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Produtos veganos também chegam nos supermercados

Demanda por produtos veganos favorece os planos de expansão da empresa.
Demanda por produtos veganos favorece os planos de expansão da empresa. Foto por John Lambeth em Pexels.com

Em apenas seis anos, o número de pessoas que se declararam vegetarianas quase dobrou no Brasil. É o que aponta a pesquisa feita pelo Ibope no início de 2019. Cerca de 14% da população brasileira se declara vegetariana. Esse percentual sobe dois pontos nas regiões metropolitanas de Curitiba, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Além disso, o interesse por produtos veganos também aumentou. Hoje são cerca de 7 milhões de brasileiros que se declaram adeptos da dieta.

E se a demanda aumenta, a oferta precisa acompanhar os consumidores. Nos supermercados brasileiros já é possível encontrar muitas versões veganas de produtos cárneos ou lácteos, como nuggets, presuntos, kibes, coxinhas, salsichas, linguiças, sorvetes e requeijões.

Isso sem falar da população com alimentação restrita. De acordo com uma pesquisa da Nielsen, 7% da população global é intolerante a glúten, 26% optam por uma dieta glúten free em busca de saudabilidade, 12% da população Global é intolerante a lactose e 15% optam por uma dieta sem lactose em busca de saudabilidade.

O Supermercados Mundial, tradicional rede carioca, não deixa mentir e comprova um crescimento do mercado de saudáveis que passa dos 100%, é o que revela Marcelo Leite, responsável pela compra dos produtos deste setor no Mundial.

“Conseguimos identificar um aumento significativo do setor, tanto pela sensibilidade, quanto pelo reabastecimento do estoque, isso está nos surpreendendo positivamente. Alguns itens demonstram um crescimento que passa dos 100%, algo bem expressivo diante da realidade econômica que nosso país atravessa. Acredito que isso deva-se ao foco que a área está recebendo e também ao reposicionamento físico e de preço que a categoria sofreu, lógico, não se esquecendo da grande influência que as mídias sociais tem nessa área junto a sociedade”, considera Leite.

A rede destaca que começaram a dar mais atenção para a área há pouco tempo, e fizeram algumas mudanças a fim de melhorar a exposição dos produtos da seção, consequentemente ampliar a procura e a venda.

“Começamos a olhar com mais atenção esse segmento que vem crescendo significativamente, desta forma, iniciamos o trabalho no momento em que centralizamos as compras do setor em apenas uma pessoa. Desde então demos início a um projeto onde estão sendo criados espaços exclusivos nas áreas de vendas, criação de uma parte especial em nosso tabloide direcionado para esse público, expansão do mix oferecido ao público, e principalmente ações de preços bem agressivas para viabilizar o acesso desses itens ao nosso cliente”, revela o responsável.

Quando questionado sobre quais itens não podem ficar de fora do mix de produtos, Marcelo Leite afirma que os orgânicos e os de origem vegetal são fundamentais. Ele ainda cita os itens recém-incorporados ao estoque da rede, que são as bebidas de origem vegetal e as de alto teor de proteína isolada.

De acordo com o consultor de varejo Marco Quintarelli, não há como negar que esta já não é mais uma tendência do mundo e sim uma realidade que precisa ser trabalhada de maneira séria pelas redes de supermercados.

“É muito importante que o supermercadista não deixe de ter a atenção a este segmento. Seja do vegetarianismo restrito (veganismo) ou aos vegetarianos de uma maneira geral.

Por ser um segmento bem amplo e especifico no aspecto de detalhes comportamentais a ajuda de um profissional nutricionista é de suma importância para que haja um posicionamento correto e atuação clara e assertiva.”

A escolha dos itens desta categoria é muito mais complexa do que se imagina, garante o consultor. “O importante é considerar todas as opções de ofertas de mercado para este consumidor. Quando se fala de veganismo, por exemplo, é muito mais vasta do que se pensa. Para este público um cosmético, produto de higiene pessoal, roupas e acessórios sintéticos que não seja testado em animais ou um alimento que não tenha nenhum processo de utilização animal (transporte de carga, etc) são de suma importância ter neste sortimento para se garantir um mix adequado aquele consumidor.”

Quintarelli ainda dá uma dica para as redes de supermercados: “Caso o supermercadista não consiga ter uma amplitude de sortimento devido ao espaço físico pelo menos o segmento de alimentos deve ser oferecido”.

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