Heraldo Leite
Radar da IA. Coluna semanal sobre curiosidades, reflexões e notas nada convencionais sobre a Inteligência Artificial
Remédios no lixo: como a IA pode virar o jogo
O desperdício de medicamentos no Brasil chega a números alarmantes: hospitais e farmácias acumulam toneladas de remédios vencidos, que poderiam ter sido melhor aproveitados se houvesse planejamento e controle mais eficientes. A novidade? A Inteligência Artificial começa a ser aplicada para prever demandas com precisão, otimizar estoques e evitar que recursos escassos sejam jogados fora.
Mais do que uma solução tecnológica, trata-se de uma nova lógica de gestão no setor da saúde — com potencial de aliviar os cofres públicos e ampliar o acesso da população a tratamentos essenciais. Uma pauta urgente para o SUS e para todos nós.
No entanto, ainda há um problema: cartelas com 10 ou mais comprimidos, quando no máximo três são necessários. Há uma lei, emperrada, para solucionar. Os laboratórios e as gigantes farmacêuticas resistem enquanto podem.

Refúgio dos antissociais
Estudo da Microsoft aponta um efeito colateral inesperado do uso crescente de ferramentas de Inteligência Artificial nas empresas: a queda na interação entre colegas de trabalho. Quanto mais tarefas são automatizadas ou mediadas por robôs, menos as pessoas conversam, compartilham ideias ou criam vínculos no ambiente profissional.
Em um cenário que já caminha para o home office e a comunicação assíncrona, a pergunta que surge é: estaremos perdendo a dimensão humana do trabalho em nome da produtividade?
Machismo
Além de antissocial, maschista. O avanço da Inteligência Artificial abre novas possibilidades — mas também escancara velhas desigualdades. Apesar da baixa representatividade nos cargos de liderança e nas equipes técnicas, cresce o movimento de mulheres que não apenas consomem, mas criam, regulam e questionam os algoritmos que moldam o mundo digital.

A discussão vai além da tecnologia: trata-se de garantir diversidade de pensamento e justiça social nas decisões automatizadas que impactam saúde, educação, trabalho e cidadania.
O nó na questão é que a IA tende a repetir padrões. E com isso perpetuar conceitos e clichês machistas.
Clique e ouça ‘Mulheres de Palavra’ da Agência Câmara
Top 10 das perguntas
Uma análise recente revelou as 10 perguntas mais frequentes ao ChatGPT no país — e os resultados são tão curiosos quanto reveladores. Confira a lista
- Como melhorar meu português?
- Quais são as melhores dicas para o ENEM?
- Você pode me ajudar com o resumo de um livro?
- Como fazer uma receita típica brasileira?
- Quais são as tendências de tecnologia para 2024?
- Como investir meu dinheiro de forma segura?
- Quais são os destinos turísticos mais populares no Brasil?
- Como funciona o processo de imigração para outros países?
- Dicas para melhorar minha saúde mental?
- Qual é a situação atual da política no Brasil?
“A melhor ferramenta de IA de todos os tempos da última semana”
Uma air fryer ‘Que Marrravilha’

A Amvox, marca brasileira de eletrodomésticos, acaba de dar um passo ousado rumo ao futuro: lançou uma air fryer com Inteligência Artificial. Sim, você não leu errado. Agora, o aparelho que já era o queridinho da cozinha promete aprender com você — seus gostos, seus erros culinários e, quem sabe, até seus pecados gastronômicos.
A tal air fryer inteligente ajusta automaticamente o tempo e a temperatura com base no uso do dono. Ou seja: se você queimar a batata uma vez, ela “entende” e corrige na próxima.
Resta saber se vai ter também um modo “mãe”: aquele que pergunta se você vai mesmo fritar coxinha pela quarta vez na semana. Olha o colesterol…
Ah! O preço? É sua pela bagatela de R$ 1.399
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