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Quem diria, a inteligência artificial também perdeu

A inteligência artificial não previu a saída antecipada do Brasil .Foto Fernando Frazão/Agência Brasil
A inteligência artificial não previu a saída antecipada do Brasil .Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Carlos Teixeira
Jornalista I Futurista

Na derrota do Brasil para a Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo, a inteligência artificial também saiu antecipadamente da competição como grande perdedora. É a segunda edição do torneio seguida em que as projeções sobre os resultados da competição demonstraram a incapacidade, pelo menos provisória, da tecnologia antecipar o futuro. A complexidade do mundo é muita, no futebol assim como na vida, até mesmo para os logarítimos. Das quatro seleções que chegariam nas semifinais, apenas uma, a França, sobrevive.

Na verdade, duas iniciativas marcam o uso de inteligência artificial na Copa do Mundo de Futebol na Rússia. De um lado, a curiosidade sobre o banco norte-americano que utiliza a tecnologia para prever o final da competição. Outra, efetivamente importante, mas com pouco destaque, revela que equipes da Fox Sports com a IBM Watson usam inteligência artificial na cobertura dos jogos. Ou seja, a inteligência artificial segue na Copa e sai como vencedora em outro campo.

Futurologia equivocada

“O Brasil será campeão da Copa do Mundo na Rússia, vencendo a Alemanha na final e trazendo para casa o tão aguardado hexa. Foi o resultado de simulações feitas pelo sistema de inteligência artificial criado pelo banco Goldman Sachs”, destacaram inúmeros sites de esportes e de tecnologia.

A instituição bancária usou quatro modelos de machine learning, alimentados com dados sobre todas as 32 seleções classificadas para o Mundial, e concluiu que França, Portugal, Brasil e Alemanha chegam às semifinais do torneio, com o time canarinho vencendo os alemães na final. Na Copa de 2014, o mesmo tipo de informação, patrocinada pelo mesmo banco, também previa a vitória brasileira. Deu no que deu.

É como ferramenta que a tecnologia demonstra sua real viabilidade. A Fox Sports aproveita o potencial dos logarítimos e do aprendizado de máquina para entregar a inovadora máquina de destaque da Copa do Mundo da FIFA. Disponível por meio do Fox Sports App e da FoxSports.com, o recurso é um resultado de uma parceria com a IBM, a Highlight Machine é ativada pela tecnologia de computadores IBM Watson.

Extração de dados

A tecnologia analisa vídeos do arquivo da Copa do Mundo da FIFA e outras filmagens do esporte para extrair dados, permitindo que os usuários pesquisem gols, cartões vermelhos, jogadores por nome e afins. Trata-se de criar uma “experiência de usuário atraente em torno de destaques, não apenas em 2018, mas também anteriormente, em apenas 50 anos”, diz David Mowrey, diretor de produto e desenvolvimento da IBM Watson Media em entrevista ao site Hollywood Reporter.

Mais comumente, coletar esse tipo de dado seria uma tarefa feita manualmente pelos funcionários, mas considerando o escopo da Copa do Mundo, isso seria impraticável e possivelmente impossível, explica Mowrey, devido ao enorme volume de vídeo envolvido. Mowrey disse ao The Hollywood Reporter que só o torneio da Copa do Mundo de 2014 representa cerca de 98 mil horas de conteúdo em vídeo, incluindo as partidas, coletivas de imprensa e outros materiais.

Obtenção de insights

O executivo acrescenta que o Watson também pode fornecer “insight” que é “difícil de fazer manualmente. Podemos analisar a faixa de áudio e fornecer uma transcrição ou gerar legendas ocultas”.

Mowrey confirmou que sua unidade está trabalhando com outras empresas da indústria de mídia e entretenimento “para integrar não apenas essas ferramentas, mas também outros produtos como o Watson Captions (uma ferramenta que usa AI para automatizar o processo de legendagem”).

No início deste ano, a IBM foi a parceira oficial do AI para o 60º Grammy Awards, e a Recording Academy usou os recursos do IBM Watson para processar aproximadamente cinco horas e meia de cobertura ao vivo do tapete vermelho e cerca de 100.000 imagens.

Olhando para o futuro, Mowrey diz ao THR que a tecnologia Watson poderia ser usada para catalogar diários para editores de filmes, o que atualmente é um processo manual tratado por editores assistentes. Mas ele também foi rápido em enfatizar que “é sobre trabalhar com o editor, não substituindo os editores. O [Watson] pode apoiar o trabalho, para que os profissionais possam ser mais rápidos e eficientes ”.

Fonte: Carolyn Giardina – https://www.hollywoodreporter.com

 

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