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Disputas judiciais por recursos hídricos vão crescer

Com as mudanças climáticas, o judiciário tende a ser procurado para resolver demandas relacionadas ao uso da água
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Do otimismo ao pessimismo: Três cenários para o futuro da economia brasileira

Estudo aponta tendências possíveis dos acontecimentos no cenário de evolução da coronavirus - Foto: Roberto Parizotti
Estudo aponta tendências possíveis dos acontecimentos no cenário de evolução da coronavirus – Foto: Roberto Parizotti

Dos motoristas às PMEs: soluções digitais aceleram o setor automotivo

ilustração sobre realidade aumentada. 
Dos motoristas às PMEs: soluções digitais aceleram o setor automotivocelular identificar pessoas e lugares em ambiente aberto. Imagem: Pixabay
Imagem: Pixabay

Listo e Zul+ buscam oferecer serviços eficientes para o segmento, com tecnologia em soluções digitais acessíveis e inteligentes

Drones demonstram flexibilidade e eficiência

Do monitoramento de gado à entrega de pacotes, esses dispositivos garantem seu espaço na indústria

Drones devem revolucionar auditoria no agronegócio

As perspectivas são otimistas e o Brasil já reúne mais de 135 empresas de desenvolvimento tecnológico direcionadas para o aprimoramento do agronegócio. Foto por Tom Fisk em Pexels.com
As perspectivas são otimistas e o Brasil já reúne mais de 135 empresas de desenvolvimento tecnológico direcionadas para o aprimoramento do agronegócio. Foto por Tom Fisk em Pexels.com

Drones trazem novas perspectivas aos projetos arquitetônicos

Voos permitem panoramas 360 de uma área.
Voos permitem panoramas 360 de uma área.

E esse cansaço que não passa?

Se você tem se sentido cansado, um cansaço que não passa, você não está sozinho. Ouvindo empresários, empreendedores, investidores, empregados, desempregados, aposentados todos relatam esse sentimento de cansaço. Há uma percepção que as coisas estão aceleradas, mas ao mesmo tempo, mal saem do lugar.

É inteligência artificial, estúpido

O executivo Noberto Tomasini, líder de tecnologias emergentes da consultoria PwC, precisava realizar uma série de exames médicos. Para agilizar a consulta, ele entrou no site de um laboratório e, por meio de um chat, conversou com uma atendente, tirando dúvidas e agendando o serviço. Só depois ficou sabendo que, do outro lado do bate-papo, não estava um ser humano, mas sim um robô, conhecido no jargão de tecnologia como “chatbots”, programas de computadores que tentam simular conversas com pessoas. “Tinha certeza que falava com um atendente de um call center”, afirma Tomasini. A experiência do executivo da PwC não se trata um exemplo de ficção científica. Cada vez mais, você vai falar e negociar com um robô – e, na maioria das vezes, talvez você nem perceba.

Bem-vindo ao admirável mundo novo dos robôs e da inteligência artificial. Empresas dos mais diversos portes estão tirando proveito do avanço desses sistemas para automatizar uma série de tarefas. É o caso da companhia área Latam (fusão da LAN com a TAM), que conta com a assistente virtual Julia, responsável por 276 mil atendimentos mensais para clientes que procuram informações sobre compra de passagens, despacho de bagagens, reembolso, documentação, pontos do cartão fidelidade e dúvidas sobre embarque. O Hotel Hilton, em McLean, na Virginia, “contratou” um simpático robozinho batizado de Connie, em homenagem ao fundador da rede, Conrad Hilton. O androide ajuda os visitantes com dicas de turismo e acomodações. No segundo semestre deste ano, o Bradesco irá testar um sistema capaz de fazer recomendação de investimentos aos clientes baseado no computador Watson, da IBM. Nessa primeira fase, só os gerentes poderão conversar com a máquina. A expectativa é que, em 2017, os clientes já poderão utilizar a ferramenta, também por meio de chats escritos, escolhendo produtos financeiros, como empréstimos e seguros. “O Watson não vai tirar emprego de ninguém e vai melhorar relação com o cliente”, diz Marcelo Frontini, diretor de Pesquisa e Inovação do Bradesco.

Essa nova revolução dos robôs e dos sistemas de inteligência artificial está capitaneada pelos titãs do Vale do Silício, nos Estados Unidos. Empresas como Facebook, IBM, Google, Apple e Amazon estão em uma disputa ferrenha para saber quem conquistará os corações e as mentes dos consumidores com seus sistemas. Todas estão brigando por uma fatia de mercado bilionária, que pode atingir US$ 153 bilhões em 2020, de acordo com estimativas do banco de investimento Bank Of America Merrill Lynch. Os impactos da robótica e da inteligência artificial atingirão diversas áreas da economia, como os setores de agricultura, da indústria, de veículos, de entretenimento, saúde e financeiros (confira tabela na pág. 43). Os carros autônomos, como o do Google, por exemplo, devem se tornar um mercado de US$ 87 bilhões em 2030. Mas nada será tão afetado quanto o setor de call center. A empresa de pesquisa americana Gartner estima que até 85% dos centros de atendimento ao cliente irão ser virtuais em 2020.

O Facebook está dando um impulso e tanto para reduzir o tamanho dos call centers – e quem sabe, por consequência, acabar com o gerundismo das atendentes aqui no Brasil. Em meados de abril, Mark Zuckerberg deu um de seus passos mais ousados para ganhar terreno no universo dos chatbots, ao anunciar uma plataforma aberta para que empresas criem seus próprios sistemas. Eles funcionarão integrados ao aplicativo de mensagens Messenger e serão uma espécie de call center virtual. “Penso que você deveria ser capaz de mandar uma mensagem para uma empresa da mesma forma que envia para um amigo”, disse Zuckerberg, durante a apresentação da nova plataforma, em um evento em São Francisco. “Você nunca mais terá de ligar para um call center.”

Com o uso de sistemas de inteligência artificial, que estão ficando cada vez mais sofisticados, o Facebook tem o poder de levar esses “robôs” invisíveis a outro nível. E isso já está acontecendo. A rede de notícias CNN, por exemplo, lançou um “chatbot” capaz de entender as preferências dos leitores e sugerir artigos para ler. O site de buscas de hotéis Skyscanner desenvolveu uma aplicação integrada ao Messenger capaz de interagir com o consumidor, sugerir destinos e fazer pesquisas de preços. “Estamos próximos a uma nova era, na qual a inteligência artificial vai se tornar muito mais útil para nós como consumidores, como nunca antes na história”, diz Filip Filipov, diretor do Skyscanner.

Esse é apenas o começo do desenvolvimento de aplicativos inteligentes que vão funcionar como verdadeiros call centers digitais. Nas próximos meses, uma enxurrada de novos “chatbots” vão chegar ao mercado. O aplicativo MeCasei.com, que promove o comércio eletrônico de produtos e serviços relacionados a casamentos, e o Zappizza, aplicativo ligado a 120 pizzarias de São Paulo, já enviaram para o Facebook seus projetos. “É a nova onda”, afirma Márcio Acorci, cofundador do Mecasei.com. “Antes, as empresas precisavam de aplicativos, agora precisam de robôs que entreguem valor com inteligência.” O MeCasei está avançado no uso de inteligência artificial. Há dois meses lançou a Meeka, uma assistente pessoal que foi retirada da costela do sistema Watson, a plataforma de inteligência artificial da IBM. A Meeka pode ajudar uma noiva, por exemplo, a encontrar um vestido para seu casamento. Com base em sua localização e recursos que a noiva possui para a compra, a assistente apresenta uma série de opções. Por enquanto, nenhuma transação comercial é feita pelo sistema, mas é uma questão de tempo para que isso ocorra.

Não é apenas o mercado de call center que sentirá os efeitos da inteligência artificial. O setor financeiro já vive uma época em que os algoritmos são mais importantes do que os homens para a venda e compra de ações. Nos Estados Unidos, seis dos oito gestores de fundos de hedge que mais obtiveram rendimentos em 2015, segundo levantamento “Rich List” da revista americana Alpha Institutional Investor, utilizaram inteligência artificial em suas estratégias de investimento. O superintendente geral da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), José Carlos Doherty, explica que já existem os chamados robot advisers, gestores de fundo puramente eletrônicos, que substituem pessoas que estudaram para essa função. “Teremos de descobrir qual é o limite do robot adviser e onde ele consegue ser eficiente” diz Doherty. O executivo é o representante brasileiro na International Organization of Securities Commissions (Iosco), que agrupa todos os reguladores do mercado financeiro no mundo e que vem debatendo o que fazer para regular as operações comandadas por sistemas de inteligência artificial no mercado financeiro.

E aí, Siri?

Os “chatbots” são apenas uma das facetas da nova revolução da inteligência artificial. Outra briga acontece entre as assistentes digitais. Os protagonistas dessa batalha são Amazon, Apple e Google. Nessa disputa, a gigante do comércio eletrônico liderada por Jeff Bezos parece estar alguns passos à frente de seus rivais com o Echo, um objeto cilindrico negro que mais parece uma caixa de som. “É o começo de uma era de ouro”, disse Bezos, no evento Code Conference, no fim de maio deste ano, nos Estados Unidos. A Amazon conta atualmente com mil funcionários trabalhando com inteligência artificial e Bezos acredita que o Echo pode ser o quarto pilar de sua estratégia. O primeiro deles é o comércio eletrônico. O segundo é a Amazon Prime, serviço premium de assinatura, e o terceiro, a Amazon Web Services, sua plataforma de computação em nuvem.

Sempre conectado pela rede Wi-Fi, o Echo pode responder a perguntas sobre como está o tempo, requisitar um Uber, tocar podcasts ou ler as principais notícias do dia. Quem sempre responde é uma voz batizada de Alexa. O serviço de buscas de hotéis Kayak tem uma aplicação desenvolvida para funcionar com a assistente virtual da Amazon. “Você pode dizer: ‘Alexa, pergunte ao Kayak onde eu posso viajar por US$ 300?’ E o sistema faz a busca e responde em linguagem natural”, afirma Nicolas Scafuro, diretor para a América Latina do Kayak.

A vantagem da Amazon começa a ser ameaçada pela Apple. O assistente virtual Siri, que está em todos os iPhones da Apple, agora vai funcionar também nos computadores Mac. O anúncio foi feito na segunda-feira 13, durante um evento, em São Francisco. No palco, diante de cinco mil desenvolvedores, a Apple mostrou ainda o uso da Siri para envio de mensagens aos aplicativos de mensagens WeChat e WhatsApp para chamar um carro do Uber, Lyft ou Didi (um serviço chinês) ou para realizar pagamentos. Assim como a Alexa, o Siri conversa com o consumidor. Em geral, começa-se o bate-papo com um simpático “e aí, Siri?” para depois requisitar buscas na Web ou chamadas telefônicas. Mais atrasado está o Google, que publicou recentemente um vídeo sobre o seu assistente digital, o Google Home. Pelo que se viu, a inteligência por trás do aparelho está em produtos que os celulares do sistema operacional Android já conhecem: o Google Now.

Eu, robô

O computador Watson, da IBM, é capaz de compreender e responder à linguagem humana. Ele está por trás da iniciativa do Bradesco e é também usado na medicina, ajudando no diagnóstico de câncer no Memorial Sloan-Kettering, de Nova York. Analisando a literatura médica e um amplo banco de dados com exames da doença, ele indica o melhor tratamento. Mas a face mais simpática do Watson é o robô Pepper, produzido pela empresa de telecomunicações japonesa SoftBank. O Watson é a alma desse humanoide que é vendido aos milhares no Japão, onde trabalha na demonstração de produtos e assistente de consumidores em lojas. No início de junho, o Pepper ganhou um novo emprego. A MasterCard divulgou um projeto de utilizar o Pepper para trabalhar como caixa em restaurantes da Pizza Hut, na Ásia. O robô de 1,20 metro de altura foi projetado para conversar com clientes, responder a suas perguntas e permitir que façam pagamentos por meio de sincronização com seus celulares. “Não estamos tentando substituir coisa alguma”, disse John Sheldon, diretor de administração de inovações da companhia. “Haverá pessoal humano”.

A inteligência artificial, no entanto, já é capaz de substituir os humanos em atividades criativas, talvez sem o mesmo talento (ainda). Tome como exemplo o curta-metragem “Sunspring”, dirigido por Oscar Sharp e estrelado por Thomas Middleditch, o mesmo ator do seriado “Silicon Valley”. Seu roteiro foi todo escrito por um algoritmo de nome “Benjamin”. Para isso, o técnico de inteligência artificial Ross Goodwin alimentou um computador com centenas de roteiros de ficção científica e, em poucos minutos, recebeu da máquina uma história completa, com diálogos e até posturas em cena. Lançado no dia 9 de junho pelo site Ars Technica, o filme é uma narrativa misteriosa, que se passa no futuro ou no espaço e parece girar em torno de um triângulo amoroso e assassinatos, num roteiro confuso – um claro sinal de que a máquina ainda precisa aprender muito para substituir, de fato, o ser humano na arte de contar boas histórias. “Assim que fizemos a primeira leitura do roteiro, todos na mesa estavam morrendo de rir”, contou Sharp.

Nada disso parece ser, de fato, um problema tão sério para essa tecnologia que ainda está na primeira infância. Os sistemas de inteligência artificial estão perto de cruzar os limites do tempo. Falecido há 17 anos, o ícone da publicidade David Ogilvy concederá uma entrevista para o “The Drum”, especializado na cobertura do setor de marketing e comunicação. A conversa póstuma será possível por conta do computador Watson, que está sendo alimentado pela equipe editorial da publicação com informações sobre a sua carreira, vida, visão criativa e os livros publicados pelo publicitário, como “Confessions of Ad Advertsing Man”. No fim do mês de junho, a entrevista será publicada. Será que os jornalistas estão também com os dias contados? A agência Associated Press já usa um robô capaz de escrever notícias econômicas. O sistema automático para publicação de informes financeiros foi desenvolvido em parceria com a Automated Insights e faz uso da plataforma Wordsmith. O robô jornalista é revelado no fim de cada matéria gerada automaticamente e foi desenvolvido para fazer a cobertura econômica, uma área do jornalismo cheia de números e estatísticas.

Ao mesmo tempo em que encanta e pode revolucionar diversos setores, a inteligência artificial também assusta. A ficção científica é farta em histórias nas quais os homens são subjulgados pelas máquinas. Essa preocupação também está presente nas mentes de algumas das pessoas mais brilhantes do mundo. O fundador da Microsoft, Bill Gates, a chama de “superinteligência”. Ele sabe do que está falando. Em maio deste ano, a assistente virtual Tay, da Microsoft, interagiu com os usuários do Twitter. Em menos de 24 horas, ela publicou comentários racistas, homofóbicos e de apoio a Hitler. Diante disso, a Microsoft se viu obrigada a tirá-la do ar. O fundador da fabricante de carros elétricos Tesla, Elon Musk, acredita que essa é a “maior ameaça à nossa existência”. O físico Stephen Hawking diz que essa tecnologia é “o maior feito da história da humanidade”. Mas faz um alerta: “O desenvolvimento da inteligência artificial total poderia significar o fim da raça humana”, afirmou ele, em 2014. Ou, como diz Tomasini, da PwC, que no começo dessa reportagem não conseguiu identificar a diferença entre uma pessoa e uma máquina.  “Os computadores, em breve, saberão que nada sabem, como dizia o filósofo grego Sócrates. Esse será o momento em que a inteligência artificial será realmente forte.” Vida longa e próspera aos robôs?

Isto É Dinheiro 

É preciso inovação para revolucionar a educação!

As EdTechs desempenham papel essencial para promover um salto de qualidade na educação, atacando justamente o cerne da questão, que são as metodologias de ensino. Imagem: Pixabay
As EdTechs desempenham papel essencial para promover um salto de qualidade na educação, atacando justamente o cerne da questão, que são as metodologias de ensino. Imagem: Pixabay

Ecologia e custos impactam a construção civil

O momento favorece a transformação dos hábitos e exigência dos compradores de imóveis, com a valorização de opções de materiais
O momento favorece a transformação dos hábitos e exigência dos compradores de imóveis, com a valorização de opções de materiais

Edtech muda a educação

Para um filho de dez anos, Amartya é um sujeito pensativo. Uma segunda-feira de manhã na Khan Lab School (KLS) em Mountain View, na Califórnia, ele explica que suas matemáticas são “bastante fortes”, mas ele precisa trabalhar em sua escrita. Não se preocupe, porém; Amartya tem um plano. Ele irá praticar gramática on-line, reservar um slot com um professor de inglês e consultar seu mentor. Mais tarde, ele enviará um e-mail ao seu correspondente para pedir ajuda também.

Este é o tipo de arranque produzido pela KLS. Seus alunos não têm lição de casa ou boletim de notas ou passam o dia inteiro nas salas de aula. Não são estratificados por idade; Eles compartilham espaços comuns à medida que perseguem objetivos e horários individuais, usando o software desenvolvido por desenvolvedores internos para fazer testes e assistir a aulas de vídeo da organização irmã da escola, a Academia Khan, que faz tutoriais online. A metade dos professores atua como tutores, ajudando com o trabalho acadêmico. O resto dos alunos mentores em traços de caráter, como curiosidade e autoconsciência.

Ultimas atualizações

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A idéia de usar a tecnologia para renovar a educação não é nova. Em 1928, Sidney Pressey, um psicólogo, inventou uma “máquina de ensino” que ele imaginou “liberando … professora e aluna de trabalho educacional”. O autômato tinha um tambor de papel exibindo perguntas de múltipla escolha. Pressionando a tecla direita moveu o tambor, produzindo doces para smarty-pants.

Apesar da isca revestida de açúcar, a máquina de ensino de Pressey foi o caminho da maioria dessas tecnologias. Não estava à altura do exagero. Desde então, uma sucessão de invenções que prometeu reformar escolas não fez tal coisa. A tecnologia da informação remodelou outros setores; Isso teve pouco impacto na educação.

Isso não foi por falta de hardware. Em 1984, ano em que o primeiro Macintosh foi lançado, as escolas americanas calcularam em média um computador por cada 125 alunos. Em 2012, havia cinco para cada nove. Mas este grande impacto no acesso à TI teve “pouco ou nenhum efeito positivo” nos resultados, como os resultados dos exames, de acordo com uma análise de ensaios de todo o mundo publicados no ano passado por George Bulman e Robert Fairlie, da Universidade da Califórnia. Em 2015, a OCDE não encontrou nenhuma ligação entre o que os países gastam em TI nas escolas e as habilidades de 15 anos em matemática, ciência e leitura.

Agora, porém, a estase está finalmente começando a mudar, por duas razões. O primeiro é que “edtech” é cada vez mais capaz de interagir com os alunos de maneiras sofisticadas. Estudos recentes mostram que o software que imita o papel responsivo de um tutor, em vez de apenas criar perguntas e respostas, pode, de fato, acelerar a aprendizagem das crianças. O segundo motivo é a experiência de um número crescente de escolas, como a KLS, que não são apenas um desafio para a maneira existente de fazer coisas, mas usando o novo software para mudar a forma como os alunos e os professores passam seu tempo. Ambos, ao que parece, são mais produtivos. Durante muitas décadas, os inovadores educacionais anteciparam o fim do “modelo de fábrica”, pelo qual as crianças da mesma idade aprendem com o mesmo professor da mesma forma, mas o modelo perdura. Agora, pelo menos em alguns lugares,

Os investidores, tanto filantrópicos quanto de outra forma, estão entusiasmados. A Edtech é uma das prioridades do fundo de investimento criado por Mark Zuckerberg e sua esposa, a Iniciativa Chan Zuckerberg (CZI). Ele quer que a maioria das escolas americanas adote o novo tipo de educação que promete dentro de uma década – e depois ajude a espalhá-lo em todo o mundo. O valor combinado dos mercados norte-americanos e europeus do edtech (incluindo o ensino superior e superior, bem como as escolas) deverá crescer de US $ 75 bilhões em 2014 para US $ 120 bilhões em 2019, de acordo com a Technavio, uma empresa de pesquisa.

A pesquisa em dois campos está moldando a nova tecnologia. Inteligência Artificial (AI) é permitir que as máquinas aprendam sobre as pupilas usando-as estudando os dados produzidos no processo. E a pesquisa baseada em psicologia, ciências cognitivas e outras disciplinas está fornecendo uma visão prática da “ciência da aprendizagem”.

O falecido psicólogo norte-americano Benjamin Bloom convenceu muitos educadores que superar as falhas do modelo da fábrica exigiam que a instrução grupal fosse mais uma taxa de matrícula pessoal – que seus estudos mostraram ser a forma mais efetiva de ensino. O software “Aprendizagem adaptativa”, desenvolvido pela primeira vez por cientistas da informática na década de 1970, aspira a imitar as habilidades individuais de uma aula. Tais programas utilizam as respostas dos alunos para informar a escolha das questões subsequentes, ajustando a dificuldade à medida que se seguem.

O aprendizado de máquina, um ramo da AI que permite que os computadores peguem em padrões que não estavam explicitamente programados para perceber, se presta bem a essa abordagem. Mas não é essencial. Mindspark, desenvolvido por Educational Initiatives, uma empresa indiana, simplesmente se baseia em um banco de 45.000 perguntas e as respostas de 2m geradas todos os dias. Seus desenvolvedores anteciparam erros comuns, usando mais de uma década de dados de alunos e código escrito para diagnosticar os erros. Por exemplo, as crianças geralmente dizem que 3.27 é maior do que 3.3, ou 4.56 é maior que 4.9; A razão é que eles estão vendo o “27” e o “56” após os pontos decimais como sendo maiores do que o “3” e o “9”, um erro conhecido como “número inteiro de pensamento”. O Mindspark retomará esse padrão de erro e recomendará exercícios corretivos específicos.

Os programas mais recentes que estão sendo desenvolvidos em todo o mundo usam a aprendizagem da máquina para encontrar padrões de erro e força específicos da pupila. As principais marcas americanas incluem ALEKS, Knewton e DreamBox Learning. Siyavula Practice, um produto sul-africano, é usado por mais de 32.000 alunos em 388 escolas para ensinar matemática e ciência. O Geekie foi utilizado por 415 mil alunos nas escolas públicas de São Paulo e por muitos mais em casa. Byju’s, outra empresa de educação indiana, recebeu US $ 50 milhões em uma rodada de investimento liderada pela CZI em 2016. Na China, 17zuoye (“trabalho em casa”) usa software de reconhecimento de voz para ajudar os alunos a aprender inglês. Se uma criança diz “sete batatas”, ou “nove maçãs”, 17zuoye oferecerá ajuda com substantivos plurais.

O rápido progresso no reconhecimento e geração de fala pode levar essas idéias ainda mais. Pesquisadores do ArticuLab na Carnegie Mellon University usaram tecnologia de reconhecimento de voz para desenvolver Alex, um “parceiro virtual”, que fala com crianças em um vernáculo que os faz sentir mais confortáveis ​​na aula. Suas descobertas sugerem que algumas crianças negras aprendem ciência mais rapidamente quando interagem com um parceiro virtual usando vernácula afro-americana do que falando com um dialeto padrão.

Algumas dessas empresas prestam muita atenção à ciência da aprendizagem. Os algoritmos de Siyavula ajustam seus questionamentos para que os usuários obtenham a resposta correta cerca de 70% do tempo. Essa é aproximadamente a taxa de sucesso, diz, que nem afura nem deflaciona os alunos. ALEKS, enquanto isso, evita perguntas de múltipla escolha. Em vez disso, exige que os usuários digitem respostas – um método mais tributário. Ambos os produtos retornam periodicamente aos tópicos; Os estudos sugerem que a prática “entrelaçada” ajuda os fatos a se manter.

Um novo artigo de Philip Oreopoulos e Andre Nickow para J-PAL, um grupo no MIT que procura evidências sobre o que realmente funciona quando se trata de aliviar a pobreza, analisa dúzias de ensaios clínicos randomizados envolvendo edtech. Em quase todos os 41 estudos que compararam alunos usando software adaptativo com colegas que foram ensinados por meios convencionais, o ramo assistido por software obteve pontuações mais altas. Na maioria dos estudos, os escores da linguagem também foram altos. “Não há muitas outras intervenções com provas credíveis que demonstram esses tipos de efeitos”, diz o Sr. Oreopoulos (ver gráfico).

Um estudo na revisão do J-PAL é um artigo de Karthik Muralidharan, Alejandro Ganimian e Abhijeet Singh, que examina um esquema indiano após a escola, onde as crianças usaram Mindspark por 4,5 meses. Eles descobriram que o progresso feito em linguagem e matemática por esses alunos era maior do que em quase qualquer estudo de educação em países pobres – e por uma fração do custo de freqüentar uma escola administrada pelo governo.

Em parte, esta é uma função de uma baixa linha de base. Os currículos indianos são muito ambiciosos, artefatos de uma época em que as escolas eram preservadas da elite e, em qualquer momento, uma quarta parte dos professores estarão ausentes. Cerca de metade dos jovens de dez anos da Índia não conseguem ler um parágrafo para crianças de sete anos. Um aspecto particularmente encorajador do estudo foi que pareceu mostrar os menos bem-atendidos pela dispensa atual que se beneficia mais – os artistas mais pobres viram melhorias maiores do que as que já estavam passando.

Analisar os estudos publicados pode não dar uma imagem completa do progresso do campo: como em muitas áreas de pesquisa, estudos com resultados ambíguos ou negativos nunca podem ser publicados. Também é muito mais difícil julgar a tecnologia em assuntos mais suaves – campos onde imitar um tutor é, sem dúvida, mais difícil. Como melhorar o argumento de um ensaio de história não é algo que o edtech apreende facilmente, mais do que poderia aconselhar sobre o uso do humor em uma aula de teatro. Mas ainda pode ajudar as avaliações dos professores nesses campos. No More Marking, uma empresa britânica, mostra professores que emparelharam trechos de ensaios de alunos e pede que decidam qual é melhor; Com comparações suficientes, os algoritmos de “julgamento comparativo” podem classificar os alunos. O método economiza tempo dos professores e também ajuda os alunos. Eles são menos propensos a sofrer porque um professor está com fome,

Nenhum sarcasmo escuro

Também vale a pena notar que o mesmo sistema pode mostrar efeitos diferentes em diferentes testes. Um estudo publicado em 2014 descobriu que os alunos usavam Teach to One: a matemática aprendeu mais rapidamente do que a média nacional, de acordo com um teste padronizado. Mas a pesquisa que surgiu um ano depois não conseguiu conclusões quanto ao seu impacto. Um estudo de outro sistema, o software DreamBox Learning, descobriu que seu impacto diferiu de escola para escola. Quando foi usado por 60 a 90 minutos por semana, como os produtores pretendiam, e suas sugestões sobre como tirar o máximo proveito disso, ele teve efeitos muito melhores.

Ver Teach to One: Matemática em ação sublinha a quantidade de mudança necessária para fazê-la funcionar – o que pode explicar por que isso é menos bom em alguns estudos do que outros. Quando os alunos da Escola Ascend em Oakland chegam para a hora diária e a metade das matemáticas, eles olham para monitores que se assemelham a telas de informações do aeroporto que lhes dizem o que e como eles aprenderão hoje. Um filho deve trabalhar na geometria em um grupo; Outro tomará questões de álgebra em seu laptop. Três professores caminham pelo espaço aberto, verificando o progresso dos alunos. No final da sessão, os alunos tomam um teste curto, que é usado por desenvolvedores em New Classrooms, a instituição de caridade por trás do Teach to One, para definir os horários das crianças para o dia seguinte. Wendy Baty, chefe de matemática da escola, é um entusiasta; Ela diz que os alunos recebem feedback que “mesmo o melhor professor não poderia fornecer a toda a classe”. Vários alunos dizem que gostam disso podem aprender a seu próprio ritmo. Mas outros admitem achar a experiência confusa.

Ao invés de trabalhar por algumas horas em uma escola convencional, outros reformistas estão abrindo os seus próprios. A AltSchool é uma das várias tentativas abrangentes de usar o edtech para fornecer uma forma de “aprendizado personalizado”, que faz parte de uma tradição que remonta a Jean-Jacques Rousseau e Maria Montessori. Fundada por Max Ventilla, um ex-engenheiro do Google, é apoiada, entre outros, pela CZI e a Omidyar Network, criada por Pierre Omidyar, o fundador da eBay. Em cada uma das sete “escolas de laboratório” da AltSchool na Califórnia e Nova York, as pupilas consultam duas peças de software em seus tablets. O primeiro é o “retrato”: um registro do progresso de uma criança em assuntos acadêmicos e habilidades sociais. (Uma medida é se as crianças podem “responder com admiração e admiração”.) A segunda é a “lista de reprodução”, que é onde os alunos obtêm acesso ao material e ao trabalho completo.

Talvez, surpreendentemente, e com tranquilidade, para uma escola tão dependente do software, o tempo da tela é limitado a não mais de 20 a 30% do dia. A ênfase no trabalho do projeto significa que os alunos colaboram entre si. No Yerba Buena AltSchool, em San Francisco, Hugo, 12, explica que ele aprende mais de seus pares aqui do que na sua antiga escola. Os professores da AltSchool dizem que economizam tempo ao não marcar ou planejar lições. Em vez disso, eles analisam dados sobre os retratos dos alunos e os orientam sobre problemas individuais. Hugo diz: “Sinto que os professores aqui realmente me conhecem”.

Dar atenção a esses filhos não é barato. Os pais de Hugo pagam US $ 27.000 por ano, mais do que o dobro da despesa média por aluno nos países da OCDE. Isso não significa que o software AltSchool esteja em desenvolvimento será particularmente caro. Mas o custo total é definitivamente um problema. Muitas das escolas públicas que tentam combinar edtech e aprendizagem personalizada são apoiadas por organizações filantrópicas, como a Fundação Gates. Um estudo do ano passado dos primeiros adotadores pelo Centro de Reinvendimento da Educação Pública na Universidade de Washington, também parcialmente financiado pela Fundação Gates, concluiu que a “estabilidade financeira de longo prazo das escolas ainda não está clara”.

Provavelmente, a tentativa mais influente para descobrir se o aprendizado personalizado de alta tecnologia pode funcionar e ser concedido em escala é o das Escolas Públicas da Cúpula, uma rede de 11 escolas financiadas publicamente na Califórnia e Washington que atendem principalmente estudantes pobres, muitas vezes latinos; 130 mais “escolas parceiras” em 27 estados usam o software da Summit e recebem treinamento da equipe da Summit. Sua plataforma foi construída pro bono pelos engenheiros do Facebook.

Andrew Goldin, chefe das escolas da Cúpula, argumenta que a Plataforma de Aprendizagem da Cúpula permite que os alunos aprendam de forma mais eficiente do que eles quando conduzidos através de cada lição por um professor: “As crianças não precisam ser percorridas em cada etapa”. Isso lhes dá mais tempo Para gastar em projetos, que ocupam metade do dia escolar e que sejam orientados pelos professores.

Algumas informações primeiro

Esse tipo de aprendizagem personalizada tem seus críticos. Colocar os alunos a cargo da rapidez com que aprendem preocupações com alguns cientistas cognitivos. “Nossas mentes não são construídas para pensar”, argumenta Benjamin Riley, de Deans for Impact, uma instituição de caridade que defende a ciência da aprendizagem. Pensar forte sobre as coisas não vem naturalmente, e se as escolas facilitam a evitação, algumas crianças irão fazê-lo. Outra crítica é que as pessoas precisam de uma loja pronta de fatos se quiserem desenvolver muitas formas de criatividade e pensamento crítico (uma visão defendida por um dos primeiros gigantes da IA, Herbert Simon). Como Daniel Willingham da Universidade da Virgínia coloca: “o conhecimento é cumulativo”. No mundo do Google Tablet e do telefone sempre Google+, pode ser tentador para as crianças não preencherem essa loja, e para os professores não se preocuparem demais.

Dando aos filhos mais controle sobre sua aprendizagem, o Sr. Goldin argumenta, os motiva; Se os alunos não compreendem o básico, eles não podem participar de projetos. Ele também aponta para os resultados da Cimeira. Cerca de dois terços da pontuação dos alunos também e melhor do que a demografia prevêem em um teste de matemática nacional. Em 2015, 93% dos alunos que participaram da Summit passaram a se formar, dez pontos percentuais a mais do que em escolas vizinhas comparáveis. Dos graduados, 99% chegaram à universidade.

Achievement First, um grupo de 34 escolas na costa leste da América, que é famoso por uma disciplina difícil, está testando um modelo similar. Assim também são escolas em cidades como Chicago, Nova York e Boston. Mais de 3.000 superintendentes (os funcionários que dirigem os distritos escolares dos Estados Unidos), que representam cerca de um terço dos alunos das escolas públicas, assinaram uma promessa de “transição” para “aprendizagem digital personalizada”.

O quão bem o modelo funcionará quando se espalha não está claro. Em 2015, a RAND Corporation, um grupo de reflexão, publicou o estudo mais completo ainda de escolas que utilizam aprendizado personalizado de alta tecnologia. Comparou os resultados dos exames dos alunos em 62 dessas escolas com as de alunos semelhantes nas escolas comuns. O primeiro fez um maior progresso, especialmente aqueles que começaram perto do fundo da classe.

O relatório é amplamente divulgado pelos defensores da aprendizagem personalizada. O Sr. Zuckerberg o usa para afirmar que: “Sabemos que a aprendizagem personalizada é muito melhor.” Esse é um estiramento de proporções yóguicas. Os resultados são dos primeiros adotadores do modelo, com professores altamente motivados. E os pesquisadores da RAND não conseguiram descobrir o que as escolas estavam fazendo para obter seus resultados. Sem essa compreensão, expandir o modelo será complicado. Um outro relatório da RAND, divulgado em 11 de julho, reiterou essas preocupações.

Os professores podem ser mais céticos longe de Silicon Valley. E os pais podem estar mais preocupados com a privacidade. O software de aprendizagem em máquina tem um incentivo para acumular dados; Eles fazem previsões mais precisas. Novas plataformas contêm contas das habilidades de uma criança muito mais detalhadas do que qualquer boletim informativo.

Os defensores e os céticos do novo modelo continuarão a argumentar. Mas ambos os lados são culpados de caricaturizar o outro. Os técnicos podem fazer parecer que os professores das escolas comuns falam com todos os alunos exatamente da mesma maneira. Eles não; Estudos mostram repetidamente que os professores usam “instrução diferenciada” entre alunos de diferentes habilidades, mesmo que não possam oferecer atenção individualizada.

Mas escolas que usam aprendizado personalizado não são áreas de jogo anárquicas. Os alunos podem ter mais poder, mas não têm controle completo. “A escolha não adulterada não é boa”, diz Aylon Samouha da Transcend Education, uma instituição de caridade. “Você precisa de padrões e estrutura”.

Se as escolas podem combinar personalização e rigor, é difícil imaginar que os alunos não se beneficiem. O software de educação não está tornando o ensino obsoleto. Seja como for, torna a arte do ensino mais importante. Isso seria uma boa notícia para a sala de professores e a sala de aula. Para Hugo, de 12 anos, observa, “muitos professores estão apenas tentando chegar ao fim do dia”.

Este artigo apareceu na seção Briefing da edição impressa sob o título “Aprendizado de máquinas”

Educação de olho no futuro

 

 

Adolescentes brasileiros, matriculados no ensino básico e médio, principalmente os nascidos após o início do século 21, membros da geração do milênio, estão expostos a desafios determinados pelas transformações que movimentam o planeta hoje, com efeitos sobre as próximas décadas. Incertezas como as apresentadas pelo Fórum Econômico Mundial, organismo que reúne lideranças econômicas e políticas internacionais. A instituição não deixa dúvidas sobre a força das inovações propagadas pela quarta revolução industrial. Com outros nomes, estudos com diferentes tons fazem alertas semelhantes. Em todos os sentidos, há cenários precariamente percebidos, ainda, por uma sociedade que não discute os rumos futuros dela própria.

 

Além de se submeterem à escolha de uma profissão, missão extremamente sofrida para grande parte, os jovens das novas gerações terão de encarar o fato de que o mercado de trabalho das próximas décadas será, na teoria e na prática, diferente daquele vivenciado por seus pais, avós, bisavós e tataravós, representantes das três revoluções industriais anteriores. Não só pela influência das tecnologias, mas também por questões sociais, econômicas e políticas, entre outras, que  fazem o atual momento diferente.

 

“Se as crianças são o futuro, é essencial que se faça de tudo para que a educação delas priorize a capacitação para o que vem pela frente”, alertam especialistas em tendências de várias regiões, antenados com as distorção das sociedades que se negam a ter olhar prospectivo, diante de mudanças capazes de deixar os ambientes sociais mais instáveis e escorradios.

 

Sem a percepção sobre os avanços exponenciais das tecnologias e sobre os efeitos no restante dos ambientes de relacionamento humano, há a possibilidade de preparação de novas ‘safras” de profissionais dissociados das realidades. Futuros trabalhadores que, em alguns casos, desembarcarão em mercados sem identificar atividades que vão perder importância. Em outras situações, funções que chegarão à obsolescência ou à extinção. Pessoas sem capacidade, até mesmo, de antecipar as oportunidades que virão pela frente.

 

A dissociação evidencia-se, na realidade brasileira, nos processos de seleção para os cursos universitários. Os alunos focam os exames de seleção, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os vestibulares de escolas superiores privadas como meta desligada de questões básicas sobre o cotidiano humano. “Os jovens parecem estar aprendendo de forma reativa, como se estivessem olhando para um espelho retrovisor, quando deveriam estar aprendendo as habilidades que irão prepará-los para o futuro”, critica o futurista norte-americano Daniel Burrus, demonstrando que o problema é, na verdade, mais amplo do que possa imaginar.

 

Para o especialista norte-americano, “sem o começo imediato de uma abordagem antecipatória, pró-ativa, da educação atual, as crianças correm o risco de desembarcar no futuro completamente despreparados para a paisagem profissional de amanhã”. É necessário reconhecer que a tecnologia está mudando a maneira como vivemos, trabalhamos e atuamos. No jogo global, a atitude antecipatória é a única maneira de ter garantias de sobrevivência em posições de liderança, olhando para as tendências mais claras que estão moldando o futuro.

 

TECNOLOGIA EM TUDO

 

Hoje, na segunda metade da segunda década do século, jovens e seus familiares, além do sistema educacional, parecem pouco atentos ao fato de que há um amadurecimento das tecnologias disponíveis, criando condições ideais de temperatura e pressão para a implantação de uma nova estrutura do sistema produtivo. Basta olhar para qualquer smartphone ou tablet acessível à mão para entender o momento atual da infraestrutura tecnológica. O poder de processamento, a velocidade com que acessamos informações e a quantidade de conhecimentos disponíveis não deixam dúvidas de que os computadores estão completamente maduros para atender as demandas dos usuários.

 

A revolução tecnológica não é uma curiosidade sobre o futuro. Estudantes das etapas finais do ensino fundamental sequer imaginam, como tema de reflexão, o que seja trabalho na era digital. E mesmo os jovens do ensino médio seguem os velhos métodos de procura e definição de alternativas quando expostos aos diliemas da pesquisa sobre atividades humanas. Com mais de duas centenas de alternativas oferecidas por escolas públicas e privadas, as novas profissões seguem pouco conhecidas.

 

O estudo “Educação para o trabalho”, uma avaliação global elaborada pela empresa de consultoria McKinsey, realizada em 2013, diz que os dois únicos países do mundo onde universidades e escolas técnicas estão preparadas para direcionar pessoas para o trabalho são a Inglaterra e a Alemanha. Em todos os outros países, a diferença entre o que as escolas de nível médio e superior acham que elas fazem para preparar as pessoas e o que as pessoas consideram de fato importante chega para números entre 28% e 30%. Brasil e México lideram a lista de maior disparidade da distância entre o que a escola acha que fez para a pessoa ter capacidade de trabalhar e o trabalho exige de fato da pessoa.

 

As estratégias deficientes de escolha se manifestam, inclusive, no foco na visão imediatista, do presente, para a avaliação de alternativas. Faz parte das tradições, jovens escolherem profissões porque estão “na moda”, seguindo recomendações de gurus eventuais. Foi o que aconteceu, por exemplo, nos casos da indústria do petróleo e da construção civil, no Brasil em tempos recentes.

 

Em 2010, último ano do governo Lula, quando o produto interno bruto brasileiro cresceu surpreendentes 7,5%, apesar dos efeitos da crise global de 2008, houve uma corrida pelos cursos de engenharia. Com o preço do óleo nas alturas, especialistas em recolocação indicavam os dois setores como alguns dos mais promissores para os estudantes envolvidos com os vestibulares da época. Ou seja, o olhar focado no momento foi a base para a recomendação da profissão.

 

ADAPTAÇÃO LENTA

 

Os investimentos em visões de futuro são necessários, inclusive, para forçar uma adequação  dos cursos superiores à velocidade de introdução das tecnologias, inovações e mudanças de funcionamento dos sistemas produtivos. A formação de profissionais é sempre mais lenta do que a capacidade de absorção dos novos trabalhadores pelo mercado de trabalho. Há uma disfunção temporal, que vai se agravar: a demanda de hoje não será a mesma de amanhã.

 

O jornalismo tem alguns dos exemplos sobre os impactos negativos da ausência da visão prospectiva. No início dos anos 2000, a internet já deixava clara a perspectiva de tomar espaços das mídias tradicionais, em especial dos jornais impressos. Naquela época e, em alguma medida, ainda hoje, as escolas de jornalismo mantinham suas grades curriculares com forte peso em técnicas de produção para veículos em papel.

 

Assim como os jornalistas, os publicitários custaram a entender que os meios digitais afetariam profundamente os seus modelos de negócios. Em alguns anos, profissionais do segmento começaram a entender, por exemplo, que definições sobre o que é um “texto ideal” ou sobre a “eficiência de uma propaganda”, com o culto ao clique como padrão, estavam sendo definidas pelos especialistas em tecnologia e em marketing.

 

Em 2001, a Organização Internacional do Trabalho já defendia a necessidade de melhorar a capacidade de instituições da sociedade para coletar e comunicar informação confiável e atualizada sobre as demandas do mercado de trabalho, como uma base para a orientação profissional e melhores escolhas dos interessados – população, empresas, governos e instituições de ensino, além dos estudantes, naturalmente. Segundo o estudo “O mercado de trabalho no futuro: uma discussão sobre profissões inovadoras , empreendedorismo e tendências em 2020”, a OIT reconhece que os estudos do futuro podem oferecer uma contribuição, na medida em que prospectam tendências, apontam caminhos e oferecem um referencial de discussão para o desenvolvimento de planos estratégicos para que se aja em direção ao futuro desejado.

 

REPENSAR

 

Grandes empresas, como a Petrobras, a Fiat, Usiminas e Natura continuarão a existir. Mas terão um menor número de empregados. Assim como grandes varejistas, como lojas Americanas e Magazine Luiza, envolvidas pelo comércio eletrônico. Google, Facebook e Amazon serão ainda multinacionais empresas, com seus modelos de negócios com poucos empregados. Uber e AirBnB manterão suas marcas inovadoras, com presença mundial e pouquíssimos empregados diretos e uma multidão de indiretos, espalhados pelo mundo. Empregos escassos em um ambiente de empreendedorismo intenso e regido pela força da digitalização. Novas empresas estarão liderando segmentos desconhecidos na atualidade.

 

O desenho do cenário do futuro confirma a necessidade de repensar as estratégias de pesquisa e escolha da profissão das próximas gerações. Ao escolher rumos, os entrantes no mercado depois dos anos 2020 devem entender as mudanças projetadas para a forma e o conteúdo da sociedade do futuro. Mesmo profissões tradicionais, como medicina, engenharia e direito, sofrerão transformações importantes. Outras atividades podem enfrentar traumas mais radicais. Outras menos. Mas não resta dúvidas de que todas tenderão a sentir os impactos da revolução tecnológica.

 

Além de fatores gerados pelas inovações computacionais, há variáveis sociais, econômicas, demográficas, políticas e mercadológicas a levar em conta. É crescente, hoje, a percepção de que também muda, por exemplo, a maneira como as pessoas vão encarar o papel do trabalho. Com automação de processos e robôs em todos os setores da atividade humana, a sociedade reverá, por exemplo, a questão do tempo disponível. O ócio será um fato, confirmando as previsões apresentadas pelo sociólogo italiano Domenico de Masi que, na década de 1990, defendia a tese de que a futuro do trabalho teria a influência do aumento do tempo disponível para outras atividades além do exercício de profissões.

 

A existência em si de oportunidades de emprego é uma preocupação a ser considerada no contexcto. A preocupação com o desemprego de jovens preocupa instituições como a Organização Internacional do Trabalho, o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial. Há alguns anos, as entidades internacionais cumprem o papel de divulgação de estudos e alertas sobre os problemas que envolverão o mundo do trabalho no futuro, exigindo a elaboração de políticas públicas para criar novas chances de trabalho para milhões de pessoas.

 

“Estamos à beira de uma revolução tecnológica que irá alterar fundamentalmente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, escopo e complexidade, a transformação será diferente de tudo que a humanidade tenha experimentado antes”, alerta Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial. “A juventude de hoje não enfrenta uma fácil transição do mercado de trabalho e, com a desaceleração econômica global, é provável que isso continue”, ressaltou a diretora do Departamento de Políticas de Emprego da OIT, Azita Awada.

PROCESSOS DE ESCOLHA

 

Uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional em 2011 com 2 mil estudantes matriculados no terceiro ano do ensino médio constatou que a metade deles não sabia qual curso universitário escolheria no vestibular que se aproximava. Os estudantes reconheciam que a escolha entre várias profissões envolvia um enigma complexo, para o qual recebiam pouca ajuda das escolas.

 

Para os coordenadores do estudo, a indecisão reflete o quanto o momento ainda é subestimado em importância. “Apesar de estudarem tanto para o vestibular, eles não encaram a escolha do curso como parte do processo. O estudante é muito novo e, como não há na escola uma matéria que o prepare, adquire uma postura passiva.”

 

Na prática, o processo confirma que pouco mudou na forma como as pessoas escolhem as atividades que vão seguir. No passado, era possível dizer que havia poucas possibilidades de escolha. Em 1934, na primeira fase do governo de Getúlio Vargas, dez cursos marcaram a criação oficial da Universidade de São Paulo. Na sociedade ainda fortemente rural, dominada pelas elites cafeeiras, o acesso a carreiras de nível superior era um privilégio para poucos. Até o final dos anos 1800, existiam apenas 24 estabelecimentos de ensino superior no Brasil, com cerca de 10 mil estudantes. Os primeiros anos da criação da República abriram oportunidades para estabelecimentos privados de ensino superior. Até a década de 1930, existiam 133 escolas isoladas, 86 delas criadas nos anos 1920.

 

O Brasil de 2015 já tinha, segundo o Mapa do Ensino Superior, elaborado pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo (Semesp), 2.391 instituições de ensino superior, entre universidades e faculdades independentes. Do total, 301 são da rede pública e os restantes 2.090 da rede privada.

 

Ainda de acordo com os dados do levantamento, o número de matrículas em cursos presenciais das IES públicas e privadas do Brasil aumentou de forma expressiva nas últimas três décadas. De 2000 a 2013 chegou a crescer 129%. Em 2013 havia cerca de 1,8 milhão de alunos matriculados nas IES da rede pública (28,8%) e 4,4 milhões de alunos em instituições privadas (71,2%), totalizando 6,1 milhões de matrículas. No ano anterior, esse total era de 5,9 milhões de matrículas, das quais 1,7 milhão na rede pública e 4,2 milhões em IES privadas. Esses números representam um crescimento total de 3,8%, sendo 3,6% na rede de ensino pública e 3,9%, na rede privada.

Os números, seja da oferta de cursos, da demanda e da importância do setor educacional, contrastam com a distância que separa os estudantes das suas escolhas. O que em parte explica o elevado índice de evasão dos cursos superiores. A taxa de evasão é calculada com base nos alunos desistentes em relação ao total de alunos matriculados. Em 2013 a taxa de evasão dos cursos presenciais da rede privada no Brasil atingiu o índice de 27,4% na rede privada e 17,8% na pública. Nos cursos EAD, no mesmo ano, o índice chegou a 29,2% na rede privada e 25,6% na pública. Na rede privada, a diferença entre as modalidades de ensino presencial e EAD ficou em 1,8 pontos percentuais; na rede pública o percentual foi maior (7,8 pontos). Uma das causas das desistências é, certamente, o fato de que as escolhas são feitas sem um método adequado.

 

Um estudante que vive hoje o dilema da definição sobre profissão que pretende seguir passa pelas mesmas aflições que os seus pais enfrentaram. Em tempos de informações abundantes na internet e de revoluções tecnológicas, as estratégias de busca por conhecimento são essencialmente as mesmas. Testes vocacionais, visitas programadas a faculdades, palestras de profissionais experientes nas escolas. Pouco mudou. Não é à toa que as profissões mais procuradas continuam sendo aquelas pretendidas pelos antepassados. Medicina, direito, engenharia e engenharia continuam no topo das preferências.

PROJETO PIONEIRO

 

O desconhecimento sobre tendências do mercado de trabalho é confirmado pelos resultados de um projeto pioneiro desenvolvido pela Estação do Saber e pelo Radar do Futuro na Escola Estadual Pedro II. Em dez sessões, alunos do nono ano do curso fundamental, na faixa de idade de 14 anos, participaram de oficinas onde exercitaram atividades de autoconhecimento, com acesso a recursos de coach, com a possibilidade de pesquisar informações sobre profissões, entendendo tanto o presente como o futuro delas.

 

O levantamento inicial sobre o repertório de profissões conhecidas confirma a ausência de informações sobre as possibilidades oferecidas pelo mercado atual e sobre perspectivas para o futuro. Induzidos a listar as profissões que conhecem, o resultado apresenta as atividades que integram a relação dos cursos mais procurados nos vestibulares das escolas brasileiras. A tentativa de extrair uma relação de nomes de profissões desconhecidas não encontra respostas relevantes.

 

A observação dos comportamentos e percepções sobre o mundo revela jovens sem envolvimento com a busca de significados do trabalho para as suas vidas. Uma atividade sobre o impacto de inovações como a robótica sobre algumas funções profissionais foi capaz de gerar interesse por discussões. Mas nada que tenha aderência mais ampla dos  estudantes naturalmente envolvidos em seus interesses mais imediatos. .

 

Projeções do futuro

 

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Há um certo consenso de que crianças com dez anos hoje vão se formar, em mais uns 15 anos, por volta de 2030, portanto, em profissões que sequer existem.

O futuro do trabalho é competitivo. Ninguém vai pagar alguém apenas porque a pessoa tem um diploma. A educação informal é cada vez mais acessível. A competição por empregos não será limitado ao lugar onde você mora. Para ter oportunidades de trabalho – não necessariamente de empregos – o profissional será obrigado a se destacar.

 

Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee, cientistas do MIT, dos Estados Unidos, reconhecem que a digitalização gera um momento complexo para a humanidade, suficiente para determinar uma visão menos otimista sobre o futuro do trabalho. Segundo eles, nunca houve um momento melhor para ser um profissional com habilidades especiais. Pessoas com a “educação certa” podem usar a tecnologia para criar e aprender valor. No entanto, nunca houve também momento pior para ser um profissional com apenas habilidades comuns a oferecer. O pessimismo decorre da constatação de que computadores, robôs e outras tecnologias digitais estão adquirindo essas habilidades e talentos em velocidade extraordinária.

 

Há análises sobre o futuro dos empregos, impregnadas da crença otimista de que tecnologias criam tantas atividades quanto eliminam. Não é verdade mais.

Vamos ver cada vez  mais coisas que se parecem com ficção científica e menos com empregos.

As máquinas passaram a ter habilidades que nunca tiveram antes: compreender, falar, ouvir, ver, responder, escrever. E estão ganhando novas habilidades.

visão otimista: a revolução tecnológica possibilita o aumento da produção, enquanto caem os preços. O volume e a qualidade continuam a crescer

reforço à tese de que teremos mais tempo disponível

momento de grande florescimento da criatividade, inclusive com o apoio de equipamentos como impressoras 3D que, na visão dele, possibilitam novas criações em massa.

reconhece dois desafios.

O primeiro, é econômico. E diz respeito ao aumento da desigualdade. Enquanto os lucros das empresas crescem ano após ano, a renda tendo a sentido contrário. Há, nos últimos 15 anos, uma redução do tamanho da classe média, pela perda de renda, em um ciclo vicioso marcado por desigualdade e polarização.

O segundo é social. A mobilidade social nos Estados Unidos hoje é menor do que a da Europa.

O palestrante da tarde, Hélio Zylberstajn, professor da USP, ressaltou que a tecnologia no trabalho está sempre avançando. Segundo ele, uma pesquisa nos EUA afirma que 47% dos empregos poderiam ser substituídos por computadores. Esse processo de computadorização teria o potencial de criar pelo menos cento e sessenta e três novas ocupações, altamente especializadas, que não existem hoje. Precisa-se conhecer o que está ocorrendo para se formular políticas públicas que deem conta do mundo atual em constante transformação, defendeu o professor.

Para entender o futuro do trabalho é necessário levar em conta a forma como a internet impacta a vida sociedadde.

cinco bilhões de pessoas vão se tornar conectadas nos próximos 20 anos

 

 

 

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A tecnologia não será, em 2025, uma ferramenta de trabalhadores, mas parte de nós. Também serão colegas do ambiente de trabalho. A avaliação é da futurista Faith Popcorn, diretora de marketing da consultoria BrainReserve, para quem nos próximos dez anos os robôs substituirão um terço dos postos de trabalho atualmente existentes no mundo desenvolvido. 

Para enfrentar os problemas decorrentes do elevados níveis de desemprego, os governos terão de impor um “Imposto do Desemprego” para manter os seres humanos empregados. 

Ao invés de ter um emprego em um escritório de uma única empresa, o adulto típico terá postos de trabalho em várias empresas ao mesmo tempo e vai trabalhar a partir de casa. Férias, apenas em realidade virtual, que já estará plenamente consolidada como tecnologia do passado.