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Futuro do trabalho: Home office será mesmo o “novo normal”?

A pergunta que fica é: Será que nós brasileiros estamos, de fato, preparados para uma rotina de trabalho sem interação com os demais colaboradores de uma companhia?
A pergunta que fica é: Será que nós brasileiros estamos, de fato, preparados para uma rotina de trabalho sem interação com os demais colaboradores de uma companhia?

Futuro do transporte público: apostas na tecnologia

Transporte púbico inova para reverter a tendência de perda de passageiros - foto: Pixabay
Transporte púbico inova para reverter a tendência de perda de passageiros – foto: Pixabay

Futuro do turismo: três forças que impulsionarão o setor

Ao invés de enfraquecer, as tecnologias tendem a fortalecer o turismo nas próximas décadas - foto: Pixabay
Ao invés de enfraquecer, as tecnologias tendem a fortalecer o turismo nas próximas décadas – foto: Pixabay

Futuro do turismo: Brasil tem mais de duas centenas de travel techs

Estudo inédito traz panorama do setor, com a identificação de 219 empresas. No futuro do turismo, o mercado deve movimentar R$ 35 bilhões já em 2022

foto pixabay
Foto panorâmica de Singapura para matéria sober o futuro do turismo
Foto: Pixabay

Futuro do turismo: o papel dos millennials nas viagens corporativas

Cerca de 90% dos millennials consideram as viagens como um benefício profissional, e 39% afirmam que não aceitariam um emprego que não oferecesse oportunidades de viajar.- foto: Pixabay
Cerca de 90% dos millennials consideram as viagens como um benefício profissional, e 39% afirmam que não aceitariam um emprego que não oferecesse oportunidades de viajar.- foto: Pixabay

Futuro do turismo: tendências no cenário de recuperação

Retomada das atividades deve se consolidar no próximo verão, de acordo Relatório sobre o futuro do turismo produzido pelo Sebrae e Fundação Getulio Vargas

A busca por viagens e atividades em ambientes ao ar livre se intensificaram na pandemia, continuam em alta e seguem em crescimento

Futuro do turismo: “overtourism” gera retaliação de residentes e governos locais

Restrições, taxas de entrada, multas e proibições são medidas que os destinos mais procurados do mundo estão adotando para diminuir o número de turistas


Jornal da USP

O turismo é frequentemente considerado benéfico para as cidades, pela geração de empregos e aumento do comércio. Entre janeiro e julho deste ano, 700 milhões de pessoas viajaram internacionalmente, 43% a mais do que no mesmo período do ano passado. Em 2022, o número de turistas internacionais atingiu quase 1 bilhão.

Os números ainda não alcançaram os do período pré-pandêmico, mas muitas cidades estão sofrendo os efeitos do grande número de visitantes. “Cidades antes tranquilas, agora enfrentam uma invasão de turistas, o que pode trazer problemas ambientais, de infraestrutura e conflitos sociais”, diz Lúcia Silveira Santos, doutoranda em Turismo pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP. A Europa é uma das mais afetadas pelo overtourism – a saturação de turistas. 

Lúcia Silveira Santos – Foto: EACH

Na região central da Áustria é localizada uma pequena cidade, Hallstatt. Com cerca de 740 residentes, virou um destino popular e recebeu 1,2 milhão de turistas em 2019. Dubrovnik, na Croácia, enfrenta o mesmo problema: a cidade tem 41 mil moradores e recebeu 1,4 milhão de turistas em 2019. Por conta disso, as autoridades locais restringiram o número de cruzeiros que podem aportar por dia,  com até 4 mil passageiros por barco.

Em 2022, o número de turistas caiu para pouco mais de 1 milhão. Para aqueles que vivem nessas cidades, a situação é insustentável. São ruas lotadas, horas de espera em filas, preços exorbitantes para produtos e serviços básicos, entre outros. Até as paisagens não podem ser aproveitadas por conta do número de turistas. O resultado é uma crescente turismofobia, que é a rejeição aos turistas.

Cidades como Veneza e Amsterdã já estão tomando medidas para restringir o acesso a pontos turísticos e tentando diminuir o número de visitantes. Em Veneza, as ruas e pontes estreitas estão cada vez mais cheias de turistas: em 2019, foram 5,5 milhões. A cidade tem 50 mil habitantes. Para conter o overtourism, vai ser cobrada taxa de 5 euros para a entrada na cidade. É uma medida provisória ainda, mas pode virar regra. Além disso, já barrou navios de cruzeiro. Machu Picchu, Hong Kong e Barcelona enfrentam problemas parecidos. Na capital da Catalunha, foram 9,7 milhões de turistas em 2022. 

Em Amsterdã, um terminal de navios de cruzeiro foi fechado e foi proibido fumar cannabis nas ruas do bairo De Wallen, mais conhecido como Red Light District. Também foi emitido pedido para que jovens homens britânicos não visitassem mais a cidade por conta da má conduta. A cidade tem menos de 1 milhão de habitantes, mas atrai mais que esse total de turistas por mês. 

E no Brasil?

Não só no exterior esse problema é notado. No Brasil, o aumento de turistas em períodos de férias de verão gera engarrafamentos, blecautes, falta ou encarecimento de insumos e poluição. Porto de Galinhas (PE), Pipa (RN) e outras cidades do litoral paulista, como Santos, Praia Grande e Ilhabela também sofrem com o overtourism

“A infraestrutura desses lugares não foi projetada para suportar a quantidade de pessoas que os visitam”, diz a doutoranda. Apartamentos de aluguel como os da plataforma Airbnb ficam mais caros, priorizando os turistas e afastando os moradores para regiões periféricas.

Em 2022, mais de 3,6 milhões de turistas internacionais visitaram o Brasil. A Ilha de Fernando de Noronha (PE), um dos destinos mais procurados, restringiu o número de visitantes: são no máximo 132 mil por ano e 11 mil por mês. Também em Pernambuco, Porto de Galinhas teve um aumento de 19% no número de passageiros neste ano em comparação com 2022, segundo um levantamento da Azul Viagens. Apenas pela empresa, foram mais de 20 mil passageiros embarcados até julho deste ano. 

Soluções 

Segundo a Organização Mundial do Turismo, o número de turistas internacionais foi de 25 milhões em 1950 para 1,3 bilhão em 2017. As estimativas da OMT são de que o mundo atinja 1,8 bilhão de turistas internacionais em 2030. Isso deve piorar a situação de vários destinos.

Mário Beni – Foto: Linkedin

Mário Beni, professor da ECA-USP e cientista do turismo, diz que nem tudo está perdido e que há algumas soluções para esse problema. “Uma delas é o uso de instrumentos de controle que abarquem todo o trade de turismo para que seja possível, por exemplo, emitir alertas a agentes de viagem sobre a saturação das vendas de determinados destinos quando um limite de comercialização for atingido”, diz. Outra possibilidade levantada pelo professor é investir em destinos menos conhecidos, buscando o turismo sustentável, que procura equilibrar as necessidades dos turistas com a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida dos residentes locais. 

Para Lúcia, porém, o turismo sustentável não é responsabilidade apenas das autoridades locais: “Como viajantes, também desempenhamos um papel fundamental. Ao escolher destinos menos conhecidos, respeitar a cultura local, optar por meios de transporte sustentáveis e apoiar pequenas empresas locais, podemos contribuir para a redução do overtourism e promover um turismo mais consciente”.

*Sob supervisão de Paulo Capuzzo


Boletim Ciência do Turismo

Programa de Pós Graduação em Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades-USP, Rádio USP e Jornal da USP
Produção – Alexandre Panosso Netto, Lúcia Silveira Santos, Vitor Silva Freire e Milena Manhães Rodrigues
Co- Produção – Cinderela Caldeira, Tulio Gonzaga, Julia Estanislau, Guilherme Castro Sousa
O Boletim Ciência do Turismo vai ao ar na Rádio USP, quinzenalmente, às sextas-feiras, no Jornal da USP no ar
Edição: Rádio USP
Você pode sintonizar a Rádio USP SP 93,7 MHz e Ribeirão Preto 107,9 MHz, pela internet em www.jornal.usp.br ou nos principais agregadores de podcast como Spotify, iTunes e Deezer.

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Imagem de Maciej Cieslak por Pixabay
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Hábitos de consumo: adolescentes gastam menos com roupas

Roupas para esportes estão mais presentes no guarda roupa dos adolescentes foto: pixabay
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Radar do Futuro

Os adolescentes estão gastando mais em acessórios e cosméticos do que em vestuário. Essa foi a conclusão da 35ª pesquisa semestral da Z Generation, da empresa Piper Jaffray, com mais de 6 mil adolescentes norte-americanos.

De acordo com os dados mais recentes, os gastos dos jovens aumentaram 6% em relação à pesquisa do outono, e subiram de 2% há um ano. Alimentos, beleza e videogames continuam a dominar as prioridades dos investimentos. No vestuário , as roupas para atividades físicas está “acima da média histórica, mas o vestuário cotidiano acelera”, concluiu o relatório.

Cuidados com a pele

Para a beleza, as mulheres gastaram US $ 368 por ano, com gastos para cuidar da pele. Isso é um aumento de 18% ano a ano. Os principais destinos de beleza foram a Sephora, com 44%; seguido por Ulta, 28 por cento; Target, 11 por cento; CVS, 3% e Walmart, 3%. A marca top de cuidados com a pele foi a Neutrogena, com 24%. Cetaphil e Clinique empataram em segundo lugar com 7 por cento. Eles foram seguidos por Clean & Clear, com 6%, e Mario Badescu, com 4%.

Para vestuário, roupas urbanas tiveram os maiores ganhos incrementais liderados pela Vans, em vendas de calçados, e pela Supreme para vestuário. No geral, a Nike ocupou o primeiro lugar nas marcas de vestuário, com 23%. A seguir, a American Eagle, 10%; seguido por Adidas, 6 por cento e Forever 21 a 5 por cento. Completando os cinco primeiros foi Urban Outfitters, também listado em 5 por cento.

Acessórios

Para as marcas de bolsas, a principal marca foi Michael Kors, com 28%. A segunda colocação foi Kate Spade, com 17 por cento. O treinador ficou em terceiro com 14%. Completando os cinco primeiros estavam a Gucci, 9%; e Louis Vuitton, 7%.

Sua principal plataforma de compras foi a Amazon, com 44%. Em segundo lugar, mas nem perto dos números da Amazon, estava a Nike com apenas 6%, seguida pela American Eagle com 4%.

A plataforma de mídia social favorita da Gen Z é o Snapchat, com 45%. O próximo foi o Instagram, com 26%. O Twitter ficou em terceiro lugar, com 9%. O Facebook não ficou muito atrás, com 8%. O Pinterest ficou entre os cinco primeiros com 1%.

Hardware como serviço: Positivo tecnologia oferece alternativa a escolas

Imagem/Divulgação: Positivo Tecnologia

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Hidrogênio: o combustível do futuro

Desafio é aumentar a produção do hidrogênio limpo.Foto: Eduardo Lopes/Flickr.
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