No século 21, o mundo é asiatizado
A ascensão da Ásia tem sido rápida. Lar de mais de metade da população mundial, a região passou de região marcada por baixos salários para salários médios numa só geração. É provável que até 2040 gere mais de 50% do PIB mundial e poderá representar quase 40% do consumo global.
Uma nova investigação do McKinsey Global Institute mostra até que ponto o centro de gravidade global está sendo deslocado para a Ásia. Hoje, a região tem um percentual mundial crescente de comércio, capital, pessoas, conhecimento, transportes, cultura e recursos. Dos oito tipos de fluxos transfronteiriços globais, apenas os resíduos estão fluindo na direção oposta, refletindo a decisão da China e de outros países asiáticos de reduzir as importações de lixo proveniente de países desenvolvidos.
A Ásia agora representa cerca de um terço do comércio global de mercadorias, em comparação com cerca de um quarto há dez anos. Sensivelmente no mesmo período, o percentual de turistas da região aumentou de 33% para 40% e a sua percentagem de fluxos de capital aumentou de 13% para 23%. Entramos no “século asiático”, tal como diz o autor Parag Khanna. Já não é possível voltar atrás.
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Futuro do varejo: as tecnologias que despontarão em 2020
Quais as principais transformações do varejo para 2020? O que os consumidores podem esperar de novos benefícios e inovação? Estudo realizado pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, revela as principais tendências do segmento de varejo nacional para 2020.
De acordo com a pesquisa, as embalagens, além de informar, tornam-se um valioso canal de contato e comunicação. Algumas marcas, por exemplo, já embarcaram neste caminho com QRCode para destravar stories do Instagram.
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Número de jovens que não estudam nem trabalham bate recorde
Em 2018, 23% dos jovens de 15 a 29 anos – 10,9 milhões – não estudavam, nem trabalhavam, os chamados nem-nem. Foi o maior índice da série histórica, de acordo com os divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, que analisa as condições de vida da população brasileira.
Entre os jovens de 18 e 24 anos, a incidência chega a 27,9% e nos jovens adultos, de 25 a 29 anos, a taxa de nem-nem é de 25,9%. Segundo o IBGE, o fenômeno é fortemente influenciado pela interrupção dos estudos.
Os dados mostram que dos jovens de 18 a 24 anos nessa condição, 46,6% não tinham concluído o ensino fundamental e 27,7% terminaram apenas essa etapa. Na faixa entre 25 e 29 anos, a proporção é de 44,1% e 31,2%, respectivamente. Dos jovens que concluíram o ensino médio, há mais nem-nem entre quem fez ensino regular do que entre os que concluíram o ensino técnico.
O gerente da pesquisa, André Simões, explica que o fenômeno dos jovens que não estudam e não estão ocupados é estrutural. “É um segmento estrutural, porque tem fatores que dependem de políticas específicas para que haja redução”, disse.
Investimentos sociais de empresas são mantidos apesar da economia fraca
“Temos observado uma tendência de estabilidade dos investimentos sociais em patamar acima de R$ 2 bilhões, um esforço das empresas, apesar das dificuldades econômicas. Em relação ao futuro, as empresas estão otimistas: 65% estão prevendo ampliar ou, pelo menos, manter nos próximos dois anos os investimentos realizados nos anos recentes”.
A projeção, com alguma dose de otimismo, é de Anna Maria Peliano, coordenadora da nova edição da pesquisa BISC (Benchmarking do Investimento Social Corporativo), divulgado pela organização social Comunitas. Em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, ela reconhece que mesmo no cenário de restrição de recursos para investimentos em geral, institutos, fundações e grandes companhias nacionais que participam do levantamento têm procurado rever o conteúdo dos projetos em curso para adequá-los aos seus negócios.
As metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, agenda lançada em 2016, também são citadas como referência para os trabalhos desenvolvidos: 90% das companhias identificaram conexão de seus projetos sociais com os ODS; 44% já estabeleceram metas com base nesses objetivos.
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O que esperar da Gastronomia em 2025?
Você já parou para pensar como estará o mercado de Gastronomia em 2025? Com certeza, apesar da crise econômica que assola milhões de brasileiros, muitas pessoas gastarão um terço de seu salário para fazer suas refeições fora de casa. Diversos trabalhadores, forçados a comer na rua farão a opção por se alimentarem em restaurantes que ofereçam comidas saudáveis.
O mercado de trabalho para quem se forma em Gastronomia será mais atrativo apenas para quem investir no próprio negócio ou trabalhar em cidades turísticas, mas, em geral, os salários do setor continuarão achatados.
Quem quiser montar seu próprio restaurante em 2025 poderá contar com aplicativos, inteligência artificial, robôs, chatbots e fornos de última geração como grandes aliados. Aliás toda essa parafernália já existe, e não apenas nos principais restaurantes de grandes metrópoles. A tecnologia permitirá a redução de gastos, com a otimização de despesas e redução de impostos e o aumento da lucratividade desses estabelecimentos.
Em 2025, a Inteligência Artificial será amplamente utilizada pelos restaurantes mais badalados: bastará ao cliente fazer o seu pedido ao sistema e, este, automaticamente redirecionará o mesmo aos cozinheiros, oferecendo, inclusive, as informações sobre como se faz o prato e as quantidades certas dos ingredientes.
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Como sobreviver aos impactos da inteligência artificial no jornalismo
Nem deslumbrado, nem ludita. Os impactos da inteligência artificial no jornalismo cobram ações antecipatórias
Leia mais: Como sobreviver aos impactos da inteligência artificial no jornalismoCARLOS PLÁCIDO TEIXEIRA
Jornalista Responsável | Radar do Futuro
Irmão do viés cognitivo, o pensamento binário me atormenta ao pensar nos impactos presentes e futuros da inteligência artificial no jornalismo e das atividades humanas. Temo tanto o deslumbramento sem crítica quanto o medo paralisante. Ou seja, tenho mêdo de ver os jornalistas, assim como outros profissionais, travados nos extremos, entre acreditar em uma perspectiva libertadora da tecnologia ou na posição de neoluditas, prontos para quebrar todas as máquinas, contestar as tecnologias e sonhar com a volta dos jornais em papel.
Segundo o neurocientista Miguel Nicolelis, não devemos temer a possibilidade de sistemas de IA, como o ChatGPT superar a inteligência humana. Precisamos nos preocupar, sim, com a possibilidade da inteligência humana sofrer um processo de decadência, ficando menor do que a inteligência das máquinas. Dois estudos recentes, feitos pela Brown University e pela Columbia University, concluem que o desenvolvimento cognitivo está em declínio pela primeira vez na história.
Jornalistas, assim como profissionais de todas as áreas, precisam colocar a reflexão sobre o futuro como meta prioritária.
O andar da carruagem civilizacional mostra dados preocupantes. É o que revela, por exemplo, uma pesquisa recente do instituto Ipsos. Segundo o estudo, quase 50% da população brasileira acredita que o País pode “correr o risco de virar um país comunista”.
O que fazer?
Ou a gente, jornalistas, se apropria das tecnologias ou continuamos a pagar caro. Sem investir em reflexão, o jornalista tende a repetir erros do passado, quando áreas sem vínculos com a produção de textos começaram a definir o certo e o errado na formatação de conteúdos para a internet. Lá atrás, deixamos que os gurus da tecnologia, os designers, marketeiros e até mesmo os sobrinhos dos nossos amigos definissem, por exemplo, conceitos e critérios definidores de textos de qualidade.
O ensino do jornalismo e os jornalistas devem investir no conhecimento sobre as mudanças sociais, econômicas, políticas, culturais etc, além das tecnológicas, que estão ocorrendo no cenário global. Omissão, rejeição, alienação terão efeitos muito ruins para os profissionais.
Os debates sobre os impactos da inteligência artificial devem levar em conta a necessidade de tornar os profissionais das ciências sociais e humanas em atores de destaque nas definições das regras e da ética envolvidas na produção de inovações baseadas em tecnologias.
Prioridade: antecipar oportunidades
As demissões de profissionais nas Organizações Globo registram o fim de uma era. O jornalismo tem a mudança mais profunda de sua história, com a incorporação de novos modelos de produção de notícias. Na área da comunicação, o velho está morrendo e há uma chance do novo nascer.
Somos testemunhas, hoje, da oportunidade de criação e implantação de modelos inovadores de jornalismo, realmente destinados a informar a população, comprometido com a sociedade. Sem vínculos com os interesses das elites econômicas, financeiras, políticas e sociais é necessário olhar para as tecnologias e imaginar formas de aplicações no cotidiano.
Como usar
A antecipação de oportunidades significa a capacidade de olhar para a inteligência artificial, assim como para as outras tecnologias, e imaginar aplicações inovadoras. Por exemplo: como a evolução da tradução instantânea para qualquer idioma altera as minhas relações com as fontes de informações? Que tal buscar exemplos africanos no momento ao produzir uma reportagem sobre a realidade do Vale do Jequitinhonha?
Outro exemplo: como a realidade virtual tende a impactar a forma de apresentação dos conteúdos jornalísticos? Como a inteligência artificial vai ajudar a realizar o controle das apresentações de informações? As respostas dependem da percepção de que ambientes virtuais, com suas novas maneiras de consumir informações, forçam os modelos de negócios de notícias e informação a se transformarem.
A alteração radical da maneira como os consumidores descobrem novos conteúdos, com sistemas de IA como o ChatGPT, redefine estratégias e fluxos de trabalho de repórteres, editores e ilustradores. Eles precisam ter, pelo menos, algum conhecimento sobre a existência de recursos tecnológicos. Mais importante do que dominar as técnicas é expandir a consciência sobre o papel humano da criação de alternativas de uso e sobrevivência.
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