Carlos Plácido Teixeira
Jornalista I Radar do Futuro
No início de 2020, uma empresa multinacional “TELABCD” (fictícia), da área de telecomunicações e tecnologia, aposta na retomada do crescimento da economia brasileira. Compra terreno e contrata um escritório de arquitetura para construir um prédio novo, para onde vai mudar sua sede. Só que todas as previsões são atropeladas pela pandemia. O mundo está paralisado, enquanto tenta entender os rumos dos acontecimentos. Os arquitetos recebem a ordem para interromper todos os projetos.
Depois do susto inicial e das iniciativas para conter o coronavírus, as empresas refizeram os seus planos. Entre ações de enfrentamento e adaptações ao ambiente de retração, Edson Sá, CEO da AKMX Arquitetura Corporativa, pode até comemorar bons resultados no ano. Mesmo que alguns projetos tenham sido cancelados temporariamente, outros entraram para buscar alternativas que pensem a adaptação dos espaços ao cenário de crise sistêmica.
Otimismo
Superado o primeiro ano da pandemia, colecionando até bons resultados e aumento de clientes, Edson Sá entrou em 2021 com um “olhar otimista, considerando as possíveis realidades e baseados nos resultados de 2020”. Segundo ele, não poderíamos pensar diferente. O balanço de resultados inclui a preservação do equipe e o crescimento da demanda, com mais de 90 projetos em execução. No período de pandemia, foram feitas adaptações do mix de serviços às novas solicitações e ajustes de metas, gerando um expressivo crescimento de faturamento.
Para o empresário, “considerando as ações governamentais no ponto de vista sanitário, um nítido movimento das empresas se reorganizando aos novos cenários corporativos e a experiência desafiadora, porém positiva, que a AKMX viveu em 2020, tudo nos leva a crer que será um ano de grandes resultados. Para viabilizar a continuidade do bom desempenho, Edson Sá foca em estratégias que mantenham o alinhamento com as novas necessidades do público empresarial.
Mudanças vieram para ficar, como a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar, com o apoio das tecnologias de comunicação. Não há mais dúvida de que o futuro do cotidiano do trabalho será mais heterogêneo, uma combinação de trabalho doméstico, híbrido e no local. No cenário que impacta a arquitetura, ainda existem muitas funções que requerem presença física devido à natureza do cliente existente ou interfaces de sistema, bem como diretrizes de conformidade em alguns setores.
A forma como as pessoas trabalham e interagem com seus locais de trabalho e como as empresas operam sofrerão mudanças tremendas. O CEO da AKMX atesta que, sem dúvidas, o ambiente virtual é um grande oceano a ser desbravado. Inteligências artificiais seguem crescendo em busca de ambientes de trabalho autogerenciáveis, eficientes e consequentemente mais seguros em todos os aspectos. Os consumidores dos projetos arquitetônicos estão cada vez mais conscientes da influência que o espaço de trabalho pode oferecer no dia a dia dos colaboradores.
A expectativa é que este comportamento seja ainda mais frequente após o cenário pandêmico que vivemos. “A busca por ambientes que materializam a cultura da corporação, atendendo o estilo híbrido de trabalho (home office ou escritório), com opções de espaços diversificados que unam produtividade, bem estar e conexão, certamente estará na lista de ‘checks’ daqueles que estarão conosco”, assinala.
Em resumo