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Gestão de comunidades definirá o futuro do mercado de eventos

Responsável por Campus Party e Ethanol Summit, grupo suíço adota conceito do mundo das redes sociais para diferenciar-se dos concorrentes.
Responsável por Campus Party e Ethanol Summit, grupo suíço adota conceito do mundo das redes sociais para diferenciar-se dos concorrentes.

Radar do Futuro

Em 2025, o panorama geral da realização de grandes e pequenos eventos de negócios, como as feiras empresariais, terá mudado radicalmente. Será um espaço fomentador de comunidades, integradas por redes sociais. Com apoio da realidade virtual, da inteligência artificial, tradução instantânea e drones, entre outras tecnologias, o dono de um supermercado do Vale do Jequitinhonha, no interior de Minas, poderá acompanhar, sem sair da empresa, a NRF, maior evento do varejo, realizado anualmente em Nova Yorque, nos Estados Unidos.

“O barateamento de diversas tecnologias, dos softwares de inteligência artificial aos painéis de LED, está transformando o nosso negócio por completo. Nos tornamos criadores e gestores de comunidades”, diz Tondeur, Sebastien, CEO da MCI Group, um dos maiores produtores de eventos do mundo, responsável pelo Campus Party e Ethanol Summit. Para o executivo, a competência em gestão comunidades definirá o futuro do mercado de eventos.

A visão de futuro da empresa, revelado pelo plano Horizon 2025, revela a expectativa de um mercado mais sustentável, dinâmico, sem limites para a criatividade, e que, acima de tudo, conecta pessoas. É o conceito de gestão de comunidades que acaba unindo negócios aparentemente distintos como o evento de uma associação, um programa de incentivo de uma empresa ou um megaevento setorial. Apesar dessas diferenças, em todos os casos os participantes estão em busca de mais conexões e mais conteúdo que se traduzam em mais negócios.

Tondeur assinala que o novo ciclo para esse mercado global está pautado na combinação do conceito de gestão de comunidades com o uso as tecnologias mais avançadas, que consigam fazer com que as pessoas interajam de maneira mais eficiente e engajada. Isso significa que cada evento tem potencial de formar um grupo de participantes, que serão alimentados com informações e conexões ao longo de um período bem maior do que o da realização do evento em si.

A Campus Party, o principal evento de tecnologia e internet do Brasil, é um bom exemplo dessa transformação em curso. A feira reúne geeks, empreendedores, gamers, cientistas e muitos outros criativos que interagem num espaço físico bombardeado por inovação. São 70 edições realizadas em mais de 20 países. No Brasil desde 2007, a Campus Party reúne 130 mil visitantes em São Paulo e tem versões em outras sete cidades brasileiras. “A Campus Party é o nosso laboratório de experimentação para eventos do mundo todo”, diz Tondeur.

Uma das novidades é o Data Sky, uma tecnologia que permite acessar em tempo real uma espécie de eletrocardiograma do evento. Cada participante preenche um cadastro eletrônico com temas de interesse durante o evento. Os dados são colocados num gráfico interativo, que aponta, por exemplo, que as comunidades de Devs, Creators e Games são as que mais engajam participantes. As redes sociais usam os dados de seus usuários para poder oferecer uma experiência de navegação mais rica. O mesmo está ocorrendo no mundo dos eventos. Ao término do evento, os participantes podem seguir acompanhando tudo pela rede social campusero.ro, que reúne quase 500 mil usuários no mundo, 150 mil no Brasil.

Projetos de crescimento

No Brasil, a MCI fez cinco aquisições ao longo dos últimos cinco anos. Além de licenciar marcas de eventos globais e de trabalhar diretamente com clientes corporativos, a empresa tem uma forte atuação no mercado de associações comerciais no país. “Temos como meta dobrar o nosso faturamento nos próximos cinco anos no Brasil”, afirma André Carvalhal, diretor-geral da MCI Brasil. “Estamos em busca de mais uma aquisição, que reforce a nossa estratégia na área de marketing digital”.

Em nível global, a suíça MCI Group tem investido na ampliação de seus clientes fora da Europa, incluindo a Ásia e especialmente nas Américas. A estratégia tem como foco identificar e explorar tendências nas áreas de saúde, varejo, inovação e de novos negócios. Nos Estados Unidos, o último grande anúncio foi a parceria para promover o CannaBis Summit, o principal evento do setor de cannabis no país, junto à National Cannabis Industry Association (NCIA).

“A MCI nasceu inspirada no conceito de grandes agências de publicidade, que estão presentes em escritórios em diversas partes do mundo”, afirma Tondeur. “Ser global e a nossa capacidade de gerir comunidades são os nossos grandes diferenciais em relação aos concorrentes, já que esse mercado é bastante fragmentado em empresas locais”.

 

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