (PND). A decisão foi tomada na reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). (Valor)
Redução do PIB da Agropecuária: O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou de 2,6% para 1,7% sua estimativa para o crescimento do valor adicionado do setor agropecuário do país em 2021. O ajuste refletiu os problemas climáticos que prejudicam culturas como milho, café e cana, e a piora das perspectivas para a produção de bovinos. O órgão destaca que será o quinto avanço anual consecutivo. (Valor)
Agropecuária 2022: A partir das primeiras informações da Companhia Nacional de Abastecimento para a safra 2021/22, o Ipea prevê que o valor adicionado da agropecuária brasileira crescerá 3,3% no ano que vem, com crescimentos de 3,9% da produção vegetal e de 1,8% da produção animal.
Inflação
Bernardo Mello Franco: “Governadores aliados de Bolsonaro vetaram a divulgação de uma carta conjunta contra as ameaças do presidente à democracia e ao STF. A proposta foi bombardeada por Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Carlos Moisés (PSL-SC), que pretendem concorrer à reeleição em 2022 com apoio do presidente.” (Globo) (Meio)
Relatório Focus IPCA: Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a mediana das projeções subiu pela 20ª semana consecutiva, agora de 7,05% para 7,11%. Para 2022, também subiu, de 3,90% para 3,93%, em sua quinta alta seguida.
IPCA-15 em Aceleração 1: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) acelerou a alta para 0,89% em agosto, após marcar 0,72% em julho, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior para um mês de agosto desde 2002, quando foi de 1%. Em agosto de 2020, o IPCA-15 tinha avançado 0,23%. (Valor)IPCA-15 em Aceleração 2: A energia elétrica foi a principal influência individual para a alta do IPCA-15 em agosto. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 9,30% em agosto, ante 8,59% até julho. (Valor)
Governo e Ambiente Político
Tensão com as Polícias Militares: A tensão entre os governadores em relação aos atos marcados para o Sete de Setembro segue alta. Segundo Bela Megale, eles querem conversar com o comando das Forças Armadas antes do feriado. As convocações de PMs para engrossar manifestações pró-governo serão um dos temas dessas conversas. (Globo) (Meio)
Alexandre Moraes Avalia: Para o ministro do STF Alexandre Moraes, o temor é infundado, como nos conta Lauro Jardim. Ao receber senadores da CPI da Pandemia, Moraes disse que está em contato com as secretarias de Segurança dos estados e descartou um levante de PMs. O ministro é oriundo da área de segurança e mantém forte ligação com o setor. (Globo) (Meio)
Aprovação Sem Vetos: A Secretaria-Geral da Presidência informou dia 23-08-2021 que o presidente Bolsonaro manteve na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) os marcadores RP-8 e RP-9, os quais se referem às chamadas emendas de comissão permanente e do relator-geral do orçamento. As emendas de relator-geral são usadas pelo governo federal para distribuir recursos a sua base. (Valor)
Pedido de Impeachment: A decisão do presidente Jair Bolsonaro de, contrariando apelos de aliados, pedir ao Senado o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes teve até o momento apenas uma consequência: fazer políticos, a magistratura e o próprio STF cerrarem fileiras com o ministro. O pedido, ao contrário do que prometia Bolsonaro, deixou de fora Luís Roberto Barroso. No mesmo dia o STF divulgou nota de apoio a Moraes, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse não ver fundamentos no pedido. No sábado, o STJ, a OAB e as associações de juízes e procuradores se manifestaram contra o que consideram um ataque ao Judiciário. Para fechar o pacote, ontem foi a vez de dez partidos políticos – PDT, PSB, Cidadania, PCdoB, PV, Rede e PT em um manifesto e MDB, DEM e PSDB em outro – defenderem o ministro. (Folha) (Meio)
Lula Livre: A juíza Pollyanna Kelly Alves, da 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília, rejeitou a denúncia contra o ex-presidente Lula e os demais acusados no caso do sítio de Atibaia. O Ministério Público Federal havia apresentado a denúncia após o ministro Edson Fachin anular e retirar da Lava-Jato de Curitiba as ações contra Lula. A juíza, porém, avaliou que o MPF não apresentou novas provas, além das obtidas pela força-tarefa do Paraná, tornadas nulas quando o STF considerou que o ex-juiz Sérgio Moro foi parcial nos casos envolvendo o ex-presidente. Cabe recurso, mas a decisão praticamente enterra o processo. (G1) (Meio)
Lauro Jardim: “Jair Bolsonaro botou nas mãos de Ciro Nogueira uma guloseima apetitosa. Ofereceu mais quatro ministérios para o Centrão — ainda sem definição de quais seriam exatamente. Dois irão para o Senado escolher e mais dois para a Câmara.” (Globo) (Meio)
Dificuldades para Aprovações 1: Além de praticamente enterrar as chances de André Mendonça ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), a nova ofensiva do presidente Jair Bolsonaro contra a Corte deve impor dificuldades ao governo para aprovar as reformas administrativa e do imposto de renda no Congresso Nacional. (Valor)
Dificuldades para Aprovações 2: A piora do ambiente político, provocada pelo chefe do Poder Executivo, exigirá, na avaliação de lideranças partidárias da Câmara, um esforço ainda maior do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para garantir o avanço das propostas. Há ainda a percepção de que os projetos, mesmo que avancem na Câmara, terão “caminho difícil” no Senado, comandado por Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que tem procurado se distanciar do Palácio do Planalto. (Valor)
Fórum Nacional de Governadores: Diante do acirramento da crise entre Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF), e com as ameaças de golpe e politização da Polícias Militares feitas pelo presidente, 25 chefes de Executivos estaduais reuniram-se dia 23-08-2021, ou enviaram representantes, ao Fórum Nacional de Governadores, no qual foi sugerida a criação de um pacto pela democracia e de onde saiu um pedido de três reuniões, entre os governadores e os presidentes de Poderes. (Valor)
Barreiras para se Candidatar a Cargos Eletivos: Um item incluído na última hora no projeto de reforma no Código Eleitoral na Câmara dá um golpe de morte nos planos eleitorais do ex-ministro Sérgio Moro, assim como nos de um sem número de candidatos fardados. A proposta da deputada Soraya Santos (PL-RJ) estabelece que magistrados, integrantes do MP, policiais e militares só podem se candidatar a cargos eletivos cinco anos após deixares os postos definitivamente. Moro deixou a magistratura em novembro de 2018 para ser ministro da Justiça de Bolsonaro. Sua esperança é de que a mudança, se aprovada, não seja sancionada até o início de outubro, prazo para entrar em vigor no ano que vem. (CNN Brasil) (Meio)
Ataques à Lei da Ficha Limpa: A reforma do Código Eleitoral ataca a Lei da Ficha Limpa. Pela regra atual, político que renuncia a mandato para fugir da cassação fica inelegível por oito anos, punição que desaparece na nova legislação. A previsão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é votar a nova lei até quinta da semana que vem. Ela precisa estar sancionada no início de outubro para valer em 2022. (Globo) (Meio)
Meio Ambiente, Sustentabilidade e Energia
Volta dos Incêndios no Pantanal: No Pantanal, os incêndios florestais este ano já atingiram o patamar desta época em 2020, o pior ano da história em termos de queimadas na região. (Folha) (Meio)
Perda de Água: O Pantanal concentrou a maior perda de água no país ao longo de 30 anos. Foram 57% dos recursos hídricos perdidos, contra 15,7% de todo o Brasil. Os dados são do Projeto MapBiomas. (Estadão) (Meio)
Pesquisa Aquecimento Global: Pesquisa PoderData realizada de 16 a 18 de agosto de 2021 mostra que 71% dos brasileiros se consideram muito preocupados com o aquecimento global e as mudanças climáticas. Outros 19% estão “mais ou menos” preocupados, 7% se dizem “pouco” preocupados e 3% não têm preocupação alguma com o tema. O levantamento foi feito pouco depois da ONU publicar, em 9 de agosto, o 1º relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), que apontou a ação humana como responsável por um aumento de 1,07º C na temperatura do planeta nos últimos anos. (Poder 360)
Preservação da Amazônia: Pesquisa PoderData realizada de 16 a 18 de agosto de 2021 mostra que a avaliação sobre o trabalho do governo na preservação da Amazônia piorou em 1 ano. Hoje, 46% avaliam a gestão federal como “ruim” ou “péssima”. A rejeição subiu 10 pontos percentuais ante julho de 2020. Um grupo de 27% avalia o trabalho do governo como “bom” ou “ótimo”. Outro, do mesmo tamanho, o considera “regular”. (Poder 360)
Energia Solar no Brasil: O Brasil ultrapassou a marca de 10 gigawatts (GW) de potência operacional em geração de energia solar fotovoltaica, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Gestão Democrática da Água: Tendências de monetarização dos recursos naturais essenciais à vida nos leva a reflexões mais profundas. Diante da crise hídrica progressiva que se instala e se intensifica, há uma necessidade da preocupação com a gestão democrática da água. O fato de a água ser um bem público e um elemento essencial à vida traz prerrogativas de essência que, de per si, afastam perspectivas de privatização. A gestão da água demanda governos eficientes e democráticos, voltados a uma boa administração dos ecossistemas hídricos. Uma política eficiente para a proteção da água demanda esforço constante. (Carta Capital)
Desertificação: O planeta apresenta um aquecimento médio de 1,09 grau Celsius. Porém, nas áreas continentais, a temperatura média já atinge muito mais, cerca de 1,7 grau Celsius. O Nordeste brasileiro acumula mais de 2 graus Celsius. Gilbués (PI), Irauçuba (CE), Cabrobó (PE) e Seridó (RN), hot spots da desertificação, mergulham agora em cenários sombrios, especialmente diante da falta de expectativa em ações efetivas do governo federal, que não apresenta planos e políticas públicas para prevenir e mitigar os efeitos nocivos das alterações climáticas. (Carta Capital)
Biomas em Risco: Os biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga e Pantanal sofrem a olhos vistos. No Sudeste, os reservatórios de água caminham para uma possibilidade frequente de adentrar em seu volume morto, reserva estratégica cujo consumo apresenta riscos decorrentes da ressolubilização de poluentes presentes nos sedimentos. (Carta Capital)
Consórcio Brasil Verde: O fórum de governadores, em reunião ontem de manhã, aprovou a criação do Brasil Verde, um consórcio que procura dar mais articulação internacional aos Estados e fortalecer a gestão interna de projetos socioambientais. O consórcio terá um fundo único, ainda não criado, para qualificar os governos estaduais a conseguir recursos externos. É mais um passo dos governos estaduais para captar recursos de outros países em relação direta, sem o canal do governo Jair Bolsonaro. (Valor)
Ambiente Social, Emprego e Renda
Intenção de Consumo das Famílias: O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), subiu 2,1% em agosto ante julho, para 70,2 pontos. A alta foi de 6,1% sobre o resultado de um ano atrás. Com o aumento mensal na margem, o terceiro consecutivo, o ICF atingiu maior patamar desde abril (70,7 pontos), embora ainda se encontre abaixo do quadrante favorável, de 100 pontos. (Valor)
Inadimplência dos Brasileiros: O Mapa da Inadimplência do Serasa mostrou que, em média, cada inadimplente deve R$ 3.934,38, mais de três vezes o piso nacional de R$1.100. O valor médio de cada dívida custa R$ 1.163,52, segundo os dados de junho deste ano. Em resumo, os brasileiros com contas atrasadas têm dívidas superiores ao salário mínimo. De acordo com a pesquisa, a maior fatia dessas contas em atraso é de cartão de crédito ou bancos. (Valor Investe) (Meio)
Aumento da Pobreza no Brasil 1: O aumento da pobreza no país por causa da pandemia se deu de forma generalizada entre os Estados e em ritmo mais intenso nos do Nordeste e naqueles com grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro. Estudo do economista Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), mostra que o percentual da população pobre aumentou em 24 das 27 unidades da federação brasileira entre o primeiro trimestre de 2019 e janeiro de 2021. Os cálculos foram feitos a partir de dados de renda da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e da Pnad Covid 19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, consideram a classificação de pobreza do Banco Mundial, de renda per capita de até US$ 5,50 por dia, ou cerca de R$ 450 por mês, considerando a taxa de câmbio pela paridade do poder de compra. (Valor)
Aumento da Pobreza no Brasil 2: O trabalho da FGV mostra ainda que ocorreu expansão da parcela da população em pobreza extrema em 18 das 27 unidades da federação, considerando Perspectivas para 2022: A partir das primeiras informações da Companhia Nacional de Abastecimento para a safra 2021/22, o Ipea prevê que o valor adicionado da agropecuária brasileira crescerá 3,3% no ano que vem, com crescimentos de 3,9% da produção vegetal e de 1,8% da produção animal.
Perda Real nos Salários: Com um reajuste mediano de 7,6% em julho, e uma inflação de referência acumulando 9,2%, houve perda real nos salários de 1,6%. “É uma situação muito triste, mas era previsível”, diz Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e coordenador do Projeto Salariômetro. Julho foi o pior mês, dos últimos 12, para os trabalhadores nas negociações salariais, e não há perspectiva de um cenário favorável nem para o início do ano que vem, aponta o Boletim da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). (Valor)
Famílias Endividadas: A parcela de famílias que se declararam endividadas na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), bateu recorde pelo segundo mês consecutivo em agosto. Na pesquisa, a parcela de famílias que se declararam endividadas esse mês foi de 72,9%, acima de 71,4% patamar recorde anterior, e superior ao de agosto do ano passado (67,5%). (Valor)
Inadimplência das Famílias: A CNC não registrou piora nos indicadores de inadimplência. Entre os endividados, 25,6% declararam contas em atraso, proporção igual a julho e menor do que a de agosto de 2020 (26,7%). Os que informaram não ter condição de pagar, por sua vez, levaram a uma parcela de 10,7% no total de endividados com débitos em atraso na Peic de agosto, inferior a de julho (10,9%) e de agosto de 2020 (12,1%). (Valor)
Setor de Serviços: Antes de ser atingido em cheio pela pandemia, o setor de serviços teve alta de 2,1% no total de trabalhadores em 2019, para 12,836 milhões de pessoas. Foi a segunda expansão anual seguida. Em dez anos, entre 2010 e 2019, o aumento foi de 22,9%. Os dados constam da Pesquisa Anual de Serviços 2019 (PAS 2019), divulgada pelo IBGE. (Valor)
Mercado de Trabalho 1: O mercado de trabalho brasileiro registrou a abertura de 316.580 vagas com carteira assinada em julho. Com isso, o saldo de contratações no acumulado do ano ficou positivo em 1.848.304 postos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. (Valor)
Mercado de Trabalho 2: No acumulado de 2021, foram 11.255.025 contratações e 9.406.721 desligamentos. O resultado é melhor que aquele de um ano antes, quando foram fechadas 1.092.578 vagas. (Valor)
Mercado de Trabalho 3: Os dados do Caged, mostram, também, que o país criou em julho 7.665 novos postos de trabalho intermitente, modalidade criada pela reforma trabalhista que permite jornada em dias alternados ou por horas determinadas. O número é resultado de 21.603 admissões e 13.938 desligamentos. No ano, foram criados 41.180 postos intermitentes, decorrentes de 133.869 admissões e 92.689 desligamentos. No caso do trabalho parcial, o resultado ficou positivo em 22.196. Foram 131.064 admissões contra 108.868 desligamentos. (Valor)
Pessoas com Deficiência na Força de Trabalho: Entre as pessoas com deficiência e em idade de trabalhar (mais de 14 anos), apenas 28,3% estavam na força de trabalho, ou seja, estavam trabalhando ou em busca de vagas. A parcela é bem inferior à de 66,3% das pessoas sem deficiências. As informações são parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo IBGE, que traz um retrato sobre as pessoas com deficiência no Brasil. (Valor)
Antecedente de Emprego: O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do Instituto Brasileiro de Economia do FGV IBRE subiu 1,6 ponto em julho, para 89,2 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020 (92,0 pts.). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp variou 3,5 pontos, para 86,7 pontos. “O IAEmp mantém em julho a tendência positiva dos últimos meses, retornando ao nível anterior à pandemia. O resultado positivo sugere que a melhora nos números da pandemia e a redução das medidas restritivas podem estar impulsionando a retomada do mercado de trabalho. Além disso, também há uma expectativa mais favorável em serviços, setor que emprega muito, com a maior circulação de pessoas. Mas é importante ressaltar que ainda existe um espaço para recuperação e que até mesmo o nível pré pandemia ainda retratava um cenário desafiador no mercado de trabalho”, afirma Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE. (FGV-IBRE)
Ambiente Tecnológico
Ataques Cibernéticos: O ataque hacker que derrubou na semana passada o e-commerce da Renner acendeu um alerta para os riscos da cibersegurança no Brasil e uma possível “pandemia” de ransonware. Segundo a ISH Tecnologia, 13 mil empresas são atacadas mensalmente, sendo 57% com ataques do tipo ransomware – que pedem resgate em dinheiro às companhias. Em 2020, os valores cobrados pelos criminosos saltaram 82%, chegando a US$ 570 mil por ocorrência. (Época Negócios) (Meio)
Tesla Bot: Como já divulgado nas Notas Econômicas da semana passada, o bilionário Elon Musk anunciou o desenvolvimento de um “robô humanoide” chamado Tesla Bot. O objetivo da tecnologia é eliminar trabalhos perigosos ou maçantes para os humanos. Para isso, o Tesla Bot vai usar inteligência artificial e câmaras para analisar terrenos e ver obstáculos. Um protótipo inicial deve sair até 2022. (G1) (Meio)
Falha Grave: Uma falha na ferramenta de criação de aplicativos da Microsoft expôs os dados de 38 milhões de pessoas online. Os registros incluem nomes, endereços de e-mail, números de telefone e até status de vacinação. A ferramenta, além de gerenciar bancos de dados para o desenvolvimento de aplicativos, fornece interfaces prontas. No entanto, ao ativar a interface, os contratantes não perceberam que o acesso público às informações era padrão e que a privacidade devia ser ativada manualmente. Com isso, dados de 47 empresas e entidades governamentais foram disponibilizados acidentalmente por meio da plataforma Power Apps da Microsoft. O problema foi descoberto originalmente em maio e corrigido pela companhia. (The Verge) (Meio)
Ônibus Elétrico: A cidade de São Paulo será o primeiro mercado a receber os ônibus elétricos que a Mercedes-Benz começará a produzir no próximo ano. A companhia apresentou à imprensa nesta quarta-feira (25) seu primeiro chassi de ônibus elétrico. O veículo será produzido na fábrica de São Bernardo do Campo. (Valor)
Ataques de Hackers 1: Os ataques hackers de grandes proporções tornaram-se uma ameaça para empresas e instituições governamentais no mundo inteiro. Segundo dados da RiskIQ, empresa de cibersegurança com sede em São Francisco, bastam 60 segundos para que empresas de todo o globo sofram 648 ameaças hackers de qualquer tipo ou terem 525 mil dados comprometidos. Além disso, as companhias têm mais de US$ 1 milhão em perdas devido aos incidentes de segurança por minuto. Ou seja, mitigar ciberataques custa tempo, pessoas e dinheiro para as companhias.
Ataques de Hackers 2: Os ataques cibernéticos a empresas como Lojas Renner, Cosan, Braskem, Fleury e JBS, nos últimos meses, mostram que esse tipo de crime encontrou uma brecha importante para agir durante a pandemia. O Brasil foi alvo de mais de 3,2 bilhões de tentativas de ataque no primeiro trimestre, um volume que dobrou em relação aos três primeiros meses de 2020, segundo a empresa de segurança Fortinet. E a demanda por serviços de segurança também cresce. (Valor)
Ataques de Hackers 3: As tentativas de ataque bem-sucedidas no mundo já representaram perdas globais estimadas entre US$ 1 trilhão, em 2020, e U$ 6 trilhões este ano, informa a União Internacional das Telecomunicações. A necessidade de um ciberespaço seguro tornou-se muito importante, diz a UIT, diante da crescente dependência que pessoas e companhias têm da internet. (Valor)
Leilão do 5G: Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o edital do leilão do 5G, a nova geração de internet móvel. Foram sete votos a um. A proposta havia sido aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em fevereiro deste ano, mas aguardava a análise do tribunal para fazer os ajustes no edital e marcar o leilão, previsto para outubro. No leilão 5G, serão ofertadas quatro faixas de frequência móvel de quinta geração, que funcionam como “avenidas” no ar para transmissão de dados. (G1) (Meio)
Ambiente Empresarial
LGPD: A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor em setembro do ano passado, mas só neste mês a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) passou a aplicar multas para as empresas que ainda não se adequaram à lei. As penalidades vão desde advertência até multas de 2% do faturamento, que podem chegar a R$ 50 milhões. Um levantamento feito pela RD Station mostra que 93% das companhias dizem conhecer ou pelo menos já ter ouvido falar da LGPD, mas apenas 15% se mostram prontas ou na reta final de preparação. (Mercado & Consumo)(Meio)
A Volta ao Presencial: Na pandemia, empresas e profissionais tiveram de se adaptar aos desafios do trabalho remoto. Agora, com o avanço da vacinação, muitas companhias estão considerando a volta aos escritórios, mas existe uma série de desafios e decisões a serem tomadas: como será o novo modelo de trabalho, os espaços dos escritórios, protocolos de limpeza e muito mais. (Meio)
Boom Digital Varejista 1: O boom digital após a pandemia acelerou a quantidade de marketplaces no país, com aumento da competição entre esse tipo de plataforma que reúne vários lojistas, como um shopping center. Essa profusão de marketplaces deu fôlego novo a pequenos lojistas na crise, mas os grandes grupos de varejo, melhor estruturados, cresceram mais rapidamente e vêm liderando o comércio digital. (Valor)
Boom Digital Varejista 2: O relatório anual “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”, elaborado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), mostra que, somadas, as cinco maiores varejistas on-line do país alcançaram R$ 51,8 bilhões em vendas de produtos do próprio estoque em 2020, alta de 85% sobre o ano anterior. (Valor)
Crise Portuária: Os portos sempre precisaram lidar com atrasos provocados por ondas, neblina ou tempestades, mas agora com a pandemia o setor enfrenta a maior desestabilização já vista desde o início do uso dos contêineres há 65 anos. Atualmente há 353 navios transportadores de contêineres parados fora dos portos pelo mundo, sem espaço para atracar, mais que o dobro do que no início do ano, segundo dados em tempo real da firma de logística Kuehne+Nagel. (Valor)
Dependência Externa de Químicos: As importações brasileiras de produtos químicos seguem ganhando tração e renovaram, em julho, o recorde mensal tanto em valor quanto em volume. Com isso, no acumulado de 12 meses, o déficit comercial do setor chegou pela primeira vez à marca de US$ 36 bilhões, segundo relatório de comércio exterior da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). (Valor)
Mobilidade Aérea Urbana : A Eve Urban Air Mobility, empresa da Embraer, anunciou dia 23-08-2021 a ampliação de uma parceria com a Ascent Flights Global para desenvolver um ecossistema de mobilidade aérea urbana na região da Ásia Pacífico. A partir de 2026, a Eve fornecerá à Ascent até 100 mil horas de voo no veículo elétrico de decolagem e pouso na vertical (eVTOL) que está desenvolvendo e disponibilizará até 100 aeronaves à plataforma. (Valor)
Desoneração da Folha de Salários: Parlamentares de diversos partidos e representantes dos 17 setores beneficiados com a desoneração da folha de salários vigente até 2021 defenderam, em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, a aprovação de projeto que prorroga o incentivo para geração de empregos até 2026.
Palavra do Presidente da Abimaq: O fim dessa política afetará quase 60 mil empresas que geram três milhões de empregos no Brasil, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso. O desemprego no país, que já está em 14,5 milhões, poderá aumentar em 500 mil. (Valor)
Índice de Confiança do Empresário da Indústria: O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que todos os 30 setores consultados estão confiantes. O resultado marca o quarto mês consecutivo de confiança disseminada entre todos os setores da indústria. (Valor)
Investimentos da Samsung: O Grupo Samsung anunciou um investimento para expansão de 240 trilhões de won (US$ 205 bilhões) que envolverá a contratação de 40 mil pessoas ao longo de três anos, um amplo plano destinado a construir a liderança do conglomerado sul-coreano em tecnologias de próxima geração. O maior conglomerado da Coreia do Sul está reservando 180 trilhões de won para o seu país natal e agora planeja contratar mais 10.000 pessoas durante o período, além dos 30.000 novos empregos já planejados, disse o grupo por meio de comunicado. (Valor)
Produtos Falsificados nos Marketplaces: Os “marketplaces” (shoppings virtuais) quase dobraram de tamanho após a pandemia – as vendas dos cinco maiores subiram 80% em 2020 – e passaram a receber das ruas a massa de produtos falsificados que antes invadia, especialmente, locais de comércio popular no país. Com isso as empresas montaram megaestruturas (áreas com até 600 funcionários) para tentar identificar criminosos. (Valor)
Resort Alemão Chega ao Brasil: O grupo hoteleiro de luxo mais antigo da Europa, o alemão Kempinski, criado em 1897, anunciou uma parceria com os empresários José Paim, José Ernesto Marino Neto e Márcio Carvalho para revitalizar o Hotel Laje de Pedra, em Canela (RS). Os empresários, por meio da LDP Canela S/A, vão investir R$ 540 milhões para transformar o tradicional hotel da serra gaúcha em um resort cinco estrelas de padrão internacional. A expectativa é inaugurar o projeto em 2024. No Laje de Pedra, a diária está prevista inicialmente em R$ 2,5 mil. (Valor)
Ambiente Internacional
Índice de Gerentes de Comprar USA: O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto de agosto nos EUA caiu a 55,4 pontos de 59,9 em julho, recuando a uma nova mínima de oito meses, de acordo com dados divulgados há pouco pela IHS Markit. O PMI industrial caiu para 61,2 pontos, de 63,4 pontos em julho, enquanto o PMI de serviços recuou a 55,2 pontos, de 59,9 pontos da leitura anterior. Isso equivale a 54,1% da receita total do comércio eletrônico, de R$ 95,7 bilhões, em 2020, segundo a Ebit/ Nielsen. (Valor)
Clima Econômico da América Latina: O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avançou pelo quinto trimestre consecutivo, alcançando 99,7 pontos entre o segundo e o terceiro de 2021, o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2018 (101,5 pontos) e se aproximando da zona de neutralidade dos 100 pontos. (Valor)
PIB dos EUA: O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre de 2021 foi alterado para cima, de 6,5% da leitura preliminar para 6,6% na primeira revisão do dado, divulgada pelo Departamento do Comércio. (Valor)
Notas econômicas: fontes
Jornal Valor, Valor Investe, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Carta Capital, Poder 360, UOL, CNN Brasil, Mercado & Consumo, Época Negócios, InfoMoney., The Verge, FGV-IBRE e G1.
Notas econômicas: 23 a 27 de novembro de 2020
Acontecimentos que marcaram o noticiário político e econômico da semana
Notas econômicas: 25 a 29 de outubro de 2021
NOTAS ECONÔMICAS
Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas
Dono de um dos principais impérios de tecnologia do planeta, Mark Zuckerberg oficializou que a empresa que administra as plataformas do Facebook, incluindo o WhatsApp e o Instagram, agora se chama Meta. O anúncio da novidade, cercada de boatos, foi realizado durante o Facebook Connect, na quinta-feira, dia 28. O novo nome faz parte de um movimento de reformulação de marca semelhante ao feito pelo Google em 2015, quando criou a Alphabet para gerenciar as empresas da gigante das buscas. Combinar realidade aumentada e virtual para conectar pessoas surge como principal desafio da corporação tecnológica.
Enquanto isso, o presidente Bolsonaro desembarcou em Roma para participar da reunião da cúpula do G20. Aparentemente alheio às polêmicas, ele aproveitou a sexta-feira, primeiro dia na capital italiana, para fazer turismo. A agenda do evento tem como temas o clima, a recuperação econômica e a pandemia. (Radar do Futuro)
Economia e Finanças
Aumento da SELIC 1: Após 3 altas de 1 ponto percentual, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a Selic em 1,5 ponto percentual dia 27-10-2021, de 6,25% para 7,75%. O Comitê também indicou outra alta da mesma magnitude em dezembro, que deve levar a taxa para 9,25%. (Poder 360)
Aumento da SELIC 2: Com a alta mais forte da Selic, o mercado financeiro acredita que a taxa básica de juros chegará a 2 dígitos e ficará boa parte do ano que vem neste patamar. As projeções apontam para uma Selic perto de 11% em 2022, o maior nível desde maio de 2017. (Poder 360)
Aumento da SELIC 3: Analistas do mercado financeiro avaliam que a alta de 1,5 ponto percentual da Selic foi motivada, sobretudo, pela mudança no teto de gastos. A avaliação é de que a alteração na regra fiscal exige uma subida mais alta dos juros, porque atinge diretamente o dólar, um fator importante para os preços dos combustíveis e dos alimentos. (Poder 360)
Revisão nas Expectativas do PIB: Após uma semana em que a percepção de ruptura do regime fiscal se propagou, uma nova onda de revisões para o Produto Interno Bruto (PIB) joga as estimativas para a economia de 2022 para a estagnação, com crescimento próximo de zero. Algumas das novas projeções apontam até retração no ano ou embutem uma recessão técnica, caracterizada quando há dois trimestres consecutivos com queda de PIB. O panorama de alguns economistas para o ano que vem inclui um possível quadro de estagflação, um cenário que combina recessão e inflação. (Valor)
Um Auxílio Nada Liberal: Para emplacar o Auxílio Brasil de R$ 400 e o consequente estouro do teto de gastos, Jair Bolsonaro obteve a anuência do ministro da Economia, Paulo Guedes, tido como o liberal mais ortodoxo a ocupar o cargo. Como uma indicação de que o ministro não será um entrave às iniciativas do governo, Bolsonaro afirmou que ele e Guedes vão “sair juntos” e “bem lá na frente”. O estouro do teto custou a saída de quatro integrantes do Ministério da Economia e uma reação forte do mercado financeiro, mas Guedes mostrou mais uma vez alinhamento com Bolsonaro e cobrou do Congresso aprovações de reformas que, segundo ele, viabilizariam o auxílio de R$ 400. (Poder360) (Meio)
Bomba Relógio: Embora seja feito com o objetivo de reeleger Bolsonaro, o desmonte do teto para o Auxílio Brasil vai deixar uma bomba-relógio para explodir no colo do presidente que assumir em janeiro de 2023, dizem especialistas. (Estadão) (Meio)
Privatização da Petrobras: O presidente Bolsonaro disse que a privatização da Petrobras “está no nosso radar”, mas o processo de desestatização é “uma complicação enorme”. Para ele, é preciso considerar ainda que retirar o monopólio do Estado para entregar a uma empresa privada pode ser “até pior”. (Valor)
Confiança do Comércio em Queda: O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu 3,1% em outubro, perante o mês anterior, para 119,3 pontos. Na comparação com outubro de 2020, houve alta de 15,6%. Para a CNC, o recuo no mês, o segundo consecutivo, mostra que as vendas relacionadas ao Dia das Crianças, em outubro, não foram suficientes para retomar a confiança. (Valor)
Copom Perde a Ancoragem das Expectativas: O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou a perder a ancoragem das expectativas de inflação de longo prazo, depois que o governo decidiu driblar o teto de gastos para ampliar a despesa no ano eleitoral. (Valor)
Juros no Cartão de Crédito: A taxa de juros do cartão de crédito rotativo variou de 335,8% ao ano em agosto para 339,5% em setembro. Já a taxa do parcelado do cartão variou de 163,6% para 168,7%. (Valor)
Juros do Cheque Especial: No cheque especial, a taxa de juros cobrada foi de 128,6%, vinda de 125,1% em agosto. (Valor)
Juros Médios: A taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito variou de 21,1% em agosto para 21,6% em setembro. Em 12 meses, houve alta de 3,5 pontos percentuais. Os dados foram apresentados pelo Banco Central (BC). (Valor)
Inadimplência: O BC mostrou que a inadimplência média das operações de crédito ficou estável em 2,3% em setembro, em relação ao mês anterior. Entre as empresas, a taxa média ficou em 1,4%, contra 1,5% em agosto. Entre as famílias, foi de 3%, contra 2,9% no mês anterior. (Valor)
Confiança do Consumidor: O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), subiu 1 ponto em outubro, para 76,3 pontos, após dois meses de queda. Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve negativo ao cair 2 pontos, para 77,8 pontos. A análise por faixa de renda revela piora da confiança apenas para os consumidores com renda de até R$ 2.100 acumulando queda de -1,4, para 63,7. A faixa de renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800 registrou o melhor desempenho, com alta de 5,3 pontos, para 73 pontos. (Valor)
Estoque de Crédito na Economia: O saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 2% em setembro, para R$ 4,429 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central (BC). Em 12 meses, houve alta de 16%. Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária, o estoque de operações foi para 52,9%, frente a 52,4% em agosto. Em setembro de 2020, o saldo era de 51,8%. (Valor)
Crédito Imobiliário: A queda do financiamento imobiliário com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) reflete o impacto do aumento de custos dos insumos nos preços dos imóveis em relação à capacidade de pagamento das pessoas, segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. De janeiro a agosto, o crédito imobiliário com recursos do FGTS caiu 8,22%, para R$ 33,367 bilhões. (Valor)
Crescimento do Setor de Construção: A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) estima que o setor terá, em 2021, crescimento de 5%, o maior em 10 anos. A projeção faz parte do levantamento “Desempenho Econômico da Indústria da Construção Civil e Perspectivas”. Mas para voltar ao pico de atividades, registrado em 2014, setor precisaria crescer 5% ao ano até 2028. (Valor)
Arrecadação Federal: A arrecadação federal de impostos registrou uma alta real de 12,87% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado e chegou a R$ 149,102 bilhões – recorde para o mês na série histórica iniciada em 1995. Com isso, o recolhimento no ano atingiu a marca de R$ 1,349 trilhão, uma elevação real de 22,30% ante o mesmo período de 2020. (Valor)
Desonerações Tributárias: O governo federal deixou de arrecadar R$ 69,122 bilhões nos primeiros nove meses do ano devido a desonerações tributárias. Em 2020, abriu mão de R$ 74,646 bilhões no mesmo período. Apenas em setembro, as desonerações somaram R$ 7,474 bilhões. No ano, somente com Simples e MEI (Microempreendedor Individual) o governo deixou de receber R$ 12,050 bilhões em tributos. Além disso, a desoneração da folha de pagamentos contribuiu para uma redução de mais R$ 5,153 bilhões. (Valor)
ICMS do Diesel em Minas 1: O governo de Minas Gerais vai reduzir a alíquota de ICMS sobre o diesel de 15% para 14% a partir de 1º de novembro. A redução foi anunciada pela Secretaria da Fazenda do Estado horas após o governador Romeu Zema (Novo) anunciar equivocadamente que congelaria o preço de referência para cálculo do ICMS sobre o diesel no Estado a partir de ontem. (Valor)
ICMS do Diesel em Minas 2: A redução da alíquota vai representar uma renúncia fiscal mensal de R$ 29,6 milhões, ou R$ 355,2 milhões por ano. A Secretaria da Fazenda ponderou que, para ser efetiva, a redução de alíquota deve ser refletida no preço final cobrado nas bombas dos postos, o que foge ao controle do Estado. (Valor)
Greve dos Caminhoneiros: O presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, afirmou que a categoria de caminhoneiros está mais organizada para a greve marcada para 1º de novembro do que estava em 2018. Entidades que representam os caminhoneiros se reuniram em 16 de outubro e deram prazo de 15 dias para que o governo de Bolsonaro (sem partido) atenda as reivindicações da categoria. (Poder 360)
Produtos Químicos de Uso Industrial 1: A demanda de químicos de uso industrial permanece aquecida no Brasil, com expansão de 5,2% em volume em setembro frente a agosto, mas as importações seguiram avançando sobre o mercado doméstico, com crescimento de 16,8% na mesma comparação, segundo relatório mensal da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Nos últimos 12 meses, os produtos químicos importados alcançaram participação recorde de 47% na demanda nacional. (Valor)
Produtos Químicos de Uso Industrial 2: Em 12 meses até setembro, o índice de produção de químicos de uso industrial foi positivo em 7,21%, enquanto o de vendas internas subiu 6,52%. O consumo aparente teve elevação de 9,6% e o volume de importações cresceu 11,6%. Já as exportações recuaram 11,4%. (Valor)
Confiança dos Empresários da Indústria: O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu em 22 dos 30 setores industriais consultados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em outubro. Apesar disso, o indicador de todos os setores segue acima dos 50 pontos, em uma sinalização em que os empresários de todos os setores se mostram confiantes. O índice varia de 0 a 100 pontos, com uma linha de corte em 50, o que divide a confiança da falta de confiança. (Valor)
Mudando a Riqueza das Nações 1: A riqueza global cresceu de maneira geral, mas às custas da prosperidade futura e do agravamento das desigualdades, de acordo com o novo relatório Changing Wealth of Nations (Mudando a Riqueza das Nações) do Banco Mundial, divulgado dia 27-10-2021. Os países que estão esgotando seus recursos em favor de ganhos de curto prazo estão colocando suas economias no caminho de um desenvolvimento insustentável. Embora indicadores como Produto Interno Bruto (PIB) sejam tradicionalmente usados para medir o crescimento econômico, o relatório defende a importância de se considerar o capital natural, humano e produzido para entender se o crescimento é sustentável. (Valor)
Mudando a Riqueza das Nações 2: O documento rastreia a riqueza de 146 países entre 1995 e 2018, medindo o valor econômico do capital natural renovável (florestas, terras agrícolas e recursos oceânicos), capital natural não renovável (minerais e combustíveis fósseis), capital humano (ganhos ao longo da vida de uma pessoa), capital produzido (como edifícios e infraestrutura) e ativos externos líquidos. (Valor)
Concessões Rodoviárias: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, em comunicado, abertura de consulta pública para quatro lotes do Programa de Concessão Rodoviárias do Estado de Minas Gerais. O pacote conta com mais de 3 mil quilômetros de malha, contempla cerca de 120 municípios e prevê atração de aproximadamente R$ 11 bilhões em investimento, de acordo com números citados pelo banco. Apenas de ISS, os quatro lotes proporcionarão mais de R$ 1,2 bilhão de arrecadação para os municípios, segundo projeção veiculada pela instituição de fomento. (Valor)
Nouriel Roubini Prevê Estagflação: O mundo pode enfrentar um cenário de estagflação nos próximos anos, alertou o professor emérito da Stern School of Business da Universidade de Nova York e CEO da Roubini Macro Associates, Nouriel Roubini, durante evento da Anbima. O economista americano ganhou fama nos anos 2000 e ficou conhecido como “doutor catástrofe” por suas previsões pessimistas sobre os rumos dos mercados. Roubini avalia que os países estão prestes a entrar em uma era de inflação elevada com crescimento baixo ou recessão. O cenário de crescimento das dívidas públicas e privadas, somado às maciças injeções de estímulos com pacotes fiscais e políticas monetárias nada ortodoxas, além de choques de oferta em todo o mundo, cria um ambiente favorável para alimentar a inflação. (Valor)
Redução do Crédito Externo: Os créditos externos para o Brasil voltaram a sofrer contração, de US$ 7 bilhões, no segundo trimestre de 2021, segundo dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS), espécie de banco dos bancos centrais. No primeiro trimestre, a diminuição de créditos externos para o Brasil tinha sido de US$ 7,8 bilhões. No total, desde o segundo trimestre de 2020, a diminuição nos financiamentos externos para o país alcançam cerca de US$ 50 bilhões. (Valor)
Superávit Primário em Setembro: O governo central – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrou superávit primário de R$ 303 milhões em setembro. Um ano antes, as contas haviam ficado negativas em R$ 76,144 bilhões. Nos primeiros nove meses do ano, o governo central registrou um déficit de R$ 82,486 bilhões. Já em 12 meses, o déficit primário foi a R$ 154,2 bilhões – o que representa 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta fiscal para 2021 prevê um déficit de até R$ 247,1 bilhões. (Valor)
Reserva de Liquidez da Dívida Interna: A reserva de liquidez, espécie de “colchão da dívida”, encerrou setembro em R$ 1,128 trilhão, redução de 8,1%, em termos nominais, em relação a agosto. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 48,68%. Para os próximos 12 meses está previsto o vencimento de um volume de R$ 1,308 trilhão da dívida interna. (Valor)
Custo Médio da Dívida Publica: O custo médio do estoque em 12 meses subiu de 7,55% ao ano em agosto para 7,79%, maior valor desde fevereiro deste ano. No caso das emissões, o custo médio foi para 6,91%, ante 6,44% no mês anterior. (Valor)
Um Auxílio Família Pago em Juros: A elevação da taxa Selic em 1,5 ponto percentual representa um acréscimo na dívida pública da ordem de 47 bilhões de reais, estima o professor André Roncaglia, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. O montante, calcula, equivale ao custo de implantação do Auxílio Brasil, novo programa anunciado pelo governo que suplanta o Bolsa Família. A taxa básica de juros subirá de 6,25% ao ano para 7,75% a.a. Roncaglia lembra que cada ponto percentual de aumento da Selic acrescenta 32,9 bilhões de reais, ao longo de 12 meses, na conta de juros da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), que em agosto atingiu 4,9 trilhões de reais, segundo o próprio BC. (Carta Capital)
Congelamento do ICMS: O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou, por unanimidade, a proposta de congelar por 90 dias o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, informou o Ministério da Economia. De acordo com o Comsefaz, a decisão tomada consiste em congelar, por 90 dias, o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que serve de base de cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado sobre os combustíveis. O PMPF é calculado a cada 15 dias, tomando por base os preços dos combustíveis praticados no varejo. (Valor)
Mudança de Percepção do Mercado Financeiro: A percepção de que o governo abandonou, ainda que não formalmente, o teto de gastos como âncora para a economia alterou os cenários, que hoje contemplam inflação consistentemente mais alta e juros de volta para o patamar de dois dígitos. Conjugação de fatores que joga para baixo a capacidade de crescimento econômico. (Valor)
Espiral Negativa Tóxica 1: O novo cenário de percepções do mercado se reflete na curva de juros, que passou a projetar uma Selic de 14% para 2022; na queda do Ibovespa para a linha dos 105 mil pontos, menor patamar desde o auge da pandemia; e no comportamento do dólar, que superou os R$ 5,62 mesmo com o aumento da taxa Selic em 1,5 ponto. (Valor)
Espiral Negativa Tóxica 2: Sem o limite para o crescimento das despesas pelo governo, função exercida pelo teto de gastos, a percepção é que inflação vai ficar ainda maior, tornando o ciclo de alta de juros mais intenso. Com tantas incertezas, o dólar passa a ser um refúgio e, mais valorizado, alimenta a inflação e, consequentemente, a espiral negativa que se formou na economia brasileira. (Valor)
Incerteza da Economia: O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, cedeu 2,6 pontos em outubro, para 131,3 pontos, após subir quase 15 pontos no mês anterior. Com o resultado, o indicador inicia o último trimestre do ano 16,2 pontos acima de fevereiro de 2020 (115,1 pts), último mês antes da chegada da pandemia ao país. (Valor)
Dívida Bruta dos Governos: A dívida bruta dos governos no Brasil variou de R$ 6,849 trilhões em agosto para R$ 6,939 trilhões em setembro, conforme o Banco Central (BC). Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a dívida subiu de 82,7% para 83%. Foi a primeira vez que o indicador registrou alta, quando comparado ao PIB, desde fevereiro. (Valor)
Setor Público Consolidado 1: O setor público consolidado fechou setembro com superávit primário de R$ 12,933 bilhões, conforme divulgou o Banco Central (BC) dia 29-10-2021. Em setembro de 2020, o resultado havia sido deficitário em R$ 64,559 bilhões. (Valor)
Setor Público Consolidado 2: Nos nove primeiros meses do ano, o governo registrou superávit de R$ 14,171 bilhões, contra déficit de R$ 635,926 bilhões no mesmo período de 2020. Nos 12 meses até setembro, por sua vez, houve déficit de R$ 52,854 bilhões, o equivalente a 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB). Em agosto, estava em 1,57% do PIB. (Valor)
Investimento Estrangeiro Direto: O Brasil foi a sexta economia a mais atrair Investimento Estrangeiro Direto (IED) no primeiro semestre de 2021. Mas ocorreu uma situação pouco comum entre abril e junho: o país fez mais investimento direto no estrangeiro do que atraiu esse tipo de capital. É o que mostra levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre os fluxos globais de IED. Entre janeiro e junho deste ano, o fluxo global alcançou US$ 870 bilhões, mais do que o dobro do volume no mesmo período de 2020 e 43% a mais do que os níveis de antes da pandemia em 2019. (Valor)
Inflação
Aumento no Índice Nacional de Custo da Construção: Nos 12 meses encerrados em setembro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumula alta de 15,93%. Para a elevação, contribuíram principalmente vergalhões e arames de aço ao carbono, tubos e conexões de ferro e aço, e os tubos e conexões de PVC. (Valor)
IPCA Mais Elevado: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode encerrar 2021 em 10%, com os recentes reajustes de combustível anunciados pela Petrobras. A possibilidade foi aventada pelo economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. Ele fez a observação ao comentar os aumentos anunciados ontem pela Petrobras, de 9,5% no preço do diesel e de 7% no preço da gasolina, que valem nas refinarias a partir de hoje. (Valor)
IPCA-15: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) acelerou a alta para 1,20% em outubro, após marcar 1,14% em setembro. Em outubro de 2020, o IPCA-15 teve variação de 0,94%. A elevação de 1,20% é a maior para um mês de outubro desde 1995 (1,34%). É também a maior taxa mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%). (Valor)
Inflação Ajuda nos Gastos: As despesas previstas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022 poderão ser ajustadas em cerca de R$ 27 bilhões, caso o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) encerre o ano em 9%, disse o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Rebelo Athayde. As projeções que estão no PLOA consideravam inflação de 6,2%. (Valor)
IGP-M: O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o mês de outubro com aumento de 0,64%, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). Em setembro, o indicador havia registrado deflação de 0,64%. Com o resultado de outubro, o índice acumula alta de 16,74% no ano e de 21,73% em 12 meses. (Valor)
Governo e Ambiente Político
Pesquisa PoderData 1: A vantagem do ex-presidente Lula (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) num eventual segundo turno caiu 10 pontos em dois meses, segundo pesquisa do PoderData. Hoje o petista venceria por 52% a 37%, enquanto há 60 dias os números eram 55% a 30%. Na projeção de primeiro turno, Lula lideraria com 35%, seguido de Bolsonaro com 28%. Em terceiro aparece o ex-ministro Sérgio Moro (sem partido), aumentando a fragmentação da chamada terceira via. O PoderData também avaliou o desempenho dos dois postulantes tucanos contra Lula num segundo turno. Eduardo Leite perderia por 48% a 18% e Doria por 51% a 16%. Os confrontos, porém, parecem improváveis. Na simulação do primeiro turno, Doria tem 4% e Leite 3%. (Poder360) (Meio)
Pesquisa PoderData 2: A reprovação do governo Jair Bolsonaro estacionou nos 58% registrados 15 dias atrás, segundo pesquisa do PoderData divulgada dia 28-10-2021. O percentual dos que aprovam, 33%, também ficou estável, assim como os 9% que não souberam responder. Já a avaliação pessoal do presidente piorou, mas dentro da margem de erro de dois pontos para mais e para menos. O trabalho de Bolsonaro é ruim ou péssimo para 56%, contra 53% de 15 dias atrás, e ótimo ou bom para 26%, ante os 29% anteriores. Fora da margem foi a avaliação regular, que caiu de 18% para 14%. A região onde o governo é mais desaprovado é o Nordeste, 68%, enquanto o Norte é o que mais aprova, com 50%. A rejeição é maior entre os que têm nível superior 66%, embora também seja maioria nos níveis médio (54%) e fundamental (58%). (Poder360) (Meio)
Expurgo das Falsidades: O Facebook expurgou de seu aplicativo e do Instagram a íntegra da tradicional live presidencial da semana passada. Inacreditavelmente, sem qualquer indício neste sentido que seja, Bolsonaro fez uma associação falsa entre a vacina contra a covid-19 e a Aids. Bolsonaro teve um vídeo bloqueado em março por defender a cloroquina, mas foi a primeira vez que o arquivo com sua live foi tirado do ar. (Folha) (Meio)
Desilusão Militar: Desiludidos com Bolsonaro e aferrados ao antipetismo, generais da ativa e da reserva defendem agora a consolidação de uma candidatura de terceira via. Eles temem que o Brasil repita o cenário da Argentina, onde, na visão da caserna, direita e esquerda se revezam desfazendo o que foi feito pelo governo anterior. O problema é combinar com os políticos. Com a provável entrada do ex-ministro Sérgio Moro e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já são 11“terceiras vias” na disputa. (Estadão) (Meio)
Banimento de Bolsonaro: O relatório final que a CPI da Pandemia incluirá uma denúncia contra as mentiras que o presidente Jair Bolsonaro disse em sua live do último dia 21-10-2021. As mentiras foram repudiadas por associações médicas e políticos. Além da inclusão do incidente no relatório, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a comissão vai encaminhar um ofício ao STF pedindo que Bolsonaro se retrate. Até um aliado fiel, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou Bolsonaro, dizendo que, se o que ele disse não tiver base científica, deve “pagar sobre isso”. (Globo) (Meio)
Convites para Filiação Partidária: Ex-deputado e condenado no mensalão, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, divulgou ontem um vídeo convidando o presidente Bolsonaro, seus filhos e seguidores a se filiarem à legenda. Parlamentares do PL e interlocutores de Costa Neto têm procurado Bolsonaro (sem partido) para concorrer à reeleição. Mas o PL não está sozinho na pretensão. O PP, maior legenda do Centrão, também quer Bolsonaro, a despeito da resistência dos diretórios nordestinos, assim como o PTB — nesse caso, porém, a resistência maior é do clã presidencial. (Poder360) (Meio)
Rodrigo Pacheco no PSD: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), assinou a ficha de filiação ao PSD de Gilberto Kassab, que passa a ter a segunda maior bancada do Senado, com 12 parlamentares. Embora tenha feito um discurso de campanha, criticando duramente a economia do país, Pacheco evitou falar numa eventual candidatura ao Planalto. “Tudo tem seu tempo”, disse. (g1) (Meio)
Fim da CPI da Covid: A CPI da Pandemia aprovou dia 26-10-2021, pelos previsíveis 7 votos a 4, o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) pedindo o indiciamento de Jair Bolsonaro por nove crimes e de outras 77 pessoas e duas empresas. A lista inclui três filhos do presidente, ministros, ex-ministros, deputados, funcionários públicos, empresários e o governador do Amazonas, Wilson Lima. Ao descrever o comportamento de Bolsonaro durante a pandemia, Renan usou termos como “mentiroso”, “caviloso” e “desonesto”, além de classificar o presidente como um “serial killer” (assassino em série). Restou aos governistas, minoritários na comissão, protestar e discursar em defesa do presidente. (g1) (Meio)
Augusto Aras o Engavetador: A ministra do STF Cármen Lúcia deu prazo de 15 dias para que Procuradoria-Geral da República detalhe as medidas tomadas na investigação das notícias-crime contra o presidente Jair Bolsonaro nos atos antidemocráticos de 7 de setembro. Sob Augusto Aras, a PGR vem arquivando as notícias-crime com a alegação de ter aberto “investigação preliminar”, cujos detalhes não chegam ao Supremo. Cármen Lúcia parece querer dar fim a essa estratégia. (Poder360) (Meio)
Quebra de Sigilos: Bolsonaro ingressou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança contra a quebra de seus sigilos nas redes sociais pedida pela CPI. A Advocacia-Geral da União, que o representa, diz que uma CPI não tem o poder de quebrar os sigilos do presidente. O mandado já tem relator, Alexandre Moraes, que chegou a ter seu impeachment pedido ao Senado pelo presidente. (CNN Brasil) (Meio)
Acordo do Governo de Minas com os Municípios: O governo de Minas Gerais e a Associação Mineira dos Municípios (AMM) assinaram um acordo para pagamento de recursos da Saúde que o Estado deve às prefeituras. De acordo com o governo do Estado, a dívida é de R$ 6,7 bilhões. O valor será pago em 98 prestações. O acordo foi intermediado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Também assinaram o termo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems/MG). (Valor)
Disparo de Mensagens em Massa: Por unanimidade, os ministros do TSE concluíram que não havia provas de que a campanha de 2018 de Bolsonaro/Mourão cometeu abuso de poder econômico no disparo de mensagens em massa nos aplicativos como Whatsapp. Ao mesmo tempo, deixaram claro que essa distribuição maciça e a disseminação de notícias falsas serão tratadas como abuso já durante a campanha do ano que vem. Como disse o ministro Alexandre Moraes, que assume a presidência do TSE em fevereiro, a Justiça Eleitoral “não será pega de surpresa” em 2022 como “o Brasil foi pego de surpresa em 2018 por essas milícias digitais”. (g1) (Meio)
Observatório da Pandemia de Covid-19: O senado aprovou ontem a criação de uma frente parlamentar chamada Observatório da Pandemia de Covid-19, que pretende fiscalizar os desdobramentos das denúncias contidas no relatório da CPI. O pedido de criação da frente foi feito pelo presidente e o vice da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). (g1) (Meio)
Injúria Racial Nunca Prescreve: Por oito votos a um o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de injúria racial é equiparável ao de racismo e que, com isso, nunca prescreve. Para o relator, ministro Edson Fachin, a injúria racial – quando alguém é ofendido com base em cor, etnia, religião ou origem – configura racismo ao se manifestar sistematicamente na sociedade. Somente o ministro Nunes Marques divergiu. Gilmar Mendes não votou. (Poder360) (Meio)
Contra a Linguagem Neutra: Uma portaria da Secretaria Especial de Cultural veda o acesso a recursos via Lei Rouanet a projetos que usem ou façam apologia à linguagem neutra. Nela, letras que indicam gênero são substituídas por e ou x – todos, por exemplo, vira “todes” ou “todxs” – para incluir pessoas não-binárias. No Twitter, o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, que assina a portaria, afirmou que essa linguagem foi “criada e integrada de forma alienígena, através de movimento político sectário”. Segundo especialistas, a portaria é inconstitucional. (Globo) (Meio)
Assassinato de Indígenas: Um relatório divulgado dia 28-10-2021 apontou aumento de 61% no número de assassinatos de indígenas entre 2019 e 2020, os dois primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro, saindo de 113 para 183 mortos. Os índices estão registrados no relatório “Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil”, do Conselho Indigenista Missionário, o CIMI, organismo criado há 48 anos e vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB. (Carta Capital)
Meio Ambiente, Sustentabilidade e Energia
Efeito Estufa: A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera atingiu níveis recordes em 2020, apesar dos “lockdowns” decretados em todo o mundo para conter a covid-19, freando a atividade econômica. Os dados são de um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A concentração de dióxido de carbono (CO2), o principal responsável pelo aquecimento global, é agora 50% maior do que antes da Revolução Industrial, que deu início ao uso em massa dos combustíveis fósseis. Além disso, os níveis de metano mais do que dobraram desde 1750. (Valor)
Emissões de Gases Efeito Estufa 1: A temperatura do mundo poderá aumentar até 2,7°C até 2100 se os países não estabelecerem metas mais ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no curto prazo. O alerta foi feito pela ONU em um novo relatório divulgado dia 25-10-2021, às vésperas da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26). (Valor)
Emissões de Gases Efeito Estufa 2: O Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas da ONU estima que, para limitar o aumento da temperatura média global em 1,5°C, será preciso cortar as emissões de dióxido de carbono em 45% até 2030. Para o limite de 2°C, a redução deverá ser de 25% até o final da década. (Valor)
Sequestro de Carbono: Por meio do sequestro ou captura de carbono, as árvores promovem a redução dos efeitos do gás carbônico na atmosfera. E esse processo é realizado naturalmente, pelo crescimento dos vegetais, por meio da fotossíntese, e pela absorção do oceano e do solo. Mas as árvores não são essenciais apenas para a nossa atmosfera. Elas têm esse papel também para a nossa biosfera, que é o conjunto de todos os ecossistemas do nosso planeta. Um levantamento publicado pela Revista Nature, envolvendo pesquisadores de vários países, mostrou que a restauração de apenas 30% das áreas prioritárias da Terra sequestraria 49% do aumento total de carbono na atmosfera desde a Revolução Industrial e ainda evitaria a extinção de 71% das espécies ameaçadas atualmente. (Site da Petrobras)
Crescimento Verde: Faltando menos de uma semana para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP26), na Escócia, o governo brasileiro lançou o Programa Nacional de Crescimento Verde para sistematizar as ações do país na área ambiental. Oficialmente, o programa conta linhas de crédito de R$ 400 bilhões, mas apenas 3% são dinheiro novo. Não foram dados detalhes dos projetos que o programa vai apoiar. (g1) (Meio)
Energia Limpa: “Energia limpa” ainda é mais um conceito que uma realidade. Equipamentos para obtenção de energia solar e eólica, por exemplo, dependem pesadamente da mineração que tem um enorme impacto sobre o meio ambiente. (Estadão) (Meio)
Brasil na Contra-Mão 1: Embora não necessariamente sinceros quase todos os países chegam à Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26) com propostas de redução nas emissões de carbono. As duas exceções são o México e o Brasil, que pretendem aumentar as emissões até 2030. A informação está num relatório do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA). (g1) (Meio)
Observatório do Clima: As emissões brasileiras de gases de efeito estufa em 2020 cresceram 9,5%, puxadas pela alta do desmatamento, principalmente na Amazônia. É um dado na contramão do que ocorreu no mundo, que registrou queda das emissões em quase 7% em função da pandemia. Devido à pandemia de covid-19. O Brasil, em 2020, registrou o maior volume de emissões desde 2006. (Valor)
Brasil na Contra-Mão 2: Se todos os países adotassem o que o Brasil vai propor na conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP26), o mundo chegaria ao fim do século com aumento de 4oC na temperatura, acimas dos já insustentáveis 3oC das previsões mais pessimistas. A avaliação é de Joana Portugal, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ e uma das autoras do relatório que a ONU vai levar para o encontro, que começa domingo na Escócia. Na contramão do resto do mundo o Brasil aumentou a emissão de carbono durante a pandemia e pretende apresentar à COP26 uma proposta para aumentar ainda mais até 2030. (Observatório do Clima) (Meio)
Empresas e Sustentabilidade: Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) identificou que 98% das empresas do Brasil adotam pelo menos uma ação de sustentabilidade e 63% delas pretendem ampliar os investimentos nas suas áreas nos próximos dois anos. O levantamento, feito em meio à preparação para a 26ª Conferência do Clima (COP 26), foi realizado em parceria com o Instituto FSB para avaliar qual a visão das empresas brasileiras e quais ações concretas elas adotaram em relação à sustentabilidade. Em alguns quesitos, os dados mostram que elas estão avançadas. (Valor)
Investindo em Sustentabilidade: Praticamente duas em cada três das empresas entrevistadas pela CNI, o equivalente a 63% delas, afirmaram que vão ampliar os investimentos em sustentabilidade nos próximos dois anos. Mesmo durante a pandemia, em meio à crise econômica, 28% delas disseram ter ampliado esse tipo de investimento nos últimos 18 meses. (Valor)
Ambiente Social, Emprego e Renda
Dados do Caged: A criação líquida de 313,9 mil vagas em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), manteve a tendência de saldo em torno de 300 mil vagas dos últimos meses. Segundo Fernando Barbosa Filho, pesquisador da área de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), o resultado é insuficiente para reverter a alta taxa de desemprego e fazer com que o mercado de trabalho deixe de sofrer impactos da perspectiva de menor crescimento em 2022. (Valor)
Desemprego Cai no Brasil: A taxa de desemprego no país se situou em 13,2% no trimestre encerrado em agosto, ou 1,4 ponto percentual abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em maio, de 14,6%) e 0,5 ponto abaixo do resultado de julho de 2021 (13,7%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Valor)
População Ocupada: Entre junho e agosto, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 90,2 milhões de pessoas. Isso representa alta de 4% em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em maio (3,5 milhões de pessoas ocupadas a mais). (Valor)
Força de Trabalho: A força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 103,8 milhões no trimestre até agosto de 2021, 2,3% a mais do que no trimestre anterior (2,3 milhões de pessoas) e 8,8% acima de igual período do ano anterior (8,4 milhões de pessoas a mais). (Valor)
Trabalhadores por Conta Própria: O número de trabalhadores por conta própria atingiu novo recorde, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) no trimestre móvel encerrado em agosto, IBGE. O contingente chegou a 25,409 milhões de pessoas, o que representa uma alta de 4,3% (mais 1,0 milhão de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em maio, e de 18,1% (3,9 milhões de pessoas) na comparação anual. (Valor)
Precarização no Mercado de Trabalho 1: O recuo mais intenso da taxa de desemprego no trimestre móvel encerrado em agosto, para 13,2%, divulgado dia 27-10-2021 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, esconde um cenário de recuperação precária do mercado de trabalho, com aumento do número de trabalhadores informais e queda recorde da renda. As perspectivas no médio prazo são negativas, dizem economistas, diante de um cenário de menor atividade econômica, já estimado pelo mercado. (Valor)
Precarização no Mercado de Trabalho 2: Em agosto, a população ocupada chegou a 90,2 milhões de pessoas, 4% a mais em relação ao trimestre móvel anterior. Quase 70% desse aumento, no entanto, foram vagas informais, como sem carteira de trabalho assinada ou por conta própria. Este último grupo, inclusive, atingiu novo recorde, de 25,409 milhões. (Valor)
Deficiência Alimentar: A desigualdade socioeconômica do país se reflete em deficiências nutricionais e compromete o desenvolvimento saudável das crianças brasileiras. É o que mostra uma pesquisa inédita coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com a UERJ, a UFF e a Fiocruz. Segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), 14,2% das crianças brasileiras de até 5 anos enfrentam deficiência de alguma vitamina ou mineral. Mais precisamente, da vitamina B12. E 10% delas apresentam anemia. Nesta fase da infância, a deficiência nutritiva provoca consequências como déficit de crescimento, raquitismo e baixo desempenho cognitivo, além de comprometer o sistema imunológico. (Carta Capital)
Ambiente Tecnológico
Venda de Carros Elétricos: Quatro meses após sair da falência, a Hertz Global Holdings Inc. encomendou 100 mil veículos da Tesla, na primeira etapa de um plano ambicioso para eletrificar sua frota de carros de aluguel, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto. É a maior compra individual para veículos elétricos e representa cerca de US$ 4,2 bilhões em receita para Tesla Inc., de acordo com as fontes, que pediram para não ser identificadas porque a informação é privada. (Valor)
Indústria Verde: Às vésperas da Conferência do Clima (COP26), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lança uma plataforma digital para dar visibilidade às ações do setor voltadas à agenda ambiental, como estratégias para reduzir emissão de gases de efeito estufa, investimento em pesquisa e desenvolvimento, metodologias de inovação, de uso racional dos recursos naturais e de estímulo à adoção de práticas sustentáveis. O site Indústria Verde reúne notícias e casos de sucesso relacionados ao projeto nacional defendido pela CNI, dentro da estratégia de consolidar uma economia de baixo carbono. (Valor)
Invasões Russas: A principal agência de inteligência da Rússia lançou uma campanha de invasão de milhares de redes de computadores do governo dos Estados Unidos, empresas e grupos de pesquisa americanos. O alerta foi feito por funcionários da Microsoft e especialistas em segurança cibernética. A Rússia tem sofrido sanções impostas pelo governo de Joe Biden após a descoberta de operações de espionagem conduzidas do país para o resto do mundo. Em 2016, a SVR, agência de inteligência russa, invadiu as redes do Comitê Nacional Democrata nas eleições presidenciais americanas. Segundo a Microsoft, o esforço é “muito grande e está em andamento” e teria como objetivo adquirir dados armazenados na nuvem. (New York Times) (Meio)
A Força do 5G: A conectividade do 5G pode afetar não somente as empresas, mas também toda a sociedade. Segundo um estudo do Fórum Econômico Mundial, a tecnologia pode gerar 22,8 milhões de empregos até 2035. Entre os aspectos positivos estão a contribuição para a boa saúde e bem-estar com a melhora da infraestrutura, a promoção de indústrias sustentáveis e o fomento à inovação. No setor produtivo, o agronegócio é uma das áreas mais promissoras com o progresso da tecnologia. (Meio)
Leilão do 5G: Marcado para 04 de novembro, o leilão do 5G no Brasil pode levantar até R$ 3 bilhões para o Tesouro Nacional, disse ontem superintendente de competição da Anatel, Abraão Balbino. Quinze empresas apresentaram documentação de credenciamento para participar. Considerando os valores dos lotes de frequência definidos no edital, o governo pode arrecadar até US$ 10 bilhões no total, nos quais US$ 7 bi serão destinados à implantação de internet em escolas públicas no Brasil. O restante iria para o Tesouro, segundo o superintendente. (Forbes Brasil) (Meio)
Facebook Agora é Meta: O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, revelou durante um evento da empresa a nova marca a rede social: Meta. “Somos uma empresa que desenvolve tecnologia para conectar”, disse. “Juntos, podemos finalmente colocar as pessoas no centro de nossa tecnologia.” No anúncio, Zuckerberg explicou que a ideia de criar uma nova marca tem como objetivo englobar todos os projetos que o Facebook desenvolve atualmente, mas que não estão diretamente ligados à rede social ou a um único produto. Essa é a ideia de uma empresa “metaversa”, segundo ele. Mark Zuckerberg se torna CEO e presidente da Meta, que agora passa a controlar o Facebook. O mesmo vale para Instagram, WhatsApp e Messenger. O metaverso é um espaço 3D com vários níveis de imersão. Para os executivos da rede social, o novo ambiente digital é o futuro da internet. Por isso, a companhia vai investir US$ 10 bilhões para a criação do projeto que tem entre seus produtos a Horizon, ambiente de imersão em Realidade Virtual. Vale lembrar que o Facebook enfrenta uma das maiores crises de sua história depois que documentos internos foram vazados. Ex-funcionários denunciam problemas de moderação e conteúdo tóxico envolvendo as plataformas da rede social.(The Verge) (Meio)
Ambiente Internacional
Cenário Internacional: O cenário internacional não parece muito bom para as economias emergentes, principalmente pela desaceleração chinesa. Com revisões para o crescimento do ano que vem para a China abaixo de 5% e o PIB potencial também caindo ao longo do tempo, isso vai ter repercussões para o Brasil. Isso significa que o dinamismo para os emergentes, principais produtores de commodities, será bem mais fraco do que no início dos anos 2000. (Valor)
USA e o Sudeste da Ásia: O presidente americano, Joe Biden, anunciou dia 26-10-2021 planos para investir US$ 102 milhões para expandir a parceria estratégica dos Estados Unidos com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Os novos planos de financiamento dos EUA priorizarão a saúde, o combate às mudanças climáticas, a educação e a cooperação econômica. Do total, US$ 40 milhões irão para o enfrentamento da covid-19 e para aumentar a capacidade dos países da Asean de prevenir novos surtos de doenças infecciosas. (Valor)
Notas Econômicas: Fontes
Jornal Valor, Globo, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Carta Capital, Poder 360, Mercado & Consumo, Site da Petrobras, UOL, Forbes Brasil, New York Times, CNN Brasil, The Verge e g1.
Notas econômicas: 26 a 30 de julho de 2021
Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas