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O que vem por aí: os luditas vão sair às ruas

O que vem por aí: luditas contra carros autônomos foto business insider ukGente agredindo automóveis sem motorista. A inteligência artificial avança no setor de corretagem de imóveis. Os hábitos começam desde cedo e o Facebook sabe disso. Estes e mais outros são alguns dos sinais das transformações que andam acontecendo pelo mundo.

Carlos Teixeira
Editor – Radar do Futuro

A discussão sobre como a população vai conviver com carros autônomos e, de uma forma geral, com sistemas automatizados, ainda vai chegar às redes. E às ruas. Na prática, alguns casos já estão ocorrendo, demonstrando que o movimento das peças no tabuleiro social não está totalmente definido, enquanto se publicam matérias sobre o futuro das tecnologias.

E a reação das pessoas vem de uma forma aparentemente inesperada. Na Califórnia, nos Estados Unidos, pessoas estão atacando carros sem motoristas. Segundo relatórios do departamento de trânsito de lá, dois dos seis acidentes envolvendo carros autônomos tiveram envolvimento de humanos agressivos. Gente irritada, gritando e batendo nos carros.

Não, os carros não serão os únicos alvos. Ainda nos Estados Unidos, um abrigo de animais de São Francisco enfrentou resistências significativas quando começou a usar um robô de segurança na vigilância dos animais. Moradores irritados vandalizaram o bot, derrubando-o e derramando molho de churrasco em seus sensores.

Em pouco tempo, a palavra “ludita” voltará a ser lembrada pelas redes sociais e mídia tradicional. Quando os carros autônomos se tornarem realidade de fato — tudo bem que deve demorar do que se imagina — haverá muito ranger de dentes. No Brasil, quase 260 mil taxistas, 550 motoristas que abraçaram o Uber e, nos Estados Unidos, 3,5 milhões de motoristas de caminhões não devem ficar exatamente parados.

Inteligência na corretagem de imóveis

Pelo menos nos Estados Unidos, corretoras imobiliárias avançam o olhar sobre as tecnologias, tentando compreender possibilidades de uso. E as iniciativas pioneiras vão se expandindo. Corretoras e algumas startups começaram a empregar robôs para fazer alguns dos trabalhos superficiais que seus corretores de imóveis normalmente fazem, incorporando inteligência artificial (AI) em seu local de trabalho.

O Wall Street Journal destacou recentemente três dessas empresas: uma empresa de corretagem em Woodland Hills, Califórnia, chamada REX, outra empresa de gerenciamento de propriedades da Califórnia, Zenplace, e uma empresa de inicialização baseada no Brooklyn chamada VirtualAPT. Tanto o REX como o Zenplace utilizam robôs para se conectarem com os clientes. O primeiro coloca um robô chamado REX nas casas do vendedor para responder perguntas e coletar dados, enquanto o Zenplace usa robôs para ajudar seus agentes humanos a se comunicar remotamente com os clientes.

O VirtualAPT construiu um bot que pode fazer vídeos tridimensionais de propriedades imobiliárias. Os passeios de propriedade virtual são uma conveniência para potenciais compradores com horários ocupados ou que não podem visitar fisicamente um local.

Hábitos se consolidam cedo. O Facebook sabe disso

Pergunte para o seu avô se ele trocaria a revista que ele lê toda semana por outra. Talvez ele seja mais fiel à publicação semanal do que à sua própria avó. As empresas já descobriram há muito tempo as estratégias para criar fidelidade às marcas. Elas começam desde cedo. Certamente, criar hábitos e fidelidades é o objetivo do Facebook ao criar um aplicativo de mensagens especial para as crianças e pré-adolescentes de até 13 anos.

O “Messenger Kids”, com recursos vinculados às conversas on line, favorece a criação de hábitos de uso do Facebook em um segmento que tende a deixar de usar os seus recursos no dia-a-dia. Está mais que provado que os jovens preferem mídias sociais concorrentes, como o Snapchat e o Instagram.

Os efeitos dos sons sobre o seu paladar

Quem diria, os sons também interferem na percepção de sabores. É o que pretende demonstrar Charles Spence, fundador do Oxford University’s Crossmodal Research Laboratory e professor de psicologia experimental na mesma universidade. Ele desenvolve investigações em torno da gastrofísica – termo que remete à junção de gastronomia e psicofísica, com o intuito de desvendar todos os fatores envolvidos na percepção de um sabor.

Spence mostra, em suas experiências, que o ruído durante uma viagem de avião faz com que nossa capacidade de sentir sabores seja significativamente reduzida, de modo geral. Porém, o barulho ao longo do voo não afeta a habilidade de perceber o umami (considerado o quinto gosto básico do paladar humano, ao lado do doce, do azedo, do salgado e do amargo). O umami tem o poder de intensificar o sabor de uma comida, e está presente, por exemplo, em cogumelos, tomates e chá verde. Com isso em mente, Spence caprichou no umami ao elaborar o que considera ser o cardápio ideal para viagens de avião.

O que esperar do futuro das terceirizações

Para quem tem dúvidas sobre os impactos e intenções das terceirizações, um estudo apresentado pelo jornal trimestral de economia do site Oxford Academics constatou que, na Alemanha, ocorreu um “crescimento dramático do emprego da terceirização no mercado interno desde a década de 1990”. Os autores reconhecem que a natureza da relação entre empregadores e empregados tem mudado ao longo das últimas três décadas.

As empresas cada vez mais dispostas a investir em trabalhadores sem vínculos, agências temporárias e franquias, ao invés de contratar funcionários diretamente. As análises de estudos de eventos mostram que os salários em empregos terceirizados caem em aproximadamente 10% a 15% em relação a empregos similares que não são terceirizados.

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