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Head of Love: a humanização do trabalho em tempos pandêmicos

Head of Love: a humanização do trabalho em tempos pandêmicos - 
foto de espaço de trabalho de coworking - divulgação
Divulgação

Maior plataforma de coworkings do país, BeerOrCoffee conta com Head of Love, especialista em cuidar, com afeto, de todos os colaboradores da startup

Head of Love é um cargo que vem ganhando cada vez mais importância no BeerOrCoffee (www.beerorcoffee.com), a maior plataforma de coworkings do país, com aproximadamente 1,1 mil espaços em 160 cidades brasileiras. A startup, fundada em 2015, adota o trabalho remoto desde o dia 1 de sua operação. Hoje são cerca de 60 profissionais, distribuídos em 5 países. Para cuidar de cada um deles com afeto, uma profissional é dedicada a acolhê-los individualmente e reforçar esse acompanhamento com ações coletivas.

Entre os impactos causados pela pandemia de Covid-19, os danos à saúde mental da população têm sido um dos temas mais discutidos em tempos de isolamento social, especialmente nessa “segunda onda”. Cientistas e especialistas em saúde alertam para um “tsunami” de doenças mentais em razão de um estresse contínuo e intenso. É isso o que o BeerOrCoffee quer, mais do que nunca, evitar.

“Cuidamos de quem cuida dos outros, dos clientes, da empresa. Esse carinho personalizado traz mais equilíbrio, felicidade e segurança, o que torna o trabalho mais fluido. Com a saúde mental bem cuidada, o colaborador tem potencial para entregar o seu melhor”, afirma Bebela Vasconcellos, Head of Love do BeerOrCoffee, que iniciou esse trabalho em 2018. Desde então, foram muitos aprendizados, que vêm sendo compartilhados com outras startups que a procuram para implantar essa posição.

Livre acesso a interações

A agenda da Head Of Love é aberta para encontros individuais com colaboradores, que têm livre acesso e podem agendar o dia e o tempo que quiserem, sendo que alguns transformam os encontros em compromissos fixos. De outro lado, ela está sempre atenta às conquistas e fragilidades individuais para ora celebrar, ora apoiar.

A Head Of Love também articula ações coletivas. Como benefícios ao colaborador, o BeerOrCoffee oferece plano de saúde que cobre terapias, que podem ser feitas durante o horário de trabalho, assim como hobbies. De forma virtual, promove ginástica laboral, meditação, encontro diário às 12h com pauta livre, happy hour às sextas-feiras, ritual de perguntas aos fundadores, entre outras iniciativas pontuais. Ainda como benefício, é ofertado, para além do vale alimentação, voucher para lanche todas as tardes. O BeerOrCoffee também arca com um percentual do custo da passagem aérea como estímulo a viagens.

Mais do que isso, o BeerOrCoffee conta com uma série de ferramentas para que a rotina de trabalho não desgaste a vida pessoal de seu colaborador. Adotou, por exemplo, a comunicação assíncrona. Nada de WhatsApp ou Telegram para falar de tarefas, o Slack é a plataforma usada para que o trabalho não extrapole limites.

“Precisamos não só compreender a pessoa no trabalho, mas para além dele”, afirma Roberta Vasconcellos, CEO do BeerOrCoffee. “Durante a pandemia, muitos tiveram de lidar concomitantemente com demandas familiares, como o adoecimento de parentes e homeschooling, por exemplo, e suas tarefas de trabalho. É importante uma visão sistêmica para esse acolhimento, entender o que o colaborador está enfrentando em casa que pode afetar o trabalho e vice versa. As pessoas são o que temos de mais valioso”, destaca a executiva.

Aproximar os gestores de seus colaboradores é outro desafio da Head Of Love nessa pandemia. Para promover essa interação para além do trabalho, na última Páscoa, em vez de a área de Recursos Humanos distribuir um presentinho para cada funcionário, foi liberada uma verba para cada gestor enviar um carinho personalizado para quem é do seu time. “Foi preciso entender o que as pessoas gostavam, onde moravam e como era a estrutura para poderem receber algo em casa. O resultado foi incrível”, conta Bebela Vasconcellos.

Profissão do futuro

Quando se fala em profissões do futuro, é interessante observar que o “Especialista em Love Economy” está na lista. A demanda surge da necessidade das empresas tornarem-se mais humanas e empáticas, éticas e sustentáveis. Nada mais é do que o profissional que fala abertamente sobre o amor como um pilar de força dentro da organização, busca formas de valorizar cada vez mais as relações e o cuidado dentro dos negócios, cria e implementa iniciativas, produtos e serviços que despertam emoções e afeto.

O BeerOrCoffee foi criado em 2015, em Belo Horizonte – faz parte do San Pedro Valley, uma das maiores comunidades de startups do país. Hoje, tem base no Cubo Itaú, em São Paulo, mas sua equipe, com mais de 50 colaboradores, trabalha 100% no modelo remoto e distribuída em mais de 5 países. Fazem parte da plataforma, redes como Wework, Regus, Selina, Spaces e Impact Hub. Entre os seus clientes estão Itaú, Banco Inter, Creditas, iFood, Rappi, Sodexo, MRV e Mapfre. Já participou de rodadas de investimento, a última foi em 2018, quando recebeu aporte de Kees Koolen, fundador do Booking.com e investidor ativo em todo o mundo. Saiba mais no site www.beerorcoffee.com.

A pandemia afetou a saúde mental de trabalhadores e empresas podem contribuir para reverter a situação

A American Psychological Association (APA) publicou relatório com tendências emergentes na área de psicologia para 2021. Entre as “Top 10”, destaca-se o tópico “Employers are increasing support for mental health”. Ele revela que grandes empresas estão aumentando a oferta de recursos de saúde mental à medida que reconhecem a pressão que a pandemia exerce sobre seus colaboradores. O relatório ainda aponta que 2/3 dos trabalhadores relatam que problemas de saúde mental prejudicaram seu desempenho profissional.

Já conforme pesquisa realizada pela Lyra Health e pela National Alliance of Healthcare Purchaser Coalitions, 40% dos funcionários estão enfrentando esgotamento durante a pandemia. Um dos aspectos observados é que trabalhar em casa pode dificultar que os líderes detectem problemas psicossociais dos colaboradores de sua empresa. E, de acordo com a pesquisa Business Group on Health Survey, quase metade dos grandes empregadores, nos Estados Unidos, capacitam seu corpo gerencial para saber identificar essas questões e outros 18% planejam começar a fazê-lo em 2021, conforme a pesquisa.

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