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Fast food busca reposicionamento

Redes globais de lanches correm para inovar os produtos

Carlos Plácido Teixeira
Colunista Radar do Futuro

A McDonald’s pretende ser identificada no futuro como uma rede de “good food”. Um novo conceito em gestação, baseado em bons alimentos, para se desvincular da marca genérica de alimentaçao rápida, fast food. Os esforços da rede, ícone e líder do estilo de vida baseado em combinações de hambúrgueres, batatas fritas, refrigerantes e casquinhas de sorvetes, consumidos às pressas para compensar a falta de tempo, reforçam a preocupação com a demanda do mercado por novos padrões de serviços de alimentação fora de casa.

Ser fornecedora de comida de qualidade é o objetivo de reposicionamento de redes globais de lanches. Elas precisarão reverter a incredulidade de quem enxerga a conveniência como atributo quase único das lojas de consumo rápido. Para a McDonald’s, é mais do que diversificar as alternativas de produtos, como já vem fazendo há alguns anos, inclusive no Brasil, onde itens regionais foram incorporados às combinações de refeições.

Para alcançar o objetivo de metamorfose do conceito da marca, a rede promoveu sem muito alarde, na primeira quinzena de agosto, um jantar especial em Nova Yorque. Ao invés dos “combos” tradicionais, jornalistas, blogueiros e outros formadores de opinião convidados tiveram pratos especiais, assinados por “chefs” de cozinha famosos. A empresa reconhece que não chegará a mudanças tão radicais nas listas de ofertas. Mas vai continuar investindo em ações de reposicionamento.

Vai ser difícil, de fato, superar a percepção de que o negócio da rede e dos concorrentes é vender produtos baratos e de baixa qualidade, identicados por junk foods pelos consumidores mais críticos. E por quem anda colocando a saúde como prioridade. As preocupações são justificáveis. Um estudo desenvolvido pela empresa de consultoria de serviços financeros Janney Capital Markets, confirma que as preferências alimentares dos norte-americanos, até mesmo eles, estão convergindo para o estilo “fast casual”. A nova adjetivação abrange um gênero de restaurante que não oferece serviço de mesa, porém promete uma melhor qualidade de comida e uma atmosfera diferente, em contraposição aos pontos de vendas tradicionais das cadeias de hambúrgueres.

Segundo o estudo, o ranking das principais redes de alimentos vai sofrer mudanças signficativas nos próximos anos nos Estados Unidos. Hoje, as fast-foods tradicionais são maioria, lideradas pela McDonald’s. Apenas a Starbucks e a Subway, com seus estilos mais diferenciados de atendimento e de opções de lanches, aparecem entre as cinco primeiras redes classificadas. Em 2020, o ranking ainda terá a líder McDonald’s como representante do segmento de hamburguer e batata frita. Mas as outras posições serão ocupadas pelas redes de restaurantes que oferecem os alimentos de qualidade.

Tendências – A “geração do milênio” tem uma nova relação com a comida. Ao contrário dos seus pais, que não questionavam ingredientes e processos de produção dos sanduíches, os nativos da população dos grandes centros, com 18 a 35 anos, são submetidos a informações e campanhas positivas e negativas sobre produtos oferecidos pelas redes. Pressionadas por comentários e discussões, as percepções são alteradas. A avaliação do que é bom ou ruim ganha ampla repercussão, inclusive, pelas mídias sociais.

Um estudo da revista norte-americana Consumers Reports reitera que, apesar de preços mais elevados, as redes de “fast casual” ganham popularidade porque, cada vez mais, a qualidade tem mais importância do que a conveniência para as novas gerações. A profusão de eventos gastronômicos parece reforçar a interpretação sobre mudanças. Festivais que oferecem pratos especiais contribuem para os jovens e novos adultos exerçam amplamente o desejo de experimentar novos sabores. 

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