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Notas econômicas: 27 de setembro a 1 de outubro de 2021

Notas econômicas apresentam a coletânea de informações da semana levantadas pelo economista Paulo Roberto Bretas

Em campanha política contínua e fora de época, ilegalmente falando, e sob efeito da perda de popularidade, o governo Bolsonaro tentou, durante a semana, gerar fatos sobre os mil dias na presidência. Investiu milhões de reais em propaganda, mas acabou contribuindo para a difusão de balanços negativos. A mídia constatou um impressionante histórico de três crises por mês, em média. Negacionismo, troca de ministros, denúncias de desvios envolvendo seus filhos e assessores mais diretos, participação em atos antidemocráticos e ataques a interesses de estrangeiros foram as marcas dos balanços. Agora, também a esposa, Michelle, é denunciada porque teria agido para que a Caixa Econômica Federal favorecesse a concessão de empréstimo a empresas alinhadas com o governo.

E as crises tendem a prosseguir nestes tempos de inflação em alta e de precarização da qualidade de vida da população. No interior de São Paulo, a falta de água já impacta cerca de 2 milhões de habitantes. O sistema do Catareira, que abastece a região metropolitana de São Paulo operava, na sexta-feira, 1 de outubro, com 31,9% da sua capacidade. O ideal seria de 60%.

notas econômicas
Foto: Roberto Parizotti – Agência Fotos Públicas

Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas

Economia e Finanças

Cenário Econômico Nacional 1: O cenário econômico vem se deteriorando, com a inflação subindo há 14 semanas no boletim Focus, do Banco Central, e as previsões de crescimento mais fracas, principalmente para 2022. Para tentar controlar a escalada da inflação, na última semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros para 6,25% ao ano e já revelou a intenção de subir a taxa em mais 1 ponto percentual na reunião de novembro. (Mercado e Consumo)

Cenário Econômico Nacional 2: Com o avanço da vacinação no País e o fim das restrições sanitárias, os setores de comércio e serviços apresentaram bons números, em julho, e uma mudança clara no padrão de consumo: enquanto o setor de vestuário cresceu 42%, na comparação com 2020, supermercados e materiais de construção seguem em queda. A recuperação, porém, não deve ter grandes saltos por conta do desemprego e da queda na renda dos brasileiros. (Mercado e Consumo)

Cenário Econômico Nacional 3: A indústria enfrenta gargalos, como a dificuldade de manter cadeias de suprimentos, e registrou queda. Um bom exemplo dessa situação é a produção de automóveis, que caiu quase 40% em agosto em relação ao mesmo mês de 2019. Outro sinal de alerta é que as empresas estão usando estoque adicional feito no primeiro trimestre As variações dos estoques que representaram 4,1% do PIB no primeiro trimestre, caíram para -1% no segundo, o que demonstra um claro cenário de frustação das expectativas. (Mercado e Consumo)

Projeções do BC: O Banco Central (BC) ajustou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2021 de 4,6% para 4,7% de crescimento, conforme o Relatório de Inflação (RI) divulgado dia 30-09-2021. Para 2022, a previsão é de expansão de 2,1%, com expectativa de um ritmo de crescimento menor ao longo daquele ano do que no segundo semestre do atual calendário. (Valor)

Desemprego Recua Mas Segue Alto 1: A taxa de desemprego no país ficou em 13,7% no trimestre encerrado em julho de 2021. A taxa ficou 1 ponto percentual abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em abril, de 14,7%) e abaixo do resultado de junho de 2021(14,1%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Valor)

Desemprego Recua Mas Segue Alto 2: No trimestre até julho, o país tinha 14,1 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem encontrá-lo. O número aponta retração de 4,6% frente ao trimestre anterior (676 mil pessoas a menos) e alta de 7,3% frente a igual período do ano anterior (955 mil pessoas a mais). (Valor)

Força de Trabalho no Brasil: A força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 103,1 milhões no trimestre até julho de 2021, 2,4% a mais do que no trimestre anterior (2,4 milhões de pessoas) e 8,4% acima de igual período do ano anterior (8 milhões de pessoas a mais). (Valor)

Crescimento dos Subocupados: Num mercado de trabalho com 14,4 milhões de desempregados chama a atenção o número recorde de trabalhadores subocupados, aqueles que trabalham menos horas do que gostariam. Esse número chegou a 7,543 milhões de trabalhadores no segundo trimestre. O aumento desse contingente é visto por economistas como um sinal da fragilidade do mercado de trabalho depois de quase dois anos de pandemia. Mas também como o início de uma reação, que por enquanto se dá entre os tipos de inserção de menor qualidade. (Valor)

Queda de Confiança do Consumidor: O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) recuou pelo segundo mês seguido, um sinal negativo para a atividade econômica nos próximos meses. Em setembro, o ICC teve queda forte, de 6,5 pontos, para 75,3 pontos, o nível mais baixo desde abril. A inflação alta e disseminada é um dos fatores que mais contribuem para derrubar a confiança do consumidor, corroendo em especial a renda dos mais pobres. O IPCA-15 mostrou aumentos expressivos de alimentação no domicílio, combustíveis, energia elétrica e serviços. (Valor)

Relatório Focus PIB: O ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021, do Relatório Focus do Banco Central, manteve-se em 5,04%. A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2022 voltou a cair, pela 4ª semana consecutiva, agora de 1,63% para 1,57%. (Valor)

Relatório Focus IPCA: A mediana das projeções dos economistas do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 subiu pela 25ª semana seguida, agora de 8,35% para 8,45%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC). Para 2022, também subiu, pela 10ª sondagem consecutiva, de 4,10% para 4,12%. (Valor)

Relatório Focus Selic: Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das expectativas manteve-se em 8,25% no fim de 2021 e 8,50% no de 2022. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. (Valor)

Relatório Focus Câmbio: A mediana das estimativas para o dólar no fim de 2022 foi elevada de R$ 5,23 para R$ 5,24. Para 2021, o ponto-médio das projeções ficou parado em R$ 5,20 entre uma semana e outra. (Valor)

Confiança da Construção: O Índice de Confiança da Construção (ICST) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) se manteve relativamente estável ao variar 0,1 ponto em setembro, para 96,4 pontos, maior nível desde fevereiro de 2014 (96,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou pelo quarto mês consecutivo, desta vez, 1,3 ponto. (Valor)

Juros do Cartão e Cheque Especial: A taxa de juros do cartão de crédito rotativo variou de 331,5% ao ano em julho para 336,1% em agosto, segundo informou o Banco Central (BC). Já a taxa do parcelado do cartão ficou estável em 163,7%. No cheque especial, a taxa de juros cobrada foi de 124,9%, vinda de 124% em julho. (Valor)

Estoque de Crédito: O saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 1,5% em agosto, para R$ 4,335 trilhões, conforme divulgado pelo BC. Em 12 meses, houve alta de 15,9%. O estoque de operações sobre o PIB foi para 52,3%, frente a 52,2% em julho. Em agosto de 2020, o saldo era de 50,9%. (Valor)

Inadimplência Fica Estável: A inadimplência média das operações de crédito ficou estável em 2,3% em agosto, na comparação com julho. Entre as empresas, a taxa média também ficou estável, em 1,5%, assim como entre as operações com pessoas físicas, em 2,9%. (Valor)

Cooperativas de Crédito 1: Um dos modelos de instituição financeira mais antigos do Brasil, o cooperativismo de crédito ganhou força, embalado por mudanças regulatórias, por uma ajuda do Banco Central (BC) e pela pandemia. As cooperativas se reiventaram no período, abraçando a digitalização, ainda que elas tenham na rede física um grande trunfo. As cooperativas já representam 10,74% do estoque de empréstimos e financiamentos do Brasil – se fossem um banco, seriam o sexto maior do país em tamanho de carteira, logo atrás do Santander. Há cinco anos, essa fatia era de 6,64%. (Valor)

Cooperativas de Crédito 2: O Brasil tem 833 cooperativas singulares, 34 centrais e 4 confederações (Sicoob, Sicredi, Unicred e Cresol). Esse conjunto tem quase de 13,5 milhões de clientes e 7,5 mil agências. Enquanto os bancos vêm fechando pontos de atendimento para cortar gastos e competir com as instituições digitais, a cooperativas estão crescendo sua base. Embora estejam presentes sobretudo em cidades do interior, dada a ligação histórica que o segmento tem com a agricultura. (Valor)

Dívida Pública Federal 1: A Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,57% em termos nominais na passagem de julho para agosto, somando R$ 5,481 trilhões. Considerando os números revisados do Plano Anual de Financiamento (PAF), a DFP está abaixo dos novos limites, que variam entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões no ano. (Valor) 

Dívida Pública Federal 2: A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registrou uma alta de 1,59%, para R$ 5,155 trilhões em agosto. Já a Dívida Federal Externa somou R$ 243,51 bilhões (US$ 47,34 bilhões), o que representa uma elevação de 1,09% na comparação com os números de julho. (Valor)

Dívida Pública Federal 3: O custo médio acumulado nos últimos 12 meses do estoque da DPF fechou agosto em 7,55%, uma queda em relação ao índice de 7,64% ao ano registrado em julho. Já o custo médio da DPMFi fechou o mês em 7,96%, depois de marcar 7,78% ao ano no mês anterior. (Valor)

Guedes Joga para a Plateia: O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o plano econômico do governo é claro e, para os próximos dez anos, prevê a continuidade da privatização de estatais, inclusive Petrobras e Banco do Brasil (BB).

Inadimplência das Micro e Pequenas: A inadimplência das micro e pequenas empresas recuou 0,9% em agosto ante julho, com 5,33 milhões de negócios desse porte com o nome no vermelho, segundo levantamento da Serasa Experian. Os setores também se tornaram menos insolventes, com destaque para os de comércio e indústria, ambos com diminuição de 1,0%. Em serviços, houve recuo de 0,7%. (Valor)

Privatização dos Correios: O projeto de lei que abre caminho para a privatização foi aprovado pela Câmara no início de agosto. Aguarda apreciação pelo Senado Federal. O BNDES ficou encarregado de contratar os estudos que darão base à modelagem da desestatização. A primeira fase já foi concluída e foi contratada uma segunda fase, de acordo com informações do Programa de Parceria de Investimentos (PPI). (Valor)

Contas Públicas: O governo central — que reúne as contas do Tesouro NacionalPrevidência Social e Banco Central — registrou déficit primário de R$ 9,880 bilhões em agosto. No mesmo mês do ano passado, as contas haviam ficado negativas em R$ 96,070 bilhões. Nos primeiros oito meses do ano, o governo central registra um déficit de R$ 83,312 bilhões. Já em 12 meses, o déficit primário chega a R$ 236,2 bilhões – o que representa 2,7% do PIB. (Valor)

Superávit Primário: O superávit primário de R$ 16,7 bilhões registrado em agosto de 2021 pelo setor público consolidado foi o maior, em termos nominais, para qualquer mês de agosto em toda a série histórica do Banco Central (BC). (Valor)

Confiança em Queda: O Índice de Confiança do Empresário Industrial – Resultados Setoriais caiu nos 30 setores analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre 1º e 15 de setembro. Foram ouvidos 2.373 empresários, sendo 948 de pequeno porte, 852 de médio porte e 573 de grande porte. Apesar da queda, todos os setores da indústria ainda seguem com índices de confiança acima da linha divisória de 50 pontos. O indicador varia de 0 a 100 e todos os valores acima de 50 são positivos. (Valor)

Incerteza em Alta: O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), subiu 14,3 pontos em setembro, para 133,9 pontos, o maior nível desde março de 2021.

Limites da Política Monetária: Os presidentes de quatro dos principais bancos centrais do mundo — Federal Reserve (Fed, dos EUA), Banco Central Europeu (BCE), Banco da Inglaterra (BoE) e Banco do Japão (BoJ) — disseram que a inflação que se está observando em várias das principais economias globais se deve a fatores transitórios, e que a política monetária não é a melhor ferramenta para lidar com este problema. (Valor)

Precatórios: Pagamentos de precatórios se tornaram a terceira maior despesa do governo federal, disse o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, em reunião da comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 023/21, que trata do tema. As sentenças judiciais passaram de 10% das despesas discricionárias em 2010 e chegaram a 46% em 2021. Em 2022 devem representar 90% das discricionárias. (Valor)

Déficit da Previdência 1: Os sistemas previdenciários do Regime Geral, dos funcionários públicos e dos militares apresentam ligeira redução no déficit no período de janeiro a agosto de 2021, comparado a igual período do ano passado. Os dados constam do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) com foco na União, divulgado pelo Ministério da Economia. (Valor)

Déficit da Previdência 2:  No regime geral, o déficit chegou a R$ 209,191 bilhões, ante R$ 225,788 bilhões no ano passado, um recuo de 7,4%. No Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos (RPPS), o déficit ficou em R$ 33,284 bilhões, 1,4% a menos do que em 2020. Já entre os militares, a deficiência ficou em R$ 29,557 bilhões, 1,1% menor que no ano passado. O déficit no sistema dos funcionários da área de segurança do Distrito Federal ficou em R$ 3,949 bilhões, 0,2% a mais do que em 2020. (Valor)

Índice do Gerente de Compras: A combinação de maior demanda com aumento dos estoques deram impulso ao setor industrial em setembro, apesar dos problemas de suprimentos e de custos de insumos terem aumentado. O índice do gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial, calculado pela IHS Markit, subiu de 53,6 em agosto para 54,4 em setembro. Foi a décima leitura mensal seguida acima de 50, o que significa que a indústria brasileira se manteve em expansão pelo décimo mês consecutivo. (Valor)

Balança Comercial: A balança comercial registrou um superávit de US$ 4,322 bilhões em setembro, queda de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior, pela média diária. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (1º) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. Nos primeiros nove meses do ano, acumulou saldo de US$ 56,432 bilhões, aumento de 38,3% sobre o mesmo período de 2020. (Valor)

Inflação

 Queda do IGP-M: O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,64% em setembro, após alta de 0,66% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). Com esse resultado, o índice acumula alta de 16% no ano e de 24,86% em 12 meses. Em setembro de 2020, o índice havia subido 4,34% e acumulava elevação de 17,94% em 12 meses. (Valor)

Governo e Ambiente Político 

Pesquisa PoderData 1: Pesquisa PoderData realizada de 27 a 29 de setembro de 2021 revela que os pré-candidatos tucanos João Doria e Eduardo Leite têm desempenho idêntico em confronto contra Lula (PT). O ex-presidente, nas duas simulações, fica com 53%. João Doria pontua 15%, e Leite também. Jair Bolsonaro (sem partido), que deve disputar a reeleição, segue estável em todos os cenários. Ele perde contra todos os adversários testados neste momento, mas mantém sempre uma pontuação próxima de 1/3 do eleitorado. A maior distância é entre o presidente e o petista (23 p.p.). A menor é contra Eduardo Leite ou Ciro Gomes (10 p.p.). (Poder 360) 

Pesquisa PoderData 2: Pesquisa PoderData realizada na semana, de 27 a 29 de setembro, mostra que o trabalho do presidente Jair Bolsonaro alcançou sua maior taxa de reprovação até agora. São 58% os que consideram o desempenho pessoal do chefe do Executivo “ruim” ou “péssimo”. Em relação ao governo Bolsonaro, o panorama é similar ao de duas semanas atrás: 63% rejeitam e 31% aprovam. As taxas oscilaram dentro da margem de erro em relação ao levantamento anterior. Na pesquisa feita de 13 a 15 de setembro, 62% desaprovavam e 29% aprovavam. (Poder 360)

Luciano Hang na CPI: Durante seis horas, o empresário bolsonarista Luciano Hang fez o que quis na CPI da Pandemia. Acompanhado de advogados e políticos ligados ao presidente, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), ele exibiu cartazes defendendo a ‘liberdade de expressão’ e um vídeo que incluía uma propaganda da Havan, sua rede de lojas, e irritou os senadores com respostas evasivas. Hang negou ter havido fraude na certidão de óbito de sua mãe, Regina, que morreu de covid-19 sem que a doença aparecesse no documento, e atribuiu o fato a um erro, afirmando ainda que a mãe tinha comorbidades e admitindo que ela usou o ‘kit covid’, comprovadamente ineficaz. O empresário também negou fazer parte do chamado ‘gabinete paralelo’ e financiar a disseminação de notícias falsas durante a pandemia. A sessão chegou a ser suspensa após o senador Rogério Carvalho (PT-SE) acusar os advogados de Hang de ofendê-lo. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) chamou Hang de “bobo da corte”, enquanto o presidente Omar Aziz (PSD-AM) criticou a arrogância do empresário. (Metrópoles) (Meio)

Mil Dias de Crises: Bolsonaro chega aos mil dias no Planalto com um impressionante histórico de três crises por mês, em média. Desde a posse, por exemplo, um ministro deixou o governo a cada 52 dias. Sem contar participação em atos antidemocráticos, conflitos com líderes mundiais de relevo. Confira o mapa das crises, tem para todos os gostos. (Globo) (Meio)

Mil Dias com Violações: A Anistia Internacional apontou 32 violações de direitos humanos no país ao longo dos mil dias de governo, seja por má gestão ou omissão. A lista inclui gestão da pandemia, os ataques à imprensa, as ameaças ao Estado de Direito e violações de direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais. (Estadão) (Meio)

Estratégias do Gabinete do Ódio: Além de planejar a internacionalização de disparos em massa, o “gabinete do ódio” vem diversificando as redes sociais em que atua para do TSE e do STF. Com redes tradicionais como o Facebook, o Whatsapp e outras fechando o cerco a discurso de ódio e notícias falsas, a base organizada de apoio a Jair Bolsonaro está migrando, por exemplo, para o Telegram, baseado na Rússia, que exerce pouco ou nenhum controle sobre a qualidade do conteúdo e não limita o envio simultâneo de mensagens. Só o clã Bolsonaro já conta com um milhão de inscritos em seus grupos no aplicativo. O Tik Tok, para publicação de vídeos curtos, é outra ferramenta explorada pelo grupo. (Estadão) (Meio)

Federações Partidárias: A volta das federações partidárias salvou os partidos pequenos, já que o Congresso promulgou, em sessão conjunta, a Emenda Constitucional da minirreforma eleitoral. Os senadores derrubaram, entre outras pretensões dos deputados, a volta das coligações proporcionais, que permite a um partido pequeno contar com o quociente eleitoral do resto da coligação. A necessária diminuição do número de legendas segue adiada. (Metrópoles) (Meio)

Mesmo sem Aprovação: O Congresso Nacional aprovou dia 27-09-2021 projeto de lei que permite ao governo federal utilizar a reforma do Imposto de Renda, mesmo sem ter sido ainda aprovada, como fonte contábil para a criação do programa proposto para substituir o Bolsa Família, que passará a ser chamado de Auxílio Brasil. A intenção do Executivo é começar a pagar o benefício em novembro. (Valor)

Liberando Bilhões do Orçamento: A mudança no Bolsa família tem impacto grande sobre o Orçamento de 2021 porque os beneficiários do mesmo, que está dentro do teto, foram transferidos para o auxílio emergencial, que é pago com créditos extraordinários e, por isso, não entra na conta do teto. Com isso, bilhões foram liberados para outros tipos de gastos (e parte viabilizará a criação do Auxílio Brasil no fim do ano). (Valor)

Sem Chances de Votação: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu ontem que a Casa não vai votar o Código Eleitoral aprovado pela Câmara a tempo de as mudanças valerem para o pleito de 2022. Para que isso acontecesse, o texto teria de ser sancionado até o próximo domingo, um ano antes das eleições. Entre as mudanças estavam a censura a pesquisas na véspera da eleição e a quarentena para juízes, promotores, policiais e militares se candidatarem. A Câmara, em especial os partidos pequenos, tem como consolo a derrubada do veto presidencial às federações partidárias. (Congresso em foco) (Meio)

Vera Magalhães: “O strike que o Congresso promoveu numa leva de vetos do presidente Jair Bolsonaro foi uma derrota com alguns aspectos importantes. O Legislativo não vai empreender esforços para remover o presidente pelo impeachment, mas se junta ao Supremo Tribunal Federal para lhe esvaziar a tão adorada caneta Bic.” (Globo) (Meio)

DEM + PSL: A executiva nacional do PSL aprovou ontem, por unanimidade, a fusão com o DEM. A junção das duas agremiações deverá ser sacramentada numa convenção conjunta marcada para o próximo dia 6. Além de formar a maior bancada na Câmara, com 86 deputados, o novo partido espera ter um peso maior na sucessão presidencial do ano que vem, se possível com candidato próprio. A fusão precisa ser homologada pelo TSE. (CNN Brasil) (Meio)

Desperdício de Dinheiro Público: Subordinada ao Ministério da Saúde, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) deixou vencer o equivalente a R$ 80,4 milhões em kits para testes de covid-19 e remédios e vacinas para outras doenças. O órgão foi sistematicamente avisado sobre o prazo de vencimento dos insumos, mesmo assim não os distribuiu. O material agora terá de ser inutilizado. Na lista estão 44 mil vacinas contra meningite e 16 mil contra gripe, além de 18 mil testes de covid. (Estadão) (Meio)

Privilégios do Judiciário: Está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado o projeto que barra supersalários na administração pública. Um dos principais motivos é a pressão do Judiciário contra a medida. O presidente do STF, Luiz Fux, diz que “mudanças na Lei Orgânica da Magistratura (Loman) devem partir do Poder Judiciário”, que não fez qualquer movimento nos últimos quatro anos. (Estadão) (Meio)

Conrado Hübner Mendes: “A cúpula perdulária e autoritária dos agentes públicos do Estado, formada por juízes, promotores e congêneres, nada perde de seu pacote de aberrações: férias de 60 dias para dar e vender (fora recessos); benefícios indenizatórios e livres de impostos (até retroativos); aposentadoria compulsória como pena máxima por delinquência funcional etc.” (Folha) (Meio)

Queda no Uso da Força: Desde que os policiais militares de Santa Catarina passaram a ter câmeras acopladas nos uniformes, o uso de força em operações caiu 61,2%. Esse é o resultado de um estudo feito por pesquisadores de três universidades britânicas e da PUC do Rio. “Os resultados mostraram que câmeras corporais são efetivas em melhorar a natureza da interação polícia-cidadão”, dizem os pesquisadores. A tecnologia também é usada em São Paulo e está em testes ou implantação em outros estados. (Estadão) (Meio)

Meio Ambiente, Sustentabilidade e Energia

Incêndios Florestais Recordes: Não são só a Amazônia e o Pantanal que sofrem com as queimadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em setembro a região Sudeste sofreu o maior número de incêndios florestais para o mês em dez anos. Foram 7.110 focos, quase o dobro da média histórica de 4.449 focos desde que o levantamento começou a ser feito, em 1998. (Poder360) (Meio)

Brasil na OMC: O Brasil avisou aos outros 163 membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) que tentativas de reverter as atuais regras do comércio agrícola internacional, “para criar novas barreiras disfarçadas de proteção ambiental, ou para legitimar subsídios que distorcem as trocas”, não serão aceitáveis em qualquer hipótese. (Valor)

Ambiente Social, Emprego e Renda

Riscos de Morte Diferenciados: O risco de morrer de covid-19 é significativamente maior para homens negros e mulheres brancas e negras do que para homens brancos no Brasil, de acordo com um grupo de pesquisadores que analisou estatísticas oficiais sobre milhares de brasileiros mortos no ano passado. O grupo ligado à Rede de Pesquisa Solidária, que reúne várias instituições públicas e privadas, concluiu que as desigualdades raciais e de gênero contribuem para aumentar o risco de morte mesmo em grupos de pessoas com atividades profissionais que as colocam no topo da pirâmide social. (Valor)

Programa de Microcrédito: O programa de microcrédito lançado pelo governo emprestará R$ 300,00 a R$ 1.000,00 a “dezenas de milhões” de pessoas que têm alguma renda, mas não conseguem comprová-la, informou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. A taxa de juros será de 3,99% ao mês. (Valor)

Índice de Desemprego: Diagnóstico foi feito em estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a taxa de desemprego mensal recuou para 13,7% em junho, abaixo dos 15,1% de março. O mercado de trabalho apresenta sinais positivos, como aumento da população ocupada em ritmo mais intenso, mas o quadro ainda deve ser considerado desafiador, com o desemprego, a subocupação e a informalidade em patamares elevados. (Valor)

Redução no Desalento: Para o Ipea, a reação recente na ocupação tem ajudado a reduzir o desalento, que é quando o trabalhador desiste de procurar trabalho por considerar que não tem chances de conseguir. O contingente de desalentados recuou do nível recorde de 6 milhões de trabalhadores no primeiro trimestre deste ano para 5,6 milhões nos três meses seguintes. (Valor)

Auxílio Emergencial: Em meio às dificuldades para viabilizar a criação do Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família está em estudo a possibilidade de prorrogar o pagamento do auxílio emergencial até abril de 2022. O martelo, porém, ainda não foi batido. (Valor)

Carteira Assinada em Agosto 1: O mercado de trabalho brasileiro registrou abertura líquida de 372.265 vagas com carteira assinada em agosto, resultado de 1.810.434 contratações e 1.438.169 demissões no período, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. (Valor)

Carteira Assinada em Agosto 2: O saldo de contratações no acumulado dos oito primeiros meses de 2021 está positivo em 2.203.987 postos, resultado de 13.082.860 admissões e 10.878.873 desligamentos no período. No mesmo período do ano anterior, foram fechadas 849.387 vagas. (Valor) 

Trabalho Intermitente: Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, mostram que o país criou em agosto 11.788 novos postos de trabalho intermitente, modalidade criada pela reforma trabalhista que permite jornada em dias alternados ou por horas determinadas. O número é resultado de 26.554 admissões e 14.766 desligamentos. No ano, foram criados 52.936 postos intermitentes, resultado de 160.877 admissões e 107.941 desligamentos. (Valor)

Queda da Renda 1: A reação do mercado de trabalho puxada por trabalhadores informais, com remuneração menor, e a inflação têm sido as principais influências para a queda da renda pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, na avaliação da coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy. (Valor)

Queda da Renda 2: O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (considerando a soma de todos os trabalhos) foi de R$ 2.508 no trimestre móvel até julho de 2021, o que significa uma queda de 2,9% frente ao trimestre móvel anterior (encerrado em abril) e uma retração de 8,8% frente a igual período de 2020. (Valor)

Ambiente Tecnológico

União Europeia Multa Google: O Google recorreu nesta segunda-feira perante a Justiça da União Europeia de uma multa recorde imposta pelo bloco por práticas monopolistas de seu sistema operacional Android em dispositivos móveis. A multa de cerca de € 4,3 bilhões de euros (cerca de US$ 5 bilhões) foi decidida pela Comissão Europeia em 2018. A UE defende que o Google usou contratos com fabricantes de smartphones nos primeiros dias do Android para eliminar rivais. Já a companhia argumenta que as acusações são infundadas. (UOL Economia) (Meio)

Atingindo a Banda Larga: O Brasil precisará de US$ 20 bilhões para atingir penetração de uso de tecnologia banda larga média usado por países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Económico (OCDE). A estimativa foi mencionada  pelo presidente do Banco Interamericano de Desenolvimento (BID), Mauricio Claver-Carone. (Valor)

Robô Doméstico: A Amazon lançou ontem o Astro, um robô doméstico para cuidados pessoais. O “Alexa de rodas” foi desenvolvido principalmente para o cuidado com pessoas idosas e é equipado com inteligência artificial, sistema de movimentos autônomos e sensor de obstáculos. O robô poderá ficar alerta quando o dono estiver fora de casa e mostrar uma visão ao vivo dos quartos e cômodos por meio de um aplicativo próprio. A tecnologia está disponível primeiro nos Estados Unidos para quem solicitar um convite. O produto será vendido a partir de US$ 1.499,99 (cerca de R$ 7,8 mil). (TecMundo) (Meio)

Competitividade Digital 1: O Brasil manteve-se na 51ª posição entre 64 nações no ranking de Competitividade Digital 2021, numa sinalização de que o país não avança o suficiente para se reposicionar competitivamente na economia digital. (Valor)

Competitividade Digital 2: Segundo o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, parceira no estudo IMD, da Escola de Administração de Lausanne (Suíça), a sociedade brasileira tem consciência do peso do digital, mas a indústria está atrasada nessa área no processo de produção e a insuficiência de formação técnica continua pesando no país. (Valor)

Lojas On Line: O Brasil registrou a criação de mais de 150 mil lojas on-line entre abril e setembro do ano passado, em plena pandemia de covid-19, e a expectativa é de que essa cifra continue crescendo.

Uso de Hologramas: Usado no setor de entretenimento, o holograma também é uma das apostas para o “novo normal” dos encontros virtuais, segundo empresas como a ARTH Media, companhia canadense do setor de eventos. Com a pandemia, o espaço físico deu lugar ao ambiente virtual e muitas empresas precisaram se adaptar à forma de realizar eventos, conferências, reuniões e treinamentos. Conhecida como HoloPresence, essa tendência utiliza hologramas para engajar pessoas e gerar resultados. (Meio)

Veículos Autônomos: A montadora Toyota deu mais um passo para crescer no setor de carros autônomos. A companhia comprou a empresa de software de sistema operacional automotivo Renovo para ajudar a acelerar o desenvolvimento de veículos conectados totalmente autônomos. Com a aquisição, a meta é projetar software e sistemas operacionais que outras montadoras também usariam e economizar anos no desenvolvimento de produtos. (Forbes Brasil)

Metaverso: O Facebook alocará US$ 50 milhões em um fundo de investimento para construir o chamado metaverso, mundo digital em que as pessoas podem usar diferentes dispositivos para se mover e se comunicar num ambiente virtual. Os recursos serão usados ao longo de dois anos. O Facebook vem investindo fortemente em realidade virtual e aumentada, incluindo headsets, óculos e pulseiras tecnológicas. (CNN Brasil) (Meio)

Jogo para Autodescoberta: O designer de jogos Will Wright, criador do The Sims, videogame de simulação da vida real, anunciou um novo jogo em parceria com a plataforma de jogos de blockchain Forte Labs Inc para desenvolver o Proxi, que permitirá aos jogadores criar e possuir seu próprio conteúdo. O objetivo do jogo é a autodescoberta, entender o que se passa no subconsciente da pessoa ao confeccionar o jogo em si. Baseado em blockchain, o Proxi também usará inteligência artificial e as criações de usuários dentro do jogo poderão ser transformadas em NFT. A primeira versão do videogame deve ser lançada ainda durante o outono no hemisfério norte, que vai até o dia 21 de dezembro. (O Globo) (Meio)

Governo Digital: O Brasil ficou em sétimo lugar, entre 198 economias, no GovTech Maturity Index 2020, índice do Banco Mundial que mede a maturidade do governo digital. Com isso, assumiu a liderança no continente americano nesse ranking. Está à frente de Estados Unidos e Canadá. A informação foi divulgada pelo Ministério da Economia. (Valor)

Inteligência Artificial no Brasil: Por 413 votos favoráveis e 15 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou o marco legal para o uso da inteligência artificial (IA) no Brasil. O projeto define fundamentos e princípios para desenvolvimento e aplicação da IA, incluindo diretrizes de fomento e a atuação do poder público no tema. Entenda. (CNN Brasil) (Meio)

Ataques de Hackers: A consultoria alemã Roland Berger lista o Brasil como o quinto alvo favorito de ataques hackers a empresas. Apenas no primeiro semestre de 2021, foram 9,1 milhões de incidentes de ransomware — ataques que tornam os sistemas ou base de dados das empresas reféns, liberados mediante o pagamento de um “resgate”. Outro levantamento contabilizou cerca de 16 bilhões de tentativas de ciberataques no País neste mesmo período. (Carta Capital)

Vazamentos de Dados: Entre 2020 e 2021, os dados de praticamente todos os brasileiros vivos (e de muitos dos falecidos) foram vazados e comercializados na dark web. Essas informações foram obtidas de bases do Ministério da Saúde, Serasa e Detran, que continham os números dos RGs, CPFs, CNHs, endereço, salário, número de telefone e data de nascimento de centenas de milhões de pessoas. Daí, o número de fraudes sofridas por cidadãos cresceu mais de 15% nos últimos dois anos, de acordo com a Serasa Experian.  (Carta Capital)

Ambiente Empresarial

A Força do Mercado Livre: O Mercado Livre criou 6 empregos por hora, em 2020, na América Latina, direta e indiretamente, segundo estudo feito pela companhia em conjunto com a consultoria de consumo Euromonitor International. Por dia, foram 148 empregos, sendo 35 no Brasil. Os produtos comercializados pelo Mercado Livre representaram 4,9% de todo o varejo nacional no ano passado. O número de produtos vendidos diariamente no país pelo sistema foi de 883.292, crescimento de 54,8%. Já as mais de 270 mil PMEs cadastradas na plataforma representam 6% do total dessas empresas no país. (Valor)

Ambiente Internacional 

Cenário Econômico Mundial 1: Três pontos vêm influenciando o cenário econômico mundial nas últimas semanas: a influência da variante delta, os sinais de desaquecimento da economia chinesa e o anúncio da data para acabar com os estímulos monetários (U$ 120 bilhões por mês) nos Estados Unidos. (Mercado e Consumo)

Cenário Econômico Mundial 2: Nos EUA, o setor de lazer e hospitalidade já sentiram o efeito do arrefecimento por conta da variante delta. Depois de gerar mais de 2 milhões de empregos até junho, os números ficaram estáveis em agosto. Já o setor de bares e restaurantes registrou resultado negativo de 40 mil postos. A China também sente os efeitos: o varejo cresceu apenas 2,5% em agosto, bem abaixo dos 6,3% esperados. Além disso, China tornou ilegal qualquer transação com criptomoedas, o que demonstra uma tentativa de abertura de espaço para a disseminação do e-renmibi no país e no mundo. (Mercado e Consumo)

Preparar para o Pior: O combalido crescimento da economia chinesa encontrou mais uma barreira: a gigante incorporadora Evergrande, superendividada e à beira da falência, havia conseguido um acordo para pagamento de dívidas de curto prazo, mas contrariando essa tendência o governo chinês enviou um memorando aos governos locais para se prepararem para o “pior”. O mercado voltou a ficar nervoso e o medo do contágio dentro da economia chinesa é alto e tem reflexos no Brasil, que sofre queda nos preços de minério de ferro. (Mercado e Consumo)

Crise de Abastecimento no Reino Unido 1: Apesar de até 811 milhões de pessoas passar fome no mundo, 2021 provavelmente será o ano em que o Reino Unido mais desperdiçará comida na história. O motivo: faltam trabalhadores para dar conta da logística de colheita e entrega dos alimentos. Em todo o país há frutas e verduras apodrecendo nas lavouras e prateleiras dos supermercados vazias. Até redes de fast food enfrentam a escassez de alimentos –enquanto franquias como KFC e Nando’s ficam sem frango frito, o McDonald’s parou de vender milkshakes por falta de leite. (Poder 360)

Crise de Abastecimento no Reino Unido 2: Além da pandemia, que forçou a parada dos fluxos migratórios sazonais para o Reino Unido, a saída definitiva da UE (União Europeia), em janeiro, transformou as leis de migrantes e está dificultando a entrada de caminhões rumo ao continente–os veículos responsáveis por entregar 95% de tudo que é consumido no país. (Poder 360)

Pegue o Dinheiro e Saia: Às vezes a realidade debocha do mais criativo ficcionista. O museu Kunsten, da cidade dinamarquesa de Aalborg, contratou o artista Jens Haaning para reproduzir uma antiga obra usando notas de euros e de coroas dinamarquesas penduradas num quadro. Haaning recebeu 70 mil euros (cerca de R$ 443 mil) e entregou telas vazias, com o nome Pegue o Dinheiro e Saia. Segundo ele, o objetivo é mostrar “a responsabilidade de questionarmos as estruturas das quais fazemos parte”. O museu levou na esportiva e pendurou os quadros vazios, mas já avisou que quer o dinheiro de volta ao fim da exposição ou vai processar o artista. (Folha) (Meio)

Paulo Schmitt: “Entre os 10 setores que mais gastam dinheiro com lobby nos EUA estão a indústria farmacêutica, a indústria de armamento militar, e as fábricas de armas de fogo. Não é mera coincidência, portanto, que os EUA têm o maior número de mortes per capita por overdose de analgésicos, e um número sem precedentes de mortes por arma de fogo entre países desenvolvidos, e o maior gasto mundial em guerras e armamentos”. (Poder 360)


Notas Econômicas: Fontes

Jornal Valor, Globo, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Carta Capital, Poder 360, UOL, CNN Brasil, Metrópoles, Forbes Brasil, Congresso em Foco, Mercado & Consumo e G1.

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