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Empoderamento feminino: tendência de fortalecimento até 2025

 

Programas de apoio ao empreendedorismo feminino tendem a contabilizar resultados favoráveis nos próximos anos. Foto: Pixabay
Programas de apoio ao empreendedorismo feminino tendem a contabilizar resultados favoráveis nos próximos anos. Foto: Pixabay

Carlos Teixeira
Jornalista I Radar do Futuro

Em 2025, a empresária mineira Maria Inês Prazeres, proprietária da empresa de seguros Infovida, poderá dizer com orgulho que deu contribuições importantes para o fortalecimento do empreendedorismo feminino. À frente do programa Elas por Elas, um evento de encontros voltado à discussões sobre os desafios enfrentados pelas mulheres para a viabilização de negócios, ela terá testemunhado o desenvolvimento de uma nova consciência sobre o papel das mulheres na construção de uma nova sociedade.

No cenário em que a influência das tecnologias, do desemprego e da informalidade da economia segue crescendo em linhas paralelas, iniciativas como as de Maria Inês Prazeres reforçam uma tendência que já vem sendo registrada há anos. A presença feminina em todos os segmentos da sociedade é ascendente, mesmo marcada por distorções e desafios históricos na sociedade de dominância masculina.

Participação hoje

Segundo o IBGE, os domicílios que têm mulheres como chefes de família ultrapassou a barreira dos 30 milhões em 2018. Ficou em 30,5 milhões ou 28,5% do total de lares brasileiros. Em 2012, esse percentual era de apenas 22,7% ou 23,26 milhões de lares. Os primeiros anos da década de 2020 vão registrar a continuidade do comportamento.

As mulheres detêm fatias expressivas das empresas legalmente constituídas no País, apesar de as companhias de propriedade feminina ainda faturarem pouco perto das empresas fundadas e tocadas por homens. Hoje mais de um terço (38%) das companhias em funcionamento são de propriedade exclusiva de mulheres, enquanto, sozinhos, os homens são donos de 48,2% delas. Já sociedades formadas pelos dois gêneros respondem pela propriedade de 13,8% das empresas.

Quando se avalia a participação de mulheres e homens na propriedade de empresas como empreendedores, independente a composição societária exclusiva ou em parceria com homens, as mulheres são donas de 42,5% das companhias e os homens por 57,5%.

Um estudo elaborado pela consultoria BigData Corp, especializada em análise de dados,  reforça que os desafios ainda são significativos.  Empresas que têm apenas mulheres como sócias são empreendimentos de menor porte, empregam um número menor de trabalhadores e faturam menos do que as companhias de propriedade exclusiva de homens. Um pouco mais 0,5% das companhias nas quais as mulheres são donas têm receita acima R$ 5 milhões por ano.

A situação se afunila ainda mais quando se avalia grandes companhias com faturamento anual superior a R$ 100 milhões. Do universo total dessas empresas, aquelas de propriedade exclusivamente feminina representam 6,9% e as de titularidade somente masculina são 44,5%. Já as companhia com participação mista somam 48,6%.

Quando se avalia a idade das empresas de propriedade exclusiva de homens e mulheres, as fatias são mais ou menos equilibradas, com as mulheres detendo uma fatia ligeiramente maior de companhias mais jovens. No entanto, para empresas com mais de 20 anos de funcionamento há uma preponderância de propriedade masculina, com 8,3% das empresas, e de sociedades mistas, formadas por ambos os gêneros, com um participação de 24%.

Diversificação

O levantamento feito pela consultoria BigData confirma as expectativas da empresária Maria Inês Prazeres, para quem a atuação das mulheres no mundo empresarial está quebrando regras e preconceitos estabelecidos. Além do comércio varejista de artigos de vestuário, prestação de serviços de cabeleireiro e estética, que encabeçam a lista de setores nos quais as empresas de propriedade das mulheres mais atuam, o comércio e a prestação de serviço automotivo estão na lista dos dez segmentos que as empreendedoras mais atuam. De acordo com uma pesquisa feita pela publicação Automotive Business, entre 2013 e 2017 a participação das mulheres neste mercado cresceu de 15% para 17% e a perspectiva é de aumentar mais nos próximos anos.

Há bons motivos para acreditar no aumento da presença das mulheres e na diversificação de atividades no curto prazo. Primeiro, há as iniciativas como o Programa Elas por Elas, de empreendedorismo feminino, que fomentam um novo modo de compreensão sobre o conceito de trabalho e de geração de renda. Também é necessário levar em conta que a sociedade, em especial as mulheres, passam por um processo de revisão de crenças e valores sociais.

Há um enfrentamento contra o machismo, mesmo que ele ainda seja predominante em sociedades patriarcais. Um fato importante do momento, assinala Maria Inês, é o fato de que há uma consciência crescente de diferentes segmentos. Até mesmo entre homens, que se inscrevem em eventos femininos com o objetivo de contribuir para o fortalecimento de causas das mulheres.

E as novas gerações entram no mercado com energia de mudança. Os jovens já não dividem a sociedade em tons de rosa ou azul como faziam os seus avós. Na prática, há uma busca por empoderamento feminino, evidente tanto nos grupos de feministas quando de empreendedoras que articulam a formação de novas propostas de intervenção na sociedade.

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