Como a era do Big Data impacta a carreira dos estatísticos
Se antes eles eram chamados para estimar a quantidade de peixes que havia em um lago, agora precisam enfrentar um desafio bem maior, comparável à imensidão dos oceanos
“Na estatística, as conclusões envolvem sempre uma incerteza”, diz o professor Marcos Magalhães para uma plateia atenta de cerca de 180 estudantes que assistem a sua palestra na tarde desta quarta-feira, em São Carlos. Para exemplificar, ele conta a história de uma de suas filhas, que, aos 5 anos, enquanto passeavam no lago, perguntou onde ele trabalhava. O pai respondeu: no Departamento de Estatística. A filha logo emendou: “É como descobrir quantos peixes têm no lago, né?”.
Para compreender a complexidade do problema, pense em tudo o que é postado nas redes sociais e imagine a quantidade de lixo que existe misturado às palavras, números, sons e imagens que realmente podem ser valiosos. Assim, as instituições que querem usar os dados disponíveis nas redes sociais, por exemplo, precisam jogar todo o lixo fora para, só depois, enfrentar o desafio de analisar esse oceano e extrair informações que realmente poderão nortear suas futuras decisões.
No entanto, há quem discorde dessa opinião, como o estatístico Guilherme Fernandes, que trabalha na Serasa: “Uma pessoa da área de computação caminha muito bem nesse mundo. Os estatísticos não”. Segundo ele, para processar os grandes bancos de dados é imprescindível ter conhecimento sobre a computação e suas linguagens de programação. “Ninguém é dono de uma área de conhecimento. Mas dentro da computação, os estudantes já adquirem conhecimentos de aprendizado de máquina, inteligência artificial, redes neurais, algoritmos genéticos. Eles têm esses métodos para extrair conhecimento dos dados. Podem não usar todo o ferramental de teoria estatística, mas chegam a resultados similares aos dos estatísticos. Esse é o ponto: você vai por caminhos diferentes, mas quem chegar mais rápido será mais valorizado.”
De acordo com Anne, dos 12 milhões de detenções realizadas por ano nos Estados Unidos, menos de 5% correspondem a crimes violentos e 67% das pessoas que saem da cadeia voltam a ser presas. “Decidi buscar uma ferramenta de dados e análises para avaliação de risco, algo que permitiria aos juízes entenderem, com base científica e objetiva, qual é o risco apresentado pelo réu a sua frente”, diz na palestra. Para possibilitar que os crimes violentos sejam punidos e evitar que as cadeias norte-americanas fiquem abarrotadas por pessoas que não precisariam estar lá já que não oferecem risco à sociedade, Anne tem uma solução: “Devíamos pegar essas avaliações de risco por dados e combiná-las com o instinto e a experiência dos juízes para nos guiar a tomar decisões melhores”.
Na apresentação que ele fez durante o 5º Workshop de Métodos Estatísticos e Probabilísticos, realizado em fevereiro no Instituto, Josemar abordou os desafios metodológicos que há para as empresas conhecerem quem são seus clientes e o que eles vão fazer no futuro. “A maioria dos modelos que existem nessa área supõe que o número de vendas de um produto para cada cliente segue uma lógica pré-determinada, que não leva em conta o padrão real de dispersão de compras ao longo do tempo. Nesses modelos tradicionais, só se considera o instante em que o cliente faz a compra”. Josemar explica que a informação sobre o instante da compra não é suficiente para avaliar quanto tempo o cliente ficou interessado por um produto ou serviço e muito menos para identificar a probabilidade desse cliente realizar futuras compras. Durante sua apresentação, o professor evidenciou que os pesquisadores têm buscado construir modelos mais flexíveis e citou como exemplo o trabalho Bridging the Gap: A Generalized Stochastic Process for Count Data.
Nesse momento, até parece que os oceanos da realidade se aproximam dos filmes de ficção. Não é difícil imaginar esse novo modelo estatístico identificando a existência de vida em outros planetas a partir da captação de sons. Porém, antes que isso aconteça, caro leitor, há muitos dados na Terra que precisarão ser estudados. “O mundo está se tornando um mundo de dados. Acredito que todos nós, no futuro, seremos pessoas capazes de analisar dados. Se o mundo está se tornando digital, por que você não vai se tornar analítico?”, finaliza Ranieri.
Como a era do Big Data impacta a carreira dos estatísticos
Se antes eles eram chamados para estimar a quantidade de peixes que havia em um lago, agora precisam enfrentar um desafio bem maior, comparável à imensidão dos oceanos
“Na estatística, as conclusões envolvem sempre uma incerteza”, diz o professor Marcos Magalhães para uma plateia atenta de cerca de 180 estudantes que assistem a sua palestra na tarde desta quarta-feira, em São Carlos. Para exemplificar, ele conta a história de uma de suas filhas, que, aos 5 anos, enquanto passeavam no lago, perguntou onde ele trabalhava. O pai respondeu: no Departamento de Estatística. A filha logo emendou: “É como descobrir quantos peixes têm no lago, né?”.
Para compreender a complexidade do problema, pense em tudo o que é postado nas redes sociais e imagine a quantidade de lixo que existe misturado às palavras, números, sons e imagens que realmente podem ser valiosos. Assim, as instituições que querem usar os dados disponíveis nas redes sociais, por exemplo, precisam jogar todo o lixo fora para, só depois, enfrentar o desafio de analisar esse oceano e extrair informações que realmente poderão nortear suas futuras decisões.
No entanto, há quem discorde dessa opinião, como o estatístico Guilherme Fernandes, que trabalha na Serasa: “Uma pessoa da área de computação caminha muito bem nesse mundo. Os estatísticos não”. Segundo ele, para processar os grandes bancos de dados é imprescindível ter conhecimento sobre a computação e suas linguagens de programação. “Ninguém é dono de uma área de conhecimento. Mas dentro da computação, os estudantes já adquirem conhecimentos de aprendizado de máquina, inteligência artificial, redes neurais, algoritmos genéticos. Eles têm esses métodos para extrair conhecimento dos dados. Podem não usar todo o ferramental de teoria estatística, mas chegam a resultados similares aos dos estatísticos. Esse é o ponto: você vai por caminhos diferentes, mas quem chegar mais rápido será mais valorizado.”
De acordo com Anne, dos 12 milhões de detenções realizadas por ano nos Estados Unidos, menos de 5% correspondem a crimes violentos e 67% das pessoas que saem da cadeia voltam a ser presas. “Decidi buscar uma ferramenta de dados e análises para avaliação de risco, algo que permitiria aos juízes entenderem, com base científica e objetiva, qual é o risco apresentado pelo réu a sua frente”, diz na palestra. Para possibilitar que os crimes violentos sejam punidos e evitar que as cadeias norte-americanas fiquem abarrotadas por pessoas que não precisariam estar lá já que não oferecem risco à sociedade, Anne tem uma solução: “Devíamos pegar essas avaliações de risco por dados e combiná-las com o instinto e a experiência dos juízes para nos guiar a tomar decisões melhores”.
Na apresentação que ele fez durante o 5º Workshop de Métodos Estatísticos e Probabilísticos, realizado em fevereiro no Instituto, Josemar abordou os desafios metodológicos que há para as empresas conhecerem quem são seus clientes e o que eles vão fazer no futuro. “A maioria dos modelos que existem nessa área supõe que o número de vendas de um produto para cada cliente segue uma lógica pré-determinada, que não leva em conta o padrão real de dispersão de compras ao longo do tempo. Nesses modelos tradicionais, só se considera o instante em que o cliente faz a compra”. Josemar explica que a informação sobre o instante da compra não é suficiente para avaliar quanto tempo o cliente ficou interessado por um produto ou serviço e muito menos para identificar a probabilidade desse cliente realizar futuras compras. Durante sua apresentação, o professor evidenciou que os pesquisadores têm buscado construir modelos mais flexíveis e citou como exemplo o trabalho Bridging the Gap: A Generalized Stochastic Process for Count Data.
Nesse momento, até parece que os oceanos da realidade se aproximam dos filmes de ficção. Não é difícil imaginar esse novo modelo estatístico identificando a existência de vida em outros planetas a partir da captação de sons. Porém, antes que isso aconteça, caro leitor, há muitos dados na Terra que precisarão ser estudados. “O mundo está se tornando um mundo de dados. Acredito que todos nós, no futuro, seremos pessoas capazes de analisar dados. Se o mundo está se tornando digital, por que você não vai se tornar analítico?”, finaliza Ranieri.
Como a inteligência artificial vai mudar a moda
O futuro da moda pertence às roupas inteligentes e a sustentabilidade
Como a internet das coisas vai impulsionar a moda
O crescimento da economia circular não só beneficiará os consumidores, o ambiente e a sociedade mas também vai gerar muitos empregos e lucratividade. Em 2014, o Fórum Econômico Mundial concluiu que até 2025, a economia circular poderá gerar US $ 1 trilhão por ano para a economia global e 100.000 novos postos de trabalho podem ser criados anualmente nos próximos cinco anos, desde que as empresas se concentrem em incentivar as cadeias de fornecimento circulares para aumentar a reutilização, remanufatura e reciclagem.
A Internet das coisas é a chave para que a transparência, ética e sustentabilidade se torne uma norma em todas as indústrias, entre elas a moda. A plataforma de produtos inteligentes e Internet das coisas EVRYTHNG, anunciou uma parceria com a Sustainable Apparel Coalition (SAC) e Avery Dennison para explorar como os fornecedores, fabricantes, marcas de varejo e os consumidores podem acessar e interagir com informações digitais sobre a sustentabilidade dos produtos.
O primeiro passo do trio será o lançamento de um programa piloto para produtos inteligentes utilizando a plataforma da EVRYTHNG e etiquetas sustentáveis com identidade única da Avery Dennison, bem como informações do Índice Higg, uma ferramenta de medição padronizada que permite que as marcas, varejistas e fabricantes possam entender seu impacto industrial, ambiental, social e de trabalho, e descobrir maneiras de melhorar nessas áreas.
O programa piloto, que decorrerá entre Maio e Julho de 2017, permite que as marcas participantes possam descobrir a melhor maneira de compartilhar informações do Índice Higg com os consumidores e outras partes interessadas através das identidades digitais e etiquetas inteligentes nos produtos. Da Internet das coisas surge a Internet das roupas. Como funciona
Como os objetos na Internet das coisas são encaixados com chips e sensores, eles podem ser rastreados em todo seu ciclo de vida. Este processo de rastreamento de ativos pode ser feito de várias maneiras.
Rastreamento ativo permite que as coisas conectadas possam trocar dados entre si remotamente, enquanto em uso. Isso melhora muito a capacidade dos fabricantes para monitorar tudo o que acontece.
Rastreamento passivo permite que os fabricantes rastreiem por exemplo, uma jaqueta usando RFID ou alguma outra tecnologia de digitalização, com o objectivo de reduzir os custos ao longo da cadeia de fornecimento e tornar mais fácil reciclar a peça quando se aproxima o fim da sua vida útil.
Exemplos de aplicações de produtos digitais incluem:
Histórico do produto: Dados sobre os materiais do produto, fabricação e distribuição podem oferecer total transparência aos consumidores sobre de onde o produto veio e como ele foi feito.
Recompensas de fidelidade: Os consumidores podem interagir com os seus produtos para desbloquear conteúdos personalizados digitais, serviços, ofertas e extras, ou conectar com aplicativos de terceiros para outras recompensas e benefícios.
Reordenamento do produto: Os consumidores podem interagir com os produtos usando suas identidades digitais e seus smartphones para reordenar produtos que eles gostam ou acessar produtos similares que podem querer comprar.
Proteção para as marcas: As marcas podem colocar nas peças os programas de proteção mais fortes com autenticação digital e análises em tempo real, para enfrentar o desafio dos produtos vendidos serem adulterados.
Prevenção contra perda: Um produto que transporta dados sobre onde e quando foi comprado não pode de forma fraudulenta ser devolvido, ajudando os varejistas a combater a fraude que custa bilhões de dólares globalmente para a indústria a cada ano.
Recomendações personalizadas: Os consumidores podem acessar o conteúdo personalizado original em seus smartphones como sugestões de estilo pessoal, novas dicas da temporada, conteúdo de saúde e fitness e convites para eventos, que são acionados pelo produto e com base em compras anteriores.
Sustentabilidade: A reciclagem torna-se muito mais fácil para os consumidores e marcas quando o produto pode mostrar informações específicas sobre o que fazer quando se chega ao fim da sua vida útil, incluindo como reutilizá-lo para um segundo uso ou como encontrar o centro de reciclagem mais próximo.
“A sustentabilidade tem o poder de influenciar o comportamento de compra do consumidor”, disse Andy Hobsbawm, Co-fundador e CMO da EVRYTHNG. “Através da nossa parceria com a Sustainable Apparel Coalition e Avery Dennison, nós estamos dando a algumas das principais marcas de moda, a capacidade de utilizar as identidades digitais de seus produtos conectadas à nuvem, para dar total transparência aos consumidores sobre suas credenciais de sustentabilidade, a fim de construir e fortalecer seus relacionamentos com os clientes“.
A EVRYTHNG permite que as marcas possam digitalizar seus produtos com as identidades de software na nuvem, proporcionando aos consumidores uma maior transparência do produto para que eles possam tomar decisões de compra mais informadas. A parceria entre EVRYTHNG, Avery Dennison, Rochambeau e The New Stand levou à BRIGHT BMBR, jaqueta inteligente que vem com experiências digitais exclusivas e conteúdo personalizado.
“O Índice Higg permite que membros do Sustainable Apparel Coalition possam assumir a responsabilidade total sobre seu impacto ambiental e social. A introdução de identidades digitais únicas de produtos fornece uma maneira nova e eficiente para as marcas capturarem e compartilharem esta informação “, disse Jason Kibbey, CEO do SAC. “Nossa parceria com a EVRYTHNG e a Avery Dennison acelera o nosso progresso em direção à realização de uma visão onde os consumidores utilizam o Índice Higg para avaliar e influenciar as escolhas de produtos que eles querem comprar.”
Cerca de 10 bilhões de produtos de vestuário, acessórios e calçados estão sendo individualmente conectados digitalmente, e a capacidade de localizar cada um desses itens é apenas um dos benefícios que surgirão a partir da parceria entre as tecnologias da EVRYTHNG e Avery Dennison. Ao longo dos próximos três anos, diversas marcas que vão de grifes famosas a redes de fast fashion, terão seus produtos introduzindo com identidades digitais únicas e perfis de dados na nuvem com todos os dados de fabricação.
A internet das coisas não só impulsionará a adoção da economia circular como também ajudará as empresas a combater com muito mais eficiência a falsificação de seus produtos. Fonte : Sustainable Apparel Coalition
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