
Como o atendimento ao consumidor evoluiu nas últimas décadas
Como o Big Data ajuda a entender o novo estilo de morar
Como o coronavírus impacta o presente e o futuro do transporte urbano
Como o coronavírus vai mudar nossas vidas: 10 tendências para o mundo pós-pandemia
Como o Voip revolucionou a comunicação global
O mercado global de VoIP já cresce 3% ano desde 2020 e a expectativa é que haja uma constante no crescimento até 2025

Como os negócios serão impactados pelas tendências do mercado
Está antenado com a transformação digital? Fique atento às tendências que vão gerar impacto nos negócios

Carlos Baptista *
As dificuldades impostas pela pandemia fizeram com que a transformação digital acelerasse cada vez mais nas organizações, como uma maneira de se adaptar a uma nova realidade. Foi uma forma das empresas se adequarem às mudanças de processos de trabalho e também ao novo jeito de abordar seus consumidores, motivado pela necessidade do isolamento social. Consequentemente, as corporações estão mais atentas ao avanço dessa verdadeira revolução ficando mais antenadas com a chegada de novas tendências capazes de gerar impactos nos negócios.
E essa atenção por parte das organizações em relação à transformação se encontra cada vez mais evidente. Prova deste cenário é a pesquisa divulgada recentemente pelo Gartner, que mostra um avanço da pretensão dos investimentos em recursos digitais ainda neste ano. De acordo com o estudo, 82% dos CFOs das grandes corporações pretendem aumentar o investimento em transformação digital, se comparado com 2020.
Realizado entre os meses de julho e dezembro do ano passado, o levantamento revela ainda uma trajetória de avanço da digitalização desde então. Segundo esta avaliação , 70% dos entrevistados já planejavam ampliar os gastos com tecnologia em 2020 para atenderem às novas necessidades geradas pela pandemia.
O fato é que o avanço dessa revolução já trouxe reflexos na sociedade ao longo dos últimos anos. As pessoas passaram a ter mais acesso à tecnologia e às novas plataformas. Consequentemente, conseguiram obter uma gama maior de informações sobre uma determinada empresa ou serviço, informações essas que influenciam a decisão do consumidor final.
Esse contexto traz como primeiro impacto o aumento da concorrência. As organizações passam a levar mais em conta a experiência do consumidor e a proposta de valor entregue como variável para a definição da estratégia, se comparadas ao período antes da pandemia. Outro reflexo é a presença ainda maior das empresas nas redes sociais. Antes da Covid-19, muitas delas não tinham perfis nessas mídias nem consideravam estas plataformas como canais de relacionamento com o cliente. Além disso, os clientes passaram a analisar a decisão de outros consumidores para tomar a própria decisão de comprar um produto ou serviço.
É importante lembrar que a transformação digital deve sempre ser focada no ser humano como o centro da transformação. Em meio a essa ponderação fica uma questão: Tudo vai voltar ao normal com o fim da Covid-19? Ninguém tem a certeza do que vai acontecer, mas é possível afirmar que nada será como antes.
O mundo dos negócios está passando por novas necessidades e exigências e para se manter nessa nova realidade, as organizações devem ficar atentas a algumas tendências que impactam nos modelos de negócio e modo de atuar nesse novo mercado. Abaixo, algumas tendências que vão gerar impactos:
1 – Novo modelo de colaboradores
Haverá um novo modelo de profissionais nas organizações. A tecnologia permitiu que os colaboradores consigam trabalhar remotamente de qualquer lugar do mundo. Com isso, também surgiu a possibilidade de novas vagas em qualquer local do país e até do planeta.
Esta possibilidade irá gerar novas necessidades de educação. O profissional precisa desenvolver novas habilidades, técnicas e não técnicas para atender às necessidades do mercado. Por exemplo, é interessante o estudo de novos idiomas que permitam atender a uma vaga fora do Brasil.
Outro aspecto que deve ser levado em conta é a pressão psicológica que o modelo de Home Office gerou. Embora tenha sido confortável sair dos escritórios para trabalhar em casa, os profissionais sentiram muito o impacto psicológico de estarem confinados e do seu espaço privado passar a ser compartilhado com todos.
Por esse motivo, uma das tendências é a utilização de novos espaços de trabalho, que não estarão na nossa casa, nem nas empresas, mas em espaços alternativos como cafés, espaços de coworking ou outros locais que sejam uma alternativa confortável mas não sejam invasivos como a nossa casa.
2 – Tecnologia
As empresas vão investir ainda mais em tecnologia, ganharão mais eficiência e reduzirão custos. Por meio dela, haverá canais de acesso aos clientes ainda mais customizados e personalizados que vão ajudar na experiência dos consumidores.
Os profissionais devem ficar atentos porque também surgirão novas carreiras com essas novas tecnologias. Isso será possível diante do uso cada vez maior de tecnologia como Inteligência Artificial, computação quântica, big data, blockchain, etc. As lideranças precisam estar abertas para essas novas carreiras incentivando a inclusão e desenvolvimento das mesmas.
3 – Organizações flexíveis
As organizações serão mais flexíveis e adaptáveis para que possam se modelar facilmente as novas necessidades que serão constantes. A adoção da agilidade como mindset vai permitir mais eficácia e direcionamento dos recursos. O mundo passará por dificuldades econômicas no pós-pandemia, por isso ter um foco maior no resultado será crucial para as organizações.
4 – Nova liderança
Haverá também um novo modelo de liderança. Não existirá mais espaço para o tradicional gestor autocrático. Esse novo líder precisa ser mais inclusivo e servidor para chegar a um resultado por intermédio de redes de colaboração internas e externas.
As equipes são cada vez mais formadas por profissionais com diferentes habilidades, de diferentes gerações e níveis de experiência. E todos têm a contribuir para o crescimento e para o resultado da organização. A ampliação da rede de colaboração vai promover aprendizado entre as lideranças dentro e fora das organizações e assim potencializarmos o crescimento.
Apesar de parecer tão óbvia, a transformação digital ainda não faz parte do planejamento de muitas organizações. Não é apenas mais um movimento, pois já foi incorporada no nosso dia a dia e nunca irá terminar. Passou a ser algo constante nas organizações. E nessa revolução, é preciso focar no ser humano, num novo modelo de liderança e entender os novos liderados para adotar esse mindset ágil.
- Carlos Baptista é professor e coordenador no Núcleo de Seleção de Alunos do MBA da FIAP. Especialista em transformação digital, atua como diretor da A&B Consultoria e Desenvolvimento Humano e é co-criador do Modelo Ágil Comportamental (MAC). Possui mais de 30 anos de experiência em TI no Brasil e Portugal.
Como os nossos pais
Junte os pais de uma turma de 10 jovens e pergunte a cada um deles: o que você deseja que seu filho seja quando crescer? Quatro responderão medicina, três direito e dois engenharia. Apenas um pai vai dizer: quero o que seja melhor para eles, os filhos. A estatística pode ser um saque, mas a intuição de convivência com outros seres humanos cria alguma certeza de que o número está bem próximo do real. E, lamentavelmente, os filhos seguem a cartilha.
Nos processos de evolução das sociedades, há um dado curioso para explicar o atraso de mães e pais na compreensão do que vem pela frente. A humanidade é a última a chegar ao entendimento sobre as invenções e reflexões do próprio ser humano. Parece da natureza. Uma consultoria internacional da área tecnológica, Gartner, tem um gráfico elucidativo sobre o comportamento da sociedade diante da inovação.
Diante de algo criado por alguma empresa ou setor, a
A disrupção não é tão emocionante quanto parece. Ao contrário, entre o conceito e sua materialização no cotidiano de empresas e pessoas, décadas podem passar. Foi assim com a transição das máquinas a vapor para as movidas a eletricidade. Demorou para que empresários se convencessem da inequívoca vantagem da mudança – tiveram que aprender sobre a novidade e remodelar fábricas e processos bem estabelecidos. Com a câmera digital e a internet deu-se o mesmo.
Pesquisa e desenvolvimento começaram nos anos 1960, mas a chegada de ambas ao nosso dia a dia, contribuindo para a produtividade das empresas e induzindo novas formas de viver e comunicar, quase meio século se foi.
Apesar de lenta e gradual, a inovação sempre nos pega de calça curta. Num dia nos descabelamos de ansiedade porque a impressora se recusa a funcionar; no outro, a guardamos na prateleira mais alta do armário por falta de uso. E toda uma cadeia produtiva é obrigada a se reinventar ou recolher os cacos. Com a chamada 4ª revolução industrial não será diferente, ou melhor, será: a transformação deverá ser mais radical. Por ora ela é apenas um rostinho bonito estampado em reportagens e documentários sobre o futuro. Até que vire nossas vidas de cabeça pra baixo.
De acordo com Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial (FEM) e autor do livro “A Quarta Revolução Industrial”, esse movimento será mais intenso do que os anteriores em virtude de seu alcance, velocidade e impacto. Em vez de nascer como desdobramento evolutivo do que está aí, romperá paradigmas pela convergência de várias tecnologias que, isoladamente, já são altamente disruptivas. Big data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, nanotecnologia, biotecnologia e impressão em 3-D serão combinadas em inúmeras aplicações – e farão parte do dia a dia (e até do nosso corpo) tanto quanto um smartphone. Mais lazer, qualidade de vida, produtividade e sustentabilidade são promessas dessa nova era. Maior desemprego e desigualdade social, seus efeitos indesejáveis. No relatório de 2016 do FEM, o Brasil aparece como um dos países que mais será afetado pela automação – a estimativa é que 50% dos atuais postos de trabalho sumam do mapa até 2020. Diversas profissões devem desaparecer – agentes de viagem e operadores de telemarketing são algumas das mais suscetíveis. Outras surgirão, mas só irão beneficiar quem estiver preparado. E o xis da questão é justamente esse: o que estamos fazendo, enquanto indivíduos e sociedade, para prosperar em um cenário amplamente robotizado e digital? Em que habilidades investimos nesse momento para manejar tecnologias hiper complexas, que irão revolucionar nosso modo de vida? Que competências emocionais, afetivas e morais estamos desenvolvendo em nós mesmos (e nas novas gerações) para lidar com ambientes em que o artificial será cada vez mais natural? Entre ano e sai ano, governo após governo, em pleno século XXI, a sociedade brasileira parece insistir na adoção de políticas de desenvolvimento que remetem ao século XX.
Será que desistimos do futuro? A essa altura, em muitas escolas e universidades brasileiras ainda são ensinados conteúdos defasados ou até mesmo inúteis para o futuro (temo que mesmo para o presente). Às empresas caberá investir no treinamento de seus profissionais para uma realidade povoada de máquinas (físicas e virtuais) inteligentes – o que parece uma preocupação ainda remota. Mas há uma certeza no horizonte: a menos que esteja estudando para ser médico especializado, artista ou psicólogo – profissões existentes consideradas seguras –, é hora de pensar em um plano.
*CEO da Dentsu Aegis Network e CEO Isobar Latam
Como preparar sua empresa para um futuro pós-pandemia
Como repensar os caminhos das carreiras
Caminhos de carreira estão desatualizados – aqui está o que você deveria fazer em vez disso
Vivemos em um mundo em mudança. Você não pode prever quais empregos estarão disponíveis em 10 anos. Bogdan Sonjachnyj / Shutterstock
Esta publicação de Nicole Gravagna , presidente do NeuroEQ , apareceu originalmente na Quora como uma resposta à pergunta: ” Quais são os principais erros que as pessoas fazem ao tentar desenvolver ativamente sua carreira? ”
O maior erro que as pessoas fazem quando tentam ativamente desenvolver sua carreira é se concentrar no desenvolvimento de uma carreira para se seguir.
Por que os caminhos de carreira são um erro
Um caminho de carreira é descrito como uma série de trabalhos ou papéis que você pode tomar para desenvolver sua carreira. O objetivo é, geralmente, conseguir empregos mais bem pagos cada vez que você assume um novo papel. No entanto, você não tem controle sobre os trabalhos que estão disponíveis para você em cada ponto da sua carreira.
O que acontece quando você está pronto para o próximo passo no seu caminho, e ninguém está contratando para esse papel? Você fica preso. O que acontece quando o seu caminho de carreira escolhido se torna obsoleto devido a mudanças no avanço tecnológico? Você também se tornou obsoleto.
Caminhos de carreira estão desatualizados
Vivemos em um mundo em mudança. Você não pode prever quais empregos estarão disponíveis em dez anos. Como você pode planejar um caminho de carreira para conseguir um emprego completamente invisível para você?
Nas últimas gerações, o desenvolvimento de um caminho de carreira foi um bom conselho. Infelizmente, agora é um conselho desactualizado. Estudantes graduados em 2020 entrarão em um mundo de trabalho que não podemos prever hoje (e já é 2017). Automóveis auto-dirigidos. Automação massiva no varejo. Fabricação e logística com robótica. Nós simplesmente não podemos saber o que o futuro detém. Como você pode planejar um caminho quando você não sabe para onde está indo?
Planeje navegar pelo caminho
Pode ser útil imaginar um caminho de carreira como um caminho real sobre a paisagem real para que você possa ter uma idéia de como o desenvolvimento da carreira deve mudar. No passado, você poderia olhar para um mapa, planejar seus waypoints e objetivos. Você poderia até planejar os horários de chegada.
Em um caminho real, você pode olhar para o seu relógio e pensar: “estamos nos movendo mais devagar do que planejamos, é melhor caminhar mais rápido para que possamos chegar ao final dessa caminhada antes que o sol se apague”.
Imagine o cenário atual da carreira para ser um sem um caminho visível. A tecnologia criou plantas de rápido crescimento que mudam a paisagem enquanto você anda. Um caminho pode ter sido visível quando você começou, mas está coberto de vegetação agora, e é impraticável tentar seguir caminhos antigos, agora já foi. Você não sabe onde seu objetivo é e você definitivamente não sabe como chegar lá.
Novas formas de planejar metas
Os objetivos ainda são seus pontos de referência. Exceto que temos que adotar novos métodos de definição de metas. Os objetivos devem ser independentes da paisagem, uma vez que a paisagem está mudando rapidamente. Em vez de um objetivo como, “Seja promovido para gerente na minha empresa no momento em que eu tenho 32 anos”, os objetivos são mais como “Aprender e aplicar um novo conjunto de habilidades em uma configuração profissional no momento em que eu tenho 32.”
A melhor habilidade de desenvolvimento de carreira que você pode dominar é a configuração de metas alcançáveis.
- Escolha os objetivos que estão no seu controle. “Obter promovido” não está sob seu controle. Aprender e aplicar o conhecimento está dentro do seu controle.
- Evite artificialmente limitar as circunstâncias em que seu objetivo pode ser alcançado. “Gerente na minha empresa” limita sua conquista a uma empresa específica. “Em uma configuração profissional” permite que você alcance seu objetivo em qualquer empresa.
- Os prazos são ainda importantes. Embora a paisagem esteja rapidamente mudando, o tempo não mudou. Certifique-se de colocar um prazo nos seus objetivos para que você saiba quando é hora de se apressar.
Como ser um designer do futuro
Para ser um designer do futuro, a pessoa deve entender, primeiro de tudo, que o mundo está vivendo em plena era digital. As tecnologias estão maduras. Ó que possibilita a adoção definitiva de robôs, automação de processos industriais e comerciais, comunicação sem fronteiras. Transformações nos ambientes de trabalho e em toda a sociedade.
Como será o Consultório 2030?
Evento Talks Unimed reuniu especialistas em conversas sobre impactos da IA e inovações
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como será o perfil das empresas nos próximos anos
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https://ofuturodascoisas.com/nova-era-das-organizacoes-ja-comecou/
https://www.mirror.co.uk/news/uk-news/lives-2025-what-world-like-4878804
- Gigantes corporativos
Tudo será sobre as novas crianças no bloco. A metade das maiores empresas listadas publicamente em 2025 virá de empresas que nem existiram em 2014. Veremos um número cada vez maior de chamadas “empresas exponenciais” que alcançam taxas de crescimento rápidas usando ciência e tecnologia para interromper indústrias antigas e crie novos.
Por exemplo, o aplicativo de táxi Uber nem sequer existe em 2008 e agora é avaliado em mais de 25 mil milhões de libras, enquanto uma série de novos negócios baseados em tecnologia como AirBnB e Snapchat já são valorizados em mais de £ 6 bilhões. Muitos outros mega-crescimento jogadores surgirão em setores como automóveis sem excitadores, impressão 3D e 4D, genética e aplicações e serviços baseados na web que nem sequer podemos imaginar hoje.(Imagem: thestatelessman.com) - Serviços financeiros
Em 2025, a paisagem dos serviços financeiros terá sido transformada por moedas digitais, como o Bitcoin, mercados abertos e uma onda de novos provedores que oferecem soluções baseadas em multidões para tudo, desde seguros até investimentos de capital e financiamento comercial.Essas plataformas comunitárias nos permitirão emprestar e investir entre si – ignorando os fornecedores existentes de economia, investimento empresarial, empréstimos e seguros pessoais.
Alguns argumentam que a noção de mercados de ações públicos terá sido transformada por plataformas de financiamento de multidões online mais eficientes e o uso generalizado de moedas digitais que efetivamente criam um único sistema monetário global.
Como será uma universidade em 2040
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A valorização dos sentidos dá novas razões para a relação das pessoas, mesmo em relacionamentos virtuais
Como sobreviver aos impactos da inteligência artificial no jornalismo
Nem deslumbrado, nem ludita. Os impactos da inteligência artificial no jornalismo cobram ações antecipatórias
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CARLOS PLÁCIDO TEIXEIRA
Jornalista Responsável | Radar do Futuro
Irmão do viés cognitivo, o pensamento binário me atormenta ao pensar nos impactos presentes e futuros da inteligência artificial no jornalismo e das atividades humanas. Temo tanto o deslumbramento sem crítica quanto o medo paralisante. Ou seja, tenho mêdo de ver os jornalistas, assim como outros profissionais, travados nos extremos, entre acreditar em uma perspectiva libertadora da tecnologia ou na posição de neoluditas, prontos para quebrar todas as máquinas, contestar as tecnologias e sonhar com a volta dos jornais em papel.
Segundo o neurocientista Miguel Nicolelis, não devemos temer a possibilidade de sistemas de IA, como o ChatGPT superar a inteligência humana. Precisamos nos preocupar, sim, com a possibilidade da inteligência humana sofrer um processo de decadência, ficando menor do que a inteligência das máquinas. Dois estudos recentes, feitos pela Brown University e pela Columbia University, concluem que o desenvolvimento cognitivo está em declínio pela primeira vez na história.

Jornalistas, assim como profissionais de todas as áreas, precisam colocar a reflexão sobre o futuro como meta prioritária.
O andar da carruagem civilizacional mostra dados preocupantes. É o que revela, por exemplo, uma pesquisa recente do instituto Ipsos. Segundo o estudo, quase 50% da população brasileira acredita que o País pode “correr o risco de virar um país comunista”.
O que fazer?
Ou a gente, jornalistas, se apropria das tecnologias ou continuamos a pagar caro. Sem investir em reflexão, o jornalista tende a repetir erros do passado, quando áreas sem vínculos com a produção de textos começaram a definir o certo e o errado na formatação de conteúdos para a internet. Lá atrás, deixamos que os gurus da tecnologia, os designers, marketeiros e até mesmo os sobrinhos dos nossos amigos definissem, por exemplo, conceitos e critérios definidores de textos de qualidade.
O ensino do jornalismo e os jornalistas devem investir no conhecimento sobre as mudanças sociais, econômicas, políticas, culturais etc, além das tecnológicas, que estão ocorrendo no cenário global. Omissão, rejeição, alienação terão efeitos muito ruins para os profissionais.
Os debates sobre os impactos da inteligência artificial devem levar em conta a necessidade de tornar os profissionais das ciências sociais e humanas em atores de destaque nas definições das regras e da ética envolvidas na produção de inovações baseadas em tecnologias.
Prioridade: antecipar oportunidades
As demissões de profissionais nas Organizações Globo registram o fim de uma era. O jornalismo tem a mudança mais profunda de sua história, com a incorporação de novos modelos de produção de notícias. Na área da comunicação, o velho está morrendo e há uma chance do novo nascer.
Somos testemunhas, hoje, da oportunidade de criação e implantação de modelos inovadores de jornalismo, realmente destinados a informar a população, comprometido com a sociedade. Sem vínculos com os interesses das elites econômicas, financeiras, políticas e sociais é necessário olhar para as tecnologias e imaginar formas de aplicações no cotidiano.
Como usar
A antecipação de oportunidades significa a capacidade de olhar para a inteligência artificial, assim como para as outras tecnologias, e imaginar aplicações inovadoras. Por exemplo: como a evolução da tradução instantânea para qualquer idioma altera as minhas relações com as fontes de informações? Que tal buscar exemplos africanos no momento ao produzir uma reportagem sobre a realidade do Vale do Jequitinhonha?
Outro exemplo: como a realidade virtual tende a impactar a forma de apresentação dos conteúdos jornalísticos? Como a inteligência artificial vai ajudar a realizar o controle das apresentações de informações? As respostas dependem da percepção de que ambientes virtuais, com suas novas maneiras de consumir informações, forçam os modelos de negócios de notícias e informação a se transformarem.
A alteração radical da maneira como os consumidores descobrem novos conteúdos, com sistemas de IA como o ChatGPT, redefine estratégias e fluxos de trabalho de repórteres, editores e ilustradores. Eles precisam ter, pelo menos, algum conhecimento sobre a existência de recursos tecnológicos. Mais importante do que dominar as técnicas é expandir a consciência sobre o papel humano da criação de alternativas de uso e sobrevivência.
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