quinta-feira, abril 25, 2024
28.6 C
Belo Horizonte

Notas de Conjuntura: 21 de abril de 2024

Nas Notas de Conjuntura, destaque para o...

O que impede a evolução das pesquisas sobre Alzheimer

Pesquisa belga avança na compreensão da da...

O futuro da psicologia: otimismo na era do desalento

Nos próximos anos, o futuro da psicologia...

Notas econômicas: 27 a 31 de dezembro de 2021

NOTAS ECONÔMICAS

Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas

Desejo um feliz ano novo aos queridos leitores e leitoras!!!

notas econômicas
Foto: Rosa Rovena- Agência Brasil

Mais um ano se encerra com a pandemia no centro das atenções e com impactos negativos sobre a vida da sociedade e das atividades econômicas. Para o comércio, o Natal foi mais uma data marcada por frustrações no Brasil. Mesmo com a normalização do fluxo de consumidores, o volume das vendas do Natal deve ter um recuo em seu segundo ano consecutivo, segundo a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A expectativa é que a data mais importante para a venda do varejo brasileiro, e que tem representado 22% do total das vendas de dezembro nos últimos dez anos, movimente cerca de R$57,48 bilhões no faturamento. Isso representa um crescimento de 9,8% com relação ao ano passado. Porém, o desconto da inflação leva a um ajuste na comparação que indica a queda de 2,6%. Some as projeções aos dados de expectativas de empresários sobre o futuro e temos a indicação objetiva de que é necessário usar muita roupa branca, de paz, ou amarela, de dinheiro no bolso, para entrar em 2022 com energia renovada de esperanças. (Radar do Futuro)

Economia e Finanças

Desafios 2022: O ano de 2022 apresenta desafios para as economias globais. A aceleração dos preços é um dos principais itens da lista de preocupações. Estados Unidos e Europa tendem a elevar os juros nos próximos meses. A taxa básica no Brasil, a Selic, está em 9,25% e deve subir no começo do ano. O aperto monetário iniciado em março de 2021 já é o maior desde o começo do sistema de meta de inflação, em 1999. Deverá se intensificar ainda mais. (Poder 360)

Novas Cepas: O risco do surgimento de cepas do Sars-CoV-2 resistentes a vacinas é um dos principais fatores de piora do cenário. Um alívio é que a tecnologia avançou muito. É grande a chance de que seja possível adaptar imunizantes com rapidez. Pouco ainda se sabe sobre o perigo representado pela cepa omicron (identificada pela África do Sul). Os países emergentes, incluindo o Brasil, continuam particularmente vulneráveis a surtos. (Poder 360)

Furo no Teto de Gastos: O governo mudou o teto de gastos para aplicar mais dinheiro em programas sociais e demandas de congressistas (Fundo Partidário e emendas aos congressistas), o desrespeito explícito às metas de equilíbrio fiscal, somado à retomada da inflação, levou o BC a subir a Selic 7,25 pontos em relação ao nível de março, para os 9,25% atuais, para tentar ancorar novamente a inflação em patamares mais baixos. A Selic elevada irá impactar negativamente no crescimento econômico.

Futuro do Dólar: A política monetária terá de ser calibrada para evitar a fuga de capitais e a alta do dólar. Incertezas políticas tenderão a pressionar o câmbio, como as eleições de 2022. (Poder 360)

Nem Sempre Elevar os Juros Resolve: Os juros altos encarecem financiamentos, fazendo com que muitas pessoas adiem compras. Isso limita parte da alta de preços. Mas alguns reajustes não deixam de ser feitos, porque são resultados da alta dos custos. Os produtores não têm alternativa: se deixarem de aumentar o valor cobrado terão prejuízos. (Poder 360)

Focus PIB: A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 voltou a cair, agora de 4,58% para 4,51%, no Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado dia 21-12-2021 com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2022, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi reduzido de 0,50% para 0,42%. Para 2023, caiu de 1,85% para 1,80%. Para 2024, ficou parado em 2,00%. (Valor)

Focus Dólar: A mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi elevada de R$ 5,60 para R$ 5,63. Para 2022, o ponto-médio das projeções para a moeda americana também subiu, de R$ 5,57 para R$ 5,60 entre uma semana e outra. Para 2023, permaneceu em R$ 5,40. Para 2024, manteve-se em R$ 5,30. (Valor)

Confiança da Indústria: O Índice de Confiança da Indústria(ICI) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) caiu pelo quinto mês consecutivo – cedeu 2 pontos em dezembro, para 100,1 pontos, menor nível desde agosto de 2020 (98,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, manteve a tendência negativa ao cair 2,1 pontos. (Valor)

Confiança do Comércio: Um sentimento de frustração com resultado de vendas de fim ano derrubou o humor do empresariado do varejo em dezembro. O comentário é do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Rodolpho Tobler, ao comentar a queda de 2,7 pontos no Índice de Confiança do Consumidor (Icom) de dezembro ante novembro, para 85,3 pontos. Um ambiente de juros altos, inflação elevada e menor renda frearam o consumo do brasileiro nesse fim de ano. (Valor)

Confiança dos Serviços: Nem mesmo a demanda reprimida por serviços, em meio às restrições delineadas pela pandemia, impediu recuo na confiança do empresariado do setor no último mês do ano – cuja trajetória é uma incógnita para 2022. O alerta partiu de Rodolpho Tobler, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao falar sobre o recuo de 1,3 ponto no Índice de Confiança de Serviços (ICS) de dezembro ante novembro, para 95,5 pontos. Dúvidas em relação à renda e à pandemia devem frear recuperação mais expressiva do setor, que representa mais de 70% do PIB. (Valor)

Cláudia Perdigão (economista do FGV Ibre): “O resultado do ICI de dezembro vem puxado por uma avaliação menos favorável sobre a situação corrente, bem como por expectativas mais cautelosas para 2022. Tal resultado se explica por problemas que se estenderam ao longo do ano, como pressão nos custos, escassez de insumos e elevada incerteza. Além disso, desemprego e a inflação comprimem a demanda das famílias, reduzindo a demanda, o que influencía não apenas a avaliação da situação corrente, mas também torna as projeções para 2022 mais cautelosas. Sobre a escassez de insumos, espera-se uma normalização a partir do segundo semestre do próximo ano. Nesse contexto, o setor encerra 2021 com gargalos ainda não resolvidos, incitando recuo das expectativas”. (Valor)

Setor de Incorporação: O setor de incorporação começará 2022 com um cenário bem mais desafiador do que o do início de 2021. O Brasil está em recessão técnica; a taxa básica de juros (Selic), que começou 2021 em 2%, chegou a 9,25% e impacta os financiamentos imobiliários para as classes média e alta; e o poder de compra dos consumidores, principalmente de baixa renda, diminuiu diante da inflação. (Valor)

Depósitos Compulsórios 1: A parcela de recursos que os bancos são obrigados a recolher no Banco Central do Brasil (BC) – os chamados depósitos compulsórios – fechará 2021 em patamar inferior, em termos relativos, ao de antes da pandemia. A queda se deve não apenas às medidas de estímulo adotadas logo no início da crise do coronavírus, mas também decorre do objetivo da autoridade monetária de diminuir o uso dessa ferramenta. Em números absolutos, somavam R$ 455,6 bilhões em 17 de dezembro, acima dos R$ 415,9 bilhões apresentados no fim do ano passado, segundo o BC. (Valor)

Depósitos Compulsórios 2: O BC colocou em prática, nos últimos anos, uma agenda de redução estrutural dos compulsórios. Isso porque esses depósitos elevam, por exemplo, o spread bancário, diferença entre as taxas cobrada no empréstimo e na captação. (Valor)

Depósitos Compulsórios 3: Uma das medidas adotadas pelo BC para redução dos depósitos compulsórios foi a implantação das Linhas Financeiras de Liquidez (LFL). Operadas pelo BC, são uma nova fonte de recursos para as instituições financeiras.    Na prática, os bancos terão de oferecer à autoridade monetária títulos privados como garantia dos recursos, o que pode permitir que operem com volumes menores de compulsórios. (Valor)

Setor Comércio em 2020: Dos quatro macrosetores avaliados por Grandes Grupos, o do comércio foi o único a registrar avanço no lucro líquido no exercício de 2020. O resultado consolidado dos 33 grupos do ranking cresceu 12,9%, para R$19,4 bilhões, embora a rentabilidade tenha encolhido de 9,7% para 7,9%. A manutenção de negócios físicos, essenciais durante isolamentos mais rigorosos, e as vendas digitais ajudaram o mercado local. O comércio exterior se beneficiou da alta do câmbio e do preço das commodites. Tudo isso rendeu recordes, destaques na bolsa, compras e fusões e maior alcance em cadeias de valor. (Valor)

Taxa de Juros Média: A taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito variou de 23,1% em outubro para 24,3% em novembro. Em 12 meses, houve alta de 5,7 pontos percentuais. Os dados foram apresentados pelo Banco Central (BC). (Valor)

Taxas de Juros do Cartão: A taxa de juros do cartão de crédito rotativo variou de 343,5% ao ano em outubro para 346,1% em novembro. O rotativo é a linha de crédito pré-aprovada no cartão e inclui também saques feitos na função crédito do meio de pagamento. Já a taxa do parcelado do cartão variou de 172,6% para 167,5%, conforme os dados do Banco Central (BC)  (Valor) 

Taxa de Juros do Cheque Especial: No cheque especial, a taxa de juros cobrada foi de 129,6%, vinda de 128,2% em outubro. (Valor)

Inadimplência: A inadimplência média das operações de crédito ficou estável em 2,3% em novembro, perante o mês anterior. Entre as empresas, a taxa média ficou em 1,4%, contra 1,4% em outubro. Entre as famílias, foi 3%, contra 3% no mês anterior. (Valor)

Cresce Aprovação do Pix 1: O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, já é usado por 71% dos brasileiros. Sua aprovação cresceu 9 pontos, passando de 76% para 85% em 12 meses. Estes dados são da quarta edição da pesquisa Radar Febraban, realizada pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) para a Federação Brasileira de Bancos. (Poder 360)

Cresce Aprovação do Pix 2: Entre os jovens (18 a 24 anos), a aprovação do Pix chega a 99%, semelhante à faixa etária seguinte (25 a 44 anos), com 96%. Já entre os que têm mais de 60 anos, o porcentual de aprovação cai para 65%. (Poder 360)

Cresce Aprovação do Pix 3: O menor percentual de uso do Pix está entre pessoas de baixa renda e os de menor escolaridade. Dos que têm até a escolaridade fundamental, 53% utilizam o Pix, enquanto no grupo de pessoas com renda de até 2 salários-mínimos, a taxa de adesão ao sistema do BC é de 64%. (Poder 360)

Relação Dívida PIB: O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) acaba de finalizar estudo apontando que a relação dívida/PIB tende a ficar relativamente estável ao longo da década, mas ganhando trajetória de queda na segunda metade e chegando a 75,7% em 2030.O documento destaca o bom desempenho das contas públicas em 2021, que fecharão com números bem melhores que o esperado no início do ano, tanto em termos de resultado primário como de dívida. “Isso se deve, principalmente, ao crescimento mais forte do PIB e à taxa de inflação mais elevada, relativamente às expectativas iniciais, que deverão ensejar, para o acumulado do ano, uma arrecadação federal cerca de R$ 270 bilhões acima do nível previsto em março e um aumento de receita líquida do governo central da ordem de R$ 210 bilhões”, explica o documento.  (Valor)

Juro Neutro 1: O juro neutro é o ponto morto da política monetária, ou seja, o percentual que a Selic deve ultrapassar para baixar a inflação. Os cálculos do Banco Central mostram que o juro neutro está subindo desde o segundo trimestre de 2020, período em que a economia sofreu o choque da primeira onda da pandemia do coronavírus. De março para junho do ano passado, o juro neutro subiu de 3,03% para 3,16% ao ano, em termos reais. Em dezembro de 2020, já se encontrava em 3,36% ao ano. (Valor)

Juro Neutro 2: Em junho deste ano, o juro neutro estava em 3,53% e, pelo dado estimado para dezembro, chegou a 3,61%. As incertezas fiscais vêm se estendendo desde 2020, com várias medidas adotadas pelo governo para acomodar gastos, não apenas ligados à pandemia, fora do teto. (Valor)

Subida do Dólar: Desde janeiro de 2019, o dólar aumentou mais de 50%. Na casa dos R$ 3,70 no início daquele ano, a moeda fechou dia 28-12-2021 valendo R$ 5,64. (Valor)

Inflação

Preço da Energia e dos Combustíveis: O preço da energia elétrica, na avaliação do Ipea, deve continuar a subir no próximo ano. Já o petróleo, que impacta os combustíveis, deve aumentar pouco. (Poder 360)

Preço do Transporte Público: Mas no início de 2022 haverá alta nos preços do transporte público. Houve represamento de reajustes por causa da pandemia, mas as empresas de transporte dizem que não é possível segurar mais. Os aumentos poderão pressionar outros custos. Há risco de protestos. (Poder 360)

Focus IPCA: A mediana das projeções dos economistas do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 caiu, de 10,04% para 10,02%. Para 2022, manteve-se em 5,03%. Para 2023, foi de 3,40% para 3,38%. Para 2024, permaneceu em 3,00%. (Valor)

IGP-M: A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,87% em dezembro, acumulando 17,78% em 2021, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No penúltimo mês do ano, o indicador havia registrado leve alta, de 0,02%. (Valor)

Governo e Ambiente Político

Eleições 2022: As eleições de 2022 para governador nos 26 Estados e no Distrito Federal devem repetir a tendência vista nas disputas municipais de 2020, com redução de espaço para os chamados “outsiders” e clima favorável para reeleição, outras modalidades de continuísmo e nomes tradicionais da política. A expectativa no meio político e entre analistas é de pleitos bem diferentes dos de 2018, quando parte dos atuais chefes estaduais foram eleitos. Há duas razões principais para isso. A primeira é o arrefecimento da onda de novatos inaugurada em 2016 e que teve seu auge em 2018. O segundo motivo é que, por uma combinação de fatores conjunturais, os governos estaduais estão com seus caixas cheios. (Valor)

Críticas à Bolsonaro: Criticado por haver tirado praticamente duas semanas de folga em meio à devastação causada pelas enchentes na Bahia, Bolsonaro tentou demonstrar que o governo está agindo para aplacar o sofrimento da população local. (Valor)

Não Vacinará a Filha: Bolsonaro disse ainda que não permitirá a vacinação da filha Laura, de 11 anos, em meio a um debate provocado por ele próprio a respeito da aplicação de vacinas contra o coronavírus em crianças de 5 a 11 anos de idade. Ele também citou a “imunidade de rebanho” como suposto fator para a desaceleração dos números da pandemia. (Valor)

Remuneração de Moro: O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou que a Alvarez & Marsal informe quanto o ex-juiz Sergio Moro ganhou após romper o contrato com a empresa, em outubro, para entrar para a política. Ele trabalhou na consultoria depois de deixar o governo de Jair Bolsonaro, de quem foi ministro da Justiça e da Segurança Pública. A decisão atende a um pedido do subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, que pediu a apuração de eventuais prejuízos ocasionados aos cofres públicos pelas “operações supostamente ilegais” de Moro e de integrantes da força-tarefa da Lava-Jato. (Valor)

De Paulo Guedes para Jair Bolsonaro: Com o aumento da mobilização de diversas categorias de servidores para pressionar o governo por reajustes salariais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enviou mensagens ao presidente Bolsonaro, a grupos de ministros e integrantes da equipe econômica alertando que os aumentos podem quebrar o país. (Valor)

Ambiente Social, Emprego e Renda

Desemprego 1: A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,1% no trimestre encerrado em outubro, ou 1,6 ponto percentual abaixo da taxa no trimestre móvel anterior (encerrado em julho, de 13,7%) e 0,5 ponto percentual inferior ao resultado de setembro (12,6%), como mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Valor)

Desemprego 2: No trimestre até outubro, o país tinha 12,9 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem encontrá-lo. O número aponta retração de 10,4% frente ao trimestre anterior (1,5 milhão de pessoas a menos) e queda de 11,3% frente a igual período do ano anterior (1,7 milhão de pessoas a menos). (Valor)

Trabalhadores por Conta Própria: O número de trabalhadores por conta própria atingiu novo recorde, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada IBGE. No trimestre até outubro, o contingente total foi de 25,638 milhões de trabalhadores neste grupo, quase 180 mil a mais que no trimestre encerrado em setembro (25,461 milhões). (Valor)

Trabalho Informal: A importância da informalidade no aumento da ocupação no mercado de trabalho vem reduzindo ao longo dos últimos meses, mas esta forma de inserção ainda responde por mais da metade das vagas geradas, afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, referentes ao trimestre móvel encerrado em outubro de 2021. (Valor)

População Ocupada: A população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 94 milhões de pessoas, entre agosto e outubro. Isso representa alta de 3,6% em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em julho (3,3 milhões de pessoas ocupadas a mais). Frente a igual trimestre de 2020, subiu 10,2% (8,7 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020. (Valor)

População Fora da Força de Trabalho: O contingente de pessoas fora da força de trabalho ficou em 65,2 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 2,1% frente ao trimestre anterior, encerrado em julho, (1,4 milhão de pessoas a menos), e recuo de 7,7% em relação a igual período de 2020 (5,4 milhões de pessoas a menos). O indicador chegou a atingir 79,141 milhões no trimestre encerrado em agosto de 2020. (Valor)

Mão de Obra Desperdiçada: O contingente de trabalhadores subutilizados, também chamada de “mão de obra desperdiçada”, compreende desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e os trabalhadores que não buscam emprego, mas gostariam de trabalhar. O país tinha 29,9 milhões de trabalhadores subutilizados no trimestre encerrado em outubro, segundo a Pnad Contínua (25,7% da força de trabalho ampliada do país). Houve queda de 6,5% (menos 2,1 milhões de subutilizados) frente ao trimestre móvel anterior e retração de 9,6% (menos 3,2 milhões de pessoas) em relação a igual trimestre de 2020. (Valor)

Renda Média do Trabalhador: A renda média dos trabalhadores recuou no trimestre móvel até outubro de 2021. De acordo com dados da Pnad Contínua, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores (considerando a soma de todos os trabalhos) foi de R$ 2.449, queda de 4,6% frente ao trimestre móvel anterior (R$ 117 a menos). Ante igual período de 2020, houve redução de 11,1% na renda média, uma diferença de R$ 307. (Valor)

Pressão do Funcionalismo: Frente à perspectiva de que só policiais terão aumento salarial no ano que vem, cresce a pressão de outras categorias do funcionalismo sobre o governo. Depois de os auditores da Receita Federal iniciarem as mobilizações, os auditores fiscais federais agropecuários também decidiram reduzir o ritmo das atividades em todo o país. Além disso, diversas categorias se reunirão na quarta-feira para discutir a campanha por reajuste. (Valor)

Reajustes Apenas para as Polícias: Com a aprovação do Orçamento de 2022 prevendo reajuste salarial apenas para policiais, outras categorias do funcionalismo público mobilizam-se para pressionar o governo. O presidente Jair Bolsonaro havia indicado em novembro que concederia aumento para todas as categorias. Na época, o sinal causou apreensão na área econômica e foi condenado por especialistas. (Valor)

Trabalho por Conta Própria 1: Em um intervalo de dois anos, o trabalho por conta própria com CNPJ avançou mais entre as mulheres pretas e pardas no Brasil. É o que indica um estudo da pesquisadora Janaína Feijó, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). Segundo a pesquisa, 674,6 mil mulheres pretas e pardas trabalhavam de forma autônoma e com o registro formal no terceiro trimestre de 2019, período pré-pandemia. No terceiro trimestre de 2021, o número subiu para quase 921 mil, o maior de uma série histórica iniciada em 2015. Isso quer dizer que, no intervalo, houve uma alta de 36,5%. (Valor)

Trabalho por Conta Própria 2: Apesar do crescimento, mulheres pretas e pardas ainda representam a menor parcela em relação ao total dos autônomos com registro formal, estimado em 6,2 milhões no terceiro trimestre de 2021. As mulheres pretas e pardas correspondem a 14,8% do grupo. O número de mulheres brancas atuando dessa forma subiu 28,6% entre o terceiro trimestre de 2019 e igual intervalo de 2021, para 1,4 milhão. A marca equivale a 23% dos autônomos com CNPJ. (Valor)

Trabalho por Conta Própria 3: Os homens pretos e pardos aumentaram 25,9%, para 1,6 milhão (25,3% do total). Entre os homens brancos, o avanço foi de 23,4%, para 2,3 milhões (36,7% do total). (Valor)

Trabalhadores Informais: No terceiro trimestre deste ano, os trabalhadores por conta própria que atuavam de maneira informal somavam 19,2 milhões de pessoas no país. Entre os informais, a maioria é composta por homens pretos e pardos (7,8 milhões ou 40,6%), seguidos por homens brancos (4,9 milhões ou 25,5%), mulheres pretas e pardas (3,6 milhões ou 18,9%) e mulheres brancas (2,8 milhões ou 14,4%). (Valor)

Mulheres em TIC 1: Levantamento da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) mostra que no ano passado o setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) empregava no Brasil 867 mil pessoas, sendo 547,3 mil, ou 63,1%, homens e apenas 319,8 mil, ou 36,9%, mulheres. A baixa participação de mulheres no setor ocorre quando a própria Brasscom estima, em estudo divulgado no início de dezembro, que a digitalização da economia demandará 797 mil vagas para profissionais de TIC no Brasil até 2025. (Valor)

Mulheres em TIC 2: Dentro do setor de TIC, os homens ocupam 67% dos cargos de gerência e diretoria, enquanto 33% das mulheres alcançam as hierarquias mais altas. Já no departamento de tecnologia da informação, pesquisa e desenvolvimento e engenharia, que abrangem justamente as vagas com potencial de crescimento e maior remuneração, os homens ocupam 80% dos postos, sobrando às mulheres os 20%. A desigualdade no setor é amenizada por funções de menor valor agregado. Elas são maioria na área de recursos humanos, financeiro e administração (62% a 38%). (Valor)

Vantagens do Ensino Técnico: Trabalhadores que cursaram ensino técnico e profissionalizante estão inseridos de uma forma melhor no mercado de trabalho do que aqueles que concluíram apenas o ensino médio ou que seguiram para o ensino superior, mas não concluíram a formação. Na comparação com quem tem ensino superior completo, no entanto, a qualidade da inserção no trabalho é inferior, principalmente em termos de remuneração e tipo de atividades. A conclusão é do estudo “Indicadores de qualidade do egresso do ensino técnico e profissionalizante”, de autoria de dois pesquisadores do Insper, instituição de ensino superior sediada em São Paulo, e encomendado pelo Itaú Educação e Trabalho. (Valor)

Cotas do PIS: No Brasil, 10,6 milhões de beneficiários ainda têm cotas do PIS/Pasep, o que soma um total de R$ 23,5 bilhões esquecidos, segundo dados de novembro fornecidos pela Caixa, os últimos disponíveis. Brasileiros que trabalharam com carteira assinada no período de 1971 a 4 de outubro de 1988 podem sacar as cotas do PIS na Caixa. Herdeiros de trabalhadores que tiveram emprego formal neste período também podem ter dinheiro para receber. (Valor)

Auxílio Brasil: O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) não cumprirá a promessa de ampliar o número de famílias atendidas pelo Auxílio Brasil ainda em 2021. Também não há previsão para que os beneficiários do programa social recebam uma compensação retroativa, como chegou a ser anunciado. O plano informado pelo governo era começar a pagar, no mínimo, R$ 400 para mais de 17 milhões de famílias cadastradas no Auxílio Brasil a partir de novembro. (Valor)

Meio Ambiente e Energia

Energia Solar: A potência instalada da geração solar distribuída aumentou 2.819 MW de janeiro a novembro deste ano. Esse acréscimo em 11 meses superou a alta de 2.673 MW observada ao longo de todo o ano de 2020, até então o maior avanço anual registrado. A potência total instalada nesses sistemas, em casas, empresas e fazendas, é 7.617 MW. Para comparar, a usina hidrelétrica Paulo Afonso 4 (na Bahia), a 8ª maior do país, tem 2.462 MW de potência instalada. A de Xingó (na divisa de Alagoas e Sergipe), a 7ª maior, tem 3.162 MW. (Poder 360)

Energia Eólica e Solar 1: As fontes de energia eólica e solar devem se manter como protagonistas da expansão da matriz elétrica brasileira em 2022. A perspectiva é que juntas elas injetem mais da metade da energia prevista para entrar em operação no sistema, trazendo mais segurança e afastando o risco de um possível racionamento e apagão. (Valor)

Energia Eólica e Solar 2: As usinas eólicas devem subir do atual patamar de 20,5 GW de capacidade instalada para 26,4 GW em 2022. Já o setor solar prevê incremento de 3,1 GW, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (Valor)

Energia Solar: A potência instalada da geração solar distribuída aumentou 2.819 MW de janeiro a novembro deste ano. Esse acréscimo em 11 meses superou a alta de 2.673 MW observada ao longo de todo o ano de 2020, até então o maior avanço anual registrado. A potência total instalada nesses sistemas, em casas, empresas e fazendas, é 7.617 MW. Para comparar, a usina hidrelétrica Paulo Afonso 4 (na Bahia), a 8ª maior do país, tem 2.462 MW de potência instalada. A de Xingó (na divisa de Alagoas e Sergipe), a 7ª maior, tem 3.162 MW. (Poder 360)

Destruição e Desorganização: É sempre bom lembrar que o ano de 2021 foi de muita destruição ambiental, em especial de avanço nos desmatamentos e queimadas, sem falar a desorganização dos sistemas e mecanismos de fiscalização e controle do Estado.

Ambiente Empresarial e Tecnológico

Companhias Aéreas se Recuperam 1: Em meio a um cenário de retomada da demanda por transporte, as companhias aéreas começam a desenhar no país a retomada total do mercado, que mantém o ritmo mesmo diante da mais nova variante de covid-19, a ômicron. A tendência é que a demanda doméstica já chegue a níveis pré-pandemia ao final deste ano. (Valor)

Companhias Aéreas se Recuperam 2: Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), indicam que a demanda por transporte de passageiros (medida em RPK, ou receita por passageiro por quilômetro), em novembro, apresentou queda de 8,4% na comparação com igual mês de 2019. Segundo a agência, esse foi o menor recuo percentual no indicador desde o início da pandemia. Já a oferta apresentou queda de 8,1%. (Valor)

Apagão Logístico: A demanda mundial está ultrapassando a disponibilidade de capacidade de transporte marítimo, as redes de transporte e entrega de pacotes, aumentando os custos da cadeia de suprimentos e pesando nas margens das empresas. (Valor)

Custos de Logística Aumentaram: As empresas abaladas por altos custos de logística e gargalos de frete estão estendendo as soluções alternativas que adotaram durante a pandemia e assumindo novas estratégias para aliviar os impactos na cadeia de abastecimento no novo ano. Algumas empresas estão estendendo o uso de medidas paliativas, como o armazenamento de mercadorias em reboques de caminhões ociosos, enquanto outros estão fazendo esforços mais profundos para extrair capacidade adicional de redes de distribuição sobrecarregadas, ou para cortar custos ao adquirir produtos e matérias-primas mais perto de casa. (Valor)

Perdas do Comércio com Feriados: Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o menor ritmo de feriados em dias úteis deve ser favorável para o comércio em 2022. Cálculos da confederação estimam que o setor teve prejuízo de R$ 22,11 bilhões por conta de feriados em dias úteis, neste ano, enquanto em 2022 a previsão é que as perdas sejam em torno de R$ 17,25 bilhões. (Valor)

Vendas On-line no Natal: Com menor poder de compra, o consumidor brasileiro apostou em roupas, itens de perfumaria e alimentos nas compras de Natal pela internet, que tiveram um avanço bem mais tímido do que em 2020. De 10 a 25 de dezembro, as vendas on-line alcançaram um faturamento de R$ 6,6 bilhões, uma alta nominal de 17,9% sobre os R$ 5,6 bilhões obtidos no mesmo período de 2020, segundo levantamento da empresa de análise de dados Neotrust. Descontando a inflação de 10,42% no ano, considerando o IPCA-15, houve um crescimento real de 7,5% no período. Mesmo levando em conta a alta nominal de 17,9%, o desempenho é bem menos significativo que o salto de 69,7% nas vendas on-line do Natal do ano passado frente ao resultado de 2019. (Valor)

Unicórnios em Alta: Após investimentos recordes em tecnologia, o Brasil fecha 2021 com o número inédito de dez novos unicórnios – nome dado a startups cujos valores de mercado ultrapassam US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,6 bilhões), caso das conhecidas QuintoAndar e iFood. O resultado desbancou com folga o ano-líder anterior, 2019, quando o rebanho brasileiro de bilionárias recebeu cinco startups. (Valor)

Ambiente Internacional

Subida de Juros nos EUA: O Fed (Banco Central dos Estados Unidos) indica um aperto monetário mais rápido do que fez na década de 2010, quando uma recuperação fraca e uma inflação teimosamente baixa o forçaram a desacelerar a subida dos juros. (Poder 360)

Situação da China: Na China, eventuais bloqueios por causa da variante ômicron podem representar outro golpe para os exportadores. A China é o maior consumidor mundial de alumínio, carvão, algodão e soja, os produtos que o Brasil mais vendeu neste ano. Isso ajudou a conter a alta do dólar frente ao real. (Poder 360)

Gastos com Defesa: O presidente dos Estados Unidos, Biden, sancionou dia 27-12-2021 ato de autorização de defesa nacional para o ano fiscal de 2022. Permite investimento de US$ 768 bilhões na área de segurança nacional. (Poder 360)

China: Enquanto 2021 foi marcado na China por medidas regulatórias, com Pequim fechando o cerco em torno das “big techs”, dos setores de educação e imobiliário, a estabilização da economia deve dar o tom em 2022. É com isso em mente que os investidores devem olhar para o país asiático. (Valor)

Balança Comercial dos EUA: O déficit da balança comercial de bens dos EUA subiu a US$ 97,8 bilhões em novembro, de US$ 83,2 bilhões da leitura de outubro, ou uma alta de US$ 14,6 bilhões no período, de acordo com dados divulgados há pouco pelo Departamento do Comércio dos EUA. (Valor)

Golpes de Estado Aumentaram: A fórmula até parece similar: militares alegam que houve fraude na eleição, que o governo civil é corrupto e ineficaz para mitigar as desigualdades sociais. Tomam, então, o poder, asfixiam liberdades civis e estabelecem um calendário fantasma de transição para a democracia. Com esse passo a passo já clássico, sete tentativas de golpe de Estado ocorreram no mundo em 2021, e cinco delas tiveram êxito. O número é o maior das últimas duas décadas, de acordo com monitoramento dos professores Jonathan Powell e Clayton Thyne, das universidades Central da Flórida e Kentucky, respectivamente. (Valor)


Fontes: Notas Econômicas

Jornal Valor, Globo, Folha, Correio Brasiliense, Estadão, Carta Capital, Poder 360, Mercado & Consumo, UOL, Metrópoles e g1.

Em resumo

Edições anteriores

Notas de Conjuntura: 21 de abril de 2024

Nas Notas de Conjuntura, destaque para o cenário em...

Notas de Conjuntura: 12 de abril de 2024

Nas Notas de Conjuntura, destaque para o cenário de...

Notas de Conjuntura: 5 de abril de 2024

Nas Notas de Conjuntura, destaque para a necessidade de...

Notas de Conjuntura: 15 de março de 2024

Nas Notas de Conjuntura, destaque para personagens que repudiam...

Notas de Conjuntura: 8 de março de 2024

Nas Notas de Conjuntura, destaque para novos desafios para...