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Futuro do turismo: Brasil tem mais de duas centenas de travel techs

Estudo inédito traz panorama do setor, com a identificação de 219 empresas. No futuro do turismo, o mercado deve movimentar R$ 35 bilhões já em 2022

foto pixabay
Foto panorâmica de Singapura para matéria sober o futuro do turismo
Foto: Pixabay

Você sabe o que é uma travel tech? Pode ser que, em seu conceito técnico e teórico, não, mas seguramente você tem conhecimento prático sobre o assunto. Travel techs são as empresas de tecnologia da informação que prestam serviços de intermediação de viagens, turismo e mobilidade, cada vez mais acessadas pelos diferentes estratos socioeconômicos da população.

Um panorama desse mercado foi desenvolvido e está concentrado em um estudo inédito no país: o Anuário das Travel Techs Brasileiras. A pesquisa foi realizada pela Loureiro Consultores, em parceria com a Onfly – travel tech do ramo de viagens corporativas, que em 2020 já tinha dado um pontapé inicial ao fazer um levantamento sobre as travel techs nacionais. Na ocasião foram mapeadas 96 empresas. “O anuário é um trabalho pioneiro, de mapear o ecossistema brasileiro de travel techs, e é apenas o primeiro trabalho de muitos sobre esse mercado”, adianta o consultor Fernão Loureiro, responsável pelo estudo.

O anuário deste ano identificou 219 empresas brasileiras que atendem aos critérios de travel techs, que devem movimentar mais de RS35 bilhões já em 2022. Elas foram divididas em sete categorias: Agenciamento e Reservas On-line (63 players), Despesas Corporativas (15), Eventos (26), Experiências (12), Hospedagem (27), Mobilidade (todos os modais; 59 players) e Tecnologia para Outros Players (17). Segundo Loureiro, elas estão listadas por ordem alfabética, e o ranking por tamanho ou valor de mercado por ora não será aplicado, já que o objetivo é priorizar o mapeamento propriamente dito.

Para tanto, foi tomado como critério inicial o fato da empresa ter sido criada no Brasil. Além disso, para figurar no radar do estudo, a empresa tem que ser detentora dos seus ativos de tecnologia. Também houve rigor com o conceito de travel tech. Foram mapeadas startups que, no uso intensivo de tecnologia, são voltadas a atividades de fato relacionadas à viabilização de viagens, turismo e deslocamentos.

De acordo com o fundador, sócio e CEO da Onfly, Marcelo Linhares, todas as 219 empresas mapeadas de fato proporcionam ao público soluções em turismo e mobilidade. Por sinal, observa Linhares, há uma convergência cada vez maior entre essas duas categorias – turismo e mobilidade. “Embora historicamente sejam considerados segmentos diferentes, quando olhamos a jornada do viajante essas verticais se cruzam e se sobrepõem o tempo todo, tornando-se quase indissociáveis”, argumenta.

Conforme antecipado por Fernão Loureiro, a construção do anuário é o primeiro passo para uma série de iniciativas com o intuito de promover e buscar a expansão do segmento de travel techs. “Lançaremos eventos e capacitações ao mercado sobre tecnologia, seja de empresas tradicionais – que também têm tecnologia de serviço ao cliente, controle de custos e rastreamento de pessoas – como especialmente de empresas nativamente digitais.”

Cada vez mais tecnológico

Impulso importante porque, de acordo com a avaliação de Marcelo Linhares, a recuperação da atividade turística – uma das mais atingidas pela pandemia de Covid-19 – “passa inevitavelmente por uma transformação digital”, tanto de consumidores como, sobretudo, dos players do mercado. “Estamos defronte do maior desafio da história para o setor. De um lado, milhões de pessoas com hábitos cada vez mais digitais, ávidos pelo retorno das viagens e, de outro, uma indústria totalmente fragilizada e ainda repleta de ineficiências, com baixíssima maturidade digital.”

Linhares acrescenta: “O turismo brasileiro não pode ficar ilhado no meio de tanta disrupção que está acontecendo em outros países e segmentos, proporcionada pela democratização da tecnologia e da digitalização. Nunca a tecnologia esteve tão acessível como agora, e o setor precisa urgentemente se digitalizar ou ficará como coadjuvante nesta nova economia.”

Segundo pesquisa realizada pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), o turismo no Brasil representou 8,1% do PIB em 2018, “o que evidencia a importância do estudo para detalhamento destas movimentações do setor, que é tão significativo para a economia nacional”, complementa o CEO da Onfly.

Além da coparticipação da Onfly na elaboração do estudo, o anuário da Loureiro Consultores contou com o apoio dos seguintes players do mercado: Sensys, CDFree, Loupit, Argo, B2B, Tech Travel, Kontrip, Gover, Paytrack e Nina Tech & Cake Co-Lab. As seguintes empresas de atividades correlatas também contribuem com a publicação: Localiza, CEP Transportes e AVSC.


Acesse o estudo em

https://1drv.ms/b/s!Ai1Jui_mH9oi51I5lRIDHuaa5j_r?e=QgcrEe

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