Descobertas científicas e as tecnologias disponíveis favorecem as chances do grupo de idosos compartilhar recordes de longevidade na próxima década

CARLOS PLÁCIDO TEIXEIRA
Jornalista Responsável | Radar do Futuro
Descobertas científicas e as tecnologias disponíveis favorecem as chances do grupo de idosos compartilhar recordes de longevidade na próxima década
CARLOS PLÁCIDO TEIXEIRA
Jornalista Responsável | Radar do Futuro
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Rumo à distopia, a sociedade colhe exemplos de iniciativas que, curiosas à primeira vista, sinalizam decisões que favorecem o controle social e individual. No caso agora, a empresa Three Two Market, situada em Wisconsin, nos Estados Unidos, pretende se tornar uma das primeiras empresas do mundo a oferecer implante de microchips para seus funcionários.
De acordo com um comunicado à imprensa enviado pela 32M (é assim que a empresa estiliza seu nome), o procedimento de US$ 300 será pago pela companhia, enquanto os implantes serão realizados pela BioHax International, uma empresa sueca comandada por Jowan Osterland. O CEO da 32M, Todd Westby, vê os dispositivos RFID que possuem o tamanho de um grão de arroz – e que são colocados na membrana entre o polegar e o dedo indicador – como de grande utilidade para “abrir portas, utilizar máquinas de cópias, logar nos computadores do escritório, desbloquear smartphones, compartilhar cartões de negócios, armazenar informações médicas e de saúde e utilizar como forma de pagamento em outros terminais RFID”.
Jowan Osterland liderou um programa similar de “implantes” há alguns meses para a empresa sueca Epicenter, um espaço de coworking para startups e “primeiro lar de inovação digital de Estocolmo“. O “Diretor de Disrupção” da Epicenter, Hannes Sjöblad, conheceu Osterland em círculos de biohacking e disponibilizou implantes voluntários de US$ 120 para seus empregados e convidados. Ao contrário da 32M, esses implantes tinham que ser pagos do bolso de quem os solicitava.
De acordo com o CEO da Epicenter, Patrick Mesterton, os pequenos implantes RFID são “primariamente [usados] para abrir portas (acesso ao prédio, escritórios e salas de reunião), mas têm sido utilizados para máquinas de vendas automática (máquina de smoothie) e impressoras também”. Dito isso, ele estima que cerca de 200 pessoas tenham realizado o implante pela Epicenter, com todos os lucros indo direto para a BioHax.
A segurança é uma grande preocupação porque representa uma nova oportunidade para que hackers roubem dados e para que as empresas espiem seus funcionários. “[Dados] são armazenados em um microchip que se comunica com um dispositivo (leitor, celular, etc)”, disse Mesterton ao Gizmodo por email. “Nenhum dado é armazenado pelo Epicenter ou monitorado.” Não fica claro, no entanto, se algum dado é armazenado na BioHax ou se essa configuração poderia ser alterada a partir de uma solicitação da empresa.
Um espaço de coworking seduzido pelo vago aroma da tecnologia disruptiva faz um belo par com o implante de RFID. Agora, como a BioHax se envolveu com a 32M, uma empresa que desenvolve softwares para “micro markets” de salas de descanso, é algo menos claro.
Quais provisões, se existir alguma, estão em vigor para remover ou desabilitar os chips quando alguém for demitido, pedir demissão ou quiser sair do programa? Ninguém está preocupado com cirurgias eletivas que se tornem uma forma abusiva de coerção do empregador? Qual é a diferença significativa entre um “micro market” e “um par de máquinas de vendas automáticas”? Iremos atualizar a publicação quando recebermos as respostas da 32M.
A “festa do implante” está agendada para o dia primeiro de agosto, e a morte lenta dos direitos de privacidade do trabalhador deve começar logo em seguida.
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Carlos Teixeira
Radar do Futuro
Já nos primeiros anos da próxima década, fazendas em cantos isolados do Brasil serão capazes de produzir a própria energia e garantir o funcionamento de todo o processo de produção sem a necessidade de comprar a eletricidade de concessionárias. Das residências do proprietário e dos trabalhadores, passando pelas máquinas de moagem ou embalagem, e pelo abastecimento de tratores e colheitadeiras, a autossuficiência no abastecimento tende a ser regra graças à integração de diferentes fontes. Da energia solar, com uso de baterias altamente potentes, até o aproveitamento de biomassa.
No cenário desse futuro de curto prazo, a engenharia de energia, um campo relativamente recente entre as profissões das ciências exatas, tende a ser especialmente beneficiada pelo cenário de busca por fontes alternativas e pela expansão da demanda interna. Exemplo da força da atividade, de 2018 a 2020, a produção de microgeradoras crescerá três vezes. E até 2024 o crescimento será de cerca cinco vezes, alcançando 900 mil unidades independentes de geração, segundo projeções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No cenário favorável ao engenheiro de energia, o Brasil ocupa o segundo lugar entre os países que mais empregam trabalhadores em segmentos de produtores de energia renovável. Enquanto a China, líder no ranking, tem 4,1 milhões de empregados, o mercado brasileiro contabiliza 1,1 milhão de trabalhadores. É o resultado de investimentos e do uso crescente das novas fontes de energia, entre elas eólica, solar, de biomassa e das ondas do mar.
O mercado de trabalho vive o momento de transição em que o desenvolvimento de tecnologias de produção, armazenamento e distribuição de eletricidade possibilitam a empresas e à população reduzir a dependência ou deixar de ser atendida exclusivamente por alguns poucos fornecedores, como as concessionárias estaduais. A matriz energética já ganha, hoje, um perfil variado, com o desenvolvimento das fontes renováveis, como hídrica, solar, eólica ou biomassa.
A engenharia de energia tende a ter mais oportunidades de trabalho do que a maior parte das áreas tradicionais do setor. Entre as forças que jogam à favor da especialidade na próxima década, a evolução das matrizes energéticas limpas merece destaque, as fontes renováveis, em substituição ou complementação às tradicionais. Até mesmo a crise climática conspira a favor do processo de substituição de fontes fósseis.
Juntos, biomassa, eólica e solar devem reunir 28% do parque gerador brasileiro em 2025. De acordo com o relatório anual da empresa de pesquisa Bloomberg New Energy Finance (BNEF), o New Energy Outlook 2019 (Panorama da Nova Energia 2019), em 30 anos, as fontes limpas de energia serão as líderes do mix elétrico mundial. Segundo o estudo, as energias solar e eólica continuarão como líderes das novas capacidades instaladas, até responderem por 48% da geração mundial em 2050.
A tendência, diz o estudo, é consequência da contínua queda dos custos dessas tecnologias, que já são mais baratas em dois terços do mundo. A BNEF estima que as renováveis respondam por 77% dos US$ 13,3 trilhões de investimentos feitos em geração elétrica no mundo até 2050, os quais elevarão a capacidade mundial em 12 Terawatts (TW).
Até lá, as fontes intermitentes serão sustentadas pelas baterias de armazenamento, substituindo os combustíveis fósseis, como o carvão, que perderá maior participação mundial. Segundo o estudo, esse combustível passará dos atuais 37% para apenas 12% até 2050.
A ascensão dos carros elétricos nos próximos anos deve demandar 2.700 TWh de nova capacidade de energia ou 8% de toda a demanda em 2040, empurrando os custos da baterias para uma queda de 76% até 2040. Essa necessidade de energia para suprir o aumento de uma frota mundial mais limpa deverá ser compensada, em parte, pelo aumento da eficiência no uso de energia nos próximos anos, segundo estudo do BNEF.
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