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Riscos futuros da baixa prioridade da segurança digital


Cultura da segurança digital ainda é um tema delicado em grandes empresas brasileiras, afirma pesquisa da 4CyberSec

Radar do Futuro

Os responsáveis pelas áreas de segurança da informação — chief information security officer (CISOs) –, de grandes empresas, estão preocupados com a falta de empenho das organizações para colocarem em prática as estratégias de cibersegurança. Segundo uma pesquisa da
4CyberSec, uma consultoria internacional de cibersegurança, que oferece serviços de análise de risco, soluções estratégicas e treinamentos de segurança digital, 70% dos acreditam que foram contratados apenas para cumprir uma exigência.

“A cultura da segurança digital é o tema mais difícil de abordar dentro das organizações brasileiras”, assinala a pesquisa, que registrou a avaliação de 23 CISOs  atuantes em importantes empresas brasileiras de médio e grande porte. O estudo teve o objetivo de medir o estresse desses profissionais diante da falta de preparo das companhias para as novas tecnologias e os riscos que elas também oferecem.

De acordo com o relatório, a questão “cultural das organizações” foi colocada em primeiro lugar como um assunto delicado de ser tratado (34.78%), ficando à frente da “consciência dos seus usuários” (26.09%) e dos “custos” (26.09%). Rafael Narezzi, Chief Technology Officer (CTO) da 4CyberSec, explica que esses dados só fortalecem a tese de que a cultura das empresas brasileiras é o primeiro ponto que precisa ser mudado no que se refere à segurança cibernética.

Priorização

“Antes de grandes estratégias, planos de ação contra ciberataques ou tecnologias de última geração, as empresas precisam estabelecer um método de trabalho baseado em uma cultura de segurança digital, o que inclui a organização como um todo, desde seus colaboradores, diretores, usuários, sem esquecer de exigir de seus parceiros a mesma postura de maturidade e responsabilidade”, atesta Rafael Narezzi. Como reflexo disso, 60.87% dos entrevistados disseram que as empresas não seguem as estratégias desenvolvidas pelos especialistas e quase 70% deles acreditam que foram contratados apenas para cumprir uma exigência.

Ainda assim, 60% dos entrevistados afirmam que essas organizações os penalizariam por não proteger o negócio de ataques cibernéticos. Segundo Narezzi, os CISOs são profissionais que hoje vivem em constante estresse, pois estão com seus empregos constantemente ameaçados. “Esses especialistas estão sendo são penalizados pela falta da existência de uma cultura de segurança digital eficaz”.

Eles são culpados pela falta de cuidados de seus colaboradores, diretores e usuários, o que não pode acontecer. Toda a organização deve contribuir para não seja ameaçada. Por essa razão, metade (50%) desses profissionais disseram que mudariam de cargo ou cogitariam isso num futuro próximo.

Impactos futuros

Para Narezzi , na ausência da falta da educação digital, continuamos cegos  sem saber verdadeiramente como a economia digital funciona. O fato de ignorar o problema, por tratar isso como um assunto complexo ou que somente pessoas da área entendem, torna as coisas muito difíceis para um futuro próximo. O ponto principal é que é preciso reconhecer que estamos vulneráveis a ataques, aliás, todos estão. Dessa forma, a Educação é que vai resolver o problema das gerações que estão sendo formadas, sem isso continuaremos sem saber dos perigos.

Infelizmente, assinala o executivo da 4CyberSec , muitos só vão se atentar para a importância da cultura da segurança digital depois que algo ruim acontece e depois lamentam por não  o terem evitado. A exposição ao risco no mundo digital é muito maior do que as pessoas imaginam. “Isso não vai acontecer comigo!”, “quem irá me atacar?” são jargões bem populares entre executivos que não conseguem admitir que precisam mudar.  

No cenário do futuro, mesmo de curtíssimo prazo, IOT é uma das maiores ameaças. Estimativas afirmam que haverá cerca de 7.6 bilhoes de devices (dispositivos) até 2020, o que pode aumentar o número de vetores significativamente e, com isso, um dos maiores problemas é a segurança em designer, o que deve favorecer um aumento muito grande de informações e coleta de dados de usuário. 

“Você já se questionou para onde vai e quem retém os direitos da data (dados) que seu celular coleta de você? Hoje, o ser humano gera muita informação a uma velocidade que nenhum ser humano consegue digerir. Uma das grandes ameaças pode vir, por exemplo, por meio de coleta de dados do Facebook. Logo, o BigData já tem impactos expressos em economia digital”, alerta Rafael Narezzi .

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Setor público usa inteligência artificial contra corrupção

Iniciativas destinadas ao aumento da capacidade de fiscalização começam a ser adotadas
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Agência Brasil

A fiscalização das ações de governo e o combate a possíveis ilícitos é um desafio em qualquer país. No caso do Brasil, a complexidade da administração federal e a dimensão continental, incluindo convênios com milhares de prefeituras e dezenas de milhares de licitações por ano, tornam ainda mais difícil para os órgãos de controle acompanhar todas as políticas, transações, acordos e compras onde diferentes formas de corrupção e irregularidades podem ocorrer.

Uma forma de suprir essa lacuna crescentemente adotada por instituições públicas de combate a ilícitos na administração pública é a adoção de ferramentas tecnológicas baseadas em inteligência artificial (IA). Avanços neste campo foram apresentados em seminário sobre o tema promovido no dia 3 de agosto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Um exemplo é um sistema implantado pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) para encontrar indícios de desvios na atuação de servidores. Ele usa recursos de aprendizagem de máquina (machine learning), técnica que consiste em “treinar” o sistema fornecendo dados, apresentando critérios e validando se os resultados da análise estão dentro do esperado.

A equipe da CGU repassou dados de servidores, incluindo casos antigos de funcionários condenados ou punidos por irregularidades. Um dos envolvidos no projeto, Thiago Mazagão, explicou que são listados determinados critérios, como a possibilidade de filiação a partidos ou a participação na sociedade com empresas.

Critérios 

Contudo, Mazagão negou que o sistema promova alguma forma de discriminação e afirmou que ele não toma decisão, mas faz indicações a partir de uma espécie de filtro para que os casos mapeados sejam examinados pelos auditores do órgão.

“Não é porque se filiou que vai cair na malha fina. Essa ferramenta não diz para gente quem é corrupto, mas quem deve ser olhado com mais carinho, e quem não precisa ser olhado com mais carinho. Ninguém está sendo julgado, mas para direcionar o olhar do auditor. É uma ferramenta de priorização”, argumentou.

Entretanto, o representante da CGU disse que os critérios adotados na análise não são tornados públicos. Ele justificou que a decisão foi pensada para evitar que agentes possam burlar o sistema por identificar seus parâmetros.

Fiscalização de contratos

Outro sistema baseado em inteligência artificial, criado pela CGU, é adotado com o propósito de fiscalizar contratos e fornecedores. A ferramenta elabora uma análise de riscos, incluindo não somente o de corrupção, mas também de outros problemas, como a possibilidade de um fornecedor não cumprir o contrato ou fechar as portas.

São considerados diversos aspectos para avaliar o grau de risco. Um exemplo é o ano de fundação. Quanto mais nova a empresa, maior a chance dela ter uma capacidade menor. Outra seriam os lances em uma determinada licitação. Quanto menos lances, maior a chance de haver alguma forma de acordo. No caso das empresas, quanto mais atividades desenvolve, maior a probabilidade de não conseguir sustentar contratos em todas elas.

Tribunal de contas

O Tribunal de Contas da União (TCU) também incorporou um sistema de inteligência artificial nas suas atividades de controle, denominado Alice. Segudo Edans Sandes, integrante da equipe que opera o recurso no tribunal, o sistema foi implantado como forma de buscar cobrir o grande universo de licitações e contratos, frente a um quadro de insuficiência de recursos humanos do órgão.

De acordo com TCU, os mais de mil órgãos da Administração Pública Federal promovem atualmente cerca de 60 mil licitações por ano. Com a emergência da modalidade de pregão eletrônico, o procedimento teve seu tempo reduzido para menos de um mês. Essa agilidade, aliada à defasagem no repasse dos dados pelo governo federal, dificultava a fiscalização do tribunal.

O sistema baixa os dados do portal de compras do governo (Comprasnet), identifica os custos das licitações, analisa o texto dos editais e cruza as informações dos processos com outras bases de dados. Nesta avaliação, são considerados diversos aspectos, como a qualificação das empresas, se elas são idôneas ou se são de fachada. Também são verificados problemas de concorrência que possam ocorrer nos procedimentos.

O mapeamento e os alertas facilitam o trabalho dos auditores e permitem que o tribunal chegue a mais processos do que antes. “Com elas, é possível ver indícios de irregularidades, que se transformam em alerta que são enviados para nossos auditores”, explicou o representante do TCU no evento.

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