
Radar do Futuro
Em 2019, a construção civil brasileira vai manter a tendência de adoção de materiais que combinem custos adequados e prioridade para fatores ecológicos, beneficiando os consumidores. Um dos impactos será sobre as decisões relacionadas com o acabamento das obras. Quanto menos impacto o produto ou serviço causar, melhores resultados os usuários terão.
Para o diretor comercial da empresa Ecogranito, Renato Las Casas, o período de crise vivido no Brasil ajudou nessa transformação dos hábitos dos usuários, tendo em vista que os clientes passaram a procurar opções de materiais e serviços que possibilitassem uma economia mais ampla. “Antes, percebíamos que, na maioria das vezes, o ponto observado com maior rigor pelos consumidores era o preço. Hoje em dia, a economia engloba, além de valores, outros aspectos, como o tempo despendido, benefícios e impacto ambiental”, aponta Renato.
Esse tem sido o lema de uma boa parcela das pessoas que realizam obras ou investem no mercado da construção civil. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar do Produto Interno Bruto (PIB) crescer 0,2% no 2º trimestre de 2018, a construção civil recuou 0,8%. Empresários que atuam na área apontam para uma mudança de comportamento por parte dos consumidores.
No mercado há nove anos, a Ecogranito trouxe ao Brasil uma tecnologia japonesa inovadora, conhecida como revestimento inteligente. O material criado pela empresa pode ser definido como à base de resina acrílica aquosa, com a aparência final semelhante ao granito, mas que possui como vantagem a possibilidade de novas e variadas formas de uso e aplicações. Las Casas explica que a velocidade de aplicação do material de sua empresa é em torno de 5 a 10 vezes mais rápida que o granito, assim como seu preço pode chegar a ¼ da pedra. “Por possuir uma aplicação mais descomplicada do que as pedras ornamentais, com o nosso revestimento o cliente economizaria tempo e recursos”, conta.
Engajamento ambiental
Além de se preocupar em oferecer um produto mais econômico e com custo-benefício satisfatório, a empresa é classificada como sustentável, já que não explora jazidas para criar o seu material. A preocupação com o futuro do planeta está tão em evidência, que seus reflexos já podem ser notados no âmbito da construção civil.
Segundo o órgão internacional Green Building Council (US GBC), o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis. Por ser responsável por um alto consumo de recursos naturais, o avanço do setor sustentável é de extrema importância para que haja a diminuição dos impactos negativos para as gerações futuras.
Com as prioridades alteradas, como a escolha por um produto ou serviço que ofereça menor custo, tempo gasto e impacto ambiental, o perfil do consumidor brasileiro pode ter sido alterado devido ao período econômico conturbado. No entanto, segundo Las Casas, mesmo se a economia melhorar, o consumidor não deixará de lado a escolha por algo que lhe ofereça um bom custo-benefício.
Em resumo
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