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Notas econômicas: 24 a 28 de maio de 2021

Nas Notas econômicas desta semana o destaque para a cpi da covid. foto mostra escadaria de igreja com mensagens de protestos por vacina e contra o aumento da fome
Foto: Comunicação MST

A população se mobiliza por vacina e contra aumento da miséria. Confira nas Notas Econômicas o que foi destaque na semana

Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas

Destaque na semana: A cobertura da CPI da Covid permanece como tema central do noticiário do País, onde a pandemia segue sem ataque adequado do governo, que não oferece garantias de imunizantes suficientes para acelerar a demanda. O processo de vacinação segue lento, enquanto especialistas alertam para a perspectiva de uma nova onda de contaminações e mortes. Agora, a população tem a ameaça de uma nova cepa, indiana.

Telemedicina: Os brasileiros estão mais abertos à telemedicina. Pesquisa do DataFolha, apontou que 73% devem adotar a telemedicina como um hábito em suas vidas. (Meio)

Liberal, Mas Não Muito: O ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento para empresários do setor industrial, disse dia 27-05-2021 que o governo pretende reindustrializar o país. Ele disse que a abertura econômica precisa respeitar o “patrimônio” do parque industrial brasileiro. Paulo Guedes defendeu isenções tributárias como um mecanismo para promover o crescimento econômico. (O Antagonista)

Ambiente econômico

Veto ao Pronampe Permanente: O Sebrae reagiu à possibilidade do governo vetar, na nova legislação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o dispositivo que o torna permanente. O Ministério da Economia tende a recomendar o veto, preocupado com o risco do Tesouro ter que aportar, todo ano, mais recursos para o programa. (Valor)

Proposta para Reduzir Imposto de Renda PJ 1: O Ministério da Economia tem uma proposta para acabar com o mecanismo de juros sobre capital próprio (JCP), uma alternativa que as empresas têm para distribuir recursos aos seus acionistas. Além disso, o governo trabalhava com a hipótese de reduzir, ao longo de dois anos, a alíquota base do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), hoje em 15%, para 12,5% e depois para 10%. (Valor)

Proposta para Reduzir Imposto de Renda PJ 2: Outra ideia que consta das minutas preliminares da área econômica é taxar a distribuição de dividendos em 15% – embora também houvesse alternativa de, num segundo momento, elevar esse tributo, que não é cobrado há mais de duas décadas, para 20%. (Valor)

Imposto sobre Transações Financeiras 1: Com um plano já desenhado para a reforma tributária fatiada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer agora retomar as discussões para criar um imposto sobre transações financeiras. Na área econômica, a avaliação é que o presidente Jair Bolsonaro não vai se opor à ideia se a alíquota for de até 0,1%. (Valor)

Imposto sobre Transações Financeiras 2: Guedes tem insistido na tese de que a criação do Imposto sobre Transações não trará aumento de carga tributária. Trata-se de uma troca de bases de cobrança. Por um lado, são oneradas as transações financeiras. Por outro, haverá desoneração da folha salarial. (Valor)

Indicadores

Investimentos do Governo: O governo federal investiu R$ 2,655 bilhões em abril, o que representa queda real de 13,5% em relação ao mesmo intervalo de um ano antes. No acumulado de 2021, os investimentos somaram R$ 5,897 bilhões, uma queda de 62,3% ante mesmo período do calendário anterior. (Valor)

Intenção de Consumo das Famílias: O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu 1,6% em maio ante abril, para 67,5 pontos, menor nível desde agosto de 2020. Foi a segunda taxa negativa consecutiva do índice. Para meses de maio, foi o pior desempenho da série histórica iniciada em 2010. Na comparação com maio do ano passado, a queda chega a 17,3%. (Valor)

Carteira Assinada: O mercado de trabalho brasileiro registrou em abril de 2021 a abertura de 120.935 vagas com carteira assinada. Com isso, o saldo de contratações no ano ficou positivo em 957.889 postos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados dia 26-05-2021, pelo Ministério da Economia. (Valor)

Mercado de Trabalho Formal: O mercado de trabalho formal diminuiu o ritmo de contratações em abril, período de recrudescimento da pandemia de covid-19. Com o esperado avanço da vacinação e a reedição do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), a expectativa é de ganho de tração no segundo semestre. O BEm protegeu 2,9 milhões de vagas formais em abril, uma queda de 235,9 mil em relação a março, segundo o Dataprev. Embora o recuo ajude a explicar o saldo menor do Caged, ainda é elevado o número de trabalhadores com garantia temporária de emprego. (Valor)

Taxa de Desemprego 1: A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou ontem que a taxa de desemprego chegou a 14,7% no período, a maior desde que a pesquisa foi iniciada, em 2012. No mesmo período do ano passado, era de 12,2%. (Valor)

Taxa de Desemprego 2: Marcou história no primeiro trimestre o número de desempregados, 14,8 milhões, e o de desalentados (aqueles que desistiram de procurar uma ocupação), 5,97 milhões. Os subutilizados, também conhecidos como mão de obra desperdiçada, ou porque estão desempregados ou porque trabalham menos do que gostariam, chegaram a 33,2 milhões, outro recorde. Quem tem algum tipo de ocupação no mercado formal ou informal somou 85,65 milhões, 6,6 milhões a menos que no primeiro trimestre de 2020. (Valor)

Taxa de Desemprego 3: O setor de serviços, que emprega 70% da mão de obra, deve continuar muito afetado pelas restrições, em especial nos segmentos que dependem de público presente, como trabalho doméstico, bares, restaurantes, hotéis, etc. (Valor)

Vendas On Line: As vendas no comércio eletrônico brasileiro recuaram 6,4% em abril em relação a março deste ano, segundo dados do índice MCC-ENET, desenvolvido pela empresa Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com a Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net). O comércio eletrônico faturou R$ 13,2 bilhões em abril, uma queda de 2,9% sobre o faturamento de R$ 13,6 bilhões em março. Comparado ao faturamento de R$ 9,4 bilhões, em abril do ano passado, o resultado foi 40% superior. (Valor)

Aceleração da Inflação do IGP-M: A aceleração do Índice Geral de Preços – Mercado em maio para 4,10% foi puxada por commodities, sobretudo o minério de ferro, e levou a taxa em 12 meses para 37,04%, o maior índice desde o início do Plano Real por essa comparação. O resultado aponta para mais aumentos para o consumidor no preço de bens duráveis e também em alimentos, diz André Braz, coordenador dos índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Setores

Mercado Editorial Brasileiro: Como praticamente todos os ramos da economia, o mercado editorial foi fulminado pela pandemia de Covid-19. Segundo dados divulgados pela Câmara Brasileira do Livro, a retração em 2020 foi de 8,8%. Em termos de títulos lançados, houve uma queda de 17,4%, e a tiragem total encolheu 20,5%. A tendência de encolhimento na participação das livrarias se acentuou, passando de 50,5% do faturamento das editoras em 2018 e 41,6% em 2019 para 30% no ano passado. (Estadão) (Meio)

Lançamentos Imobiliários: Os lançamentos imobiliários cresceram 3,7% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 28.258 unidades, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Em relação ao quarto trimestre de 2020, porém, houve queda de 58%. As vendas de imóveis aumentaram 27,1% se comparadas a um ano atrás, para 53.185 unidades, mas caíram 12,4% ante o quarto trimestre. (Valor)

Comércio Reage 1: Com a reabertura do comércio, as lojas voltaram a ocupar espaço nas vendas, e tiveram peso relevante na aceleração da demanda em maio, em relação a abril, em bens duráveis e vestuário. Esse movimento mostra uma curva em suave alta nas lojas de rua e mais acelerada em shoppings nas últimas semanas, segundo relatório elaborado pela Cielo para a associação dos shoppings (Abrasce). (Valor)

Comércio Reage 2: Redes e associações dizem que o reaquecimento ocorre de forma desigual, concentrado nas grandes cadeias, e que, para ser mantido depende de vacinação – para evitar novo fechamento das lojas – e de aumento da renda. Varejistas têm aumentado o número de parcelas oferecidas ao cliente, na tentativa de ajudar a compra a caber no bolso do consumidor. (Valor)

Importância das Fintechs Aumenta: O relacionamento com as fintechs têm cada vez mais se tornado uma realidade nas empresas brasileiras. Pesquisa da EY aponta que pelo menos 25% das PMEs já tem algum tipo de relacionamento com essas startups. Segundo a consultoria, a maior procura vem não apenas de parcerias que ofereçam produtos financeiros, mas que também ajudem na gestão de negócios. (Meio)

Gestão e negócios

Aquisições de Startups: Para sua transformação digital, muitas empresas têm contado com ajuda de startups. E a pandemia acelerou esse processo: só no primeiro quadrimestre deste ano, o número de aquisições de startups por grandes empresas cresceu 120% – um recorde para o segmento. Foram 77 negócios ante 35 em igual período de 2020, segundo a Distrito. Com mudança de comportamento dos consumidores, as startups voltadas ao varejo ocuparam o lugar das fintechs e se tornaram as preferidas, representando 14% das fusões e aquisições. (Estadão) (Meio)

Fusões e Aquisições: O primeiro trimestre de 2021 bateu recorde de fusões e aquisições para o período, totalizando 333 transações, mostra levantamento inédito da consultoria PwC no Brasil. O avanço ante o mesmo período de 2020 é de 50%. (Valor)

Queda dos Investimentos em Infraestrutura: Um levantamento inédito da Inter.B Consultoria, presidida pelo economista Claudio Frischtak, aponta que os aportes públicos e privados na área de infraestrutura atingiram R$ 115,2 bilhões, em 2020. Isso abrange investimentos nos setores de transportes, energia elétrica, telecomunicações e saneamento. É um valor abaixo do que foi aplicado nos anos de 2019 (R$ 118 bilhões) e de 2018 (R$ 117,6 bilhões), quase igualando o de 2017 (R$ 114,7 bilhões). Como proporção do PIB, é o sexto ano seguido de queda e representa 1,55% da economia nacional. Há desembolsos cada vez menores do Estado, sem compensação por investimentos do setor privado. (Valor)

Finanças

Moedas Digitais 1: Versões digitais de moedas têm se espalhado pelo mundo. Os testes iniciais na China já contam com 100 mil chineses operando o yuan digital. Enquanto nos EUA, o banco central avisou que publicará nos próximos meses um relatório com foco na possibilidade de emissão de uma moeda digital. (Meio)

Moedas Digitais 2: Em até três anos, o Brasil terá condições para implementar sua moeda digital. A previsão é do próprio Banco Central que divulgou as diretrizes gerais para o real digital. A nova moeda servirá como uma “extensão” da versão física, com a distribuição intermediada pelos bancos e instituições de pagamento e foco em novas tecnologias, como a internet das coisas e contratos inteligentes (que garantem a segurança usando blockchain). A ideia é que o real digital também facilite a realização de pagamentos e compras no exterior, mas com uma cotação diferente do real tradicional. (Meio)

Alto Custo do Crédito no Brasil: Um trabalho para discussão que acaba de ser publicado pelo Banco Central (BC) conclui que a forte concentração bancária responde por uma pequena fração, de 11%, do alto custo do crédito bancário do Brasil. O maior peso é de outros custos, como impostos, juros básicos altos, maior risco de inadimplência e baixa recuperação de créditos não pagos. O texto, feito pelo economista Thiago Trafane Oliveira Santos, é mais um na longa coleção de estudos sobre o tema, que têm apresentando conclusões conflitantes, de acordo com a metodologia empregada por cada um. (Valor)

Surto Inflacionário Temporário: O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reafirmou a visão de que o surto inflacionário dos últimos meses é temporário, citando vários sinais de que o ciclo de pressão de commodities pode não se perpetuar no futuro. A avaliação dá suporte à sinalização de ajuste parcial na taxa básica de juros, embora ele tenha ressaltado mais uma vez que essa indicação está sujeita a modificações se o cenário econômico mudar. (Valor)

Diversificação para Ativos Internacionais: A diversificação para classes de ativos internacionais ganhou tração nos meses após a pandemia de covid-19, de março de 2020 para cá. Mesmo com o câmbio depreciado, o investidor entrou na dança global, mas a saída de investimentos financeiros do Brasil não significa necessariamente mandar poupança para fora do país. Juros estruturalmente mais baixos no país e a percepção de que o mercado externo tende a se recuperar mais rápido têm embalado essa movimentação. O acesso também ficou mais fácil. (Valor)

Contas públicas

Transações Correntes: O Banco Central (BC) calcula superávit de US$ 3,6 bilhões em transações correntes em maio. Já a estimativa para os Investimentos Diretos no País (IDP) é de US$ 2,3 bilhões.

Honrar Garantias 1: No 1º quadrimestre de 2021, o Tesouro Nacional pagou R$ 2,52 bilhões em dívidas atrasadas dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Amapá e Rio Grande do Norte. (Poder 360)

Honrar Garantias 2: No total, desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 35,47 bilhões com o objetivo de honrar garantias concedidas a operações de crédito. (Poder 360)

Honrar Garantias 3: Os valores honrados aumentaram a necessidade de financiamento da dívida pública federal, uma vez que a União está impedida de executar as contragarantias dos Estados de Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Norte e Amapá, que obtiveram liminares favoráveis no Supremo Tribunal Federal, e as relativas ao Rio de Janeiro, que está sob o Regime de Recuperação Fiscal. (Poder 360)

Garantias da União 1: O saldo das garantias concedidas pela União em operações de crédito totalizou R$ 304,80 bilhões ao fim do 1º quadrimestre de 2021, sendo R$ 114,07 bilhões em operações de crédito internas e R$ 190,73 bilhões em operações de crédito externas. As garantias concedidas pela União são uma forma de facilitar empréstimos tomados por outros órgãos públicos, como Estados, municípios e empresas estatais. É uma exigência feita por muitos credores. Caso não paguem, cabe ao Tesouro Nacional arcar com as despesas. (Poder 360)

Garantias da União 2: Os bancos federais (Banco do Brasil, BNDES e Caixa) são os maiores credores. Concentram 98% (R$ 111,81 bilhões) das operações de crédito internas. Os organismos multilaterais, como Bird, BID, CAF, respondem por 90,3% (R$ 172,22 bilhões) das operações de crédito externas. Os maiores devedores em operações de crédito garantidas são: São Paulo, com 13,6% do total (R$ 41,40 bilhões), e Rio de Janeiro, com saldo devedor referente a 12,6% do total (R$ 38,34 bilhões). (Poder 360)

Superávit Primário 1: O superávit primário do governo central – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – totalizou R$ 16,492 bilhões em abril. Um ano antes, houve déficit, de R$ 93,001 bilhões. No primeiro quadrimestre, o resultado foi positivo em R$ 41,002 bilhões, ante déficit de R$ 95,857 bilhões no mesmo período de 2020. Os números foram divulgados nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional. (Valor)

Superávit Primário 2: O resultado de abril é reflexo de um superávit de R$ 35,295 bilhões do Tesouro Nacional, de um rombo de R$ 18,702 bilhões na Previdência Social e de um resultado negativo de R$ 101 milhões do Banco Central (BC). (Valor)

Superávit Primário 3: Em 12 meses, houve déficit primário, de R$ 646 bilhões – o que representa 7,9% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta de déficit primário do governo central para este ano é de R$ 247,118 bilhões, mas pela lei 14.143, sancionada em abril, alguns gastos ligados à pandemia não serão contabilizados no cálculo do resultado primário. (Valor)

Ambiente social

Mulheres, Pretos e Pardos: Mais uma vez, mulheres e pretos e pardos sentiram mais a crise no mercado de trabalho que homens e pessoas brancas. O alerta é feito por Adriana Beringuy, gerente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação por sexo foi de 12,2% para os homens e 17,9% para as mulheres no primeiro trimestre de 2021. No quarto trimestre, essas taxas eram de 11,9% e 16,4%, respectivamente. A taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (11,9%) e acima para os pretos (18,6%) e pardos (16,9%) no primeiro trimestre de 2021. Essas taxas eram de 11,5%, 17,2% e 15,8%, respectivamente, no quarto trimestre de 2020. (Valor)

Renda Total dos Domicílios: Após subir 5,2% em 2020, a massa de renda total dos domicílios – soma do rendimento habitual de todos os trabalhos, transferências de renda, benefícios previdenciários e sociais, além de outras fontes – deve recuar 3,8% neste ano, segundo projeção da Tendências Consultoria. (Valor)

Exclusão Digital: A exclusão digital é uma realidade no Brasil e prejudicou o acesso das famílias mais pobres ao auxílio emergencial. Segundo a FGV/Cemif, 20% das classes D e E que tentaram e não conseguiram o benefício apontaram a falta de celular como uma das razões. Além disso, 22% dos mais pobres alegaram ter tentado e não conseguido o benefício por limitações da internet. Esse cenário faz parte de um problema mais amplo: em 2020, cerca de um em cada quatro brasileiros não estava conectado, a maioria justamente das faixas mais vulneráveis, das classes D e E e moradores de áreas rurais. (Folha) (Meio)

Venda de Falsos Atestados: A polícia do Rio prendeu ontem um médico e o dono de uma clínica em Pilares, na Zona Norte. Eles são acusados de venderem atestados falsos de comorbidades para que pessoas furem a fila da vacinação. Embora relatos sobre casos assim proliferem nas redes sociais, o conselhos de Medicina não registraram denúncias ainda. (G1) (Meio)

Meio ambiente

Mortes por Agrotóxico no Brasil: Associado à produção de soja transgênica, o herbicida glifosato é o agrotóxico mais usado no Brasil, 62% do total. Um estudo conjunto da Universidade de Princeton, da FGV e do Insper indica, porém, que ele pode estar ligado a uma alta de 5% na mortalidade infantil em municípios do Sul e do Centro-Oeste que recebem água de regiões sojicultoras. Isso equivale a 503 mortes por ano. Os pesquisadores compararam dados de municípios que recebem água rio abaixo das fazendas com os vizinhos que não usam a mesma fonte. A Bayer, que fabrica o agrotóxico, diz que o estudo não tem base científica. (BBC Brasil) (Meio)

3000 Cargas de Madeira: Servidores do Ibama disseram à Polícia Federal que cerca de três mil cargas de madeira apenas do Pará foram exportadas sem autorização do órgão. As informações são parte da Operação Akuanduba, que investiga entre outras autoridades, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A necessidade de autorização havia sido suspensa em fevereiro de 2020 por ordem do então presidente do Ibama, Eduardo Bim, nomeado por Salles e afastado pelo STF. (Folha) (Meio)

Ambiente político

Pesquisa PodeData: A reprovação do governo Bolsonaro subiu 5 pontos em duas semanas e voltou ao recorde de 59%, registrado pela primeira vez em junho de 2020, segundo pesquisa do PoderData. A aprovação, porém, se manteve estável, recuando de 36% para 35%, dentro da margem de erro. A variação se deu entre os “indiferentes”, que recuaram de 10% para 6%. (Poder360) (Meio)

Vera Magalhães: “A eleição de 2018 se resolveu com o fígado. A de 2022, ao que tudo indica, será decidida pelo estômago. A realidade da fome ou da insegurança alimentar de milhões de brasileiros está posta à mesa do debate político. Isso explica mais que tudo a dianteira alcançada por Lula nas intenções de votos. E pode determinar o rumo do desgoverno de Jair Bolsonaro daqui por diante.” (Globo) (Meio)

Empresariado Pessimista: Não há muito otimismo entre empresários sobre reformas. Ex-presidente da Fiesp e acionista da Klabin, Horácio Lafer Piva está pessimista: “As reformas não andam por conflitos entre Executivo e Legislativo e dentro do Congresso. Temas como tamanho do Estado, que poderiam trazer investimento, não andam. Com CPI e eleições no ano que vem, não sei se vão andar. Se não houver reformas, a economia tende a entrar em uma nova baixa em pouco tempo. Você não retoma a economia com 14 milhões de desempregados.” (Globo)

Reforma Administrativa: A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou dia 25-05-2021, a PEC (proposta de emenda à Constituição) da reforma administrativa (No. 32 de 2020). O texto segue para uma comissão especial, onde terá o mérito discutido. Caso entre em vigor, o projeto reduzirá benefícios de futuros servidores públicos. (Poder 360)

Governo

Auxílio Emergencial 1: Pressionado pelo Congresso Nacional, o governo avalia a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial e adiar a reforma do Bolsa Família, inicialmente prevista para começar a valer em agosto. Diante de uma possível terceira onda de covid-19 e níveis de desemprego e pobreza em alta, auxiliares do presidente defendem o auxílio como uma forma mais eficaz de melhorar a popularidade de Bolsonaro e agradar a parlamentares da base aliada. (Valor)

Auxílio Emergencial 2: A justificativa para a estratégia é que o auxílio emergencial é mais abrangente, atingindo 39,1 milhões de famílias beneficiárias, contra 14,69 milhões no Bolsa Família. O valor do auxílio hoje é de R$ 250, maior que a média de R$ 190 recebidos pelos domicílios inscritos no programa permanente. (Valor)

Auxílio Emergencial 3: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o Congresso avalia prorrogar por até dois meses o auxílio emergencial concedido pelo governo neste ano, que prevê o pagamento de quatro parcelas. Pacheco defendeu a criação de um programa social permanente e mais amplo do que o Bolsa Família, e que comece a vigorar depois do fim do auxílio emergencial. (Valor)

Casa Verde Amarela: O governo avalia mudanças na concessão de subsídios para o Programa Casa Verde e Amarela, o programa federal de financiamento de habitação de baixa renda, com o objetivo de fomentá-lo em cidades com população de 50 mil a 100 mil habitantes, aumentar o acesso de rendas menores aos benefícios e elevar a participação do Norte e Nordeste no total. (Valor)

Privatizações em Minas Gerais: O governo de Minas Gerais recuou na ambição de privatizar as estatais mineiras, como medida para zerar o déficit orçamentário. O foco passou a ser aprovar na Assembleia Legislativa aval para privatizar a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), dona de uma mina de nióbio em Araxá (MG) e sócia da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), maior produtora global do metal. A CBMM tem como principal acionista a família Moreira Salles.

Ambiente tecnológico

Tecnologia e Emissão de Carbono: Grandes empresas de tecnologia estão se juntando para diminuir as emissões de carbono do setor. A Microsoft, junto com outras como Github e Accenture, criou uma fundação para desenvolver padrões e melhores práticas para fazer seu software consumir menos energia. A ideia é que outras companhias se juntem a iniciativa e se crie oportunidades de colaboração entre as empresas. Segundo a Microsoft, nos próximos anos, projeta-se que os data centers em todo o mundo respondam por 3% a 8% da demanda global de eletricidade. (Meio)

 Primeira Robô Artista e Milionária:  A artista Ai-Da ganhou exposição de autorretratos no Design Museum de Londres. Pode parecer algo comum, mas ela na verdade é uma robô, considera a primeira robô-artista do mundo. Ela foi desenvolvida em 2019 pelo negociante de arte Aidan Meller e pela startup Engineered Arts. Ai-Da usa algoritmos de propriedade para gerar obras de arte visual, e Meller estima que ela já ganhou mais de US$ 1 milhão com suas pinturas. (Meio)

Popularidade do TikTok: O Tik Tok se tornou a segunda plataforma mais popular de marketing de influenciadores. Segundo pesquisa, 68% dos profissionais de marketing disseram que planejavam usar o app de vídeos curtos — mudança significativa comparada a apenas 16% que indicaram em 2020,  o uso da plataforma para campanhas. A liderança, no entanto, segue com o Instagram e o Facebook aparece em segundo, empatado com o aplicativo chinês. (Business Insider) (Meio)


Notas Econômicas: Fontes

 Jornal Valor, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Veja, Poder 360, Carta Capital, Business Insider, BBC Brasil, O Antagonista, Portal G1 e Globo.

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