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Revista Time elege a ativista Greta Thunberg como ‘Pessoa do Ano’

Pessoa do Ano para a revista Time, se consolida como liderança entre os jovens
Pessoa do Ano para a revista Time, se consolida como liderança global entre os jovens

Carlos Teixeira
Editor I Radar do Futuro

A escolha da ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, como “Pessoa do Ano”, pela Revista Time, tem grande importância para a criação da nova consciência coletiva sobre o futuro. O anúncio, feito nesta quarta-feira, dia 11, reforça o poder de inspiração da jovem sobre os movimentos pelas causas climáticas que ganham força desde o ano passado.

Diagnosticada com Asperger, Greta conta que passou a se informar com as questões climáticas aos oito anos, quando ouviu falar pela primeira vez sobre o aquecimento global. Desde o ano passado, ela convenceu os pais a deixar de ir para as aulas nas sextas para fazer protestos para alertar sobre o meio ambiente. Greta já discursou eventos internacionais como a COP24, a Conferência do Clima da ONU, e o Fórum Econômico Mundial.

Ela consegue ser uma líder de mobilizações pelo planeta. Mais que isso, ela reflete a crença de que serão os jovens, a geração com menos de 20 anos hoje, nascidos entre o final do século passado e o atual, que serão capazes de fazer alguma diferença diante da crise de credibilidade do sistema produtivo atual, baseado em extração de recursos como se fossem infinitos. A premiação coloca a sueca no centro de um processo que será capaz de reproduzir e gerar novas lideranças políticas, sociais e econômicas para substituir os velhos responsáveis pela degradação ambiental.

Pirralha

Greta Thunberg tem poder e carisma capazes de incomodar os líderes tradicionais. No último domingo, 8 de dezembro, a jovem fez um post falando sobre os assassinatos de indígenas no Maranhão. “Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso”, escreveu, compartilhando uma notícia da Al Jazeera sobre o atentado.

O presidente Jair Bolsonaro respondeu sobre o posicionamento da ativista e a chamou de pirralha. “Qual o nome daquela menina lá, lá de fora? Tabata, como é? Greta. Já falou que índios estão morrendo porque estão defendendo a Amazônia. Impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, uma pirralha”, disse Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada, onde costuma parar para tirar selfies com apoiadores e responder perguntas da imprensa. Depois do comentário do presidente, Greta mudou a sua descrição biográfica no Twitter para a palavra “Pirralha”.

A imprensa destaca que não é a primeira vez que Greta usa de maneira irônica as críticas recebidas de líderes de governo. Em setembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, comentou o discurso da sueca na Cúpula de Ação Climática da ONU.

Greta afirmou na época que “pessoas estão sofrendo, pessoas estão morrendo, ecossistemas inteiros estão entrando em colapso” pedindo que os líderes tomassem medidas contra o aquecimento global.

Trump, que retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris – compromisso internacional para a redução das emissões de gases do efeito estufa – ironizou a fala de Greta em uma rede social: “Ela parece uma garota jovem e muito feliz que espera um futuro brilhante e maravilhoso. Tão bonito de ver!”. Greta usou a frase na sua biografia na época.

Descrença nos políticos

Nunca foi tão verdadeira a frase “o velho já morreu, precisamos deixar o novo nascer” do que nos tempos atuais. Como reconhece até mesmo o Fórum Econômico Mundial, há uma forte tendência de esvaziamento da política. Revoltas populares em lugares tão distintos como Chile, França e Hong Kong demonstram que há algo no ar, além das velhas práticas corruptas de sempre.

A entidade que reúne as tradicionais lideranças políticas e econômicas globais defende a necessidade de criação de um ambiente favorável para o nascimento de novos líderes, como a própria Greta Thunberg. Não é por uma questão de bondade do Fórum Econômico. Há uma percepção de que o capitalismo passa por uma zona de transição marcada por nebulosidades. Além de reconhecer problemas com o clima, a entidade percebe impactos crescentes das tecnologias e o aumento das desigualdades como problemas crescentes no cenário do futuro.

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