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Notas Econômicas: 10 a 14 de janeiro de 2022

Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas

Os boletins do Ministério da Saúde confirmam uma elevação no número de novas infecções no Brasil, seguindo uma nova onda, que preocupa o planeta. Na sexta-feira, 14, foram registrados 112.286 casos da doença e 251 mortes. No entanto, os dados sobre óbitos sobem mais lentamente, com média móvel em torno de 130 vítimas da doença por dia no país. A OMS alerta que o risco geral relacionado à Ômicron permanece muito alto. “A Ômicron não atinge tanto a região do pulmão, fica mais focada nas vias aéreas superiores. Vemos que a maior parte dos quadros são leves, não precisam de internação. “Por isso, não vemos os hospitais lotados por conta da Covid-19”, disse Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

BRASIL 200 ANOS DE INDEPENDÊNCIA – Divulgaremos alguns fragmentos tirados de textos, de vários autores, para que possamos pensar nossa situação atual de país independente.

O DIA DO FICO

9 de janeiro de 1822

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.” Ao contrário do imaginário popular, muito provavelmente essa frase não foi dita pelo então príncipe regente Pedro 1º (1798-1834) no episódio conhecido como Dia do Fico. Segundo historiadores, trata-se de mais uma camada das construções da ideia de nação brasileira, na esteira da posterior Independência do Brasil. Mas é inegável que o tal dia, ocorrido há exatos 200 anos, em 9 de janeiro de 1822, na Câmara do Rio, foi a materialização da queda-de-braço entre o Reino de Portugal e a colônia brasileira.

E aí reside sua importância histórica. Segundo o historiador Marcelo Cheche Galves, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), o Fico integra “um conjunto de animosidades dentro do mundo português”, num momento em que a corte buscava o “esvaziamento do poder do Rio de Janeiro como centro de autoridade” — depois que a família real decidiu regressar ao Velho Mundo, em 1821. “Pedro ficou como regente e, a partir de então, passou a lidar com determinações das Cortes, como fechamento de instituições que funcionavam no Rio de Janeiro”, explica Galves. “Esse é o ponto, não tem nada de independência ainda.”

O estopim (do Fico) foi um decreto real emitido em outubro, que, entre outras questões, obrigava o retorno imediato do príncipe regente a Portugal — nomeando uma junta para governar o Brasil. E a frase, afinal? A frase verdadeira, como lembra o pesquisador Paulo Rezzutti, autor do livro, “D. Pedro – a História Não Contada” é a que ficou registrada no livro da Câmara do Rio, onde ocorreu o ato: “Convencido de que a presença de minha pessoa no Brasil interessa ao bem de toda a nação portuguesa, e conhecido de que a vontade de algumas províncias assim o requer, demorarei a minha saída até que as Cortes e meu Augusto Pai e Senhor deliberem a este respeito, com perfeito conhecimento das circunstâncias.”

Por Edison Veiga, Deutsche Welle https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/01/09/dia-do-fico-ha-200-anos-o-brasil-desobedeceu-portugal.ghtml

Economia e Finanças

Mercados Emergentes e o FMI: A mudança no sentimento do mercado em relação à inflação nos Estados Unidos e a reação indicada pelo Federal Reserve (Fed) no combate às pressões inflacionárias tornam ainda mais incertas as perspectivas para os mercados emergentes. O apontamento é feito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em artigo assinado por Stephan Danninger, Kenneth Kang e Hélène Poirson e publicado dia 10-01-2022, no qual indica que os formuladores de políticas de países emergentes “podem precisar reagir puxando várias alavancas, a depender das ações do Fed e de seus próprios desafios internos”. (Valor)

Fluxo Pedagiado nas Rodovias: O Índice ABCR, da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas do país, apresentou estabilidade em dezembro, em comparação a novembro, considerando os dados dessazonalizados. Comparado ao mesmo período de 2020, o índice total avançou 4,4%. O fluxo pedagiado de veículos leves aumentou 5,3%, e o fluxo de pesados 1,7%. O índice é calculado pela ABCR em pareceria com a Tendências Consultoria Integrada. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula aumento de 8,1%, fruto da elevação de 6,8% dos veículos pesados e de 8,6% dos veículos leves. (Valor)

Crédito Rural Cresce: De julho a dezembro de 2021, as contratações de crédito rural somaram R$ 159,7 bilhões, aumento de 30% em comparação com os seis primeiros meses da safra anterior, quando atingiram R$ 122,6 bilhões, segundo levantamento do Ministério da Agricultura. Ao todo, foram R$ 86,8 bilhões para custeio, montante 29% superior ao do mesmo período da safra 2020/21, e R$ 46,7 bilhões em investimentos, ou 24% a mais que no intervalo entre julho e dezembro de 2020. (Valor)

Voos Cancelados Devido à Covid: As companhias aéreas Azul e Latam informaram dia 10-01-2022 que 528 voos foram cancelados e, em alguns casos, reprogramados por conta do afastamento de integrantes da tripulação. O avanço da variante ômicron tem deixado equipes de pilotos e comissários de bordo em licença médica. Como se trata de uma mão de obra altamente especializada, que exige semanas ou meses de treinamento para quem já é habilitado, não é possível uma reposição imediata. (Valor)

Safra Recorde em 2022: A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá atingir o recorde de 277,1 milhões de toneladas em 2022, 9,4% acima da produção de 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa previsão é 0,3% inferior à estimativa anterior do instituto. O IBGE também divulgou o encerramento da safra 2021, com 253,2 milhões de toneladas. A produção foi 0,4% menor que a de 2020. (Valor)

Problemas nas Cadeias de Suprimento 1: Cerca de 90% do comércio mundial se dá pelo mar e os problemas na logística têm atormentado empresas ao redor do planeta. O recorde de atraso das embarcações tem congestionado portos e sobrecarregado armazéns, agravando os problemas de suprimento causados pela falta de chips e de produtos petroquímicos. (Valor)

Problemas nas Cadeias de Suprimento 2: Empresas menores tiveram que batalhar com unhas e dentes por espaço em contêineres nos barcos para não interromper a produção e poder continuar vendendo seus produtos, ao mesmo tempo em que se viam diante de acúmulos de matérias-primas e de pressões sobre seu fluxo de caixa (precisaram absorver o custo dos fretes, até sete vezes mais caros do que antes da pandemia). Os consumidores, por sua vez, vivenciam o problema na forma de prateleiras vazias, disponibilidade limitada de certos produtos e aumento dos preços. (Valor)

 Reajuste dos Combustíveis Volta a Pressionar Custos 1: A Petrobras anunciou um reajuste médio de 4,85% no preço da gasolina e um aumento de 8% no diesel vendido para as distribuidoras, nas refinarias, válido a partir de hoje. Principal vilão da inflação no ano passado, o preço dos combustíveis começa 2022 novamente pressionado pela valorização do petróleo no mercado internacional. (Valor)

Reajuste dos Combustíveis Volta a Pressionar Custos 2: O valor cobrado pela Petrobras nas refinarias responde por cerca de um terço do preço final da gasolina para o consumidor e por 55,8% do diesel. Embora impostos, margens das distribuidoras e dos postos e os custos de adição dos biocombustíveis misturados à gasolina e ao diesel, também interfiram no preço final dos derivados, os reajustes da estatal tendem a pressionar o valor cobrado nas bombas. (Valor)

Política de Preços Pró-Acionistas: Desde 2016, a política de preços da Petrobras trabalha com o preço de paridade de importação (PPI), que reflete o comportamento do câmbio e dos preços internacionais do petróleo e derivados. (Valor)

Mercado de Capitais Brasileiro: O mercado de capitais brasileiro viveu um ano histórico em 2021. Foram captados pelas empresas no país R$ 596 bilhões entre emissões de renda variável, fixa e instrumentos híbridos, volume 60% superior ao visto no ano anterior e maior da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). (Valor)

Captações no Exterior: No exterior, as companhias captaram mais US$ 24,8 bilhões, resultado 4,7% menor, mas muito próximo do obtido em 2020. Somadas as operações dentro e fora do Brasil as empresas conseguiram recursos no mercado de capitais local e internacional da ordem de R$ 734 bilhões no ano passado. (Valor)

Captações na Renda Fixa: Na renda fixa e instrumentos híbridos, as empresas captaram R$ 467,9 bilhões em 2021. Trata-se de outro recorde. O mercado de debêntures sozinho atingiu um volume de emissões de R$ 253,4 bilhões, mais que o dobro de 2020. (Valor)

Arrecadação Federal 1: A arrecadação federal deve ter encerrado o ano passado com um crescimento real de 17,3% ante 2020, somando R$ 1,877 trilhão (valor nominal), segundo cálculo prévio do Monitor da Arrecadação Federal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). Somente em dezembro, o recolhimento de tributos teria totalizado R$ 192,329 bilhões, o que representaria um aumento real de 9,9% ante mesmo mês de 2020. (Valor)

Arrecadação Federal 2: Em 2021, a arrecadação foi puxada pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica (32,3% ante 2020); Cofins (17,3%), receitas administradas por outros órgãos como é o caso dos royalties (51,1%), Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (28,2%), receita previdenciária (6,2%) e Imposto sobre Operações Financeiras (106,3%). Da expansão real de 17,3% da arrecadação entre 2020 e 2021, esses tributos responderam por 13,3 pontos percentuais. (Valor)

Crescimento do Turismo: O Índice de Atividades Turísticas, calculado pelo IBGE e publicado sempre no mesmo dia da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), subiu 4,2% em novembro ante outubro de 2021. Apesar disso, o segmento de turismo ainda se encontra 16,2% abaixo de patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.Na comparação com novembro de 2020, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 25,5%, oitava taxa positiva seguida, informou o IBGE. No acumulado do ano até novembro de 2021, o indicador de atividades turísticas cresceu 21,1%. (Valor)

Pesquisa Mensal de Serviços: O volume de serviços prestados no país teve alta de 2,4% em novembro, frente a outubro, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta quinta-feira IBGE. Em outubro, o setor havia recuado 1,6% (dado revisado após divulgação inicial de -1,2%). Com o desempenho de novembro, os serviços estão, em média, 4,5% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020. No entanto, o volume ainda é 7,3% menor do que o recorde da série da pesquisa, de novembro de 2014. No resultado acumulado em 12 meses até novembro, houve alta de 9,5%. (Valor)

PIB da Construção Civil 1: O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil cresceu 8% em 2021, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No início de dezembro de 2020, a projeção era de expansão de 3,8% do PIB setorial no ano passado. Em 2021, foram criados 245.939 empregos, ante os 98.000 do ano anterior. (Valor)

PIB da Construção Civil 2: O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil terá crescimento, em 2022, de 2%, segundo estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). (Valor)

Varejo Reage: O volume de vendas no varejo subiu 0,6% em novembro, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro, houve avanço de 0,2% (dado revisado). Na comparação com novembro de 2020, o varejo caiu 4,2% em novembro de 2021. O comércio acumula alta de 1,9% nos 12 meses até novembro. (Valor)

Queda na Produção Industrial: A produção da indústria brasileira recuou em oito dos 15 locais pesquisados em novembro frente a outubro, conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM Regional), divulgada pelo IBGE. Em relação a novembro de 2020, houve recuo em dez dos 15 locais pesquisados. Considerando o resultado acumulado em 12 meses, houve taxas positivas em 10 dos 15 locais pesquisados. (Valor)

Inflação

 Prévia do IGP-M: O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou inflação de 1,41% na primeira prévia de janeiro, vindo de queda de 0,22% na mesma leitura do mês passado e de alta de 0,87% no encerramento de dezembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). (Valor)

IPCA Fecha em Dois Dígitos: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2021 com alta de 10,06%, depois de encerrar em 4,52% um ano antes. É a maior inflação anual acumulada desde 2015 (10,67%), conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Valor)

Difusão da Inflação: O chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e atividades que tiveram aumento de preços, subiu de 63,1% em novembro para 74,8% dezembro, segundo cálculos do Valor Data considerando todos os itens da cesta. É o maior percentual desde fevereiro de 2016 (77,2%). (Valor)

Influência do Câmbio na Inflação: Na “tempestade perfeita” que levou a inflação ao maior nível em seis anos em 2021, o câmbio elevou a sua influência no resultado, após a depreciação de 7% do real no ano passado em relação ao dólar. A combinação de aumento de preços administrados, como gasolina e energia elétrica, e de bens se conjugou ao choque cambial para levar o IPCA a ficar em torno de 10%. (Valor)

Inflação do INPC: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede inflação percebida por famílias com renda baixa, entre um e cinco salários mínimos mensais, foi de 0,73% em dezembro de 2021, após alta de 0,84% um mês antes, informou o IBGE. Com o desempenho de dezembro, a inflação entre os de menor renda fechou 2021 com alta de 10,16% após marcar 5,45% em 2020. (Valor)

Inflação da OCDE: A inflação nos países que fazem parte da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) acelerou em novembro de 2021 para o nível mais alto em 25 anos, aumentando a pressão sobre os bancos centrais para elevar as taxas de juros. A taxa anual de inflação em novembro chegou a 5,8%, o maior nível já registrado desde maio de 1996. Em outubro, o índice entre os países da OCDE era de 5,2%. (Valor)

Inflação da Construção Civil: A inflação medida pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) ficou em 0,52% em dezembro de 2021, após alta de 1,07% um mês antes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o menor índice de 2021, informou ainda o instituto. No entanto, com o resultado de dezembro, a inflação da construção civil encerrou em 18,65% em 2021, a maior da série histórica iniciada em 2013. Em 2020, o indicador subiu 10,16%. (Valor)

Análise da Inflação 1: O Brasil teve em 2021 a maior inflação desde 2015. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,73% em dezembro, acumulando alta de 10,06% em 2021. Além do recorde, o resultado é quase o dobro do teto da meta prevista pelo Banco Central para o ano, que era de 5,25%, e dá munição para os adversários do presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano eleitoral. Na comparação mensal, apesar de o IPCA ter desacelerado — indo de 0,95% em novembro a 0,73% —, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. De acordo com o IBGE, o resultado foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, com a alta no preço dos combustíveis. Em seguida vieram habitação, alimentação e bebidas. (Agência Brasil) (Meio)

Análise da Inflação 2: Em carta aberta enviada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que também é presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, teve de justificar o descumprimento da meta inflacionária, indicar providências e o prazo para o retorno à meta. O presidente do BC apontou o forte aumento dos preços de commodities (produtos básicos, como petróleo, alimentos e minério), a bandeira tarifária de escassez hídrica e a falta de insumos como os principais fatores que levaram a inflação ao estouro da meta em 2021. Ele também frisou a influência da pandemia e destacou que a alta inflacionária foi um fenômeno global. (Estadão) (Meio)

Míriam Leitão: “O que fez a inflação brasileira destoar de outras economias, no entanto, foi o risco fiscal provocado pelo governo Bolsonaro, principalmente após o anúncio da PEC dos precatórios, que deu uma pedalada no pagamento de dívidas judiciais. E nesse ponto a carta do Banco Central peca por dar pouca ênfase ao tema. Nas 15 páginas do documento, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, fala uma única vez sobre a perda de confiança nas contas públicas que provocou a desvalorização do real.” (O Globo) (Meio)

Bolsonaro Explica a Inflação: Um dia depois da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ter registrado variação de 10,06% em 12 meses, o presidente Jair Bolsonaro (PL) creditou a alta de preços a políticas de distanciamento social defendidas por governadores e a um fenômeno global. (Valor)

Governo e Ambiente Político

Pesquisa Genial/Quest 1: O combate à inflação virou uma dor de cabeça para o governo Jair Bolsonaro: 80% dos entrevistados em pesquisa Genial/Quaest desaprovam a forma como o presidente está lidando com o assunto, sua pior avaliação entre os temas citados. No geral, 37% responderam que a economia é o principal problema do país, seguido de saúde/pandemia, com 28%, e questões sociais, com 13%, e corrupção, com 9%. Dentre os fatores econômicos, em primeiro lugar foi citado o desemprego, com 17%, seguido do crescimento econômico (10%) e inflação (9%). Sobre as questões sociais, fome/miséria foi o principal problema citado pelos entrevistados, com 9% das respostas. (Valor)

Pesquisa Genial/Quest 2:O ex-presidente Lula (PT) segue liderando as pesquisas de intenção de voto à Presidência da República, com 45% das respostas em pesquisa estimulada realizada pela Genial/Quaest, à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 23%. (Valor)

Pesquisa Genial/Quest 3: O ex-ministro e ex-juiz da Lava-Jato Sérgio Moro (Podemos) aparece em terceiro lugar, com 9%, à frente de Ciro Gomes (PDT), com 5%, do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 3%, e da senadora Simone Tebet (MDB), com 1%. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), não pontuou. Brancos e nulos somam 8% e indecisos, 4%. (Valor)

Pesquisa Genial/Quest 4: Em segundo turno, Lula venceria em todos os cenários, com percentuais que variam de 50% contra Sergio Moro (30%) a 57% contra Rodrigo Pacheco (14%). No cenário contra Bolsonaro, este receberia 30% das intenções de votos – ante 54% do petista – enquanto Ciro Gomes levaria 21% (52% de Lula) e João Doria, 15% das intenções de voto em segundo turno (55% de Lula), todos atrás do ex-presidente. (Valor)

Pesquisa Genial/Quest 5: O levantamento apurou ainda que 66% dos eleitores que conhecem Bolsonaro não votariam nele, com 18% dizendo que votariam e 12%, que poderiam votar. Doria tem a segunda maior rejeição do eleitorado que o conhece, com 60%, seguido de Moro, com 59%, Ciro Gomes, com 58%, Lula, com 43%. Simone Tebet tem a menor rejeição, com 19% entre os eleitores que a conhecem, mas apenas 3% disseram que poderiam votar nela. (Valor)

Human Rights Watch: As falas e ações do presidente Bolsonaro (PL) em 2021 representaram uma ameaça à democracia brasileira, segundo a Human Rights Watch. A ONG afirma que com a proximidade das eleições presidenciais, em outubro de 2022, é preciso que as instituições protejam o direito ao voto e a liberdade de expressão no país. O relatório mundial da organização em 2022 foi lançado dia 13-01-2022. No capítulo sobre o Brasil, a HRW indica que Bolsonaro tenta minar os direitos humanos no país ao atacar e intimidar as instituições. (Poder 360)

 Um Novo Romeu Zema 1: O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), rendeu-se aos moldes da política tradicional para tentar se reeleger em 2022. Diferentemente do que foi feito em 2018, o pré-candidato vai recorrer a alianças com outros partidos, em busca de mais tempo de televisão e apoio para aprovar mais projetos na Assembleia Legislativa em um eventual segundo mandato. (Valor)

  Um Novo Romeu Zema 2: A lista de partidos em conversas com o Novo inclui PSDB, Avante, Podemos, PL, PP, PSC e Solidariedade – legendas que já apoiam a atual gestão do governador. (Valor)

  Zema X Kalil: A disputa em Minas Gerais está polarizada entre Zema e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Pesquisa do Datatempo feita entre 26 de novembro e 1º de dezembro, com 1.404 pessoas, indicava preferência do eleitor por Zema, com 45,7% das intenções de voto, seguido por Alexandre Kalil, com 22,9%. Considerando os votos válidos, Zema poderia se eleger no primeiro turno, com 56,9% do total, contra 28,4% de Kalil. (Valor)

Bolsonaro X Anvisa: Bolsonaro comentou a nota divulgada pelo almirante-médico Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, na qual este reagiu às insinuações de corrupção na agência afirmando que, se o presidente dispunha de indícios contra ele, que abrisse uma investigação. Reclamando do tom agressivo da nota, Bolsonaro disse em entrevista a uma rádio que “ninguém acusou ninguém de corrupto”. Na semana passada, também numa entrevista, ele indagou “quais os interesses da Anvisa” na liberação de vacinas para crianças. Pois ele voltou à carga, dizendo que é comum ver agências “criando dificuldades para se vender facilidades”. (Globo) (Meio)

Encontro com Blogueiro Foragido 1: Com a má repercussão de seu encontro nos EUA com o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que é considerado foragido pela Justiça brasileira, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que não sabia da presença do ativista e que não teria ido se soubesse. (Metrópoles) (Meio)

Encontro com Blogueiro Foragido 2: Segundo Ricardo Noblat, é mentira. Faria, diz ele, não apenas sabia, como teria consultado previamente o presidente Bolsonaro, que deu sinal verde para o encontro. Santos teve a prisão decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em outubro, a pedido da PF. O blogueiro é acusado de integrar uma milícia digital criada para atacar autoridades, opositores do governo e as instituições da República, como o próprio STF. (Metrópoles) (Meio)

Desmonte da Lei Rouanet: O ex-PM André Porciúncula, ora secretário de Fomento e Incentivo da Secretaria Especial de Cultura, anunciou, via redes sociais, o estabelecimento de um teto de R$ 10 mil reais para aluguel de teatros em projetos beneficiados pela Lei Rouanet. No sábado, ele já havia dito que os cachês desses projetos seriam limitados a R$ 3 mil, o que representa um corte de 93%. Além disso, na semana passada, a secretaria anunciou a redução em 50% do teto de captação pelo programa. “A situação já passou do limite da maldade. O desmonte da Rouanet faz lógica dentro do atual desmonte do Brasil. O governo quer tirar o acesso da sociedade à cultura, às artes e à educação”, diz Eduardo Barata, presidente da Associação dos Produtores de Teatro (APTR). (Globo) (Meio)

Orçamento Secreto: O fim de ano foi gordo para os beneficiários do orçamento secreto. O governo empenhou R$ 5,7 bilhões para as “emendas do relator” entre os dias 7 e 31 de dezembro. O montante, que equivale a R$ 237,5 milhões por dia, é mais que os R$ 4,9 bilhões liberados entre janeiro e agosto de 2021. Da bolada de fim de ano, R$ 2 bilhões foram distribuídos pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa), e o município de Jequiá da Praia ficou com a maior fatia, R$ 10 milhões, num convênio assinado no dia 31 de dezembro. Como acontece no orçamento secreto, o nome do parlamentar que “destravou” a verba não aparece. Jequiá é governada por um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Apesar da quantidade imensa de dinheiro, parte do Centrão ficou insatisfeita — nem todo o prometido saiu, o que levou a uma campanha contra a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. (Globo) (Meio)

Controle do Orçamento: A fim de garantir o apoio da base no ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou ao principal nome do Centrão no governo, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o controle total sobre o Orçamento da União. Um decreto determinou que a Casa Civil terá de dar aval a qualquer mudança feita nos gastos do governo em 2022. Com isso, dizem fontes no Planalto, cria-se um “filtro político” para garantir o cumprimento de acordos na distribuição de recursos e evita-se o corte de verbas que, embora determinado pela área econômica, provocou atrito entre os políticos da base aliada e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Embora seja mais uma perda de poder do ministro Paulo Guedes, o Ministério da Economia tenta dar uma leitura positiva à mudança. Segundo o Painel, a tese é que Guedes deixará de ser o único alvo da ira dos políticos diante de inevitáveis cortes no Orçamento. (Folha) (Meio)

Barra Torres X Bolsonaro: O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, não se calou diante do último ataque de Jair Bolsonaro à instituição. No sábado, ele divulgou uma nota respondendo (na íntegra) à entrevista na qual o presidente questionou “o interesse da Anvisa” na liberação de vacinas para crianças. “Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, senhor presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa, aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar”, afirmou Barra Torres. “Agora, se o senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate.” Políticos de diversos matizes, como o ex-ministro Sério Moro (Podemos), o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, vieram a público apoiar Barra Torres, que é almirante-médico. O governo não se manifestou. (Poder360) (Meio)

Irritação de Bolsonaro: Segundo Guilherme Amado, o Exército estuda não renovar o contrato de militares temporários, hoje 70% do efetivo, que não se vacinarem. A estimativa é de 15% da tropa recusou o imunizante. A medida integraria o esforço do Exército para conter a covid-19, iniciado com a diretriz assinada pelo comandante da Arma, general Paulo Sérgio Nogueira, determinando a vacinação de militares e os proibindo de disseminar notícias falsas sobre a pandemia. Bolsonaro, conta Igor Gadelha, ficou irritado com ambas as determinações, o que levaria o Exército a publicar uma “nota de esclarecimento” que ainda não saiu. O presidente nega intervenção na Arma, mas diz que a vacinação de militares não será obrigatória. (Metrópoles) (Meio)

Pesquisa PoderData 1: Pesquisa PoderData realizada de 2 a 4 de janeiro de 2022 mostra que, no Brasil, 45% se dizem a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo e 39% declaram-se contra. Outros 16% não souberam responder. O apoio ao casamento homoafetivo diminuiu em 1 ano. Em janeiro de 2021, na 1ª vez que PoderData fez esta pergunta, 51% se diziam favoráveis e 33%, contrários. A diferença entre “a favor” e “contra”, na época, era de 18 pontos percentuais; hoje, caiu para 6 p.p.. (Poder 360)

Pesquisa PoderData 2: Pesquisa PoderData realizada de 2 a 4 de janeiro de 2022 indica que 55% dos brasileiros são contra a liberação do aborto. A taxa se manteve estável em relação ao levantamento realizado em janeiro de 2021, quando 58% eram contrários, considerando-se a margem de erro de 2 pontos perrcentuais do levantamento. A parcela dos que se dizem favoráveis à legalização da prática diminuiu 7 pontos percentuais em 1 ano –de 31% para 24%. O percentual daqueles que não sabem como responder cresceu. Agora, são 20%; na pesquisa de 1 ano atrás, eram 10%. (Poder 360)

Internação Hospitalar e Política: Após dias de queda na popularidade digital motivada pelas férias durante as tragédias causadas pelas chuvas na Bahia, o presidente Bolsonaro (PL) voltou a crescer nas redes sociais com a internação nos primeiros dias de 2022. É o que mostra o índice de popularidade digital, medido pela consultoria Quaest, e divulgado dia 11-01-2022, pelo jornal Folha de S. Paulo. (Carta Capital)

Lula Segue na Frente: A recuperação de Bolsonaro nas redes sociais, no entanto, ainda não foi suficiente para recuperar a primeira posição do ranking ocupada pelo ex-presidente Lula (PT) desde a sua viagem pela Europa, em novembro de 2021. (Carta Capital)

Ranking de 0 a 10: Com a movimentação, o ranking fechado dia 10-01-2022 ficou assim: Lula tem 60,3 pontos; Bolsonaro tem 52; Ciro Gomes (PDT) aparece com 24,6 pontos; e Sérgio Moro (Podemos) com 18,8. Nas últimas colocações entre os presidenciáveis estão João Doria (PSDB) com 17 pontos, Felipe D’Avila (Novo) com 14,4 e Rodrigo Pacheco (PSD) com apenas 11 pontos. (Carta Capital)

Bolsonaro Volta a Atacar Ministros do STF: Acabou a trégua entre Bolsonaro (PL) e o Supremo Tribunal Federal (STF), mediada pelo ex-presidente Michel Temer após os atos de 7 de setembro. Ontem, em entrevista a um site governista, ele voltou a atacar os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, seus alvos tradicionais na Corte. “Quem é que esses dois pensam que são? Vão tomar medidas drásticas dessa forma, ameaçando, cassando liberdades democráticas nossas. Os dois, nós sabemos, são defensores do Lula, querem o Lula presidente”, afirmou. Moraes, que vai presidir o TSE nas eleições deste ano, é relator de cinco inquéritos contra o atual presidente da República no STF. Mais tarde, Bolsonaro aproveitou a primeira cerimônia oficial no Palácio do Planalto para atacar diretamente o ex-presidente Lula (PT). “Querem reconduzir à cena do crime o criminoso, juntamente com Geraldo Alckmin”, disse. (Globo) (Meio)

Bolsonaro Menospreza Efeitos da Ômicron: Na mesma entrevista em que criticou Moraes e Barroso, o presidente falou sobre a variante ômicron do coronavírus, dizendo que ela “não matou ninguém” e que seria um “vírus vacinal”. “Algumas pessoas estudiosas sérias e não vinculadas a farmacêuticas, né, dizem que a ômicron é bem-vinda e pode, sim, sinalizar o fim da pandemia”, afirmou. Em resposta, o diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, disse que “nenhum vírus que mata pessoas é bem-vindo”. (Metrópoles) (Meio)

Fundo Eleitoral: O ministro do STF André Mendonça deu cinco dias para que o governo, a Câmara e o Senado deem explicações sobre o Fundo Eleitoral de R$ 4,9 bilhões. O Partido Novo entrou com uma ação no Supremo afirmando que o fundo é inconstitucional, por não prever a origem dos recursos. É o primeiro despacho de Mendonça como ministro da Corte. (CNN Brasil) (Meio)

Combate às Fake News: O Twitter suspendeu no dia 12-01-2022 a conta do empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. Em vez das postagens, o perfil dele exibe a mensagem “O Twitter suspende as contas que violam as regras”. O STF já havia suspendido contas do empresário na rede, em julho de 2020, por conta da divulgação de notícias falsas, mas desta vez a iniciativa partiu da plataforma. No dia 11-01-2022 o Twitter obrigou o pastor Silas Malafaia a apagar 11 postagens e o impediu de publicar por 12 horas. É uma reação às acusações de leniência por parte da rede com a desinformação no Brasil. (Metrópoles) (Meio)

Pesquisa Exame Ideia 1: Pesquisa Exame/Ideia divulgada dia 13-01-2022 mostra que Lula (PT) mantém folgada liderança na corrida rumo ao Palácio do Planalto em 2022. O petista marca 41% das intenções de voto no 1º turno, seguido por Bolsonaro (PL), com 24%. O pelotão da chamada 3ª via tem Sérgio Moro (Podemos), com 11%; Ciro Gomes (PDT), com 7%; Doria(PSDB), com 4%; e Rodrigo Pacheco(PSD), com 1%. Os demais potenciais candidatos considerados não atingiram 1%. (Carta Capital)

Pesquisa Exame Ideia 2: Entre os evangélicos, 27% declararam voto espontâneo em Bolsonaro, ante 20% em Lula. Na rodada de dezembro, porém, a vantagem de Bolsonaro era consideravelmente superior: 30% a 14%. Todos os cenários de 2º turno projetam vitória de Lula (Carta Capital)

Ambiente Social, Emprego e Renda

Contrarreforma Trabalhista 1: Gente na cúpula do PT teve de se mexer, nos últimos dias, para desfazer um mal-estar com o candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin. O ex-governador de São Paulo Geraldo procurou nos últimos dias o deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade. Segundo o que foi noticiado, buscava informações sobre a revisão da reforma trabalhista na Espanha, que foi elogiada pelo petista. Segundo o parlamentar, entidades patronais preocupadas com a possibilidade de um futuro governo do PT rever trechos ou toda a reforma trabalhista aprovada por Michel Temer em 2017, recorreram a Alckmin. O ex-governador teria concordado com Paulinho que a reforma brasileira precisa de ajustes pontuais. Mas a conversa entre os dois foi percebida como uma sinalização de atrito importante. (Metrópoles) (Meio)

Contrarreforma Trabalhista 2: Após o encontro entre Paulinho e Alckmin ser divulgado, petistas que defendem o nome do ex-tucano como vice fizeram chegar até ele informações para “desfazer” o mal-estar”. A interpretação acertada entre as partes foi de que Lula defende um diálogo entre sindicatos, empresários e governo em busca de entendimentos. Hoje, o ex-presidente se reúne com sindicalistas, economistas e representantes do governo da Espanha em São Paulo para discutir as mudanças que estão sendo feitas na legislação espanhola. (Folha) (Meio)

Contra a Decretação de Estado de Calamidade 1: O decreto de estado de calamidade em decorrência de pandemia serve para quando governantes reconhecem situações anormais e vistas com mais urgência pelo poder público. O dispositivo permite, por exemplo, que a administração aumente gastos, atrase o pagamento de dívidas e execute políticas financeiras voltadas para o campo de prioridade. (Carta Capital)

Contra a Decretação de Estado de Calamidade 2: O presidente Bolsonaro (PL) afirmou que o seu plano é não atender os estados e municípios que decretarem estado de calamidade pública pela pandemia e, eventualmente, solicitarem ajuda financeira ao governo federal. (Carta Capital)

Aumenta o Consumo de Cerveja por Mulheres 1: O número de consumidores da cerveja teve alta de 27% no terceiro trimestre de 2021, o maior registrado desde 2019. E o perfil de consumidor que mais contribuiu para o aumento é o composto por mulheres de 40 a 49 anos e pertencentes às classes A e B, segundo a mais recente edição do levantamento Consumer Insights, feito pela Kantar para analisar tendências de consumo no Brasil. (Mercado & Consumo) 

Aumenta o Consumo de Cerveja por Mulheres 2: Em locais públicos, a penetração de mulheres passou de 14,5% para 21,2% – um crescimento de 6,7 pontos nos últimos 12 meses, terminados em setembro de 2021, contra o mesmo período do ano anterior. Nas casas de amigos e familiares, por sua vez, o consumo cresceu 4 pontos de penetração, atingindo 18,3%. De acordo com os analistas responsáveis pelo trabalho, a alta de consumo é consequência direta da flexibilização das regras de distanciamento da covid-19 e da reabertura gradual do comércio. (Mercado & Consumo)

Paralisações de Servidores 1: Sem proposta concreta de reajuste após uma reunião com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) anunciou que não está descartada “greve por tempo indeterminado” a partir de fevereiro, caso as negociações não avancem. (Valor)

Paralisações de Servidores 2: Outras categorias do funcionalismo engrossam a pressão sobre o governo, que, em ano eleitoral, decidiu conceder aumento apenas para servidores das carreiras de segurança pública, excluindo as demais. A reserva é de R$ 1,7 bilhão. (Valor)

Tabela do Imposto de Renda Defasada: A defasagem na correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) alcançou 134,52% no fim de 2021, segundo a Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil (Unafisco). O levantamento começa em 1996 e leva em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 10,06% registrado em 2021, divulgado pelo IBGE. Atualmente, estão isentos do IRPF aqueles cidadãos que ganham até R$ 2.523,61 por mês. Nos cálculos da entidade, caso não houvesse a defasagem de correção, estariam isentos aqueles com renda mensal de até R$ 4.427,59. (Valor)

Trabalho Temporário: As incertezas na economia durante a pandemia contribuíram para turbinar o patamar de contratações de trabalhadores temporários, segundo a Asserttem, associação do setor, que registrou mais de 2,4 milhões de vagas geradas na modalidade em 2021, ante cerca de 2 milhões no ano anterior. Foi o maior patamar desde 2014, início da série histórica. (Valor)

Problemas da Reforma Trabalhista: Quando foi aprovada a reforma trabalhista, há pouco mais de quatro anos, a promessa do então governo Temer era de “milhões de empregos” e de desburocratização nas relações patrão-empregado. O que se confirmou com o tempo, entretanto, foi o aumento da informalidade e da precarização das condições de trabalho, pendendo, obviamente, contra o trabalhador. Segundo o IBGE, o Brasil tem atualmente cerca de 14,1 milhões de pessoas em busca de emprego; 7,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. Já a taxa de trabalhadores sem carteira assinada chegou, este ano, a 40,8% da população ocupada. Os dados são da última Pnad divulgada em setembro. (Carta Capital)

Reajuste para Todos: A previsão de aumento salarial somente para PF, PRF e agentes penitenciários federais pode se desdobrar em reajustes para todo o funcionalismo do Executivo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ministros da Corte disseram a interlocutores do Planalto que o reajuste deve desencadear uma avalanche de ações de outras carreiras que também estão sem reajuste há dois anos. É o pesadelo da equipe econômica, pois cada ponto percentual de aumento do funcionalismo tem impacto de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões nas despesas do governo. Bolsonaro já levantou a hipótese de não haver reajuste algum, o que pode lhe custar o apoio da área de segurança. (Globo) (Meio)

Meio Ambiente e Energia

Energia Solar: Os investimentos em energia solar no Brasil em 2021 somaram a R$ 21,8 bilhões, o maior valor já registrado em um ano, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Ao todo, o valor representa um aumento de 49% em relação ao registrado em 2020. Os investimentos incluem projetos de grandes usinas e os sistemas de geração distribuída, que englobam a instalação de placas  fotovoltaicas em telhados, fachadas e pequenos terrenos. (Valor)

Destruindo Cavernas: Um decreto do presidente Jair Bolsonaro permite a empresas destruírem cavernas na construção de empreendimentos de utilidade pública, com autorização de órgãos ambientais. Cavernas no Brasil são classificadas por grau de relevância, de baixo a máximo, e uma lei de 1990 proibia impactos irreversíveis nesse último grupo. Essa proteção foi retirada. Especialistas dizem que, por “utilidade pública” ser um conceito amplo, o decreto põe em risco esses ecossistemas. (Folha) (Meio)

Ambiente Empresarial e Tecnológico

Exportação de Ovos: As exportações brasileiras de ovos, considerando produtos in natura e processados, somaram 11,3 mil toneladas em 2021, volume 81,5% maior que o do ano anterior, segundo estimativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em receita, o aumento foi de 80%, para US$ 18 milhões. (Valor)

Previsões de Amy Webb: Fundadora do Future Today Institute, a americana Amy Webb é uma das futuristas mais respeitadas do mundo e ajuda grandes empresas a enfrentarem futuros complexos em termos de sociedade e tecnologia. Em sua entrevista mais recente, Webb comentou sua visão sobre as principais tendências em tecnologia. Segundo ela, o 5G vai expandir de forma inimaginável o acesso à internet, criando oportunidades para o setor de telemedicina e entregas por drones e tornando a China um mercado extremamente atraente para bens e serviços. Além do 5G, a futurista fez previsões sobre o metaverso e explicou por que acredita que os smartphones desaparecerão até 2031. (The Washington Post) (Meio)

Desinformação no Youtube: Mais de 80 organizações de checagem de fatos, de 46 países, enviaram nesta quarta-feira (12) uma carta à presidente-executiva do YouTube, Susan Wojcicki, solicitando que a empresa tome ações efetivas para combater a desinformação na plataforma, que pertence ao Google. Uma das medidas sugeridas é que o YouTube estabeleça parcerias estruturadas com checadores e assuma a responsabilidade de investir sistematicamente em iniciativas independentes de verificação de informações ao redor do mundo. (Valor)

Vallourec Multada: A Vallourec foi notificada pela Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais pelos danos ambientais que o transbordamento de um dique da Mina de Pau Branco provocou em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. O auto de infração prevê uma multa de R$ 288,6 milhões pelos danos ambientais. A companhia tem 20 dias para pagar a multa ou apresentar defesa aos órgãos ambientais do Estado. Também foi determinada a suspensão das atividades relacionadas à Pilha Cachoeirinha e ao Dique Lisa, até que sejam apresentados documentos garantindo a estabilidade dessas estruturas. (Valor)

Telemedicina: Aprovada a Lei Federal e restrita ao tempo de duração da pandemia, a telemedicina é uma das tecnologias que podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira. Entre os benefícios estão a democratização, a facilidade de acesso aos profissionais e aos programas de promoção à saúde e a redução dos custos corporativos. Tecnologias como o 5G, inteligência artificial e aprendizado de máquina podem contribuir ainda mais para o avanço do setor. (Meio)

Novas Baterias: Pesquisa da Universidade de Michigan desenvolveram uma nova tecnologia para permitir que baterias de lítio-enxofre usada em carros elétricos superem problemas relacionados ao ciclo de vida, como o número de vezes que podem ser carregadas e descarregadas. A solução pode ampliar em cinco vezes a autonomia dos veículos elétricos. (Olhar Digital) (Meio)

Crescem Vendas On Line das Pequenas e Médias 1: As pequenas e médias empresas no Brasil faturaram mais de R$ 2,3 bilhões com vendas online, resultado 77% acima do registrado no mesmo período do ano passado, segundo sétima edição do estudo Nuvem Commerce, da plataforma de e-commerce NuvemShop. O trabalho também indica que 5 milhões de consumidores compraram produtos pela internet pela primeira vez. (Mercado & Consumo)

Crescem Vendas On Line das Pequenas e Médias 2: De acordo com o estudo, em 2021 as PMEs venderam 44,5 milhões de produtos, quantidade 59% superior à do mesmo período do ano passado (28 milhões). O volume de pedidos também aumentou, atingindo 10,5 milhões no mesmo período, contra 6 milhões em 2020. O tíquete médio do e-commerce brasileiro em 2021 cravou R$ 219,47, aumento de apenas 4% em relação ao de 2020. O mês de maior faturamento para as PMEs foi novembro (tanto em 2020 como em 2021), devido à Black Friday e à proximidade com o Natal. (Mercado & Consumo)

Meta de Produção da Petrobras 1: A produção de petróleo e gás da Petrobras em 2021 somou 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), acima da meta de 2,72 milhões de boed, devido à maior atuação em ativos em águas profundas e ultraprofundas, de acordo com a empresa, em comunicado ao mercado. (Valor)

Meta de Produção da Petrobras 2: Para 2022, a meta de produção foi revisada para baixo, de 2,7 milhões de boed para 2,6 milhões de boed, devido ao início da partilha de produção dos FPSOs P-70 e Carioca, previsto para o início de maio, segundo o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (Valor)

Ambiente Internacional

Moedas da América Latina 1: Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) dispararam para o maior nível em quase dois anos na semana, mas as moedas latino-americanas fizeram algo estranho: se mantiveram estáveis, numa indicação de que o início da alta de juros nos EUA pode não desencadear a temida onda de vendas de ativos na região. Países da América Latina aumentaram as taxas de juros muito antes que o Federal Reserve sequer começasse a desacelerar o programa de compra de ativos, fornecendo alguma proteção às suas moedas. (Valor)

Moedas da América Latina 2: A elevação das taxas de juros do Chile ao México e maior prudência fiscal podem estar proporcionando resiliência a uma região que foi atingida pelo estresse dos mercados em 2013, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começou a reduzir estímulos monetários existentes na época. (Valor)

Airbus Supera Metas: A Airbus anunciou que superou suas metas de entrega no segmento de aviação comercial em 2021, remetendo 611 novas aeronaves para 88 clientes, uma alta de 8% sobre 2020. A meta da fabricante francesa para o último ano era realizar 600 entregas. (Valor)

Lições da Dinamarca: A Dinamarca é conhecida como um dos países mais felizes do planeta. A palavra “Arbejdsglæde”, por exemplo, existe apenas nas línguas escandinavas e significa “felicidade no trabalho”. Além de um povo unido, os dinamarqueses estão abertos à diversidade de ações e pensamentos, se tratam com igualdade e tendem a ter o que chamamos de mente aberta. (Meio)

Inflação nos EUA: O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI) subiu 0,5% em dezembro de 2021, perante o mês anterior, empurrando a inflação no varejo para uma alta anual de 7%, a maior taxa desde 1982, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho. Alguns economistas previam alta de 0,4% para o mês e de 7% no ano. (Valor)

Fórum Econômico Mundial 1: A preocupação de lideranças globais com o risco climático atingiu o nível mais alto dos últimos anos. A possibilidade de o mundo fracassar em lidar com as alterações do clima vai dominar as discussões no Fórum Econômico Mundial em 2022, segundo indica o Global Risk Report 2022, o novo relatório de riscos globais que norteia os debates realizados na cidade suíça de Davos, onde a elite econômica e financeira mundial vai se encontrar entre 17 e 21 de janeiro. (Valor)

Fórum Econômico Mundial 2: Além dos riscos climáticos, os entrevistados do Global Risk Report 2022 apontam problemas sociais impulsionados pela pandemia entre os principais desafios a serem enfrentados. Em uma visão de curto prazo, a “erosão da coesão social”, as “crises de subsistência” e a “deterioração da saúde mental” estão entre os tópicos que pioraram mais desde o início da crise sanitária. O risco de uma recuperação global desigual em consequência da pandemia é citado entre os maiores desafios. (Valor)

Fórum Econômico Mundial 3: 60% das lideranças entrevistadas também acreditam que, em questões relacionadas a migração e refugiados, os esforços de colaboração internacional têm falhado. Os riscos cibernéticos também surgem entre os principais temores atuais. As “falhas de segurança cibernética” estão entre os dez principais riscos que mais se agravaram. Desde o início da pandemia, ataques de “malware” aumentaram 358%, enquanto os ataques de “ransomware” aumentaram 435%. (Valor)

Ligados no Smartphone: Estudo da consultoria AppAnnie indicou que, no ano passado, os brasileiros passaram, em média, 5,4 horas por dia no smartphone. O país lidera o ranking pelo segundo ano, agora empatado com a Indonésia. Entre os aplicativos mais usados estão o WhatsApp, seguido pelo TikTok. Somados, os usuários no Brasil passaram 193,3 bilhões de horas no celular em 2021. (App Annie) (Meio)

Problemas do 5G em Aeronaves: Os EUA começaram a emitir avisos ontem sobre os potenciais impactos do novo serviço sem fio 5G em aeronaves. Os avisos foram dados pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), que tem conversado com fabricantes de aviões, companhias aéreas e operadoras de telefonia móvel para reduzir o impacto do novo serviço, cuja previsão de início da operação é 19 de janeiro. A instituição havia alertado que uma possível interferência pode afetar instrumentos sensíveis de aviões, como altímetros. Mais de 300 avisos foram postados, muitos relacionados aos principais aeroportos e hospitais onde são usados helicópteros médicos. (Folha) (Meio)

Crescimento da Economia Alemã: O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha avançou 2,7% em 2021, com ajuste de preços e de calendário. “O desenvolvimento econômico foi altamente dependente das taxas de infecção de covid-19 e das medidas preventivas associadas, em 2021”, destacou George Thiel, presidente do Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) do país.Em 2020, o PIB alemão recuou 4,6%, depois de uma expansão de 1,1% um ano antes, com ajuste de preço. Com ajuste de preço e de calendário, a economia alemã cedeu 4,9% em 2020, após avanço de 1,1% em 2019.  (Valor)

Notas Econômicas: Fontes

Jornal Valor, Globo, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Carta Capital, Poder 360, Mercado & Consumo, CNN Brasil, Metrópoles, Washington Post, Olhar Digital, App Annie e g1.

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