Fábio Oliveira *
O mundo vai aos poucos voltando ao seu “novo normal”, parece clichê usar o termo, mas é que de fato será novo. Ainda que a vacina para o novo coronavírus não esteja disponível, muitos países e até mesmo o Brasil, estão tentando encontrar alternativas para que a vida das pessoas volte a caminhar, a economia girar e os empregos se estabeleçam novamente. No caminho, novas formas de viver e trabalhar foram surgindo e tomando uma proporção em que serão definitivas. Hábitos de consumo também, afinal eles são difíceis de se instalar, mas uma vez consolidado não mudam facilmente.
Consumir pela internet talvez seja o maior e principal exemplo desse cenário. Quem comprava, comprou mais e quem não era adepto passou a ser. E é um caminho sem volta. É hora de entender que o mundo pós-pandemia é na verdade muito parecido com o que ele está agora. Com a liberdade de volta, claro, porém com hábitos “caseiros” e digitais que não devem desaparecer. E a pergunta que fica para os empresários é – seu vendedor está pronto para esse novo mercado?
Digo novo, porque durante a pandemia o varejo físico sofreu um forte apagão quando foram obrigados a fechar e entrar em isolamento social. E como única alternativa para aquisição de bens, o e-commerce viu seu faturamento crescer como nunca. Somente entre março e abril, o segmento acumulou um crescimento de 81%, segundo dados da Compre & Confie, empresa que avalia a reputação das marcas no e-commerce brasileiro.
Porém, com o retorno do comércio, ainda que parcial, o desafio do online será conseguir manter a satisfação e o nível de atendimento oferecido presencialmente, já que sabemos que não estar presente do digital não é mais opcional.
O vendedor tem sido o profissional protagonista no e-commerce e é ele quem faz o meio de campo produto/serviço – consumidor, além de corroborar com o crescimento do segmento. E a capacitação para que ele siga motivado e cada vez mais experimente sobre como vender online, é o que fará a diferença em um negócio remoto de sucesso. O tempo da quarentena foi, com certeza, uma grande escola, mas será preciso muito empenho para que a maturidade seja alcançada e bastante cautela para os profissionais que precisaram migrar para um novo formato sintam-se completamente confiantes para trabalhar, sem aquele pensamento de que será temporário.
Elencar as vantagens como autonomia, otimização do tempo e qualidade de vida, promover cursos, treinamentos e reciclagens periódicas, são alguns pontos que devem estar no radar do líder do time de e-commerce. Inserir o vendedor no ambiente da empresa, facilitar processos e oferecer uma plataforma intuitiva e ágil também precisam de atenção por parte da liderança. Uma terceira alternativa é contratar uma empresa que faça toda essa gestão por você e seu time, garantindo assim ainda mais assertividade na performance de cada vendedor.
É tempo de nos prepararmos para o que ainda está por vir. A pandemia nos colocou nessa posição e agora, com mais clareza do futuro, é hora de enxergar as possibilidades. Preparar seu vendedor é a maior garantia de que seu negócio vai perdurar no mundo digital e seguir ganhando força. No meio de tanta máquina e tecnologia, mais do que nunca o valor humano é fundamental.
- Fábio Oliveira é CEO da SalesFarm, primeira plataforma que terceiriza a força de vendas por meio de um software e tem como objetivo conectar empreendedores a vendedores