Abril.com São Paulo A internet não transformou apenas a maneira como as pessoas se comunicam.
A infinidade de dados gerados na rede – e as diversas possibilidades de cruzamento entre eles – também deu origem a novos mercados e fez com que empresas consolidadas tivessem que se reinventar para sobreviver.
Desde a forma de contratar até a de gerir o caixa, veja seis características marcantes das companhias do século 21, compiladas e publicadas pelo editor da revista Fortune, Alan Muray. (https://fortune.com/2015/10/22/sixtruths21stcenturycorporation/)
1. Elas não têm tantos ativos físicos quanto antes
A Fortune evidencia empresas que faturam alto e acumulam poucos bens físicos – ou quase nenhum. O Alibaba, maior varejista do mundo, por exemplo, não fabrica produtos. O Airbnb, maior provedor de hospedagem do mundo, não é dono de nenhum imóvel ou hotel. O Uber, maior serviço de transporte do mundo, não possui um carro sequer.
2. Elas valorizam o capital humano como nunca
De posse de poucos ativos, os funcionários – e suas habilidades e conhecimentos – passam a ser praticamente tudo o que as companhias têm. A revista ressalta que saber identificar aqueles que são essenciais e reconhecê los é decisivo. “Eles são a empresa”.
3. A natureza do emprego é diferente
A Fortune alerta que esse tipo de economia em que indivíduos comercializam seus bens ou serviços próprios online (como acontece no Airbnb) ainda vai crescer. E, com isso, os empregos tradicionais devem diminuir. “John Chambers, expresidente da Cisco, prevê: ‘logo teremos enormes empresas com um ou dois empregados – o presidente e o diretor financeiro’. Um exagero, talvez, mas nem tanto”, escreveu o editor Alan Muray.
4. Líderes são cada vez mais gigantes e o restante do mercado briga por espaço
Modelos de negócio inovadores geram grandes fortunas para seus criadores, mas destorem indústrias inteiras no processo, lembra a revista. Basta observar o que aconteceu com as empresas de catálogos telefônicos e enciclopédias depois do surgimento do Google para entender.
5. As empresas duram menos
A tecnologia possibilita mudanças em alta velocidade. A Fortune destaca que o tempo de vida médio das empresas do S&P 500 (índice que reúne as maiores companhias dos EUA) caiu de 61 anos em 1958 para 20 anos atualmente. “E vai cair ainda mais”, prevê o editor Alan Muray.
6. A propriedade intelectual não pode ser barrada fisicamente
“Na medida em que o valor das empresas modernas vem de propriedade intelectual, tornase mais fácil enviar as receitas para paraísos fiscais (… a menos que as autoridades evoluam e corrijam o sistema global de impostos”, escreveu Muray.
Estes são links externos e abrirão numa nova janela
No resort do sul do país, "é permitida a hospedagem apenas de maiores de 18 anos, para manter o clima de sossego total para nossos hóspedes". No restaurante de São Paulo, crianças com menos de 14 anos são vetadas porque "o espaço não está adaptado para recebê-las". Na companhia aérea internacional, a "zona silenciosa" é exclusiva para "viajantes com dez anos ou mais e para viajantes que não estejam viajando com menores de dez anos", porque "todos precisamos de um pouco de paz e silêncio".
No Brasil e no mundo, formou-se um nicho de espaços que rejeitam a presença de crianças, com a justificativa de garantir a tranquilidade dos demais clientes.
O nicho vem na esteira do movimento "childfree" - "livre de crianças" -, que existe desde os anos 1980 nos Estados Unidos e no Canadá para agrupar adultos que se sentiam discriminados pela sociedade por não terem filhos.
Hoje, porém, parte desse movimento childfree vai além do "não quero ter filhos" e adota o discurso de "não gosto de crianças" ou "não quero crianças por perto" e ganha corpo nas redes sociais.
"Não sou obrigada a aguentar crianças mal-educadas que não sabem se comportar", "muitos pais não impõem limites" e "os estabelecimentos têm o direito de escolher quem vão servir" foram alguns dos argumentos citados por leitores da BBC Brasil ao serem questionados, no Facebook, se achavam correto o limite imposto à presença de crianças em determinados locais.
Mas outros pontos também foram levantados: "Será que todos aqui nasceram adultos e não lembram como é ser criança?"; "E se os restaurantes passarem a proibir também pessoas velhas, gordas e feias, será aceitável?"
https://www.facebook.com/bbcbrasil/photos/a.305083412815.158425.303522857815/10154789633322816/?type=3&theater">End of Facebook post by BBC Brasil
Mas afinal, esse tipo de veto a crianças está dentro da lei? E quais as consequências sociais desse tipo de medida?
Livre iniciativa x discriminação
Há diferentes interpretações jurídicas sobre o tema.
A advogada Fabiola Meira, doutora em direito das relações de consumo e professora-assistente da PUC-SP, defende que o veto é aceitável se for previamente (e claramente) informado ao consumidor para não lhe causar constrangimento.
"Há quem diga que pode haver preconceito, mas acho que locais privados podem adotar um modelo de negócios para um público diferente (que restrinja crianças), com base na livre iniciativa", diz à BBC Brasil. "Não é algo contra uma raça ou nacionalidade, que seria uma discriminação."
Já Isabella Henriques, representante do instituto Alana, organização de defesa dos direitos infantis, diz que, feita a ressalva a locais que sejam impróprios por trazerem perigos às crianças, "o veto é discriminatório sim, por estar excluindo um segmento da sociedade. Abre precedentes para se excluírem também, por exemplo, pessoas com deficiência".
"O fato de um estabelecimento ser privado não o exime de ter de cumprir a Constituição, que em seu artigo 5º diz que todos são iguais perante a lei, e que no artigo 227 diz que crianças e adolescentes têm prioridade absoluta", argumenta Henriques.
O tema também chegou a Brasília. Em maio, a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados rejeitou um projeto de lei do deputado licenciado Mário Heringer (PDT-MG) que proíbe estabelecimentos comerciais de vetar o acesso a crianças e adolescentes.
No projeto - que ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara -, o deputado argumenta que esse tipo de veto é "abusivo" e expõe clientes a "constrangimento".
Para o relator Covatti Filho (PP-RS), porém, "não se trata de um tratamento discriminatório das crianças ou mesmo das famílias, mas da exploração legítima de um nicho de mercado".
'Olhar fraterno'
Muitos empreendimentos privados argumentam que seus espaços não foram projetados para os pequenos.
"Temos muitos morros aqui e sacadas que são perigosas para crianças", diz à reportagem a gerência de um resort exclusivo para adultos em Santa Catarina. "E nossa proposta é de proporcionar algo mais romântico e reservado, para casais em lua de mel ou para o Dia dos Namorados. Sempre informamos antes, então isso nunca atrapalhou."
A advogada Aline Prado é autora de um comentário com mais de 300 curtidas no post da BBC Brasil sobre o tema. "Pessoas que não têm filhos também precisam ter a liberdade de escolher frequentar um ambiente sem crianças", opina, agregando que "é comum vermos crianças desconfortáveis em alguns ambientes. Não é obrigação dela se comportar como adulto, mas ela não deveria ser exposta a isso por adultos".
Mas defensores dos direitos infantis veem essas restrições como evidências de uma sociedade mais intolerante e egoísta.
"Se não conseguimos conviver com as crianças e entender suas necessidades, que sociedade queremos ter no futuro? Uma que confine as crianças apenas a locais específicos gerará adultos que não sabem se relacionar", opina Isabella Henriques, do Alana.
"A voz infantil incomoda por não ter os filtros sociais. (Mas) é o nosso valor do presente. As crianças têm direito a voz e a se expressar e a brincar de forma distinta do adulto."
Para a autora Elisama Santos, consultora em comunicação não violenta e educadora parental, faz parte da vida em sociedade aprender a lidar com o choro infantil - assim como outros inconvenientes das relações pessoais.
"Adultos têm que saber que o mundo não é só deles. O choro da criança incomoda, assim como o adulto bêbado também incomoda e ele não é (previamente proibido) nos lugares", opina.
"A ideia de que a criança é indesejada é violenta com ela e com sua família, numa época em que a maternidade das grandes cidades é exercida em grande solidão e muitas mães têm uma rede de apoio pequena - não têm com quem deixar o filho quando precisam ir ao médico, se alimentar, se divertir. Em que momento esquecemos que as crianças é que vão perpetuar o nosso mundo?"
A farmacêutica paulista Talita (nome fictício) sentiu isso na pele. Quando seu primeiro filho tinha 3 meses de vida, ela e o marido arriscaram uma ida a uma pizzaria em Santos (SP). O bebê chorava com cólica e com o calor, até que os donos do estabelecimento sugeriram que a família fosse comer a pizza em casa.
"Mais do que chateada, fiquei traumatizada mesmo", diz Talita. "Foi uma de nossas primeiras e últimas saídas com o bebê nos primeiros meses, com medo das reações das pessoas (ao choro), porque criança é assim, imprevisível."
Por situações como essa, Santos e Henriques defendem um "olhar fraterno" perante pais de crianças que estejam chorando ou falando alto em público.
"Muitos de nós vivemos em cidades não amigáveis para crianças, com poucos parques ou espaços adequados. Aí elas entram no restaurante e saem correndo e 'a culpa é da mãe que não dá limites', quando a questão é muito mais complexa", opina Henriques.
"Temos também pais cansados, com filhos que precisam comer. Que tal encarar situações (de mau comportamento) com um outro olhar, oferecendo-se para brincar com a criança enquanto o pai come? No fim das contas, vale o ditado de que é preciso uma aldeia para criar uma criança - é uma responsabilidade coletiva. E isso não significa deslegitimar quem não quer ter filhos, uma escolha que também precisa ser respeitada."
Earlier este ano, o cientista de inteligência artificial Sebastian Thrun e colegas da Universidade de Stanford demonstraram que um algoritmo de “aprendizagem profunda ” era capaz de diagnosticar lesões cutâneas potencialmente cancerosas com precisão como um dermatologista certificado por placa.
A descoberta do câncer, relatada na Nature, fazia parte de uma série de relatórios deste ano, oferecendo um vislumbre precoce sobre o que poderia ser uma nova era de “diagnóstico por software”, na qual a inteligência artificial auxilia os médicos – ou mesmo a competir com eles.
Os especialistas dizem que as imagens médicas, como fotografias, raios-x e ressonâncias magnéticas, são uma combinação quase perfeita para os softwares de aprendizado profundo, que nos últimos anos levou a descobertas em reconhecer rostos e objetos em imagens.
As empresas já estão em busca. Em verdade, o braço das ciências da vida do Alfabeto, uniu forças com a Nikon em dezembro passado para desenvolver algoritmos para detectar causas de cegueira em diabéticos. O campo da radiologia, entretanto, foi apelidado de “Silicon Valley of Medicine” por causa do número de imagens detalhadas que ele gera.
Medicina de caixa preta
Embora as previsões da equipe de Thrun fossem altamente precisas, ninguém sabia exatamente quais as características de uma toupeira que o programa de aprendizado profundo costumava classificá-lo como canceroso ou benigno. O resultado é a versão médica do que foi denominado problema de “caixa preta” de aprendizagem profunda .
Você tentaria diagnosticar câncer com um aplicativo?
Ao contrário de um software de visão mais tradicional, onde um programador define regras – por exemplo, um sinal de parada tem oito lados – na aprendizagem profunda, o algoritmo encontra as regras em si, mas muitas vezes sem deixar uma pista de auditoria para explicar suas decisões.
“No caso do medicamento na caixa preta, os médicos não sabem o que está acontecendo porque ninguém o faz; É intrinsecamente opaco “, diz Nicholson Price, um estudioso jurídico da Universidade de Michigan que se concentra no direito da saúde.
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Por que a maioria dos pacientes não responde às mais recentes curas?
No entanto, Price diz que pode não representar um obstáculo sério nos cuidados de saúde. Ele compara aprendizagem profunda com drogas cujos benefícios são obtidos por meios desconhecidos. O lítio é um exemplo. Seu mecanismo bioquímico exato em afetar o humor ainda não foi esclarecido, mas a droga ainda é aprovada para o tratamento do transtorno bipolar. O mecanismo por trás da aspirina, o medicamento mais usado de todos os tempos, não foi compreendido por 70 anos.
Da mesma forma, o Price diz que a questão da caixa negra não representará um problema com a Food and Drug Administration dos EUA, que, além de aprovar novos medicamentos, também regula o software se seu objetivo é tratar ou prevenir doenças.
Em uma declaração, a FDA diz que, nos últimos 20 anos, aprovou “uma série de aplicações de análise de imagem que dependem de uma variedade de reconhecimento de padrões, aprendizagem em máquina e técnicas de visão por computador”. A agência confirmou que está vendo mais software Por aprendizado profundo e observa que as empresas podem manter os detalhes de seus algoritmos confidenciais.
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A FDA já deu luz verde a pelo menos um algoritmo de aprendizagem profunda. Em janeiro, o software de limpeza da FDA foi desenvolvido pela Arterys, uma empresa privada de imagens médicas com base em San Francisco. Seu algoritmo, “DeepVentricle”, analisa as imagens de MRI dos contornos interiores das câmaras do coração e calcula o volume de sangue que o coração do paciente pode segurar e bombear. Esse cálculo é concluído em menos de 30 segundos, diz Arterys, enquanto os métodos convencionais normalmente levam uma hora.
A FDA exigiu que a Arterys fizesse testes extensivos para garantir que os resultados de seu algoritmo fossem compatíveis com os gerados pelos médicos. “Você precisa provar estatisticamente que seu algoritmo está seguindo qualquer que seja o uso pretendido ou [o que as] reivindicações de marketing dizem que está fazendo”, diz John Axerio-Cilies, diretor de tecnologia da empresa.
Grande demanda
Para treinar seu software, a equipe liderada por Thrun, um ex-vice-presidente da Google que trabalhou em carros sem motorista lá, alimentou 129,405 imagens de condições de pele avaliadas por especialistas. Estes abrangiam 2.032 doenças diferentes e incluíam 1.942 imagens de câncer de pele confirmado.
Mais sobre Sebastian Thrun
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Sebastian Thrun ajudou a conjugar o hype em torno de cursos universitários on-line maciços, mas girou sua própria inicialização para se concentrar na formação profissional.
Eventualmente, o software conseguiu superar 21 dermatologistas na identificação de quantas toupeiras eram potencialmente cancerígenas.
“Quando os dermatologistas vêem o potencial desta tecnologia, acho que a maioria o abraçará”, diz Robert Novoa, dermatologista de Stanford e autor do estudo. Ele e outros membros da equipe se recusaram a dizer se planejam comercializar o software.
Qualquer preocupação de que os médicos em breve esteja fora do emprego também está fora de lugar, diz Allan Halpern, um dermatologista Sloan Kettering e presidente da Sociedade Internacional de Imagem Digital da Pele. “Eu acho que a ameaça é o contrário”, diz ele. Algoritmos “poderiam impulsionar a demanda por serviços dermatológicos dramaticamente”.
Isso porque um positivo em um teste de seleção ainda requer uma biópsia. O software de aprendizagem profunda poderia encontrar um papel nos escritórios de atenção primária, diz Halpern, mas se fosse disponibilizado como um teste de triagem em toda a população, ou através de um aplicativo para consumidores, não haveria suficientes dermatologistas para acompanhar os leads .
A Axerio-Cilies diz que as empresas ficarão tentadas a oferecer ferramentas de aprendizado profundo diretamente aos consumidores. Por exemplo, as pessoas podem escanear seus próprios tops para ver se eles precisam visitar um médico. Alguns aplicativos de celular não-AI, como Mole Mapper , já permitem que as pessoas rastreiem os topos suspeitos e gravem as mudanças ao longo do tempo.
Halpern, no entanto, diz que não pensa que os consumidores estão prontos para lidar com sistemas de diagnóstico que possam dizer a eles que uma toupeira tem uma chance de 5%, ou uma chance de 50 por cento, de ser câncer.
“Não somos ótimos em usar probabilidades”, diz ele.
Nome: Vivian Franco Idade: 17 Situação escolar: Terceiro ano O que vocês indicam fazer quando se está em dúvida entre dois cursos?
Vivian:
Antes de tudo, a escolha requer estratégia, com boas doses de suor e concentração mental. Se você já tem dois cursos em foco, talvez possa até comemorar. Já é um passo andado.
Nossa sugestão:
Primeiro de tudo, levante informações sobre você mesma. Autoconhecimento é metade de tudo. Perceba e avalie suas habilidades, sua personalidade. Identifique coisas que te dão satisfação ou te irritam, por exemplo. Inclua no seu roteiro de autoanálise, coisas como a sua disposição em lidar com rotinas, sua paciência para se relacionar com gente, o desejo de trabalhar em lugares abertos, como no campo, ou em ambientes fechados, como laboratórios, fábricas e escritórios.
Nesse levantamento sobre as coisas que você gosta ou não, leve em conta também, mas não apenas, as matérias que você se sai bem na escola, como matemática, física, química, português, história, geografia ou biologia, ou no dia a dia, como a facilidade para escrever. Isso é importante. Veja bem: uma pessoa que gosta muito de artes, pode não ser um grande artista. Alguém que gosta de fazer ginástica, pode não se dar bem em educação física. Quem gosta de escrever não será, necessariamente, um bom jornalista.
Conhecer a fundo os cursos é essencial. Mas é necessário cruzar informações entre as suas características pessoais e aquelas da profissão. Peça para alguém dos cursos que você está escolhendo para descrever como são os dias de trabalho. E sinta-se na história.
Tenha consciência de que grande parte das pessoas abandona os cursos por desconhecer a realidade deles. Em média, dois em cada dez estudantes desistem do curso superior iniciado por eles.
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QUANDO Panagiotis Korfoksyliotis montar um negócio em Atenas em 2011, transportando turistas ao redor de carro, ele esperava para fazer a sua parte para ajudar a Grécia a sair da sua profunda recessão. Ele diz que ele pagou sua equipe um salário decente e declarou todos os seus ganhos. Infelizmente, o Fisco não retribuir a gentileza. aumentos acentuados dos impostos das empresas levaram o Sr. Korfoksyliotis fazer as malas e mover a sua empresa e sua vida para a Bulgária. Agora, ele emprega condutores para levar os visitantes estrangeiros em torno de pontos turísticos daquele país em seu lugar.
Ele faz parte de uma tendência crescente. Nos últimos anos, os governos gregos desesperadas por dinheiro têm procurado apertá-lo de empresas, apesar da evidência de que este é afastá-los para lugares como Bulgária, Chipre e Albânia. A combinação de uma recessão profunda e aumento dos impostos fez com que, segundo algumas estimativas mais de 200.000 empresas têm fechado ou em alguns casos deixou a Grécia desde então.Entre 2009 e 2014 os lucros tributáveis declarados pelas empresas do país caiu mais de € 5 bilhões ($ 5600000000) para € 10 bilhões.
números precisos são difíceis de encontrar, mas contadores, advogados e empresários calculam que talvez até 10.000 empresas de propriedade grega ter movido no exterior. Em uma pesquisa recente de 300 empresas, Endeavor Grécia, uma organização sem fins lucrativos que ajuda os empresários, constatou que mais de um terço tinha ou para a esquerda ou foram pensando em ir. Venetis, uma cadeia de padaria, disse recentemente que, por causa dos altos impostos e controles de capital, ele vai se concentrar mais na abertura de lojas no exterior do que na Grécia.
Mesmo que eles mantiveram suas operações gregas indo, algumas multinacionais transferiram suas sedes. Fage International, uma empresa de laticínios, disse em 2012, quando os impostos começaram a subir, que iria mover sua base para Luxemburgo. Naquele ano, a Coca-Cola Hellenic, que distribui refrigerantes do gigante americano em 28 países, a maioria europeus, mudou sua base de Atenas para Zug, na Suíça. Em 2013 Viohalco, um metal-processador, mudou sua sede para Bruxelas. As duas últimas empresas dizem que o principal motivo foi o de melhorar o seu acesso ao capital. Mas aumentos de impostos afiadas da Grécia dificilmente eram um incentivo para ficar.
Outros países-crise do euro, como Portugal e Irlanda, cortar os impostos das empresas ou os manteve baixo, para incentivar o investimento eo crescimento. (Receitas de impostos corporação de Portugal estão apenas um pouco abaixo de onde eles estavam, como proporção do PIB, antes da crise financeira global.) Mas a Grécia aumentou a sua taxa de-imposto sobre as sociedades de 20% em 2012 para 29% em 2015, embora internacional credores, como o FMI vai certamente ter aconselhado contra isso. aumento de impostos da Grécia torna taxa da Bulgária de apenas 10%, mesmo mais atraente; Do mesmo modo taxa de 12,5% de Chipre e da Albânia de 15%.
Os vizinhos do país estão muito satisfeitos que ele está enviando negócio sua maneira.Panagiotis Pantelis, um contador em Atenas, diz que ele tem estado ocupado nas últimas semanas de reuniões oficiais de países vizinhos em nome dos clientes que procuram sair.Alexandros Ziniatis de Viva Trust, uma empresa que presta consultoria para empresas que procuram mudar dentro Europa, informa interesse semelhante rápida de empresas gregas.
O novo líder da oposição conservadora da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, condenou os aumentos de impostos sobre as empresas como contraproducente. Mas a coalizão de esquerda não está escutando. Ela agora está propondo um aumento de 20% em uma taxa sobre os lucros das empresas que vai em direção pensões. Continue nessa linha, e não haverá muitas empresas, ou muito lucro, da esquerda para impostos.
A Inteligência Artificial substituirá escritores e editores?
* Andy Edmonds
A resposta rápida é não!
Recentemente, temos lido muito sobre o fim da produção humana de textos e o Google realçou oficialmente no Google I/O 2017 que seu foco passa a ser de “Mobile first” para “AI First”. Para adicionar credibilidade a esta declaração, desta vez no ano passado, vimos o IBM Watson editando a The Drum, uma revista eletrônica; talvez isso seja motivo de preocupação se você trabalha com conteúdo tradicional ou digital. Mas não tema, vou explicar por que você não precisa se preocupar pelo menos por mais uma década.
OMG! Corremos para as colinas?
A realidade é que já existem máquinas que criam conteúdo e já o fazem há algum tempo. O Gartner prevê que “até 2018, 20% de todos os conteúdos empresariais serão criados por máquinas” e, embora isso pareça assustador, realmente não é tão notável como pode aparecer. Como profissionais de marketing, é importante que adotemos novos avanços tecnológicos, pois nos permitem mais tempo para nos concentrarmos nas coisas que só nós podemos fazer.
No momento, a tecnologia utilizada pelas máquinas para criar conteúdo NLG (natural language generation) é boa – provavelmente você já tenha consumido conteúdo entregue de uma dessas plataformas. Isso pode ter sido em boletins esportivos, relatórios financeiros ou anúncios pagos do Google. O problema deste conteúdo está em sua alma – ou falta dela. Embora este conteúdo seja importante, talvez seja mesmo essencial quando o seu time de futebol estiver jogando e você não estiver próxima de uma TV, porém é pouco engajador e não desperta muita emoção (a não ser que seu time perca).
Ainda falta muito chão…
Atualmente, uma máquina não pode criar conteúdo por conta própria; ela deve ter acesso a um modelo e a um conjunto de dados estruturados. Se você fornecer essas duas coisas, então, como um mágico puxando um coelho de um chapéu, você tem uma máquina criando conteúdo estruturado. Isso funciona perfeitamente para gerar relatórios meteorológicos ou resumos financeiros, adicionando um pouco de carne aos ossos, mas não funciona bem ao tentar gerar engajamento ou despertar uma reação.
Por que as máquinas não podem fazer tudo
Pense no último trecho de conteúdo com o qual você clicou, compartilhou e se envolveu. Quero dizer, realmente engajado, afinzão mesmo. Aposto que ele emulou uma emoção humana para provocar uma reação em você, seja um riso ou um choro. Esse tipo de conteúdo gera compartilhamentos, likes, cliques e comentários. Enquanto a AI pode ajudar a nos informar as últimas tendências e os tópicos que funcionam com as pessoas, nenhum algoritmo existente agora pode adicionar criatividade ou sentimento a uma peça de conteúdo. Isso não quer dizer que, à medida que a AI avança e as máquinas aprendam, isso não se tornará algo factível, mas, por enquanto, quando se trata de campanhas de conteúdo que precisam gerar uma reação, precisamos de um trabalho em equipe: máquinas para fazer o pesado e os humanos para construir algo relevante e confiável.
Então, o que isso significa para você?
A Inteligência Artificial está aí! Abrace-a e deixe-a fazer todo o trabalho duro. Não acredito que redatores e editores sofram rapidamente com estes avanços tecnológicos. Na iProspect, tomamos o cuidado que todo conteúdo que criamos seja escrito por seres humanos, mas empoderado por dados, gerando as reações positivas que precisamos para melhorar a performance das marcas em todos os canais. Nós chamamos essa solução de Intelligent Content, que fica ainda mais inteligente à medida que a tecnologia avança. Por isso continuamos a adotar iniciativas que façam uso de AI e de machine learning.
* Andy Edmonds Head of Engagement da iProspect.
Sobre a iProspect Brasil
A iProspect Brasil é a agência de marketing digital full performance pioneira em seu segmento e com uma rede presente em 54 países. A proposta da agência é oferecer soluções completas de marketing digital que impactem, engajem e, sobretudo, gerem os melhores resultados para os clientes, refletidos em vendas, interatividade ou fortalecimento da marca. Isso é feito com um profundo conhecimento do perfil do público-alvo, sua jornada de compra e sempre com base em dados e no contínuo acompanhamento dos resultados, medidos a partir de ferramentas tecnológicas robustas, muitas delas proprietárias ou exclusivas. A iProspect pertence à Dentsu Aegis Network, terceira maior rede de comunicação do mundo, sendo a maior compradora de anúncios do Google e parceiro estratégico Alpha do Facebook. Com 20 anos de atividade, sendo 10 no Brasil, a agência emprega 3.000 colaboradores no mundo e 110 no Brasil. O amplo portfólio da iProspect abrange soluções que atingem todos os canais digitais, desde pesquisa e planejamento, gestão e operacionalização de mídia, links patrocinados, mídia gráfica, mídia programática, vídeo, social, afiliados, comparadores de preço, SEO, conteúdo, gestão de redes sociais, criação, até análise e otimização da usabilidade de canais (proprietários ou não).
No ano passado, em Paris, pela primeira vez, o vinho espumante inglês bateu o champanhe em um evento de degustação cega . Casas de champanhe francês bem estabelecidas começaram a comprar campos na Grã – Bretanha para cultivar uvas, e até mesmo a família real está investindo neste novo empreendimento.
Ao mesmo tempo, as regiões produtoras de café estão encolhendo e mudando .Os agricultores estão sendo obrigados a se mudar para altitudes mais elevadas, pois a banda para cultivar café saboroso subiu a montanha.
A evidência de que a mudança climática está afetando algumas de nossas bebidas mais apreciadas é simplesmente ótimo demais para ser ignorado. Então, enquanto o vinho espumante britânico e o início do “coffeepocalypse” eram inconcebíveis apenas algumas décadas atrás, eles são agora uma realidade. É improvável que você encontre muitos negadores de clima entre vinicultores e conhecedores de café. Mas há impactos muito maiores na loja para a sociedade humana do que interrupções para nossas bebidas favoritas.
Exemplos dramáticos de mudanças mediadas pelo clima para as distribuições de espécies não são exceções; Eles estão se tornando rapidamente a regra. Como nosso estudo publicado na semana passada na revista Science mostra, as mudanças climáticas estão gerando uma grande redistribuição universal da vida na Terra.
Essas mudanças já estão tendo sérias conseqüências para o desenvolvimento econômico, meios de subsistência, segurança alimentar, saúde humana e cultura. Eles estão influenciando o ritmo das mudanças climáticas, produzindo feedbacks para o sistema climático.
Espécies em movimento
As espécies, naturalmente, estão em movimento desde o início da vida na Terra.As faixas geográficas das espécies são naturalmente dinâmicas e flutuam ao longo do tempo. Mas a questão crítica aqui é a magnitude e a taxa das mudanças climáticas para o século 21, que são comparáveis às maiores mudanças globais nos últimos 65 milhões de anos . As espécies freqüentemente se adaptaram às mudanças em seu ambiente físico, mas nunca antes se esperava que fossem tão rápidas e para acomodar tantas necessidades humanas ao longo do caminho.
Diferentes espécies respondem em taxas diferentes e em graus diferentes, com oresultado de novas comunidades ecológicas que começam a surgir . As espécies que nunca antes interagiram estão agora misturadas, e as espécies que anteriormente dependiam umas das outras por comida ou abrigo eram forçadas a se separar.
Por que as mudanças na distribuição de espécies são importantes?
Esta reorganização global das espécies pode levar a consequências penetrantes e muitas vezes inesperadas tanto para as comunidades humanas quanto biológicas. Por exemplo, a expansão gama de planta-comendo peixes tropicaispodem ter impactos catastróficos por sobrepastoreio florestas de kelp , afetando a biodiversidade e pescas importantes.
Nos países mais ricos, essas mudanças criarão desafios substanciais. Para os países em desenvolvimento, os impactos podem ser devastadores.
Efeitos knock-on
Muitas mudanças na distribuição das espécies têm implicações que são imediatamente óbvias, como a disseminação de vetores de doenças , como mosquitos ou pragas agrícolas. No entanto, outras mudanças que, inicialmente, parecem mais sutis, também podem ter grandes efeitos através de impactos de feedback climático global.
Os manguezais, que armazenam mais carbono por unidade de área do que a maioria das florestas tropicais, estão se movendo em direção aos pólos . As florestas de primavera de algas marinhas microscópicas são projetadas para enfraquecer e mudar para o Oceano Ártico , à medida que a temperatura global aumenta e o gelo sazonal do mar ártico se retira. Isso mudará os padrões de “seqüestro de carbono biológico” sobre a superfície da Terra, e pode levar a que menos dióxido de carbono seja removido da atmosfera.
A redistribuição da vegetação em terra também deverá influenciar a mudança climática. Com mais vegetação, menos radiação solar é refletida de volta para a atmosfera, resultando em mais aquecimento . ” Greening of the Arctic “, onde os arbustos maiores estão tomando conta de musgos e líquenes, é esperado que altere substancialmente a reflectividade da superfície.
Essas mudanças na distribuição da vegetação também estão afetando a cultura das comunidades indígenas do Árctico . O crescimento norte de arbustos está levando a declínios nos musgos e líquenes baixas comidos por caribus e renas.As oportunidades de pastoreio e caça indígenas são muito reduzidas, com implicações econômicas e culturais.
Vencedores e perdedores
Nem todas as mudanças na distribuição serão prejudiciais. Haverá vencedores e perdedores para as espécies, e para as comunidades humanas e atividades econômicas que dependem delas. Por exemplo, as comunidades de pescarias costeiras no norte da Índia estão se beneficiando da mudança para o norte da sardinha do petróleo. Em contraste, o barrilete deve ser menos abundante nas áreas ocidentais do Pacífico, onde muitos países dependem dessa pesca para desenvolvimento econômico e segurança alimentar.
Mesmo com um melhor monitoramento e comunicação, enfrentamos um enorme desafio ao abordar essas mudanças na distribuição de espécies, para reduzir seus impactos adversos e maximizar as oportunidades. Serão necessárias respostas em todos os níveis de governança.
A nível internacional, os impactos das espécies em movimento afetarão nossa capacidade de atingir praticamente todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas , incluindo boa saúde, redução da pobreza, crescimento econômico e equidade de gênero.
Atualmente, esses objetivos ainda não consideram adequadamente os efeitos das mudanças climáticas nas distribuições de espécies. Isso precisa mudar se quisermos ter alguma chance de alcançá-los no futuro.
Os planos nacionais de desenvolvimento, as estratégias econômicas, as prioridades de conservação e as políticas de apoio e os acordos de governança precisarão ser recalibrados para refletir as realidades dos impactos das mudanças climáticas em nossos sistemas naturais. Nos níveis regional e local, uma série de respostas pode ser necessária para permitir que locais e comunidades afetados sobrevivam ou prosperem sob novas condições.
Para as comunidades, isso pode incluir mudanças na agricultura, silvicultura ou práticas de pesca, novas intervenções de saúde e, em alguns casos, meios de subsistência alternativos. As respostas da administração, como a mudança de produção de café , terão efeitos indirectos em outras comunidades ou áreas naturais, de modo que as respostas de adaptação podem precisar antecipar os efeitos indiretos e negociar esses trade-offs.
Para promover a biodiversidade global, as áreas protegidas precisarão ser gerenciadas para reconhecer explicitamente novas comunidades ecológicas e para promover a conectividade em toda a paisagem. Para algumas espécies,podem ser necessárias deslocalizações gerenciadas ou intervenções diretas.Nosso compromisso com a conservação terá que se refletir nos níveis e prioridades de financiamento.
O sucesso das sociedades humanas sempre dependia dos componentes vivos dos sistemas naturais e gerenciados. Para todo o nosso desenvolvimento e modernização, isso não mudou. Mas a sociedade humana ainda tem que apreciar as implicações completas para a vida na Terra, incluindo as vidas humanas, da nossa atual redistribuição de espécies sem precedentes. A conscientização aprimorada, apoiada por uma governança apropriada, proporcionará a melhor chance de minimizar as conseqüências negativas ao mesmo tempo em que maximiza as oportunidades decorrentes dos movimentos das espécies.
Como boa secretária, Amy toma notas de encontros, prepara relatórios, marca e desmarca reuniões, fala idiomas, busca os visitantes na portaria do prédio e os acompanha até a sala de conferências. Ela ainda monitora o ar-condicionado, sabe se a impressora está funcionando e manda fazer cópias. Pode até mudar de voz se o patrão preferir um secretário. Amy é um dos modelos de robôs produzidos pela Hangzhou Amy Robotics, uma que abriu as portas há dois anos, como dezenas de outras, na onda da automação chinesa.
Também são da empresa os robôs que recebem pagamento e dão instruções aos consumidores no maior shopping center da China, o Intimes da cidade de Hangzhou. — Modelos semelhantes podem ser usados em hospitais e serviços de . Também temos os robôs para uso doméstico — conta a diretora de vendas da Hangzhou Amy Robotics, Aline Wang.
É mais um sinal da “revolução dos robôs” mencionada pelo presidente Xi Jinping há dois anos, em discurso na Academia Chinesa de Ciências. Os robôs de longos braços articulados já se espalham pelas fábricas: a China é o maior comprador de robôs industriais do mundo há três anos e, até dezembro, deve se tornar o primeiro operador, superando o Japão, segundo dados da Federação Internacional de Robótica (IFR, na sigla em inglês).
Interação homem-máquina
No ano passado, os chineses arremataram 66 mil dos 240 mil robôs industriais produzidos no mundo, um aumento de 288% em relação a 2012. Na província industrial de Guangdong, a automação parece irreversível. As autoridades locais pretendem gastar US$ 144 bilhões até 2018 para patrocinar as mudanças em cerca de 1.950 companhias.
A projeção oficial é que mais de 80% das operações de manufatura em Guangzhou, a capital, serão feitas por robôs com tecnologias inteligentes até 2020. Na cidade de Dongguan, por exemplo, a tarefa de polir as caixas dos celulares, que até pouco tempo era feita por 650 trabalhadoresa em uma fábrica da Everwin Precision Technology, agora é realizada por 60 robôs.
Com seus dois braços, o YuMi (corruptela de You and Me) — da entre a suíça ABB e a chinesa BU Robotics — pode fazer qualquer coisa: de manipular CDs, automóveis, relógios e tablets a fazer gaivotas de papel. Sua vantagem, como o nome sugere, é permitir que homem e máquina dividam o ambiente de trabalho sem risco de acidentes. Segundo o responsável pelo gerenciamento de produção da BU Robotics-ABB, Hui Zhang, a automação bem planejada é boa para patrões e empregados, além de aumentar a produtividade.
— Os robôs liberam a mão de obra humana para serviços mais especializados. Juntos, homem e máquina obtêm melhores resultados do que separados — diz Hui.
Além disso, com o envelhecimento do país e os 45 anos de vigência da política do filho único, a população economicamente ativa tem encolhido, o que, consequentemente, eleva os salários. Estima-se que, do atual um bilhão de trabalhadores, serão 800 milhões em 2050. Isso seria mais um estímulo à adoção dos robôs.
— A China já não é o país da mão de obra mais barata do mundo. Hoje, quem quer mão de obra barata vai a Vietnã, Malásia e Filipinas. A China sabe disso e não quer perder espaço — diz Gan Jie, diretora do Centro de Finanças e Crescimento Econômico da Cheung Kong Graduate School of Business.