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Notas econômicas: 25 a 29 de outubro de 2021

NOTAS ECONÔMICAS

Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas

notas econômicas - foto rurísticas de roma
Foto: Alan Santos – Presidência

Dono de um dos principais impérios de tecnologia do planeta, Mark Zuckerberg oficializou que a empresa que administra as plataformas do Facebook, incluindo o WhatsApp e o Instagram, agora se chama Meta. O anúncio da novidade, cercada de boatos, foi realizado durante o Facebook Connect, na quinta-feira, dia 28. O novo nome faz parte de um movimento de reformulação de marca semelhante ao feito pelo Google em 2015, quando criou a Alphabet para gerenciar as empresas da gigante das buscas. Combinar realidade aumentada e virtual para conectar pessoas surge como principal desafio da corporação tecnológica.

Enquanto isso, o presidente Bolsonaro desembarcou em Roma para participar da reunião da cúpula do G20. Aparentemente alheio às polêmicas, ele aproveitou a sexta-feira, primeiro dia na capital italiana, para fazer turismo. A agenda do evento tem como temas o clima, a recuperação econômica e a pandemia. (Radar do Futuro)

notas econômicas - foto alan santos, presidência da republica.
Foto: Alan Santos – Presidência

Economia e Finanças

Aumento da SELIC 1: Após 3 altas de 1 ponto percentual, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a Selic em 1,5 ponto percentual dia 27-10-2021, de 6,25% para 7,75%. O Comitê também indicou outra alta da mesma magnitude em dezembro, que deve levar a taxa para 9,25%. (Poder 360)

Aumento da SELIC 2: Com a alta mais forte da Selic, o mercado financeiro acredita que a taxa básica de juros chegará a 2 dígitos e ficará boa parte do ano que vem neste patamar. As projeções apontam para uma Selic perto de 11% em 2022, o maior nível desde maio de 2017. (Poder 360)

Aumento da SELIC 3: Analistas do mercado financeiro avaliam que a alta de 1,5 ponto percentual da Selic foi motivada, sobretudo, pela mudança no teto de gastos. A avaliação é de que a alteração na regra fiscal exige uma subida mais alta dos juros, porque atinge diretamente o dólar, um fator importante para os preços dos combustíveis e dos alimentos. (Poder 360)

Revisão nas Expectativas do PIB: Após uma semana em que a percepção de ruptura do regime fiscal se propagou, uma nova onda de revisões para o Produto Interno Bruto (PIB) joga as estimativas para a economia de 2022 para a estagnação, com crescimento próximo de zero. Algumas das novas projeções apontam até retração no ano ou embutem uma recessão técnica, caracterizada quando há dois trimestres consecutivos com queda de PIB. O panorama de alguns economistas para o ano que vem inclui um possível quadro de estagflação, um cenário que combina recessão e inflação. (Valor)

Um Auxílio Nada Liberal: Para emplacar o Auxílio Brasil de R$ 400 e o consequente estouro do teto de gastos, Jair Bolsonaro obteve a anuência do ministro da Economia, Paulo Guedes, tido como o liberal mais ortodoxo a ocupar o cargo. Como uma indicação de que o ministro não será um entrave às iniciativas do governo, Bolsonaro afirmou que ele e Guedes vão “sair juntos” e “bem lá na frente”. O estouro do teto custou a saída de quatro integrantes do Ministério da Economia e uma reação forte do mercado financeiro, mas Guedes mostrou mais uma vez alinhamento com Bolsonaro e cobrou do Congresso aprovações de reformas que, segundo ele, viabilizariam o auxílio de R$ 400. (Poder360) (Meio) 

Bomba Relógio: Embora seja feito com o objetivo de reeleger Bolsonaro, o desmonte do teto para o Auxílio Brasil vai deixar uma bomba-relógio para explodir no colo do presidente que assumir em janeiro de 2023, dizem especialistas. (Estadão) (Meio)

Privatização da Petrobras: O presidente Bolsonaro disse que a privatização da Petrobras “está no nosso radar”, mas o processo de desestatização é “uma complicação enorme”. Para ele, é preciso considerar ainda que retirar o monopólio do Estado para entregar a uma empresa privada pode ser “até pior”. (Valor)

Confiança do Comércio em Queda: O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu 3,1% em outubro, perante o mês anterior, para 119,3 pontos. Na comparação com outubro de 2020, houve alta de 15,6%. Para a CNC, o recuo no mês, o segundo consecutivo, mostra que as vendas relacionadas ao Dia das Crianças, em outubro, não foram suficientes para retomar a confiança. (Valor)

Copom Perde a Ancoragem das Expectativas: O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou a perder a ancoragem das expectativas de inflação de longo prazo, depois que o governo decidiu driblar o teto de gastos para ampliar a despesa no ano eleitoral. (Valor)

Juros no Cartão de Crédito: A taxa de juros do cartão de crédito rotativo variou de 335,8% ao ano em agosto para 339,5% em setembro. Já a taxa do parcelado do cartão variou de 163,6% para 168,7%. (Valor)

Juros do Cheque Especial: No cheque especial, a taxa de juros cobrada foi de 128,6%, vinda de 125,1% em agosto. (Valor)

Juros Médios: A taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito variou de 21,1% em agosto para 21,6% em setembro. Em 12 meses, houve alta de 3,5 pontos percentuais. Os dados foram apresentados pelo Banco Central (BC). (Valor)

Inadimplência: O BC mostrou que a inadimplência média das operações de crédito ficou estável em 2,3% em setembro, em relação ao mês anterior. Entre as empresas, a taxa média ficou em 1,4%, contra 1,5% em agosto. Entre as famílias, foi de 3%, contra 2,9% no mês anterior. (Valor)

Confiança do Consumidor: O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), subiu 1 ponto em outubro, para 76,3 pontos, após dois meses de queda. Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve negativo ao cair 2 pontos, para 77,8 pontos. A análise por faixa de renda revela piora da confiança apenas para os consumidores com renda de até R$ 2.100 acumulando queda de -1,4, para 63,7. A faixa de renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800 registrou o melhor desempenho, com alta de 5,3 pontos, para 73 pontos. (Valor)

Estoque de Crédito na Economia: O saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 2% em setembro, para R$ 4,429 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central (BC). Em 12 meses, houve alta de 16%. Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária, o estoque de operações foi para 52,9%, frente a 52,4% em agosto. Em setembro de 2020, o saldo era de 51,8%. (Valor)

Crédito Imobiliário: A queda do financiamento imobiliário com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) reflete o impacto do aumento de custos dos insumos nos preços dos imóveis em relação à capacidade de pagamento das pessoas, segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. De janeiro a agosto, o crédito imobiliário com recursos do FGTS caiu 8,22%, para R$ 33,367 bilhões. (Valor)

Crescimento do Setor de Construção: A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) estima que o setor terá, em 2021, crescimento de 5%, o maior em 10 anos. A projeção faz parte do levantamento “Desempenho Econômico da Indústria da Construção Civil e Perspectivas”. Mas para voltar ao pico de atividades, registrado em 2014, setor precisaria crescer 5% ao ano até 2028. (Valor)

Arrecadação Federal: A arrecadação federal de impostos registrou uma alta real de 12,87% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado e chegou a R$ 149,102 bilhões – recorde para o mês na série histórica iniciada em 1995. Com isso, o recolhimento no ano atingiu a marca de R$ 1,349 trilhão, uma elevação real de 22,30% ante o mesmo período de 2020. (Valor)

Desonerações Tributárias: O governo federal deixou de arrecadar R$ 69,122 bilhões nos primeiros nove meses do ano devido a desonerações tributárias. Em 2020, abriu mão de R$ 74,646 bilhões no mesmo período. Apenas em setembro, as desonerações somaram R$ 7,474 bilhões. No ano, somente com Simples e MEI (Microempreendedor Individual) o governo deixou de receber R$ 12,050 bilhões em tributos. Além disso, a desoneração da folha de pagamentos contribuiu para uma redução de mais R$ 5,153 bilhões. (Valor)

ICMS do Diesel em Minas 1: O governo de Minas Gerais vai reduzir a alíquota de ICMS sobre o diesel de 15% para 14% a partir de 1º de novembro. A redução foi anunciada pela Secretaria da Fazenda do Estado horas após o governador Romeu Zema (Novo) anunciar equivocadamente que congelaria o preço de referência para cálculo do ICMS sobre o diesel no Estado a partir de ontem. (Valor)

ICMS do Diesel em Minas 2: A redução da alíquota vai representar uma renúncia fiscal mensal de R$ 29,6 milhões, ou R$ 355,2 milhões por ano. A Secretaria da Fazenda ponderou que, para ser efetiva, a redução de alíquota deve ser refletida no preço final cobrado nas bombas dos postos, o que foge ao controle do Estado. (Valor)

Greve dos Caminhoneiros: O presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, afirmou que a categoria de caminhoneiros está mais organizada para a greve marcada para 1º de novembro do que estava em 2018. Entidades que representam os caminhoneiros se reuniram em 16 de outubro e deram prazo de 15 dias para que o governo de Bolsonaro (sem partido) atenda as reivindicações da categoria. (Poder 360)

Produtos Químicos de Uso Industrial 1: A demanda de químicos de uso industrial permanece aquecida no Brasil, com expansão de 5,2% em volume em setembro frente a agosto, mas as importações seguiram avançando sobre o mercado doméstico, com crescimento de 16,8% na mesma comparação, segundo relatório mensal da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Nos últimos 12 meses, os produtos químicos importados alcançaram participação recorde de 47% na demanda nacional. (Valor)

Produtos Químicos de Uso Industrial 2: Em 12 meses até setembro, o índice de produção de químicos de uso industrial foi positivo em 7,21%, enquanto o de vendas internas subiu 6,52%. O consumo aparente teve elevação de 9,6% e o volume de importações cresceu 11,6%. Já as exportações recuaram 11,4%. (Valor)

Confiança dos Empresários da Indústria: O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu em 22 dos 30 setores industriais consultados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em outubro. Apesar disso, o indicador de todos os setores segue acima dos 50 pontos, em uma sinalização em que os empresários de todos os setores se mostram confiantes. O índice varia de 0 a 100 pontos, com uma linha de corte em 50, o que divide a confiança da falta de confiança. (Valor)

Mudando a Riqueza das Nações 1: A riqueza global cresceu de maneira geral, mas às custas da prosperidade futura e do agravamento das desigualdades, de acordo com o novo relatório Changing Wealth of Nations (Mudando a Riqueza das Nações) do Banco Mundial, divulgado dia 27-10-2021. Os países que estão esgotando seus recursos em favor de ganhos de curto prazo estão colocando suas economias no caminho de um desenvolvimento insustentável. Embora indicadores como Produto Interno Bruto (PIB) sejam tradicionalmente usados para medir o crescimento econômico, o relatório defende a importância de se considerar o capital natural, humano e produzido para entender se o crescimento é sustentável. (Valor)

Mudando a Riqueza das Nações 2: O documento rastreia a riqueza de 146 países entre 1995 e 2018, medindo o valor econômico do capital natural renovável (florestas, terras agrícolas e recursos oceânicos), capital natural não renovável (minerais e combustíveis fósseis), capital humano (ganhos ao longo da vida de uma pessoa), capital produzido (como edifícios e infraestrutura) e ativos externos líquidos. (Valor)

Concessões Rodoviárias: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, em comunicado, abertura de consulta pública para quatro lotes do Programa de Concessão Rodoviárias do Estado de Minas Gerais. O pacote conta com mais de 3 mil quilômetros de malha, contempla cerca de 120 municípios e prevê atração de aproximadamente R$ 11 bilhões em investimento, de acordo com números citados pelo banco. Apenas de ISS, os quatro lotes proporcionarão mais de R$ 1,2 bilhão de arrecadação para os municípios, segundo projeção veiculada pela instituição de fomento. (Valor)

Nouriel Roubini Prevê Estagflação: O mundo pode enfrentar um cenário de estagflação nos próximos anos, alertou o professor emérito da Stern School of Business da Universidade de Nova York e CEO da Roubini Macro Associates, Nouriel Roubini, durante evento da Anbima. O economista americano ganhou fama nos anos 2000 e ficou conhecido como “doutor catástrofe” por suas previsões pessimistas sobre os rumos dos mercados. Roubini avalia que os países estão prestes a entrar em uma era de inflação elevada com crescimento baixo ou recessão. O cenário de crescimento das dívidas públicas e privadas, somado às maciças injeções de estímulos com pacotes fiscais e políticas monetárias nada ortodoxas, além de choques de oferta em todo o mundo, cria um ambiente favorável para alimentar a inflação. (Valor)

Redução do Crédito Externo: Os créditos externos para o Brasil voltaram a sofrer contração, de US$ 7 bilhões, no segundo trimestre de 2021, segundo dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS), espécie de banco dos bancos centrais. No primeiro trimestre, a diminuição de créditos externos para o Brasil tinha sido de US$ 7,8 bilhões. No total, desde o segundo trimestre de 2020, a diminuição nos financiamentos externos para o país alcançam cerca de US$ 50 bilhões. (Valor)

Superávit Primário em Setembro: O governo central – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrou superávit primário de R$ 303 milhões em setembro. Um ano antes, as contas haviam ficado negativas em R$ 76,144 bilhões. Nos primeiros nove meses do ano, o governo central registrou um déficit de R$ 82,486 bilhões. Já em 12 meses, o déficit primário foi a R$ 154,2 bilhões – o que representa 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta fiscal para 2021 prevê um déficit de até R$ 247,1 bilhões. (Valor)

Reserva de Liquidez da Dívida Interna: A reserva de liquidez, espécie de “colchão da dívida”, encerrou setembro em R$ 1,128 trilhão, redução de 8,1%, em termos nominais, em relação a agosto. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 48,68%. Para os próximos 12 meses está previsto o vencimento de um volume de R$ 1,308 trilhão da dívida interna. (Valor)

Custo Médio da Dívida Publica: O custo médio do estoque em 12 meses subiu de 7,55% ao ano em agosto para 7,79%, maior valor desde fevereiro deste ano. No caso das emissões, o custo médio foi para 6,91%, ante 6,44% no mês anterior. (Valor)

Um Auxílio Família Pago em Juros: A elevação da taxa Selic em 1,5 ponto percentual representa um acréscimo na dívida pública da ordem de 47 bilhões de reais, estima o professor André Roncaglia, da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. O montante, calcula, equivale ao custo de implantação do Auxílio Brasil, novo programa anunciado pelo governo que suplanta o Bolsa Família. A taxa básica de juros subirá de 6,25% ao ano para 7,75% a.a. Roncaglia lembra que cada ponto percentual de aumento da Selic acrescenta 32,9 bilhões de reais, ao longo de 12 meses, na conta de juros da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), que em agosto atingiu 4,9 trilhões de reais, segundo o próprio BC. (Carta Capital)

Congelamento do ICMS: O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou, por unanimidade, a proposta de congelar por 90 dias o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, informou o Ministério da Economia. De acordo com o Comsefaz, a decisão tomada consiste em congelar, por 90 dias, o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que serve de base de cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado sobre os combustíveis. O PMPF é calculado a cada 15 dias, tomando por base os preços dos combustíveis praticados no varejo. (Valor)

Mudança de Percepção do Mercado Financeiro: A percepção de que o governo abandonou, ainda que não formalmente, o teto de gastos como âncora para a economia alterou os cenários, que hoje contemplam inflação consistentemente mais alta e juros de volta para o patamar de dois dígitos. Conjugação de fatores que joga para baixo a capacidade de crescimento econômico. (Valor)

Espiral Negativa Tóxica 1: O novo cenário de percepções do mercado se reflete na curva de juros, que passou a projetar uma Selic de 14% para 2022; na queda do Ibovespa para a linha dos 105 mil pontos, menor patamar desde o auge da pandemia; e no comportamento do dólar, que superou os R$ 5,62 mesmo com o aumento da taxa Selic em 1,5 ponto. (Valor)

Espiral Negativa Tóxica 2: Sem o limite para o crescimento das despesas pelo governo, função exercida pelo teto de gastos, a percepção é que inflação vai ficar ainda maior, tornando o ciclo de alta de juros mais intenso. Com tantas incertezas, o dólar passa a ser um refúgio e, mais valorizado, alimenta a inflação e, consequentemente, a espiral negativa que se formou na economia brasileira. (Valor)

Incerteza da Economia: O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, cedeu 2,6 pontos em outubro, para 131,3 pontos, após subir quase 15 pontos no mês anterior. Com o resultado, o indicador inicia o último trimestre do ano 16,2 pontos acima de fevereiro de 2020 (115,1 pts), último mês antes da chegada da pandemia ao país. (Valor)

Dívida Bruta dos Governos: A dívida bruta dos governos no Brasil variou de R$ 6,849 trilhões em agosto para R$ 6,939 trilhões em setembro, conforme o Banco Central (BC). Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a dívida subiu de 82,7% para 83%. Foi a primeira vez que o indicador registrou alta, quando comparado ao PIB, desde fevereiro. (Valor)

Setor Público Consolidado 1: O setor público consolidado fechou setembro com superávit primário de R$ 12,933 bilhões, conforme divulgou o Banco Central (BC) dia 29-10-2021. Em setembro de 2020, o resultado havia sido deficitário em R$ 64,559 bilhões. (Valor)

Setor Público Consolidado 2: Nos nove primeiros meses do ano, o governo registrou superávit de R$ 14,171 bilhões, contra déficit de R$ 635,926 bilhões no mesmo período de 2020. Nos 12 meses até setembro, por sua vez, houve déficit de R$ 52,854 bilhões, o equivalente a 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB). Em agosto, estava em 1,57% do PIB. (Valor)

Investimento Estrangeiro Direto: O Brasil foi a sexta economia a mais atrair Investimento Estrangeiro Direto (IED) no primeiro semestre de 2021. Mas ocorreu uma situação pouco comum entre abril e junho: o país fez mais investimento direto no estrangeiro do que atraiu esse tipo de capital. É o que mostra levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre os fluxos globais de IED. Entre janeiro e junho deste ano, o fluxo global alcançou US$ 870 bilhões, mais do que o dobro do volume no mesmo período de 2020 e 43% a mais do que os níveis de antes da pandemia em 2019. (Valor)

Inflação 

Aumento no Índice Nacional de Custo da Construção: Nos 12 meses encerrados em setembro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumula alta de 15,93%. Para a elevação, contribuíram principalmente vergalhões e arames de aço ao carbono, tubos e conexões de ferro e aço, e os tubos e conexões de PVC. (Valor)

IPCA Mais Elevado: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode encerrar 2021 em 10%, com os recentes reajustes de combustível anunciados pela Petrobras. A possibilidade foi aventada pelo economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. Ele fez a observação ao comentar os aumentos anunciados ontem pela Petrobras, de 9,5% no preço do diesel e de 7% no preço da gasolina, que valem nas refinarias a partir de hoje. (Valor)

IPCA-15: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) acelerou a alta para 1,20% em outubro, após marcar 1,14% em setembro. Em outubro de 2020, o IPCA-15 teve variação de 0,94%. A elevação de 1,20% é a maior para um mês de outubro desde 1995 (1,34%). É também a maior taxa mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%). (Valor)

Inflação Ajuda nos Gastos: As despesas previstas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022 poderão ser ajustadas em cerca de R$ 27 bilhões, caso o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) encerre o ano em 9%, disse o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Rebelo Athayde. As projeções que estão no PLOA consideravam inflação de 6,2%. (Valor)

IGP-M: O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o mês de outubro com aumento de 0,64%, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). Em setembro, o indicador havia registrado deflação de 0,64%. Com o resultado de outubro, o índice acumula alta de 16,74% no ano e de 21,73% em 12 meses. (Valor)

Governo e Ambiente Político

Pesquisa PoderData 1: A vantagem do ex-presidente Lula (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) num eventual segundo turno caiu 10 pontos em dois meses, segundo pesquisa do PoderData. Hoje o petista venceria por 52% a 37%, enquanto há 60 dias os números eram 55% a 30%. Na projeção de primeiro turno, Lula lideraria com 35%, seguido de Bolsonaro com 28%. Em terceiro aparece o ex-ministro Sérgio Moro (sem partido), aumentando a fragmentação da chamada terceira via. O PoderData também avaliou o desempenho dos dois postulantes tucanos contra Lula num segundo turno. Eduardo Leite perderia por 48% a 18% e Doria por 51% a 16%. Os confrontos, porém, parecem improváveis. Na simulação do primeiro turno, Doria tem 4% e Leite 3%. (Poder360) (Meio)

 Pesquisa PoderData 2: A reprovação do governo Jair Bolsonaro estacionou nos 58% registrados 15 dias atrás, segundo pesquisa do PoderData divulgada dia 28-10-2021. O percentual dos que aprovam, 33%, também ficou estável, assim como os 9% que não souberam responder. Já a avaliação pessoal do presidente piorou, mas dentro da margem de erro de dois pontos para mais e para menos. O trabalho de Bolsonaro é ruim ou péssimo para 56%, contra 53% de 15 dias atrás, e ótimo ou bom para 26%, ante os 29% anteriores. Fora da margem foi a avaliação regular, que caiu de 18% para 14%. A região onde o governo é mais desaprovado é o Nordeste, 68%, enquanto o Norte é o que mais aprova, com 50%. A rejeição é maior entre os que têm nível superior 66%, embora também seja maioria nos níveis médio (54%) e fundamental (58%). (Poder360) (Meio)

Expurgo das Falsidades: O Facebook expurgou de seu aplicativo e do Instagram a íntegra da tradicional live presidencial da semana passada. Inacreditavelmente, sem qualquer indício neste sentido que seja, Bolsonaro fez uma associação falsa entre a vacina contra a covid-19 e a Aids. Bolsonaro teve um vídeo bloqueado em março por defender a cloroquina, mas foi a primeira vez que o arquivo com sua live foi tirado do ar. (Folha) (Meio)

Desilusão Militar: Desiludidos com Bolsonaro e aferrados ao antipetismo, generais da ativa e da reserva defendem agora a consolidação de uma candidatura de terceira via. Eles temem que o Brasil repita o cenário da Argentina, onde, na visão da caserna, direita e esquerda se revezam desfazendo o que foi feito pelo governo anterior. O problema é combinar com os políticos. Com a provável entrada do ex-ministro Sérgio Moro e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),  já são 11“terceiras vias” na disputa. (Estadão) (Meio)

Banimento de Bolsonaro: O relatório final que a CPI da Pandemia incluirá uma denúncia contra as mentiras que o presidente Jair Bolsonaro disse em sua live do último dia 21-10-2021. As mentiras foram repudiadas por associações médicas e políticos. Além da inclusão do incidente no relatório, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a comissão vai encaminhar um ofício ao STF pedindo que Bolsonaro se retrate. Até um aliado fiel, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou Bolsonaro, dizendo que, se o que ele disse não tiver base científica, deve “pagar sobre isso”. (Globo) (Meio)

Convites para Filiação Partidária: Ex-deputado e condenado no mensalão, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, divulgou ontem um vídeo convidando o presidente Bolsonaro, seus filhos e seguidores a se filiarem à legenda. Parlamentares do PL e interlocutores de Costa Neto têm procurado Bolsonaro (sem partido) para concorrer à reeleição. Mas o PL não está sozinho na pretensão. O PP, maior legenda do Centrão, também quer Bolsonaro, a despeito da resistência dos diretórios nordestinos, assim como o PTB — nesse caso, porém, a resistência maior é do clã presidencial. (Poder360) (Meio)

Rodrigo Pacheco no PSD: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), assinou a ficha de filiação ao PSD de Gilberto Kassab, que passa a ter a segunda maior bancada do Senado, com 12 parlamentares. Embora tenha feito um discurso de campanha, criticando duramente a economia do país, Pacheco evitou falar numa eventual candidatura ao Planalto. “Tudo tem seu tempo”, disse. (g1) (Meio)

Fim da CPI da Covid: A CPI da Pandemia aprovou dia 26-10-2021, pelos previsíveis 7 votos a 4, o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) pedindo o indiciamento de Jair Bolsonaro por nove crimes e de outras 77 pessoas e duas empresas. A lista inclui três filhos do presidente, ministros, ex-ministros, deputados, funcionários públicos, empresários e o governador do Amazonas, Wilson Lima. Ao descrever o comportamento de Bolsonaro durante a pandemia, Renan usou termos como “mentiroso”, “caviloso” e “desonesto”, além de classificar o presidente como um “serial killer” (assassino em série). Restou aos governistas, minoritários na comissão, protestar e discursar em defesa do presidente. (g1) (Meio)

Augusto Aras o Engavetador: A ministra do STF Cármen Lúcia deu prazo de 15 dias para que Procuradoria-Geral da República detalhe as medidas tomadas na investigação das notícias-crime contra o presidente Jair Bolsonaro nos atos antidemocráticos de 7 de setembro. Sob Augusto Aras, a PGR vem arquivando as notícias-crime com a alegação de ter aberto “investigação preliminar”, cujos detalhes não chegam ao Supremo. Cármen Lúcia parece querer dar fim a essa estratégia. (Poder360) (Meio)

Quebra de Sigilos: Bolsonaro ingressou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança contra a quebra de seus sigilos nas redes sociais pedida pela CPI. A Advocacia-Geral da União, que o representa, diz que uma CPI não tem o poder de quebrar os sigilos do presidente. O mandado já tem relator, Alexandre Moraes, que chegou a ter seu impeachment pedido ao Senado pelo presidente. (CNN Brasil) (Meio)

Acordo do Governo de Minas com os Municípios: O governo de Minas Gerais e a Associação Mineira dos Municípios (AMM) assinaram um acordo para pagamento de recursos da Saúde que o Estado deve às prefeituras. De acordo com o governo do Estado, a dívida é de R$ 6,7 bilhões. O valor será pago em 98 prestações. O acordo foi intermediado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Também assinaram o termo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems/MG). (Valor)

Disparo de Mensagens em Massa: Por unanimidade, os ministros do TSE concluíram que não havia provas de que a campanha de 2018 de Bolsonaro/Mourão cometeu abuso de poder econômico no disparo de mensagens em massa nos aplicativos como Whatsapp. Ao mesmo tempo, deixaram claro que essa distribuição maciça e a disseminação de notícias falsas serão tratadas como abuso já durante a campanha do ano que vem. Como disse o ministro Alexandre Moraes, que assume a presidência do TSE em fevereiro, a Justiça Eleitoral “não será pega de surpresa” em 2022 como “o Brasil foi pego de surpresa em 2018 por essas milícias digitais”. (g1) (Meio)

Observatório da Pandemia de Covid-19: O senado aprovou ontem a criação de uma frente parlamentar chamada Observatório da Pandemia de Covid-19, que pretende fiscalizar os desdobramentos das denúncias contidas no relatório da CPI. O pedido de criação da frente foi feito pelo presidente e o vice da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). (g1) (Meio)

Injúria Racial Nunca Prescreve: Por oito votos a um o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de injúria racial é equiparável ao de racismo e que, com isso, nunca prescreve. Para o relator, ministro Edson Fachin, a injúria racial – quando alguém é ofendido com base em cor, etnia, religião ou origem – configura racismo ao se manifestar sistematicamente na sociedade. Somente o ministro Nunes Marques divergiu. Gilmar Mendes não votou. (Poder360) (Meio)

Contra a Linguagem Neutra: Uma portaria da Secretaria Especial de Cultural veda o acesso a recursos via Lei Rouanet a projetos que usem ou façam apologia à linguagem neutra. Nela, letras que indicam gênero são substituídas por e ou x – todos, por exemplo, vira “todes” ou “todxs” – para incluir pessoas não-binárias. No Twitter, o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, que assina a portaria, afirmou que essa linguagem foi “criada e integrada de forma alienígena, através de movimento político sectário”. Segundo especialistas, a portaria é inconstitucional. (Globo) (Meio)

Assassinato de Indígenas: Um relatório divulgado dia 28-10-2021 apontou aumento de 61% no número de assassinatos de indígenas entre 2019 e 2020, os dois primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro, saindo de 113 para 183 mortos. Os índices estão registrados no relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil”, do Conselho Indigenista Missionário, o CIMI, organismo criado há 48 anos e vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB. (Carta Capital)

Meio Ambiente, Sustentabilidade e Energia

Efeito Estufa: A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera atingiu níveis recordes em 2020, apesar dos “lockdowns” decretados em todo o mundo para conter a covid-19, freando a atividade econômica. Os dados são de um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A concentração de dióxido de carbono (CO2), o principal responsável pelo aquecimento global, é agora 50% maior do que antes da Revolução Industrial, que deu início ao uso em massa dos combustíveis fósseis. Além disso, os níveis de metano mais do que dobraram desde 1750. (Valor)

Emissões de Gases Efeito Estufa 1: A temperatura do mundo poderá aumentar até 2,7°C até 2100 se os países não estabelecerem metas mais ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no curto prazo. O alerta foi feito pela ONU em um novo relatório divulgado dia 25-10-2021, às vésperas da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26). (Valor)

Emissões de Gases Efeito Estufa 2: O Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas da ONU estima que, para limitar o aumento da temperatura média global em 1,5°C, será preciso cortar as emissões de dióxido de carbono em 45% até 2030. Para o limite de 2°C, a redução deverá ser de 25% até o final da década. (Valor)

Sequestro de Carbono: Por meio do sequestro ou captura de carbono, as árvores promovem a redução dos efeitos do gás carbônico na atmosfera. E esse processo é realizado naturalmente, pelo crescimento dos vegetais, por meio da fotossíntese, e pela absorção do oceano e do solo. Mas as árvores não são essenciais apenas para a nossa atmosfera. Elas têm esse papel também para a nossa biosfera, que é o conjunto de todos os ecossistemas do nosso planeta. Um levantamento publicado pela Revista Nature, envolvendo pesquisadores de vários países, mostrou que a restauração de apenas 30% das áreas prioritárias da Terra sequestraria 49% do aumento total de carbono na atmosfera desde a Revolução Industrial e ainda evitaria a extinção de 71% das espécies ameaçadas atualmente. (Site da Petrobras)

Crescimento Verde: Faltando menos de uma semana para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP26), na Escócia, o governo brasileiro lançou o Programa Nacional de Crescimento Verde para sistematizar as ações do país na área ambiental. Oficialmente, o programa conta linhas de crédito de R$ 400 bilhões, mas apenas 3% são dinheiro novo. Não foram dados detalhes dos projetos que o programa vai apoiar. (g1) (Meio)

Energia Limpa: “Energia limpa” ainda é mais um conceito que uma realidade. Equipamentos para obtenção de energia solar e eólica, por exemplo, dependem pesadamente da mineração que tem um enorme impacto sobre o meio ambiente. (Estadão) (Meio)

Brasil na Contra-Mão 1: Embora não necessariamente sinceros quase todos os países chegam à Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26) com propostas de redução nas emissões de carbono. As duas exceções são o México e o Brasil, que pretendem aumentar as emissões até 2030. A informação está num relatório do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA). (g1) (Meio)

Observatório do Clima: As emissões brasileiras de gases de efeito estufa em 2020 cresceram 9,5%, puxadas pela alta do desmatamento, principalmente na Amazônia. É um dado na contramão do que ocorreu no mundo, que registrou queda das emissões em quase 7% em função da pandemia. Devido à pandemia de covid-19. O Brasil, em 2020, registrou o maior volume de emissões desde 2006. (Valor)

Brasil na Contra-Mão 2: Se todos os países adotassem o que o Brasil vai propor na conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP26), o mundo chegaria ao fim do século com aumento de 4oC na temperatura, acimas dos já insustentáveis 3oC das previsões mais pessimistas. A avaliação é de Joana Portugal, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ e uma das autoras do relatório que a ONU vai levar para o encontro, que começa domingo na Escócia. Na contramão do resto do mundo o Brasil aumentou a emissão de carbono durante a pandemia e pretende apresentar à COP26 uma proposta para aumentar ainda mais até 2030. (Observatório do Clima) (Meio)

Empresas e Sustentabilidade: Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) identificou que 98% das empresas do Brasil adotam pelo menos uma ação de sustentabilidade e 63% delas pretendem ampliar os investimentos nas suas áreas nos próximos dois anos. O levantamento, feito em meio à preparação para a 26ª Conferência do Clima (COP 26), foi realizado em parceria com o Instituto FSB para avaliar qual a visão das empresas brasileiras e quais ações concretas elas adotaram em relação à sustentabilidade. Em alguns quesitos, os dados mostram que elas estão avançadas. (Valor)

Investindo em Sustentabilidade: Praticamente duas em cada três das empresas entrevistadas pela CNI, o equivalente a 63% delas, afirmaram que vão ampliar os investimentos em sustentabilidade nos próximos dois anos. Mesmo durante a pandemia, em meio à crise econômica, 28% delas disseram ter ampliado esse tipo de investimento nos últimos 18 meses. (Valor)

Ambiente Social, Emprego e Renda

Dados do Caged: A criação líquida de 313,9 mil vagas em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), manteve a tendência de saldo em torno de 300 mil vagas dos últimos meses. Segundo Fernando Barbosa Filho, pesquisador da área de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), o resultado é insuficiente para reverter a alta taxa de desemprego e fazer com que o mercado de trabalho deixe de sofrer impactos da perspectiva de menor crescimento em 2022. (Valor) 

Desemprego Cai no Brasil: A taxa de desemprego no país se situou em 13,2% no trimestre encerrado em agosto, ou 1,4 ponto percentual abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em maio, de 14,6%) e 0,5 ponto abaixo do resultado de julho de 2021 (13,7%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Valor)

População Ocupada: Entre junho e agosto, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 90,2 milhões de pessoas. Isso representa alta de 4% em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em maio (3,5 milhões de pessoas ocupadas a mais). (Valor)

Força de Trabalho: A força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 103,8 milhões no trimestre até agosto de 2021, 2,3% a mais do que no trimestre anterior (2,3 milhões de pessoas) e 8,8% acima de igual período do ano anterior (8,4 milhões de pessoas a mais). (Valor)

Trabalhadores por Conta Própria: O número de trabalhadores por conta própria atingiu novo recorde, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) no trimestre móvel encerrado em agosto, IBGE. O contingente chegou a 25,409 milhões de pessoas, o que representa uma alta de 4,3% (mais 1,0 milhão de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em maio, e de 18,1% (3,9 milhões de pessoas) na comparação anual. (Valor)

Precarização no Mercado de Trabalho 1: O recuo mais intenso da taxa de desemprego no trimestre móvel encerrado em agosto, para 13,2%, divulgado dia 27-10-2021 pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, esconde um cenário de recuperação precária do mercado de trabalho, com aumento do número de trabalhadores informais e queda recorde da renda. As perspectivas no médio prazo são negativas, dizem economistas, diante de um cenário de menor atividade econômica, já estimado pelo mercado. (Valor)

Precarização no Mercado de Trabalho 2: Em agosto, a população ocupada chegou a 90,2 milhões de pessoas, 4% a mais em relação ao trimestre móvel anterior. Quase 70% desse aumento, no entanto, foram vagas informais, como sem carteira de trabalho assinada ou por conta própria. Este último grupo, inclusive, atingiu novo recorde, de 25,409 milhões. (Valor)

Deficiência Alimentar: A desigualdade socioeconômica do país se reflete em deficiências nutricionais e compromete o desenvolvimento saudável das crianças brasileiras. É o que mostra uma pesquisa inédita coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com a UERJ, a UFF e a Fiocruz. Segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), 14,2% das crianças brasileiras de até 5 anos enfrentam deficiência de alguma vitamina ou mineral. Mais precisamente, da vitamina B12. E 10% delas apresentam anemia. Nesta fase da infância, a deficiência nutritiva provoca consequências como déficit de crescimento, raquitismo e baixo desempenho cognitivo, além de comprometer o sistema imunológico. (Carta Capital)

Ambiente Tecnológico

Venda de Carros Elétricos: Quatro meses após sair da falência, a Hertz Global Holdings Inc. encomendou 100 mil veículos da Tesla, na primeira etapa de um plano ambicioso para eletrificar sua frota de carros de aluguel, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto. É a maior compra individual para veículos elétricos e representa cerca de US$ 4,2 bilhões em receita para Tesla Inc., de acordo com as fontes, que pediram para não ser identificadas porque a informação é privada. (Valor)

Indústria Verde: Às vésperas da Conferência do Clima (COP26), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lança uma plataforma digital para dar visibilidade às ações do setor voltadas à agenda ambiental, como estratégias para reduzir emissão de gases de efeito estufa, investimento em pesquisa e desenvolvimento, metodologias de inovação, de uso racional dos recursos naturais e de estímulo à adoção de práticas sustentáveis. O site Indústria Verde reúne notícias e casos de sucesso relacionados ao projeto nacional defendido pela CNI, dentro da estratégia de consolidar uma economia de baixo carbono. (Valor)

Invasões Russas: A principal agência de inteligência da Rússia lançou uma campanha de invasão de milhares de redes de computadores do governo dos Estados Unidos, empresas e grupos de pesquisa americanos. O alerta foi feito por funcionários da Microsoft e especialistas em segurança cibernética. A Rússia tem sofrido sanções impostas pelo governo de Joe Biden após a descoberta de operações de espionagem conduzidas do país para o resto do mundo. Em 2016, a SVR, agência de inteligência russa, invadiu as redes do Comitê Nacional Democrata nas eleições presidenciais americanas. Segundo a Microsoft, o esforço é “muito grande e está em andamento” e teria como objetivo adquirir dados armazenados na nuvem. (New York Times) (Meio)

A Força do 5G: A conectividade do 5G pode afetar não somente as empresas, mas também toda a sociedade. Segundo um estudo do Fórum Econômico Mundial, a tecnologia pode gerar 22,8 milhões de empregos até 2035. Entre os aspectos positivos estão a contribuição para a boa saúde e bem-estar com a melhora da infraestrutura, a promoção de indústrias sustentáveis e o fomento à inovação. No setor produtivo, o agronegócio é uma das áreas mais promissoras com o progresso da tecnologia. (Meio)

Leilão do 5G: Marcado para 04 de novembro, o leilão do 5G no Brasil pode levantar até R$ 3 bilhões para o Tesouro Nacional, disse ontem superintendente de competição da Anatel, Abraão Balbino. Quinze empresas apresentaram documentação de credenciamento para participar. Considerando os valores dos lotes de frequência definidos no edital, o governo pode arrecadar até US$ 10 bilhões no total, nos quais US$ 7 bi serão destinados à implantação de internet em escolas públicas no Brasil. O restante iria para o Tesouro, segundo o superintendente. (Forbes Brasil) (Meio)

Facebook Agora é Meta: O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, revelou durante um evento da empresa a nova marca a rede social: Meta. “Somos uma empresa que desenvolve tecnologia para conectar”, disse. “Juntos, podemos finalmente colocar as pessoas no centro de nossa tecnologia.” No anúncio, Zuckerberg explicou que a ideia de criar uma nova marca tem como objetivo englobar todos os projetos que o Facebook desenvolve atualmente, mas que não estão diretamente ligados à rede social ou a um único produto. Essa é a ideia de uma empresa “metaversa”, segundo ele. Mark Zuckerberg se torna CEO e presidente da Meta, que agora passa a controlar o Facebook. O mesmo vale para Instagram, WhatsApp e Messenger. O metaverso é um espaço 3D com vários níveis de imersão. Para os executivos da rede social, o novo ambiente digital é o futuro da internet. Por isso, a companhia vai investir US$ 10 bilhões para a criação do projeto que tem entre seus produtos a Horizon, ambiente de imersão em Realidade Virtual. Vale lembrar que o Facebook enfrenta uma das maiores crises de sua história depois que documentos internos foram vazados. Ex-funcionários denunciam problemas de moderação e conteúdo tóxico envolvendo as plataformas da rede social.(The Verge) (Meio)

Ambiente Internacional

Cenário Internacional: O cenário internacional não parece muito bom para as economias emergentes, principalmente pela desaceleração chinesa. Com revisões para o crescimento do ano que vem para a China abaixo de 5% e o PIB potencial também caindo ao longo do tempo, isso vai ter repercussões para o Brasil. Isso significa que o dinamismo para os emergentes, principais produtores de commodities, será bem mais fraco do que no início dos anos 2000. (Valor)

USA e o Sudeste da Ásia: O presidente americano, Joe Biden, anunciou dia 26-10-2021 planos para investir US$ 102 milhões para expandir a parceria estratégica dos Estados Unidos com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Os novos planos de financiamento dos EUA priorizarão a saúde, o combate às mudanças climáticas, a educação e a cooperação econômica. Do total, US$ 40 milhões irão para o enfrentamento da covid-19 e para aumentar a capacidade dos países da Asean de prevenir novos surtos de doenças infecciosas. (Valor)


Notas Econômicas: Fontes

Jornal Valor, Globo, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Carta Capital, Poder 360, Mercado & Consumo, Site da Petrobras, UOL, Forbes Brasil, New York Times, CNN Brasil, The Verge e g1.

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