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Eólica é a segunda fonte na matriz energética brasileira

Brasil tem mais de 7 mil aerogeradores em 601 parques eólicos.Foto por Pixabay.

Brasil tem mais de 7 mil aerogeradores em 601 parques eólicos.Foto por Pixabay.

O Brasil se depara com o crescimento da energia eólica e ocupa a oitava posição no ranking mundial de capacidade instalada, que cresceu 15 vezes na última década. Especialistas acreditam que a fonte de energia renovável tem bastante espaço para crescer e esperam que em 2023 haja cerca de 19,4 GW de capacidade instalada no país.

A eólica representa 9,2% da matriz energética nacional, ficando atrás apenas das usinas hidrelétricas, que têm 60,3%. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), no Brasil, a fonte de energia deu um salto de 1 GW de capacidade instalada em 2010 para 15,1 GW em 2019.

Dos 15 GW de capacidade de energia eólica instalada, 86% estão no Nordeste, sendo que outros 4,6 GW já estão contratados ou em construção, o que significa que, ao final de 2023 serão 19,7 GW. Segundo os dados da ABEEólica, o Brasil tem mais de 7 mil aerogeradores em 601 parques eólicos, em 12 estados.

“Se considerarmos que a energia eólica tinha cerca de 1 GW instalado em 2011 é um feito realmente impressionante chegarmos a ocupar este lugar de destaque na matriz elétrica. Acho fundamental destacar que há diferentes formas de observar a matriz elétrica de um país e uma das possibilidades é considerar a fonte primária de geração, ou seja, qual é o recurso utilizado para a geração elétrica. Acredito que esta é uma forma de apresentação que nos dá uma visão interessante e detalhada do que estamos utilizando para produzir energia no Brasil e, neste caso, o vento é a segunda fonte do País”, informa Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica.

Para Elbia, além do crescimento consistente do setor eólico no Brasil, outro fator que merece destaque é a qualidade dos ventos. Enquanto a média mundial do fator de capacidade está em torno de 25%, o Fator de Capacidade médio brasileiro em 2018 foi de 42%. “No Nordeste, durante a temporada de safra dos ventos, que vai de junho a novembro, é bastante comum parques atingirem fatores de capacidade que passam dos 80%. Isso faz com que a produção dos aerogeradores instalados em solo brasileiro seja muito maior que as mesmas máquinas em outros países. Somos abençoados não apenas pela grande quantidade de vento, mas também pela qualidade dele”, comenta Elbia.

De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em 2018, foram gerados 48,4 TWh de energia elétrica, o que representou 8,6% de toda a geração injetada no Sistema Interligado Nacional no período. Em relação a 2017, foi registrado um crescimento de 14,6% na geração de energia eólica, enquanto a geração como um todo cresceu 1,5% no mesmo período. “Se quisermos trazer isso para uma compreensão mais próxima da nossa realidade, dá para dizer que o que as eólicas produziram de energia no ano passado, em média, seria o suficiente para abastecer 25,5 milhões de residências ou cerca de 80 milhões de pessoas”, explica Elbia.

Segundo informações da ABEEólica, especificamente no Nordeste, os recordes de atendimentos a carga já ultrapassam 70% em uma base diária, sendo que o dado mais recente de recorde reme a 13 de novembro de 2018, às 9h11, quando todo o Nordeste foi atendido por energia eólica e ainda houve exportação dessa fonte de energia, pois o volume de 8.920 MW atendeu 104% da demanda com 86% de fator de capacidade. Na mesma data, por um período de duas horas, o Nordeste foi abastecido em 100% por energia eólica. Ainda, de acordo com a ABEEólica, por diversos períodos, o Nordeste assume a figura de exportador de energia, realidade totalmente oposta ao histórico de natureza de importador de energia.

Considerando que novos leilões e contratos de mercado podem surgir, os números relacionados ao avanço do crescimento da capacidade eólica no país tendem a aumentar de modo significativo. A projeção é que as fontes de energia que mais vão crescer no país nos próximos 30 anos serão a eólica e a solar. Mas, considerando que novos leilões e novos tendem a aumentar significantemente.

“Sempre que falamos de contratações e do futuro da fonte eólica no Brasil, gosto de reiterar um conceito muito importante: nossa matriz elétrica tem a admirável qualidade de ser diversificada e assim deve continuar. Cada fonte tem seus méritos e precisamos de todas, especialmente se considerarmos que a expansão da matriz deve se dar majoritariamente por fontes renováveis. Do lado da energia eólica, o que podemos dizer é que a escolha de sua contratação faz sentido do ponto de vista técnico, social, ambiental e econômico, já que tem sido a mais competitiva nos últimos leilões”, resume Elbia Gannoum.

Fonte: ABEEólica.

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