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Notas econômicas: 12 a 16 de abril de 2021

Pessoas passam diante de um outdoor que diz que a fome voltou ao brasil - foto: A Fome Voltou. Lambe lambe em muro na Avenida Paulista, altura da rua Haddock Lobo. São Paulo, SP. 16 de abril de 2021. Foto: Roberto Parizotti.Agência Fotos Publicas
Foto: Roberto Parizotti – Agência Fotos Públicas.

Confira nas Notas Econômicas: insatisfação de eleitores com o presidente Jair Bolsonaro mantém crescimento. O que foi destaque no noticiário da semana

Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas

Os problemas do Orçamento da União: Pressionado como poucas vezes em seu mandato, Jair Bolsonaro se vê no dilema de escolher, por conta do Orçamento da União, entre o já combalido ministro Paulo Guedes e sua instável base no Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avisou que não admite vetos no Orçamento aprovado pelo Legislativo, que prevê cortes em despesas obrigatórias em favor de emendas parlamentares e estouro do teto de gastos. Se Bolsonaro vetar, ameaça Lira, nenhum projeto do governo andará no Congresso, além da eterna ameaça dos processos de impeachment guardados na gaveta do presidente da Câmara. Já Guedes diz que a sanção do Orçamento como está seria crime de responsabilidade, justificativa para um impedimento do presidente. Com a “palavra com i” em todos os cenários e mais uma CPI da Covid a assombrá-lo, Bolsonaro busca alternativas. Lira propôs a sanção do Orçamento e o envio de um Projeto de Lei para “corrigir os excessos”, mas assessores do Planalto temem que, com as emendas garantidas, o Centrão não aprove o projeto, deixando o governo com o ônus do Orçamento estourado. Guedes, dizem fontes, teria posto o cargo à disposição, mas não foi levado a sério por Bolsonaro. (Estadão)

Malu Gaspar: “Depois de fracassar na primeira tentativa de impedir a CPI da Covid-19, convencendo senadores a retirar assinaturas do requerimento por sua criação, o governo Bolsonaro agora tenta interferir na escolha dos integrantes, garantindo que a maioria seja a seu favor. Nesse xadrez, o bloco formado pelo PSDB e pelo Podemos é hoje o fiel da balança.” (Globo)

Assédio Moral: Divergir do governo virou um risco para funcionários públicos, mesmo concursados, protegidos pela estabilidade. Levantamento mostrou pelo menos 650 casos de profissionais perseguidos ou vítimas assédio moral por motivos ideológicos nos últimos dois anos. (Globo)

Ambiente econômico

Novas Barreiras no Comércio 1: A incidência de novas medidas e práticas de barreiras ao comércio internacional, que surgem de forma imprevisível e não necessariamente violam regras internacionais, estão relacionadas a padrões privados, sustentabilidade, mudanças climáticas, segurança de alimentos e as “novíssimas” barreiras reputacionais, segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). (Valor)

Novas Barreiras no Comércio 2: Para a CNI, não há como o setor privado brasileiro se antecipar completamente a essas barreiras. Mas sugere que “maior aderência pelas empresas no Brasil a critérios ambientais sociais e de governança (ASG) e a transparência de suas ações podem minimizar as repercussões negativas por causa dessas barreiras reputacionais”. A imagem tóxica do presidente Jair Bolsonaro no exterior não vai ajudar o exportador brasileiro a superar os novos obstáculos pela frente. (Valor)

Volume de Serviços 1: O volume de serviços prestados no país teve alta de 3,7% em fevereiro, perante janeiro, conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE. É a nona taxa seguida positiva, na série com ajuste sazonal, e o setor acumula ganho de 24% nesse período. Com o resultado de fevereiro, o volume de serviços supera, pela primeira vez, o nível pré-pandemia: está 0,9% acima de fevereiro de 2020. (Valor)

Volume de Serviços 2: No resultado acumulado em 12 meses até fevereiro, houve recuo de 8,6%, o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em dezembro de 2012 para este indicador. Este é o 14º mês seguido de recuo nesta base de comparação – trajetória negativa começou em janeiro de 2020. (Valor)Volume de Serviços 3: A expansão do e-commerce ajuda a explicar o crescimento de 3,7% do setor de serviços em fevereiro, apontou o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE,  Rodrigo Lobo. A atividade é parte do grupo de armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio, um dos segmentos do setor de transportes, que cresceu 4,4% e foi a principal influência para a expansão dos serviços em fevereiro. (Valor)

Indicadores

Confiança da Indústria: O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou queda de 0,7 ponto em abril. É a quarta queda consecutiva do índice, que já havia registrado recuo de 2,2 pontos em janeiro, de 1,4 ponto em fevereiro e de 5,1 pontos em março. A queda acumulada no período é de 9,4 pontos. O indicador-síntese está em 53,7 pontos, acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança da falta de confiança, ainda praticamente sobre sua média histórica, de 53,8 pontos. Apesar das quedas dos últimos meses, o Icei ainda mostra confiança por parte dos empresários. (Valor)

Pessimismo dos Executivos: Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) piorou nitidamente, embora sem a mesma virulência detectada no começo da pandemia, o sentimento dos executivos na área de infraestrutura sobre as perspectivas de crescimento econômico nos próximos seis meses e em 2022. A visão geral no setor é de frustração com as expectativas de retomada. Enquanto isso, o governo federal tem uma avaliação bem mais negativa do que administrações estaduais no combate à emergência sanitária. (Valor)

Desempenho do Varejo em Fevereiro: Segundo o Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), após duas quedas seguidas, o varejo brasileiro reagiu em fevereiro e mostrou desempenho mais forte do que o previsto pelo mercado. No conceito restrito, a alta foi de 0,6% em relação a janeiro, feitos os ajustes, e no ampliado, métrica que inclui veículos e material de construção, o avanço foi de 4,1%. Mas analistas consideraram o resultado um alívio temporário e reflexo de um período anterior à piora da pandemia. (Valor)

Sonegação no Setor de Combustíveis: Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) encomendado pelo Instituto Combustível Legal (ICL), baseado em dados das Secretarias de Fazenda, apontou que a dívida ativa total de empresas do setor de combustíveis passou de R$ 70 bilhões ao fim de 2020. De acordo com o diretor-geral do ICL, Carlo Faccio, houve um aumento expressivo da sonegação e a inadimplência durante a pandemia de covid-19 e o valor da dívida pode ultrapassar os R$ 100 bilhões em dois anos. (Valor)

Financiamento Imobiliário 1: O crédito imobiliário deve bater novo recorde em 2021, apesar do cenário de recrudescimento da pandemia e do início de um novo ciclo de alta de juros. Segundo projeções da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), as novas concessões de financiamento habitacional podem fechar 2021 com um volume de R$ 160 bilhões, ou seja, 27% acima do verificado em 2020, que até o momento ostenta o título de melhor ano do setor. (Valor)

Financiamento Imobiliário 2: O crédito imobiliário em 2020 avançou 57,5% em relação a 2019. O resultado de R$ 123,97 bilhões marcou um novo recorde histórico ao superar o pico anterior de 2014, de acordo com a Abecip. Após anos de recessão e custos altos de financiamentos, a demanda represada foi destravada com a queda de juros às mínimas históricas, o que levou ao forte crescimento registrado no momento. (Valor)

Setores

Evolução do E-Commerce: O Brasil ainda tem muito o que fazer para acompanhar as evoluções no e-commerce pós-pandemia. Essa é a avaliação Yan Di, country manager no Brasil do AliExpress, a maior plataforma de comércio online cross-border (transnacional) do mundo. A empresa vê grande potencial no país, um de seus cinco maiores mercados consumidores, mas ressalta a necessidade de avanços nas experiências de compra mais otimizadas e personalizadas. A AliExpress vem investindo para melhorar sua infraestrutura de entregas no país, com vistas, inclusive, à expansão do live commerce com a chegada do 5G. (Época Negócios) (Meio)

Finanças

PLDO 1: O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, divulgado dia 15-04-2021, pelo Ministério da Economia, estabelece como meta de resultado primário para o governo central um déficit de R$ 170,473 bilhões. Para 2023, o governo espera déficit de R$ 144,971 bilhões e, para 2024, de R$ 102,203 bilhões. Para este ano, a LDO aprovada em dezembro definiu uma meta negativa em R$ 247,2 bilhões. (Valor)

PLDO 2: A projeção da dívida bruta do governo geral é de 87,2% do PIB para este ano. O valor passará para 86,7% do PIB em 2022; vai a 87,3% em 2023 e corresponderá a 88,1% do PIB em 2024. Para a dívida líquida, a estimativa é de 65% do PIB no fim de 2021, passando para 67,1% do PIB no ano seguinte; indo a 70% do PIB em 2023 e chegando a 72,4% do PIB em 2024. (Valor)

PLDO 3: O PLDO de 2022 contempla que as despesas previdenciárias e os gastos com pagamento de salários devem ter redução em percentuais do PIB do próximo ano até 2024. Para 2022, a previsão de gasto corresponde a 8,59% do PIB. Esse valor cai para 8,51% do PIB em 2023 e para 8,23% do PIB em 2024. (Valor)

PLDO 4: Pelas previsões do PLDO, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 2,5% em 2022. As projeções para 2023 e 2024 também são de 2,5% de expansão. Já para este ano, foi mantida a projeção de 3,2% de crescimento. (Valor)

PLDO 5: O ministério projeta que o IPCA acumulado de 2022 fique em 3,5% de alta. A estimativa é de inflação de 3,2% para 2023 e para 2024. Para este ano, a estimativa é de um aumento de 4,4% no IPCA. (Valor)

Projeções do Banco Itaú 1: O Itaú Unibanco elevou a projeção para o déficit primário deste ano de 2,5%, estimados antes, para 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB), após incorporar um aumento na estimativa para os gastos emergenciais fora do teto de gastos de R$ 62 bilhões, para R$ 100 bilhões. (Valor)

Projeções do Banco Itaú 2: Em termos absolutos, a projeção de déficit em 2021 passou de R$ 207 bilhões para R$ 235 bilhões. Para 2022, a projeção de déficit foi mantida em 2,0% do PIB, ou R$ 180 bilhões. (Valor)

Projeções do Banco Itaú 3: O Itaú Unibanco continua esperando IPCA de 4,7% em 2021 e de 3,6% em 2022; Selic de 5,50% ao fim deste ano (com alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom) e do próximo; e crescimento do PIB de 3,8% e de 1,8% em 2021 e 2022, respectivamente. Também foram mantidas as projeções de taxa de câmbio em R$ 5,30 por dólar em 2021 e R$ 5,50 por dólar em 2022. A projeção para o IGP-M passou de 12,5% para 14% neste ano. (Valor)

Ambiente social

Inflação dos Mais Pobres: A inflação se acelerou para todas as faixas de renda em março, devido aos aumentos nos preços dos combustíveis, informou o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). As famílias de renda média (entre R$ 4,12 e R$ 8,25 mil) e média alta (R$ 8,25 e R$ 16,5 mil) foram as mais afetadas: a variação dos preços para esses dois grupos passou de 0,98% e 0,97% para 1,09% e 1,08%, respectivamente. As famílias de renda muito baixa e baixa apresentaram menor incremento inflacionário, com altas de 0,71% e 0,85%, respectivamente, em suas cestas de produtos e serviços. No acumulado em 12 meses, porém, o Ipea mostra que essas faixas de renda, entre R$ 900 e R$ 2,4 mil, ainda são de longe as mais penalizadas pela alta dos preços. Nessa base de comparação, a inflação aumenta conforme a renda, sendo de 4,67% para os mais ricos e de 7,24% para os mais pobres. (Valor)

Queda no PIB Per Capita 1: O Brasil, que iniciou a década passada na 77ª posição entre os maiores PIBs per capita globais em paridade do poder de compra (PPC), chegou a 2020 no 85º lugar, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicados na semana passada. O relatório traz informações de mais de 190 países. (Valor)

Queda no PIB Per Capita 2: Em 2020, o Brasil tinha um PIB per capita em PPC de US$ 14.140, contra US$ 15.394 em 2011. Naquele ano, o Brasil estava à frente da China, que encontrava-se na 110ª posição, com US$ 9.627. A China passou para 77º em 2020, com US$ 16.297. O PIB per capita mede a relação entre o Produto Interno Bruto do país e sua população, enquanto o cálculo em PPC pondera os diferentes custos de vida entre as nações. Em 2020, o maior no mundo era o de Luxemburgo: US$ 111,9 mil. (Valor)

Queda no PIB Per Capita 3: Em cinco anos, a previsão do FMI é que o PIB per capita em PPC do Brasil continue perdendo espaço no ranking geral, caindo à 90ª posição, para US$ 15.752. Nesse ritmo, o Brasil seria ultrapassado pela Colômbia, por exemplo, que alcançaria o 86º lugar. E a China aumentaria sua vantagem, indo à 69ª posição. (Valor)

Pobreza e Biblioteca Popular: Para a Receita Federal, só os ricos leem no Brasil, o que justificaria taxar os livros. Mas iniciativas como a do escritor Jessé Andarilho mostram que o problema é o contrário, é necessário dar aos mais pobres acesso à literatura. Nascido na favela de Antares, na Zona Oeste do Rio, Andarilho montou na comunidade, no ano passado, uma biblioteca popular que hoje conta com mais dez mil títulos. Funcionando num posto desativado da PM, a biblioteca se tornou uma das principais opções de lazer com a pandemia. “Mandar ficar em casa é fácil, mas muitas pessoas nem têm televisão”, diz o escritor. Ao criar o espaço, ele imaginava que o público-alvo fosse os adultos e jovens, mas são as crianças que mais procuram leitura, levadas pelos pais e até por vizinhos. (UOL) (Meio)

Expectativa de Vida dos Brasileiros: Desde 1945 a expectativa de vida do brasileiro só fazia crescer. E aí aconteceu a Covid-19. As projeções indicavam que a expectativa chegaria em 2020 a 77 anos, mas ficou em 75. A queda chegou a três anos no Distrito Federal, Amazonas, Amapá, Roraima e Espírito Santo. (Piauí)

Ambiente político

Pedido de Anulação de Compromisso Climático: Seis jovens ativistas integrantes da ONG Engajamundo e do movimento Fridays For Future Brasil entraram com uma ação judicial pedindo que o compromisso climático brasileiro, de dezembro, seja anulado. Alegam que a atualização da meta anunciada pelo governo Bolsonaro configura um retrocesso em relação ao Acordo de Paris, o que viola o tratado internacional. A iniciativa, apoiada por oito ex-ministros do Meio Ambiente, é inédita no Brasil. (Valor)

Mudanças Climáticas e o Brasil: O governo brasileiro mudou sua retórica sobre meio ambiente, mesmo que não tenha mudado as práticas. Em carta ao presidente americano Joe Biden, Jair Bolsonaro se comprometeu a eliminar o desmatamento ilegal até 2030 e até a trabalhar com o terceiro setor e com indígenas, alvos constantes de seus ataques. Com a carta, Bolsonaro espera melhorar sua imagem diante da conferência de líderes convocada por Biden para tratar das mudanças climáticas. O encontro, que acontece dia 22, é apontado como “última chance” de o Brasil mudar sua postura sobre o tema. (Folha) (Meio)

Relatório da OCDE 1: A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomendou ao governo brasileiro pôr fim ao desmatamento, como uma das “novas prioridades” numa lista de reformas para o país. Países europeus, a começar pela França, e agora mais e mais os EUA com Joe Biden só vão aceitar que a OCDE inicie negociações formais para o país entrar na entidade se Brasília tomar ações concretas pela proteção das florestas. (Valor)

Relatório da OCDE 2: Numa avaliação sobre o desempenho brasileiro antes da crise da covid-19, a OCDE calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e a produtividade no país são 73% mais baixas do que nos países da OCDE com melhor performance. Na Argentina as cifras são -65% e -58% respectivamente. Em desigualdade, os 20% mais pobres ganham apenas 3,1% da renda total no Brasil, ante 4,7% na Argentina e 5% no México. (Valor)

Funcionalismo Público e Economias Locais: De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério da Economia, em 2019, em 38% dos municípios brasileiros, a administração pública tinha participação de 50% ou mais no total dos empregos formais. Isso implica em que as demandas geradas a partir das remunerações desses(as) servidores(as) e dos próprios órgãos e instituições públicas locais são cruciais para a movimentação de recursos, sobretudo em setores como o Comércio e os Serviços. Reduzir os patamares salariais e mesmo reduzir o contingente de pessoal no serviço público, sem qualquer alternativa de política econômica, pode ser problemático para a sustentação das economias locais, em especial nos municípios com atividade econômica menos diversificada. (Dieese)

Fim da Estabilidade para Muitos: A proposta de reforma administrativa em curso prevê que a estabilidade seja restrita a alguns servidores públicos ocupantes dos chamados cargos típicos de Estado. A proposta do governo prevê que “atividades contínuas, que não sejam típicas de Estado, abrangendo atividades técnicas, administrativas ou especializadas e que envolvem maior contingente de pessoas” sejam contratos por prazo indeterminado. Para os contratados por prazo indeterminado, conforme a redação da PEC 32/2020, não haverá estabilidade em qualquer período da sua vida laboral no serviço público. (Dieese)

Vínculo de Experiência: Uma das novas formas de contratação de pessoal para a administração pública previstas na PEC 32/2020 é o vínculo de experiência. Após classificação em concurso público, o(a) servidor(a) passaria por mais uma etapa de avaliação, que seria esse contrato de trabalho de experiência (não estável). A efetivação no posto de trabalho dependerá, caso aprovada a proposta, da “classificação final dentro do quantitativo previsto no edital do concurso público, entre os mais bem avaliados ao final do período do vínculo de experiência”. (Dieese)

Instrumentos de Cooperação Privatizam Serviços Públicos: A proposta dos instrumentos de cooperação avança na privatização de serviços públicos, na medida em que a PEC excetua apenas as atividades privativas de cargos típicos de Estado da adoção desse tipo de contrato e todos os outros serviços públicos poderão ser objeto desses instrumentos. Abre-se o caminho para que organizações e empresas privadas com fins lucrativos, inclusive disputem recursos públicos ao ofertarem esses serviços. (Dieese)

Fura Teto: Entrou em discussão no governo a possibilidade de envio ao Congresso de uma proposta de emenda constitucional (PEC) que abarcaria uma série de gastos extraordinários, como BEm, Pronampe e despesas discricionárias da Saúde, área que deve ser reforçada para o enfrentamento da pandemia. A ideia teria vindo do próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, e a principal intenção seria garantir a abertura de espaço no teto de gastos para as emendas que eventualmente serão vetadas na proposta de Orçamento aprovada pelo Congresso e que está pendente de sanção presidencial. (Valor)

Indiciamento do Ex-Secretário: A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou o ex-secretário da Fazenda do governo Fernando Pimentel (PT), José Afonso Bicalho, e o subsecretário do Tesouro Nacional da Secretaria da Fazenda, Paulo Duarte, por desvios de mais de R$ 855,6 milhões em empréstimos consignados contratados por servidores e pensionistas do Estado.

Governo

Brasil Sem Espaço Fiscal: O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que “é muito difícil imaginar” que o Brasil e os países emergentes terão o mesmo espaço fiscal dos desenvolvidos para formular políticas para combater os efeitos da crise. (Valor)

Ironias da Inflação: Enquanto corrói o poder de compra das famílias, a inflação elevada vai dar uma ajuda relevante para o governo poder gastar mais em pleno ano eleitoral. Segundo as projeções divulgadas ontem pelo governo no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2022, o teto de gastos crescerá R$ 106,1 bilhões, mais que a soma do reajuste no limite constitucional de despesas feito nos últimos dois anos. Isso porque o IPCA, índice de inflação que referencia a correção do teto, está projetado em 7,14% para os 12 meses a serem encerrados em junho deste ano, conforme a regra do teto. (Valor)

Ambiente internacional

Déficit dos Estados Unidos da América: O déficit orçamentário dos EstadosUnidos aumentou 454% em março de 2021 em relação ao ano anterior. A alta ocorreu, em parte, por causa da emissão de uma nova rodada de cheques de estímulos para ajudar os americanos a enfrentar as consequências econômicas da pandemia de covid-19. O déficit fiscal foi de US$ 660 bilhões em março, ante US$ 119 bilhões no mesmo mês de 2020. A receita cresceu 13%, para US$ 268 bilhões, enquanto os gastos aumentaram 161%, para US$ 927 bilhões. (Valor)

Sanções à Rússia: O governo de Joe Biden anunciou sanções à Rússia. É uma resposta a interferências dos russos nas eleições americanas e ao ataque virtual que conseguiu acessar dados de agências governamentais dos EUA. Com as medidas, as instituições financeiras dos EUA não poderão comprar títulos de dívidas da Rússia. O porta-voz do governo russo afirmou que haverá retaliações. (Meio)

Ambiente tecnológico

Avanços da Inteligência Artificial: A fábrica de motores elétricos da BMW em Regensburg, na Alemanha, só entra em funcionamento no fim deste ano, mas já está operando a plena potência em simulações geradas por inteligência artificial. A tecnologia, baseada na plataforma Omniverse, da Nvidia, permite identificar processos que precisem de aprimoramento, melhorar a comunicação entre os setores e planejar avanços em machine learning. Mas o avanço não fica no campo das máquinas. A AI também simula a presença humana nas linhas de produção, identificando possíveis riscos à segurança e planejando soluções ergonômicas que melhores a qualidade e a eficiência do ambiente de trabalho. (Wired) (Meio)

Microsoft e o Reconhecimento de Voz: Em seu maior negócio desde a compra do Linkedin, em 2015, a Microsoft anunciou ontem a aquisição, por US$ 16 bilhões (R$ 90,5 bilhões), da Nuance, uma empresa pioneira na tecnologia de reconhecimento de voz voltada para a área da saúde. Por um lado, o negócio mostra o interesse da empresa de Bill Gates na telemedicina, que vem crescendo de forma acentuada na pandemia. “A Inteligência Artificial é a prioridade mais importante da tecnologia, e a saúde é sua aplicação mais urgente”, disse o CEO da Microsoft, Satya Nadella. Por outro, abre o espaço para aplicação da tecnologia de reconhecimento de vocabulário complexo em outros setores, o que facilita o atendimento remoto a consumidores. (Globo)

Amazon Contra a Sindicalização 1: Vitória para a Amazon, perda para o sindicato. Após quase dois meses de votação, os trabalhadores em um centro de distribuição da Amazon no estado do Alabama, nos EUA, votaram por larga maioria contra a sindicalização. A votação ganhou atenção do país, não só por ser a maior da história da Amazon, mas pelo impacto que teria: a sindicalização poderia se estender pela empresa e como segunda maior empregadora dos EUA, a qualidade e o salários da Amazon têm um efeito de cadeia em outros empregos. (Meio)

Amazon Contra a Sindicalização 2: Entre as reclamações do sindicato estavam salários baixos e más condições de trabalho — os funcionários são avaliados por meio de métricas de produtividade automáticas, que se não conseguirem manter um ritmo acelerado, são repreendidos ou até mesmo demitidos. A Amazon fez campanha contra o esforço sindical, enviando aos trabalhadores mensagens pedindo que votassem contra e ainda veiculou anúncios no Facebook que alertavam que teriam que pagar taxas sindicais. O sindicato disse que irá recorrer do resultado. (Meio)

Amazon Contra a Sindicalização 3: A Amazon tem um extenso histórico de processos trabalhistas. Recentemente foi processada por não cumprir pausas para almoço e descanso de funcionários. Durante a pandemia, ainda ameaçou e demitiu diversos trabalhadores que protestaram contra a empresa.

Facebook e Seu Critério de Dano: O Facebook escolhe por critérios de impacto a sua imagem os casos de manipulação política que combate. A acusação é feita Sophie Zhang, ex-funcionária do setor de combate a estes abusos. Ela mostrou a repórteres do jornal The Guardian pelo menos 30 casos de páginas com desinformação, quase sempre em favor de governantes, cujos acessos eram turbinados por likes e comentários de contas falsas. Este engajamento falso, devidamente identificado pelo próprio Facebook, faz com que as postagens sejam distribuídas para muito mais gente — ampliando acesso. Mas por ocorrerem em países considerados menos capazes de prejudicar a imagem da companhia — casos de Afeganistão, Iraque, Mongólia, México e um bom naco da América Latina — eram deixados de lado. A gigante do Vale não contesta qualquer um dos casos listados pelo jornal britânico, mas nega a conclusão de que o critério de dano à imagem da companhia é o que pesa na hora de interferir. (The Guardian) (Meio)

Notas econômicas: fontes

  • Jornal Valor, Folha, Canal Meio Newsletter, Estadão, Poder 360, UOL, Wired, Carta Capital, UOL, Época Negócios, The Guardian, Piauí, Dieese e Globo.

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