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O futuro do direito: oportunidades nos anos 2020

interação humana vai garantir a oferta de oportunidades para novos advogados - foto: Pixabay
Na próxima década, a necessidade de interação humana vai garantir a oferta de oportunidades para novos advogados

Carlos Teixeira
Jornalista I Futurista – Editor

Estudantes que iniciam o curso de direito no atual fim de década serão testemunhas e protagonistas da transição que a profissão sofrerá nos próximos anos. Com avanços tecnológicos e transformações políticas, econômicas e sociais acelerados, as escolas serão obrigadas a fazer ajustes permanentes de seus currículos durante o trajeto, se adaptando a novas demandas do mercado.

Em 2023 e nos anos seguintes, quando uma parte dos novos estudantes estiver saindo das escolas como recém-formados, em um ambiente de internet ultra-veloz, a inteligência artificial estará cumprindo um papel importante na tramitação de processos, da pesquisa de jurisprudência à produção de documentos. Algo que, na verdade, já começa a ser realidade em grandes escritórios de advocacia, que transferem a incumbência de pesquisa de processos para máquinas, com elevados ganhos de produtividade.

Um estudo realizado pelos pesquisadores Carl Frey e Michael Osborne sobre o futuro do emprego identificou que a profissão do advogado tem apenas 4% de chance de ser automatizada. As funções impactadas serão as de rotina, desempenhadas por profissionais em início de carreira. Os recém-formados tendem a perder uma porta de entrada comum na carreira. Já as funções de representação e aconselhamento, atribuídas aos mais experientes, estarão protegidas diante dos avanços das tecnologias.

Mercado

Onde os advogados trabalham - Fonte: DataViva.info
Onde os advogados trabalham – Fonte: DataViva.info

O mercado para advogados deve crescer na próxima década, acompanhando a média de outras ocupações que dependem basicamente de relacionamento humano. Espera-se que a demanda por trabalho jurídico continue à medida que indivíduos, empresas e todos os níveis de governo exigem serviços jurídicos em muitas áreas. Inclusive em novos segmentos.

Apesar dessa necessidade de serviços jurídicos, a maior concorrência de preços ao longo da próxima década pode levar os escritórios de advocacia a repensarem a equipe de seus projetos, a fim de reduzir os custos para os clientes. Os clientes tendem a reduzir as despesas legais exigindo valores mais baixos de proventos e sendo mais criteriosos na análise dos gastos.

O trabalho anteriormente atribuído a advogados, como pesquisa e revisão de documentos e levantamento de jurisprudência, tende a ser realizado por processos automatizados, que utilizam inteligência artificial. Além disso, alguns trabalhos legais de rotina podem ser terceirizados para outros provedores legais de menor custo localizados no exterior.

Responsável por cerca de um quarto dos empregos dos profissionais, a administração pública, incluindo o poder judiciário, também deve passar por transformações significativas, que impactarão a demanda. Atualmente, os tribunais estão se modernizando tecnologicamente com a digitalização de procedimentos. Além disso, há uma perspectiva de aumento de controle de gastos por conta de políticas econômicas baseadas em austeridade.

Forças e oportunidades

O relacionamento humano representa a principal força da profissão, capaz de assegurar a existência de suas funções na próxima década. Entre as atribuições, o aconselhamento e a representação de clientes perante tribunais, instituições governamentais e em questões legais privadas tendem a manter a necessidade da interlocução de pessoas com outras pessoas ou instituições.

Como defensores, advogados devem continuar essenciais como representantes de partes envolvidas em julgamentos criminais ou civis, apresentando provas e apresentando argumentos coerentes em apoio à defesa dos clientes. Já no papel de consultores, os profissionais continuarão necessários para aconselhar os clientes sobre os seus direitos e obrigações legais, sugerindo ações em assuntos comerciais e pessoais.

Fortalecida pela necessidade da interação humanizada, o futuro da profissão tem o benefício de mercados consolidados e da perspectiva de surgimento de novos segmentos de mercado. Questões ambientais, digitalização, internet em todas as coisas, influência da inteligência artificial, privacidade, uso de imagens e drones serão algumas das variáveis tecnológicas capazes de gerar novos campos de trabalho.

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