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Como o Covid-19 pode atrair interessados por profissões de pesquisas em saúde

Toda vez que ocorre uma epidemia, aumenta o interesse pelas áreas relacionadas com pesquisas em saúde pública. Foto: Pixabay
Toda vez que ocorre uma epidemia, aumenta o interesse pelas áreas relacionadas com pesquisas em saúde pública. Foto: Pixabay

Carlos Teixeira
Jornalista I Radar do Futuro

A possibilidade de prolongamento da crise provocada pela pandemia do coronavírus por meses tende a manter no centro das atenções as profissões relacionadas com medicina e saúde publicas. Ramos de medicina tradicionalmente pouco procurados por estudantes passam a ter projeção e são vistas com maior interesse por conta da necessidade da população em buscar informações atualizadas sobre causas e alternativas de tratamento que possam levar ao fim do tormento.

Epidemiologistas, virologistas, infectologistas, biomédicos e biólogos moleculares e celulares, com práticas voltadas para a pesquisa científica, terão papel tão importante quanto os profissionais que enfrentam os problemas gerados pelo Covid-19 dentro de hospitais. “Toda vez que ocorre uma epidemia, aumenta o interesse pelas áreas”, atesta o farmacologista e biólogo molecular Gustavo Barra. Ele integra a equipe de pesquisadores do Laboratório Sabin, de Brasília, pioneiro no mapeamento do material genético do Sars-Cov-2 no Brasil.

O coronavírus representa a quarta ou quinta epidemia vivenciada por Gustavo Barra. Cada novo evento entre pandemias e epidemias como gripe suína (H1N1), Zica, Ebola e Influenza acaba gerando, além dos desafios, estímulo para a atualização da infraestrutura e protocolos do ciclo de pesquisas à produção de remédios e vacinas. A ausência de cultura de apoio às ciências é, de fato, um contraponto às expectativas de aumento do interesse pelas profissionais relacionadas com o segmento.

Sucesso de audiência

No dia 30 de março, o doutor em microbiologia e pesquisador Atila Iamarino contribuiu para que o programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, batesse recorde de audiência. No Youtube, o entrevistado atraiu 2 milhões de visualizações. Em tempos de pandemia, ele é, de fato, uma estrela, que tem o objetivo de explicar temas complexos de forma didática.

O interesse de telespectadores e internautas por Atila e outros cientistas deve permanecer por meses. Não só pela busca de informações sobre quando ocorrerá o fim do isolamento que está sendo imposto à população. E dúvidas sobre todo o processo que ronda a pandemia. Como uma novela que envolve a população de todo o planeta, as sociedades vão aguardar a evolução de pesquisas que garantam o controle de novas manifestações da gripe.

Com o exemplo de influenciadores e de outros especialistas que frequentarão programas jornalísticos, é natural imaginar que mais pessoas o interesse por questões relacionadas com atividades da saúde pública. O cenário tende a ser propício para quem deseja novas oportunidades em campos de trabalho, inclusive. Globalização, crise climática e envelhecimento da população são variáveis que favorecem a continuidade da demanda por novas vacinas e remédios capazes de enfrentar novos surtos de doenças.

Porém, como atesta o pesquisador Gustavo Barra, os problemas internos brasileiros são empecilhos para a evolução do tamanho do mercado. Agora mesmo, em plena crise, os especialistas de universidades e empresas de pesquisa sofrem com a falta de insumos necessários para a realização de pesquisas que podem ser determinantes para a continuidade dos estudos capazes de criar meios para enfrentar a crise na saúde.


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