Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas
A Câmara dos Deputados rejeitou os destaques e manteve no texto o teto anual para gastos com precatórios até 2026. Para 2022, o valor será equivalente a R$ 44,5 bilhões, encontrado pelo valor quitado em 2016 corrigido pela variação do IPCA no período. A inflação oficial de preços teve o maior avanço para o mês de outubro desde 2002. Com ritmo mais rápido, saltou 1,25%. O resultado representa uma aceleração em relação à alta de 1,16% dos preços em setembro e faz o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumular alta de 10,67% nos últimos 12 meses, resultado ainda mais próximo do triplo da meta estabelecida pelo governo para este ano, de 3,75%. Já em 2021, a inflação soma alta de 8,24%. E as notícias não são animadoras. A gasolina teve a sexta semana consecutiva de alta e chega a quase R$ 8 no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Com a campanha política antecipada correndo solta, o País começa a viver o espírito de 2022. (Radar do Futuro)
Economia e Finanças
Desoneração da Folha: O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem que o governo decidiu prorrogar por mais dois anos a desoneração da folha de pagamento de setores intensivos em mão de obra. Bolsonaro não detalhou de que forma isso será feito. (Valor)
Confiança na Indústria em Queda: O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de novembro, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 56 pontos, uma baixa de 1,8 ponto em relação ao mês anterior. O indicador caiu nos últimos três meses, o que sugere confiança mais fraca e menos disseminada. O ICEI varia de 0 a 100, tendo em 50 uma linha de corte que separa confiança da falta de confiança. (Valor)
Turismo em Alta: O indicador de atividades turísticas do IBGE registrou o quinto mês seguido de alta, na série com ajuste sazonal, com avanço de 0,8% em setembro. Nesses cinco meses, o turismo acumula ganho de 49,9%. As perdas trazidas pela pandemia para o setor, no entanto, se mantêm elevadas e o patamar está 20,4% abaixo de fevereiro de 2020. (Valor)
Presidência Brasileira do Mercosul: O Brasil quer aproveitar a presidência pro tempore do Mercosul para avançar com a modernização do bloco, inclusive na digitalização, disse o ministro Paulo Guedes, no seminário Mercado Digital Regional do Mercosul, promovido pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Cepal. A modernização do bloco passa também por dimensão tarifária, acrescentando que isso tem sido trabalhado com os sócios. (Valor)
Queda na Produção de Veículos: A produção nacional de veículos caiu 24,8% em outubro em relação ao mesmo período de 2020. Foram fabricadas 177,9 mil unidades no mês passado. No acumulado do ano, as montadoras instaladas aqui produziram 1,82 milhão de veículos, uma alta de 16,7%. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). (Valor)
Honrando Dívidas dos Estados: A União desembolsou R$ 661,83milhões para honrar dívidas não pagas por cinco Estados em outubro, de acordo com o Relatório de Garantias Honradas pela União, divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional. Foram bancados R$ 362,77 milhões relativos a inadimplências do Estado do Rio de Janeiro, R$ 198,83 milhões de Minas Gerais, R$ 78,96 milhões de Goiás, R$ 16,29 milhões de Amapá e R$ 4,97 milhões do Rio Grande do Norte. (Valor)
Disparada do Hedge Cambial 1: O ciclo de altas da Selic iniciado em março mais que triplicou o custo do “hedge cambial”, instrumento usado por empresas e investidores para se proteger dos saltos do dólar. Apesar disso, os bancos avaliam que a demanda pela operação não deve diminuir de forma significativa, em especial dado o cenário bastante incerto até 2022. (Valor)
Disparada do Hedge Cambial 2: Com a Selic em 7,75%, uma operação de hedge cambial para 12 meses saía a 11,08% ao ano pela cotação dop dia 04-11-2021. Em março, quando a taxa básica estava em 2%, o custo estava em 3,54%. O cálculo leva em consideração apenas a evolução do DI e do cupom cambial, deixando de fora o spread cobrado pelos bancos, que varia também de acordo com o tipo de operação e o risco da companhia. (Valor)
Vendas no Varejo 1: O volume de vendas no varejo caiu 1,3% em setembro, em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. É o maior recuo para o mês de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2000. Em agosto, houve baixa de 4,3% (dado revisado de uma queda de 3,1% divulgada anteriormente). O comércio restrito acumula alta de 3,9% em 12 meses até setembro e de 3,8% nos primeiros nove meses de 2021. (Valor)
Vendas no Varejo 2: No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas diminuiu 1,1% na passagem entre agosto e setembro, já descontados os efeitos sazonais. Perante setembro de 2020, o volume de vendas do varejo ampliado encolheu 4,2%. (Valor)
Queda nas Vendas de Cimento: As vendas de cimento tiveram queda de 9,5%, em outubro, na comparação anual, para 5,4 milhões de toneladas, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). De acordo com a entidade, outubro foi o pior resultado mensal deste ano. Em relação a outubro de 2020, a retração foi de 5,8%. No acumulado de dez meses, as vendas de cimento cresceram 7,5%, para 54,6 milhões de toneladas. (Valor)
Fed e as Desigualdades: O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que há limites para que o banco central consiga suavizar a desigualdade na economia dos EUA. “A maioria das desigualdades arraigadas está além do poder da capacidade da política monetária”, disse Powell no discurso de abertura de uma conferência sobre diversidade e inclusão, realizada em conjunto com o Banco do Canadá, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra. Powell, porém, afirmou que as orientações do Fed do pleno emprego e da estabilidade dos preços “formam a base de uma economia forte e estável”, e disse que o banco central está fazendo o que pode para garantir que qualquer pessoa que queira trabalhar seja capaz de fazê-lo. (Valor)
Grande Mídia Endividada: Os grupos proprietários das maiores TVs do Brasil devem R$ 448 milhões ao INSS. A dívida com a Previdência dobrou desde janeiro de 2020, último levantamento feito pelo Poder360. Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação. A RedeTV! é quem mais deve: R$ 170 milhões. Globo, em 2º lugar, deve R$ 138 milhões. O único dos 5 grandes sem dívidas com a Previdência é o SBT. (Poder 360)
Preço da Gasolina: O preço médio da gasolina vendido nos postos brasileiros superou a máxima real (considerando a correção pela inflação) de 2003 e atingiu em novembro o maior valor em 20 anos. O levantamento do Poder360 considera os dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). (Poder360)
Antecedente de Emprego: O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), anunciado dia 11-11-2021 pela FGV, subiu apenas 0,1 ponto em outubro ante setembro, para 87,1 pontos. O resultado acende “sinal de alerta” para o mercado de trabalho, nas segundo o economista responsável pelo indicador, Rodolpho Tobler. O empresariado não se sente confortável em contratar mais, com ambiente atual e perspectiva para os próximos meses de inflação em alta, renda fraca, consumo em baixa e possibilidade de piora de quadro macroeconômico de 2022. (Valor)
Inflação
Inflação do IGP-DI: Minério de ferro e óleo diesel mais caros no atacado levaram a inflação apurada pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de outubro à mais alta taxa em cinco meses. Mas o indicador mostrou sinais de preços menos elevados em alimentos, o que pode ser um sinal de alívio inflacionário no setor de alimentação em novembro, nas palavras do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. (Valor)
Inflação do IPCA 1: A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidos Amplo – IPCA, ficou em 1,25% em outubro, após alta de 1,16% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado para o mês desde 2002, quando o indicador ficou em 1,31%. Em 12 meses, o IPCA atingiu a marca de dois dígitos pelo segundo mês seguido, com variação de 10,67%. É a maior taxa desde janeiro de 2016 (10,71%). (Valor)
Inflação do IPCA 2:Pelo acumulado em 12 meses, o IPCA ficou em 10,67% em outubro, ante 10,15% acumulados até setembro. O resultado ficou muito acima do centro da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central (BC) de 3,75% para 2021- sendo que a meta tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos. (Valor)
Preço dos Combustíveis: o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou que a petroleira é uma sociedade de economia mista e que a maior parte dos acionistas não é da União. “63% dos acionistas são privados, com fundos de pensão do exterior e do Brasil”, afirmou em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado. Integrantes do governo e executivos da Petrobras têm defendido a política de preços de combustíveis, baseada na paridade de preços internacionais, reforçando os limites da atuação do governo como o maior acionista individual da companhia. (Valor)
Inflação da Construção Civil: A inflação medida pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) foi de 1,01% em outubro, após ficar em 0,88% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumula variação de 21,22% em 12 meses, frente a 22,06% dos 12 meses imediatamente anteriores. Já o acumulado em 2021, foi de 16,79%. (Valor)
Inflação do INPC: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que mede inflação percebida por famílias com renda entre um e cinco salários mínimos mensais, foi de 1,16% em outubro, após alta de 1,20% em setembro, informou o IBGE. Esse foi o maior resultado para um mês de outubro desde 2002, quando o índice foi de 1,57%. No resultado acumulado 12 meses, o INPC ficou em 11,08%, terceiro mês seguido em dois dígitos. Até setembro, o resultado acumulado em 12 meses estava em 10,78%. (Valor)
Governo e Ambiente Político
Vitória do Governo: Numa vitória importante para o governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os deputados aprovaram dia 10-11-2021, em segundo turno, a PEC dos Precatórios, abrindo uma folga de R$ 91,6 bilhões no Orçamento e viabilizando a concessão do Auxílio Brasil de R$ 400, uma das principais ferramentas do presidente Bolsonaro em busca da reeleição. A proposta teve 323 votos a favor e 172 contra, uma margem mais folgada do que os 312 do primeiro turno. O texto aprovado adia o pagamento de precatórios das dívidas do governo que a Justiça ordenou pagar. O Planalto também venceu ao manter reajuste do teto de gastos pela inflação do ano anterior, mas viu rejeitada a proposta de estouro da regra de ouro, que impede o governo de se endividar para pagar despesas correntes, como salários. Agora o texto vai para o Senado, onde o presidente Jair Bolsonaro prevê dificuldades. (UOL) (Meio)
Míriam Leitão: “Os números mostram que a aprovação da PEC dos Precatórios pode virar uma bola de neve, com um orçamento paralelo de R$ 1,8 trilhão até 2036, quando a regra do teto de gastos perde a validade. Esse é o volume de recursos que podem deixar de ser pagos e não contabilizados nas estatísticas fiscais pelo Banco Central. Isso explica por que a reação do mercado foi tão forte a essa matéria nas últimas semanas.” (Globo) (Meio)
Querem Legalizar a Compra de Votos: Três dias antes da votação em primeiro turno da PEC dos Precatórios, o governo Bolsonaro liberou R$1 bilhão para ações de interesse de deputados. (UOL) (Meio)
Orçamento Secreto e o STF: Terminou em 8 a 2 a votação no STF da liminar de Rosa Weber. Somente os ministros Gilmar Mendes e Nunes Marques foram contra o veto ao orçamento secreto. Embora reconheçam que falta transparência ao processo, os dois argumentaram que suspender os repasses prejudicaria políticas públicas. (UOL) (Meio)
Fala, Mourão: Marcando mais uma divergência com o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão elogiou a decisão do STF. Segundo ele, o orçamento secreto não respeita princípios da administração pública. “Você tem que dar o máximo de publicidade”, afirmou. (Estadão) (Meio)
Dificuldades no Senado: mesmo que passe na Câmara, a PEC dos Precatórios deve enfrentar dificuldades no Senado, onde também precisará de maioria qualificada de três quintos em dois turnos. A avaliação não é de um oposicionista, mas do próprio Bolsonaro. O governo já articula alternativas para viabilizar o Auxílio Brasil ainda este ano, já que a lei não permite criação desse tipo de programa em ano eleitoral. (UOL) 2 (Meio)
Pesquisa Vox Populi 1: O ex-presidente Lula (PT) segue com boa vantagem nas intenções de votos para 2022. É o que confirma a pesquisa do instituto Vox Populi, encomendada pelo Partido dos Trabalhadores e divulgada dia 11-11-2021. O levantamento mostrou o petista variando entre 44% e 45% a depender do cenário apontado para o primeiro turno e Jair Bolsonaro, em segundo lugar, com 21%. (Carta Capital)
Pesquisa Vox Populi 2 Após Lula e Bolsonaro, quem aparece melhor na disputa é Ciro Gomes com 4% e 5%. Sérgio Moro (Podemos) e José Luiz Datena (PSD) têm 3%, independentemente do cenário. João Dória (PSDB), Eduardo Leite (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) aparecem com apenas 1%. Rodrigo Pacheco (PSD) não pontuou. (Carta Capital)
Pesquisa Vox Populi 3: De acordo com o levantamento, o petista também lidera nas possibilidades pesquisadas para o segundo turno. Lula aparece com 52% contra o atual presidente, que tem 24%. Já em uma disputa com Ciro Gomes, Lula teria 49% contra apenas 15% do adversário. João Doria, por sua vez, teria 10% e o petista marcaria 53%. (Carta Capital)
Pesquisa Vox Populi 4: A avaliação do desempenho de Jair Bolsonaro também foi medida pela Vox Populi. Ao todo, 51% dos brasileiros apontaram a atuação do ex-capitão como negativa e 19% indicaram ver as ações do presidente de forma positiva. Em maio de 2021, a avaliação negativa era de 48% e a positiva 22%. (Carta Capital)
Pesquisa Vox Populi 5: A pesquisa também mediu a satisfação da população com a situação do Brasil atualmente. Ao todo, 78% dos entrevistados indicaram estar insatisfeitos ao descrever como se sentem em relação ao País hoje e 19% disseram que estão satisfeitos. (Carta Capital)
Print para Sempre: Mesmo sem estar formalizada, a provável filiação do presidente ao PL já provocou uma reação. Seu filho Zero Dois, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) correu para apagar um tuíte de 2016 no qual comentava uma denúncia de pagamento de propina a Costa Neto em contratos de Furnas. Mas na Internet, como diz o ditado: o “print” é para sempre. (CNN Brasil) (Meio)
STJ Favorece Flávio Bolsonaro: A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça anulou todas as decisões do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, na investigação contra o filho Zero Um, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), no caso das ‘rachadinhas’ na Alerj. Os ministros concluíram que, como Flávio era deputado estadual na época dos supostos crimes, não podia ser investigado por um juiz de primeira instância. (g1) (Meio)
Maioria Contra Orçamento Secreto: O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de 6 a 1 para manter a liminar da ministra Rosa Weber proibindo o pagamento de emendas do chamado “orçamento secreto”. São as emendas do relator, uma parte do Orçamento da União empenhada sem que se saiba o parlamentar beneficiado pela liberação de verbas. Essa falta de transparência e o uso das emendas como moeda de troca no Congresso fizeram a ministra conceder a liminar. Até o momento, concordaram com Rosa os ministros Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Alexandre Moraes. A única divergência é do ministro Gilmar Mendes, para quem a suspensão poderia interromper recursos para obras e investimentos de interesse público. Ainda faltam votar Dias Toffoli, Nunes Marques e o presidente da Corte, Luiz Fux. (UOL) (Meio)
Cobranças do PP: Com a ida de Bolsonaro para o PL, o PP, principal partido do Centrão, quer uma compensação. O partido deseja um de seus filiados, de preferência do Nordeste ou de Minas Gerais, ocupando a vaga de candidato a vice na chapa. Bolsonaro já deixou claro que não pretende repetir a dobradinha com Hamilton Mourão. (g1) (Meio)
Crise no INEP: Faltando 13 dias para a primeira prova do Enem, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, sofreu uma debandada de 37 servidores. Os pedidos de exoneração são um protesto contra a gestão de Danilo Dupas, criticado por “fragilidade técnica e administrativa”. Num tuíte, o ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, disse que o calendário do Enem não será afetado. Deputados querem ouvir Dupas e Ribeiro sobre o caso. (UOL) (Meio)
Pesquisa Quaest/Genial 1: Pesquisa Quaest/Genial divulgada dia 10-11-2021 mostrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possui 48% das intenções de votos para as eleições para a Presidência em 2022, seguido de Bolsonaro, com 21%, e do ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro, que se filiou ao Podemos, com 8%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem 6% e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), 2%. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), possui 1% e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, não pontuou. (Valor)
Pesquisa Quaest/Genial 2: A pesquisa Quaest/Genial mostrou que 49% dos entrevistados ainda estão indecisos sobre o próximo presidente, ante 55% em outubro. Mas, espontaneamente, 29% disseram que preferem que Lula vença (22% em outubro) e apenas 16% citaram Bolsonaro (17% em outubro). (Valor)
Pesquisa Quaest/Genial 3: O levantamento trouxe também que 69% dos entrevistados considera que Bolsonaro não merece mais quatro anos no Palácio do Planalto, ante 26% que avaliam o contrário. (Valor)
Pesquisa Quaest/Genial 4: A economia é o principal problema do país, segundo 48% dos entrevistados em novembro, enquanto saúde/pandemia perdeu um pouco mais a importância e recebeu 17% das respostas. Em outubro, esses percentuais eram de, respectivamente, 44% e 24%. Corrupção ficou praticamente estável, ao oscilar de 10% para 9%. (Valor)
Pesquisa PoderData 1: Pesquisa PoderData realizada nesta semana (8-10.nov.2021) mostra que a imagem de Jair Bolsonaro segue estável nos olhos do eleitorado nos últimos meses. Hoje, o trabalho do presidente é avaliado como “ruim” ou “péssimo” por 57% das pessoas e como “bom” ou “ótimo” por 24%, enquanto 16% o avaliam como “regular”. (Poder360)
Pesquisa PoderData 2: O presidente Jair Bolsonaro faz um trabalho “ruim” ou “péssimo” na visão de 33% das pessoas que votaram nele no 2º turno em 2018, segundo pesquisa Poder Data realizada de 8 a 10 de novembro de 2021. (Poder360)
Pesquisa PoderData 3: A avaliação de Bolsonaro entre seus eleitores é bem mais favorável do que as suas taxas na população em geral – 24% de “bom/ótimo” e 57% de “ruim/péssimo”. É expressivo, no entanto, que 1 entre 3 eleitores do presidente declarem insatisfação com o seu trabalho frente ao Planalto. (Poder360)
Moro Candidato: A campanha eleitoral só começa no ano que vem, após as convenções partidárias, mas o dia 10-11-2021 foi pautada pelo pleito de 2022. No evento mais movimentado, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro se filiou-se ao Podemos e discurso de candidato à Presidência. Falando para filiados do partido e convidados, Moro enfatizou o discurso contra a corrupção e fustigou o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro sem mencionar seus nomes: “Chega de corrupção, chega de mensalão, chega de petrolão, chega de rachadinha, chega de orçamento secreto. Chega de querer levar vantagem em tudo e enganar a população”. Ele também defendeu o fim do foro privilegiado para todos os agentes públicos e o fim da reeleição para cargos do Executivo. (g1) (Meio)
Procuradores na Berlinda: O TCU determinou que cinco procuradores que atuaram na Lava-Jato devolvam cerca de R$1,8 milhão recebidos em diárias de viagens ao exterior. Segundo o relator da ação, ministro Bruno Dantas, o coordenador da força-tarefa da operação, Deltan Dallagnol, escolhia os beneficiados com as viagens, violando o princípio da impessoalidade. Se todos forem condenados, ficarão inelegíveis, inclusive Dallagnol, que deixou o MPF para entrar na política. (Folha) (Meio)
Meio Ambiente, Sustentabilidade e Energia
Mudanças Climáticas: As mudanças climáticas são um problema cada dia mais grave. Segundo relatório do banco suíço UBS, seria necessário o equivalente a 40 florestas amazônicas para neutralizar toda a emissão de gás carbônico oriunda apenas da geração de energia. (Poder360) (Meio)
Gases de Efeito Estufa na Agricultura: Iniciativas de mitigação de emissões de gases de efeito estufa na agricultura e na pecuária têm potencial de reduzir as emissões de poluentes no mundo entre 3% e 7% até 2030, de acordo com um estudo do Centro de Investimentos da Agência da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO) e do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD). A estimativa de redução considera os volumes registrados em 2020 como referência. O estudo lembrou que os sistemas agroalimentares são responsáveis por 21% a 37% de todas as emissões globais de gases de efeito estufa e que os produtores rurais estão, ao mesmo tempo, entre os mais afetados pelas mudanças climáticas. (Valor)
Desmatamento na Amazônia: A área sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal teve uma alta de 5% em relação a 2020, batendo o recorde histórico de 877 km². O alerta foi feito pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) com dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) divulgados dia 12-11-2021, último dia de negociações na COP26. (Valor)
Campeão na Demora: Os pedidos de registros de patentes no Brasil caíram 4,1%, para 24.338, em 2020, ao mesmo tempo que houve alta global de 1,6% (3,3 milhões), segundo o Relatório Mundial de Indicadores de Propriedade Intelectual (WIPI) publicado dia 08-11-2021. O Brasil aparece também como o país com a maior demora na concessão de patentes no mundo, apesar do avanço recorde na liberação ocorrida no ano passado. (Valor)
Energy Family da Embraer: A Embraer anunciou projetos para uma família de aeronaves conceito, que foi concebida para ajudar a indústria a atingir a meta de zero emissões líquidas de carbono até 2050. Batizada de “Energia Family”, o projeto envolve quatro aeronaves conceito de tamanhos variados que incorporam diferentes tecnologias de propulsão, sendo elas: eletricidade, célula de combustível de hidrogênio, turbina a gás de duplo combustível e híbrido-elétrico. (Valor)
Desempenho Brasileiro: O Índice de Desempenho em Alterações Climáticas (CCPI – Climate Change Performance Index) foi apresentado pela Germanwatch, pela NewClimate Institute e pelo Climate Action Network (CAN) nesta terça-feira (9), durante a COP26, em Glasgow, na Escócia. O Brasil está em 33º lugar no ranking que mede o desempenho de 62 países no combate às mudanças climáticas. O país caiu oito posições em relação ao relatório de 2020, recebendo classificações alta para uso de energias renováveis, média para emissões de gases de efeito estufa e muito baixa para política climática. (Valor)
Frágil Adesão: O Brasil aderiu a acordos de corte nas emissões de metano e no fim do desmatamento, mas ontem, em entrevista em Glasgow, onde participa da COP26, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, se recusou a dizer se o governo vai retirar o apoio ao “combo da poluição”. São projetos no Congresso que, entre outros pontos, legalizam ocupação irregular de terras e desmatamento e mineração em áreas protegidas. (BBC Brasil) (Meio)
Ações Insuficientes: Se o tom na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26) era de otimismo, um relatório publicado no evento no dia 10-11-2021 esfriou a animação. Segundo especialistas, as ações de curto prazo prometidas pelos países são insuficientes e provocarão a elevação da temperatura média do planeta em 2,4oC, muito acima do 1,5o.C buscado na COP26. (Guardian) (Meio)
Ministro do Meio Ambiente é Ameaça ao Meio Ambiente: “Onde existe muita floresta, existe muita pobreza.” A frase não é de um madeireiro ou fazendeiro desmatador, mas do ministro do Meio Ambiente do Brasil, Joaquim Leite, em discurso oficial na COP26. Diplomatas e ambientalistas de todo o mundo ouviram incrédulos Leite ignorar os dados de desmatamento, cobrar mais dinheiro dos países ricos e dizer que “o futuro verde já começou no Brasil”. (UOL) (Meio)
Fóssil do Dia: Joaquim Leite foi “agraciado” com o prêmio “fóssil do dia” por ter mentido em seu discurso, ao dizer que o Brasil anunciou “metas ainda mais ambiciosas” na COP26. Na verdade, as propostas do governo brasileiro eram um retrocesso em relação aos compromissos assumidos em 2020. (Poder360) (Meio)
Lixo Radioativo 1: A maioria dos depósitos de rejeitos radioativos no país opera sem licenciamento e não tem recebido inspeções anuais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), responsável pela fiscalização do setor, elevando o risco de acidentes. A constatação faz parte de auditoria recém-concluída pela Controladoria-Geral da União (CGU), que expõe a precariedade no funcionamento de boa parte das instalações. (Valor)
Lixo Radioativo 2: Segundo a auditoria, 11 das 17 unidades sob controle regulatório não tiveram uma única inspeção da CNEN em 2019, contrariando a periodicidade mínima anual nas fiscalizações. O relatório mostra que algumas instalações, como o depósito intermediário de rejeitos radioativos, localizado no Recife, ficaram até quatro anos sem nenhuma inspeção. (Valor)
Ambiente Social, Emprego e Renda
Política de Cotas: Embora ainda seja alvo de críticas, a política de cotas nas universidades tem números sólidos a exibir. Levantamento mostra que o número de alunos pretos e pardos na UFRJ cresceu 71%, passando de 21,3 mil em 2013, um ano antes de as cotas serem adotadas, para 36,6 mil em 2020. (g1) (Meio)
Assédio Moral: A menos de duas semanas do Enem, o Inep, órgão do Ministério da Educação responsável pela prova, vive uma crise. Na semana passada, dois coordenadores ligados ao Enem pediram exoneração. E espera-se para hoje uma debanda de mais servidores qualificados. Nos bastidores, os funcionários acusam a diretoria de assédio moral e tentativa de interferir no conteúdo das provas. A direção do Inep nega. (Veja) (Meio)
Sofrer Tentativa de Golpe: Mais da metade dos brasileiros já sofreu alguma tentativa de golpe ou fraude, aponta pesquisa feita pelo C6 Bank e Ipec Inteligência. O estudo mostrou que 55% das pessoas das classes A, B e C com acesso à internet sofreram alguma tentativa de golpe. Esse número aumenta para 62% quando é levado em conta somente o recorte da população que mora em capitais. Para cidades com até 50 mil habitantes, os números estão na casa dos 51%. O estudo também mostrou quais os canais que os golpistas mais tentam utilizar. No topo da lista ficou o telefone, com 54%, seguido pelo WhatsApp, com 48%, e SMS em terceiro, com 39%. (Mercado & Consumo)
Cresce o Trabalho Informal 1: A crise da covid-19 deteriorou o mercado de trabalho brasileiro e fez o nível de informalidade acelerar. A proporção de trabalhadores informais na população ocupada é a maior em uma década no Brasil. Economistas afirmam que a tendência é esse percentual crescer no curto prazo e argumentam que, sem crescimento econômico, dificilmente haverá reversão desse quadro. (Valor)
Cresce o Trabalho Informal 2: O volume de trabalhadores informais chegou a 48,7% da população ocupada, no fim do segundo trimestre de 2021, ante 45,7% no primeiro trimestre de 2012 e o pico anterior de 48,5% no terceiro trimestre de 2019, segundo levantamento da consultoria iDados, com base em microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral. O Brasil tem hoje mais de 42,7 milhões de informais. Essa conta inclui todos os trabalhadores sem carteira assinada e os por conta própria, cuja maioria é informal, mas exclui os empregadores, que são em sua maioria formais. (Valor)
Ambiente Empresarial e Tecnológico
Windows 11: Com o novo Windows 11, mais programas deixarão de funcionar em versões antigas do sistema operacional. A Microsoft anunciou que o serviço em nuvem OneDrive não será mais compatível com o Windows 7, 8 e 8.1 a partir de 1º de março de 2022. (TechTudo) (Meio)
Brasil 5G: O leilão do 5G no Brasil terminou dia 05-11-2021, movimentando R$ 47,2 bilhões. O valor ficou abaixo dos R$ 50 bilhões previstos inicialmente pelo governo. Esse foi o maior leilão de faixas de frequência da história do país. Para analistas, incluindo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento) foi também o maior leilão de 5G do mundo. O certame também rendeu seis novas operadoras de telecomunicações no Brasil: Winity II, Brisanet, Consórcio 5G Sul, Neko, Fly Link, Cloud2u. Do valor total arrecadado, R$ 7,4 bilhões serão outorgas para o governo e o restante será utilizado pelas empresas vencedoras em compromissos definidos em edital. (CNN Brasil) (Meio)
Facebook Tóxico no Brasil: O consórcio de jornais criado para documentar os arquivos vazados do Facebook continua com novas revelações sobre a rede social, desta vez, sobre o Brasil. Documentos internos do Facebook obtidos pelo Estadão mostra o alcance de conteúdos tóxicos como discurso de ódio e desinformação são “particularmente maiores no Brasil, comparado a outros aplicativos. A empresa analisou 17 categorias de conteúdos e, em diferentes trechos do documento, cita o Brasil como um país com grande alcance de conteúdo de baixa qualidade. (Estadão)
Nova Usina Nuclear: O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, confirmou que, além de Angra 3, o Brasil terá uma nova usina nuclear indicada no Plano Decenal de Energia (PDE) 2031. Os estudos em busca de um local para a construção do projeto já começaram. O plano nacional de energia 2050, no qual a EPE indica tendências de longo prazo, publicado no ano passado, indicava que o país poderia ter de 8 gigawatts (GW) a 10 GW em capacidade instalada de energia nuclear nos próximos 30 anos. Segundo a EPE, o volume inclui a nova usina citada pelo ministro. (Valor)
Coquetel de Anticorpos: A farmacêutica Regeneron publicou que uma única dose de seu coquetel de anticorpos contra covid-19, batizado de Regen-CoV, administrado na dosagem de 1.200 mg via subcutânea, é capaz de reduzir o risco de se pegar a doença em 81,6% durante o período 2 a 8 meses. (Valor)
Trabalho Remoto e Processos Trabalhistas: Segundo a legislação francesa, empresas com mais de 50 empregados precisam criar acordos formais com a força de trabalho sobre uso de meios eletrônicos – como e-mails e aplicativos de mensagens – fora do horário de expediente. No Brasil não existe uma regulamentação específica sobre esse assunto. Não à toa que, com a adoção do home office intensificada pela pandemia, os processos trabalhistas que envolvem o trabalho remoto aumentaram 270% entre março e agosto de 2020. (Você RH) (Meio)
Problemas no Facebook: O rebranding para salvar o Facebook, com a empresa controladora passando a se chamar Meta, ainda não convenceu. Um estudo da consultoria Harris Brand mostrou que a companhia perdeu muitos usuários desde o anúncio de mudança no nome. Mais: o nível de confiança na big tech caiu 5% no mesmo período. Mas esse não é o único problema que Mark Zuckerberg vem enfrentando. Desde o vazamento de documentos internos que deram origem a uma série de investigações do Wall Street Journal, chamada Facebook Papers, o índice de confiança da rede Facebook caiu 16%. (Época Negócios) (Meio)
Planos do Facebook Seguem: A companhia segue firme no desenvolvimento do metaverso, um mundo digital futurista com realidade aumentada. Para isso, a Meta pode contar com lojas físicas de varejo para promover interações do público com dispositivos de realidade aumentada, uma maneira de aproximar as pessoas da nova tecnologia. (New York Times) (Meio)
Campus Party: Começou dia 11-11-2021 a 13ª edição da Campus Party, feira de tecnologia com conteúdo de inovação, empreendedorismo e criatividade, em São Paulo. Depois de uma edição extra 100% digital em 2020 por conta da pandemia, o evento deste ano terá uma programação em formato híbrido, com atrações online e presenciais. A CP deve seguir todos os protocolos sanitários estabelecidos pela prefeitura e governo do Estado de São Paulo, segundo os organizadores. O limite de pessoas é de 3 mil, sendo que mais de 700 pessoas poderão ficar acampadas. (g1)
Fonte: Notas Econômicas
Jornal Valor, Globo, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Carta Capital, Poder 360, Mercado & Consumo, TechTudo, UOL, Mercado & Consumo, CNN Brasil e g1.
Em resumo