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Notas econômicas – 19 a 23 de outubro

Paulo Roberto Bretas

Sun Baocheng, presidente da Huawei no Brasil, sobre a possibilidade de o governo Bolsonaro impedir a empresa de participar do 5G. “Vai demorar a transformação digital do Brasil. O segundo é que vai aumentar os custos dos operadores e o terceiro é que os custos dos operadores vão ser transferidos para os consumidores. Os brasileiros vão pagar um preço mais alto pelos serviços [de 5G]. Acho que qualquer tipo de banimento contra a Huawei só vai trazer impactos negativos e nenhum ponto positivo. A transformação digital vai demorar porque agora tem muito equipamento da Huawei nas redes do Brasil. Todos estão prontos para a evolução de 4G para 5G. Se vai trocar esses equipamentos, vai demorar muito tempo. Se for assim, vai demorar mais anos para a transformação digital. Vamos manter a comunicação com o governo para apresentar uma Huawei aberta e transparente. Como fazemos há 22 anos. No futuro, vamos continuar a respeitar a lei do Brasil, a soberania digital, a proteção dos dados e da privacidade.” (Folha) (Meio)

Paulo Guedes disse que o governo deve desistir do Renda Cidadã se não conseguir criar espaço fiscal para o novo programa. “É melhor voltar para o Bolsa Família que promover um programa irresponsável”. (G1)

A China acelerou sua economia e cresceu 4,9% no terceiro trimestre. O dado, porém, veio abaixo da expectativa de economistas, de um crescimento de 5,3%. (Valor) (Meio)

A oferta de ações em 2020 já bateu recorde. O volume financeiro de IPOs e follow-ons até o momento supera, nominalmente, em R$ 4,5 bilhões toda a captação de 2019 e em R$ 24 bilhões o segundo melhor período da bolsa ocorrido em 2007. Somente em outubro já foram realizadas quatro ofertas até o momento, que se somam às 34 operações concluídas entre janeiro e setembro. E o ano pode terminar com uma captação de cerca de R$ 115 bilhões. (Valor) (Meio)

Em agosto, o Brasil quebrou o recorde de fusões e aquisições: registrou 112 operações, volume 65% superior ao do mesmo mês de 2019. Segundo a consultoria PwC Brasil, as operações não foram com foco em crescimento, mas em manutenção das atividades. (Estadão)

Mais de seis meses se passaram e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda não liberou um centavo do pacote de R$ 6 bilhões para as companhias aéreas. A proposta de financiamento, anunciada no fim de março, é considerada cara e de uso restrito. Os recursos não podem ser usados, por exemplo, para pagar dívidas ou comprar aviões, exigências que, para as aéreas, não fazem sentido. (Valor)

As negociações demoraram tanto que as empresas aéreas Gol e Azul ajustaram despesas e formaram caixa suficiente para operar com folga até o ano que vem. A Latam também ganhou fôlego importante com a recuperação judicial nos Estados Unidos. Em dezembro termina o prazo para as empresas decidirem se tomarão os recursos do pacote do BNDES, que também conta com participação de bancos privados. (Valor)

Dados preliminares da arrecadação de setembro prometem uma surpresa positiva nos recolhimentos feitos por micro e pequenas empresas, segundo informações da área técnica. Ao contrário da onda de calotes que se temia, o que se vê é que as empresas estão conseguindo pagar os impostos devidos no mês, mais as parcelas que haviam sido suspensas devido à pandemia. Ainda assim, o governo está decidido a não excluir empresas do Simples por inadimplência em 2020. (Valor)
Em 2019, 738.605 contribuintes do Simples foram notificados sobre a existência de débitos com a Receita e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, no valor de R$ 21,5 bilhões, e que por isso sairiam do programa. Desses, 230 mil regularizaram sua situação e conseguiram permanecer. A cada ano, são excluídas de 600 mil a 700 mil empresas, disse o presidente do Sebrae Carlos Melles. (Valor)

Um Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano bem maior do que a previsão que consta da proposta orçamentária de 2021 vai colocar as finanças da União em situação de virtual “shutdown”, ou seja, de ameaça de paralisação de serviços públicos. Na elaboração da proposta orçamentária, o governo utilizou uma previsão para INPC de 2,09%. As projeções do mercado apontam, agora, que o índice ficará acima de 3%, podendo chegar a 3,2%.O governo estima que o aumento de 0,1 ponto percentual no INPC gera acréscimo de R$ 768,3 milhões nas despesas da União. Isso ocorre porque o INPC reajusta o salário mínimo, que é o piso dos benefícios previdenciários e assistenciais. Além disso, o INPC corrige também os benefícios previdenciários com valor acima de um salário mínimo. (Valor)

Mais de 40 entidades do agronegócio entregaram ao deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da PEC 45/2019, uma carta com seis propostas que resumem as principais demandas do setor produtivo para a reforma tributária. Entre elas estão a desoneração total da cesta básica e dos insumos agropecuários e o tratamento diferenciado às cooperativas agropecuárias. O texto é assinado por representantes de produtores rurais, da indústria de defensivos, fertilizantes e rações, de tradings, de processadoras de alimentos voltadas aos mercados interno e externo, de frigoríficos e do sistema cooperativista.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil passa por um ponto de inflexão em termos de credibilidade fiscal, a partir do qual é melhor gastar menos do que mais para estimular o crescimento. Segundo Campos, esse ponto de inflexão significa que se o programa de auxílio emergencial do governo for mais longo, o custo em termos de credibilidade fiscal será muito maior do que o benefício do gasto em si, considerando o impacto na atividade. Isso acontece, segundo ele, porque a dívida pública é tão elevada que cria incertezas que limitam o crescimento, em função do efeito das expectativas dos agentes. (Valor)

63% dos brasileiros que participaram de uma pesquisa encomendada pelo Fórum Econômico Mundial manifestaram preocupação em perder o emprego nos próximos 12 meses, percentual bem mais alto que a média de 54% entre os 27 países consultados.
Dois terços dos trabalhadores em todo o mundo dizem que podem aprender e desenvolver as habilidades necessárias para os empregos do futuro por meio de seu empregador atual. Enquanto quase nove em cada dez trabalhadores na Espanha afirmam ser capazes de adquirir novas habilidades essenciais no trabalho, menos da metade no Japão, Suécia e Rússia o fazem. No Brasil, 79% manifestaram confiança de adquirir novas qualificações no emprego atual. (Valor)

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) conclamou os governos a buscar um novo motor para o crescimento econômico. Destacou inquietação, sobretudo, com os dois bilhões de trabalhadores informais, sem real proteção social. (Valor)

A última pesquisa nacional do Ibope sobre a aprovação do presidente, concluída em setembro, mostrou uma aprovação do governo Bolsonaro por 40% dos entrevistados. Os que consideraram o governo regular somaram 29%. Esse foi o mesmo percentual de brasileiros que consideraram o governo como ruim ou péssimo. Nesta primeira rodada de pesquisa Ibope nas capitais, é possível identificar três grupos, segundo o patamar de aprovação e reprovação do presidente. No primeiro estão as cidades com aprovação dentro da média nacional, com pequenas variações dentro da margem de erro, como Goiânia, Palmas, João Pessoa, Maceió, Macapá, Belo Horizonte e Natal.

No grupo das cidades com aprovação acima da média nacional estão, além de Boa Vista, cidades como Manaus, Porto Velho, Cuiabá e Rio Branco. Já no terceiro grupo das cidades com alto percentual de eleitores que reprovam o governo Bolsonaro estão, além de Salvador, cidades como Teresina, Porto Alegre, Fortaleza, São Paulo, Recife, Belém, Vitória e Florianópolis. (Valor)

As energias eólica e solar são a forma mais barata de eletricidade nova na maior parte do mundo atualmente. Essa é a análise da BloombergNEF, que prevê um ponto de inflexão em cinco anos, quando será mais caro operar uma usina existente de carvão ou gás natural do que construir parques solares ou eólicos. As descobertas se somam às pesquisas que mostram por que as renováveis têm se expandido na maioria dos mercados de energia. A Agência Internacional de Energia (AIE) disse que a energia solar começa a substituir o carvão como a forma mais barata de eletricidade. Mas há um limite econômico para a propagação dessas fontes de energia limpa, disse o economista-chefe da BNEF, Seb Henbest, na conferência anual do grupo de pesquisa, em Londres. Haverá um ponto de saturação em cada país, porque a tecnologia não reduzirá mais os custos de geração em comparação com o funcionamento das centrais térmicas existentes. (Valor)

Essas restrições sugerem que as energias renováveis não ganharão mais que 70% ou 80% do mercado de geração de eletricidade, dependendo das condições locais. Mesmo na Europa, que tem algumas das políticas mais rigorosas de incentivo às energias renováveis e desencoraja combustíveis fósseis, as energias eólica e solar provavelmente não ultrapassarão 80% da oferta. (Valor)
À medida que as energias renováveis obtêm participação no mercado de petróleo, gás e carvão, as companhias de transporte marítimo que entregam esses combustíveis sofrerão um impacto. (Valor)

Uma nova lei permitirá que a China proíba exportações para proteger sua segurança nacional, uma medida que pode afetar empresas de tecnologia americanas e que dá ao país mais uma arma para a recente disputa comercial com os Estados Unidos. O governo de Donald Trump usou regras do Departamento de Comércio para impedir que companhias chinesas, como a Huawei, tivessem acesso a bens e serviços essenciais produzidos por empresas americanas. A Casa Branca também se mobilizou para proteger tecnologias avançadas, como a inteligência artificial. (Valor)

As pessoas físicas já doaram mais de R$ 140 milhões para as eleições. O levantamento do G1 mostra que mais de 40 mil pessoas transferiram o dinheiro diretamente para os candidatos e outras 2.359 pessoas doaram para os órgãos partidários, que decidem o destino do dinheiro. A principal receita das candidaturas, porém, ainda vem dos partidos políticos – o montante chega a R$ 327,3 milhões. (Meio)

Entre 161 nações, o Brasil teve a maior queda em índice de liberdade de expressão. Caiu 18 pontos de 2018 para 2019. Na 94ª posição, o país ficou atrás de todos os países da América do Sul, com exceção da Venezuela. Segundo o relatório da ONG Artigo 19, a queda “se acelerou com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder”. (Meio)

Pedro Cafardo: O Brasil é, de longe, a maior decepção entre as quatro grandes países emergentes incluídos no histórico trabalho da Goldman Sachs que criou o grupo do Brics – Brasil, Rússia, Índia e China. Se você quer saber quais desses países mais corresponderam às previsões de crescimento econômico, basta ler a sigla de traz para frente. A China foi disparadamente melhor, seguindo-se Índia e Rússia, com o Brasil na lanterna. (Valor)

O setor de serviços registrou saldo positivo de vagas com carteira assinada em agosto pela primeira vez desde o início da pandemia, ao criar 45,4 mil postos, um número modesto, mas visto com certo alívio por analistas. Cerca de 40% dessas vagas, no entanto, são relacionadas a companhias que alugam mão de obra temporária para outras empresas, o que, para especialistas, sinaliza a fragilidade de recuperação não só do setor, mas do mercado de trabalho formal como um todo.

O bom resultado da geração de empregos formais apontado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nos últimos dois meses pode não ser o melhor termômetro para avaliar o mercado de trabalho, que segue frágil, alerta o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). (Valor)

As importações de produtos químicos tiveram aumento considerável em setembro, de 10,2% na comparação com agosto, e chegaram a US$ 3,7 bilhões, segundo relatório de comércio exterior da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Ao mesmo tempo, as exportações tiveram discreto incremento, de 1,5% na mesma base comparativa, a US$ 871,4 milhões. Os produtos químicos mais importados continuam sendo os intermediários para fertilizantes, com compras externas de US$ 716,7 milhões, alta de 11,1% ante agosto. Resinas termoplásticas foram os itens mais exportados, com US$ 103,5 milhões, com queda de 13,4% frente ao mês imediatamente anterior. (Valor)

De janeiro a setembro, as importações de químicos somaram US$ 30,3 bilhões, com retração de 9%. Já as exportações caíram 14,8%, a US$ 8,3 bilhões. Em volume, porém, as importações até setembro foram recorde, com mais de 37 milhões de toneladas. Isso equivale a aumento de 6,9% em relação a igual período do ano passado — as 34,6 milhões de toneladas daquele período correspondiam ao recorde anterior. (Valor)

Apenas 6,3% de um total de 8,4 mil cursos das áreas de engenharia, arquitetura e saúde de instituições de ensino superior privadas e públicas obtiveram a pontuação máxima no Enade, avaliação que mensura a qualidade dos cursos no país a partir de provas realizadas com alunos recém-formados. Nesta última edição, o Enade registrou 391,8 mil participantes. A maior parte dos cursos, o equivalente a 68% do total, obteve notas dois ou três de um ranking que vai de um a cinco. (Valor)

Entre os cursos que foram classificados com a nota máxima, 9,2% são de instituições privadas com fins lucrativos, 9,2% particulares sem fins lucrativos, 66,9% são universidades federais, 14,5% são universidades estaduais e 0,2% universidades municipais. (Valor)
O Ministério da Agricultura aprovou a extensão do uso de 17 defensivos agrícolas em culturas de suporte fitossanitário insuficiente (CSFI), também conhecidas como “minor crops”. A medida atende produtores de hortaliças, pulses, leguminosas, frutas e flores. Com isso, os produtores dessas culturas poderão utilizar os produtos já disponíveis no mercado e antes indicados apenas para outros cultivos. Recentemente, o ministério já havia aprovado a extensão de uso de três defensivos agrícolas para as culturas minor crops. (Valor)

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu um processo de antitruste contra o Google. Acusa a companhia de fazer “acordos exclusivistas e conduta anticompetitiva” para se tornar dominante no mercado de busca e, a partir daí, abusar do domínio sobre este espaço para impedir o nascimento de rivais que possam provocar ameaça. “O Google paga bilhões de dólares anualmente a distribuidores como Apple, LG, Motorola e Samsung; a operadoras americanas de telefonia como AT&T, T-Mobile e Verizon; a browsers como Mozilla, Opera para garantir que a busca padrão em seus aparelhos e serviços seja a sua.” Ainda não está claro qual o objetivo dos advogados do governo americano — se desejam dividir a empresa ou impor restrições ao seu comportamento. (Verge) (Meio)
Tudo indica que é apenas o início. A acusação, afinal, ainda é tímida. O processo não entra, por exemplo, no domínio que o Google exerce sobre o mercado da publicidade digital, como apontou no início do mês um extenso relatório da Câmara dos Deputados americana. Assim como o uso da plataforma Android para amarrar com o conjunto de apps a companhia. Tudo indica que este processo deve se expandir com o tempo. (Ars Technica) (Meio)

No Brasil, o Google enfrenta três processos no Cade. Um sobre o seu sistema de buscas, outro sobre suposta conduta anticoncorrencial no Android e um sobre a suposta prática de “scraping” (uso não autorizado de conteúdo pelo buscador). (Meio)
O governo americano se ofereceu para subsidiar a compra, no Brasil, de equipamento de concorrentes da chinesa Huawei — as europeias Ericsson e Nokia. Isto vale para o maquinário da infraestrutura da rede 5G, para substituição dos equipamentos atuais e outras possibilidades. Atualmente, a China subsidia o equipamento da Huawei assim como facilita o financiamento. (Globo)(Meio)

As cidades mais adaptadas às mudanças são justamente aquelas que têm, entre outros fatores, os seus principais meios de transporte conectados. Isso que aponta o ranking de 2020 de melhores sistemas de mobilidade urbana feito pela consultoria Oliver Wyman e a Universidade de Berkeley. No Brasil, no entanto, a integração de diferentes transportes ainda é um desafio. Em São Paulo, por exemplo, mais de 60% das estações de ônibus, metrôs e trens contam com infraestrutura cicloviária próxima. Nas demais cidades do país, esse número cai para menos de 20%. Essa falta de conexão impacta diretamente no dia a dia da cidade. Um sistema integrado, com espaço para carros, bicicletas e aplicativos de compartilhamento, não só ajuda a cobrir rotas, mas também diminui o tempo entre os bairros e o centro. (Meio)

As cidades brasileiras estão bem atrás de metrópoles sul-americanas em mobilidade de pedestres. Segundo o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento, menos da metade da população das principais capitais do Brasil consegue acessar serviços de saúde e educação a pé em uma distância de até um quilômetro. Brasília é a que se sai melhor, com 62%. Mas ainda muito distante das demais capitais sul-americanas, Lima, no Peru (81%), Santiago do Chile (79%), e Bogotá, na Colômbia (78%). (Globo)
Guerra das Vacinas 1: O presidente Jair Bolsonaro reafirmou em uma postagem em suas redes sociais, que não irá comprar a vacina contra covid-19 produzida pela China. Conhecido por ser um “negacionista” da ciência, dessa vez o presidente utilizou o argumento de que a imunização precisa ser “comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde” e “certificada pela Anvisa” para ser disponibilizada para população. (Valor)

Guerra das Vacinas 2: O anúncio do presidente desautoriza a declaração feita ontem pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a governadores, em que relatou a assinatura de protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina que está sendo produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac. Bolsonaro está em atrito com o governador de São Paulo, João Doria, que está envolvido no desenvolvimento da vacina chinesa junto ao Instituto Butantan. (Valor)
O Banco Central (BC) teve ganho de R$ 2,308 bilhões nas operações de swaps em outubro até o dia 16, conforme divulgado pela autoridade monetária. No acumulado desde o início do ano, houve perda de R$ 64,758 bilhões. Os swaps não visam gerar ganhos para o BC. Com esses contratos, a autoridade monetária oferece proteção ao mercado em momentos de grande volatilidade no câmbio. No contrato, o BC é perdedor quando o dólar sobe frente ao real e ganha com a valorização da moeda nacional. Em 2019, a conta ficou negativa em R$ 7,640 bilhões. (Valor)

O saldo negativo do fluxo cambial em 2020, até o último dia 16, cresceu a US$ 19,753 bilhões. A conta de capital tem um resultado líquido negativo em US$ 53,368 bilhões. A conta comercial está positiva em US$ 33,615 bilhões.
A arrecadação federal de impostos registrou uma alta real de 1,97% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado e chegou a R$ 119,825 bilhões, informou a Receita Federal. Com o desempenho do mês, o recolhimento no ano atingiu a marca de R$ 1,026 trilhão, uma queda real de 11,70% ante o mesmo período de 2019. (Valor)

O governo deixou de arrecadar R$ 87,780 bilhões nos primeiros nove meses do ano devido a desonerações tributárias. Em 2019, abriu mão de R$ 72,786 bilhões no mesmo período. Apenas em setembro, as desonerações somaram R$ 10,696 bilhões. No ano, somente com Simples e MEI (Microempreendedor Individual) o governo deixou de receber R$ 11,471 bilhões em tributos. Além disso, a desoneração da cesta básica contribuiu para uma redução de R$ 9,227 bilhões na arrecadação. (Valor)

Caiu o número de obras públicas com indícios de desvios, em 2020, mas o número de problemas ainda é bastante elevado. De acordo com relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), dos 59 projetos selecionados para fiscalização, neste ano, 31 (52%) apresentaram vestígios de irregularidades graves. (Valor)

Mais uma perda nas milícias digitais negacionistas: Morreu o senador bolsonarista Arolde de Oliveira, vítima da Covid-19. Ele era crítico da política de isolamento social. (Poder 360) (Meio)

Os acordos bilaterais entre os Estados Unidos e o Brasil são a continuidade de uma agenda de modernização e simplificação que já era tocada pela diplomacia local e não representam a chance de um tratado de livre-comércio, dizem especialistas. No caso dos investimentos prometidos no âmbito do 5G, de US$ 1 bilhão, as tratativas parecem estar no campo político e nas ofensivas americanas de conter a influência chinesa a partir da disseminação da tecnologia da Huawei. (Valor)

A proximidade com os EUA, fomentada pelo viés político semelhante entre Donald Trump e Jair Bolsonaro, representa um “jogo perigoso”, uma vez que o Brasil tem na China origem de boa parte de seu superávit comercial, ao passo que nas transações com os americanos a conta é deficitária. (Valor)

Como entender? O Departamento de Comércio dos EUA anunciou a sobretaxação do alumínio exportado por produtores brasileiros ao país, cuja alíquota vai passar de 49,48% para 136,78%. (Valor)

Independentemente do tamanho e do nome que terá, a nova versão do Bolsa Família que o governo prepara já tem uma série de propostas tecnicamente prontas e que podem ser executadas com o nível de Orçamento atualmente previsto para 2021. Entre as ideias, que dependem apenas de se bater o martelo politicamente, estão prêmios para mérito esportivo, em ciência e tecnologia (como olimpíadas de matemática e de física) e para educação de forma geral. (Valor)

No caso de esportes e ciência e tecnologia, a ideia é dar um benefício extra de R$ 1 mil por ano para as famílias de jovens que ficarem bem posicionados nesses certames. Além disso, esses estudantes que se destacarem receberão individualmente R$ 100 por mês ao longo do ano. O custo é relativamente baixo, estimado e R$ 50 milhões nas duas modalidades, e visa estimular o desenvolvimento dos jovens em famílias do programa social. Com esses recursos, seria possível premiar 20 mil jovens (10 mil em cada modalidade). Obviamente os valores e o alcance da proposta podem mudar por decisões políticas. (Valor)

A premiação por mérito escolar de forma geral terá um custo maior, porque pretende alcançar quase 2 milhões de estudantes. Nesse caso, o desenho ainda não está finalizado no governo, que discute quais serão os critérios para premiação. Ela deve ser da ordem de R$ 200 por ano para os melhores alunos. (Valor)

A obesidade mais que dobrou em 18 anos no país, mostrou o Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE). No fim do ano passado, o problema atingia 26,8% da população com 20 anos ou mais. O quadro é especialmente grave por essa condição ser um fator de risco a mais para a covid-19. Entre 2002 e 2003, 12,2% da população brasileira sofria de obesidade, número que subiu continuamente ao longo dos anos: em 2009, chegou a 15,7%; em 2013, a 22%. Os questionários da pesquisa foram aplicados até fevereiro deste ano. (Valor)

Em um cenário pré-pandemia, o número de empresas com alto ritmo de crescimento apurado pelo IBGE atingiu o maior patamar em três anos, com alta de 11,9% entre 2017 e 2018. A informação consta da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2018. Empresas de alto crescimento são aquelas que têm alta média de pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, durante três anos. Em 2018, essas empresas totalizavam 22.732, acima dos 20.306 observados em 2017, e o maior volume desde 2015 (25.796). Em 2018, essas companhias respondiam por 5% do total de empresas com dez pessoas ou mais assalariadas – porcentual acima do registrado em 2017, de 4,5%. (Valor)

Mesmo antes da pandemia, 762.940 empresas fecharam as portas em 2018, constatou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgada com dados relativos àquele ano. O volume de empresas que fecharam as portas não foi compensado pelo número de companhias que entraram no mercado, naquele mesmo ano. No período, abriram as portas 697,1 mil empresas. (Valor)

Do total de empresas fechadas em 2018, a maioria, ou 629.704, não tinha quadro de funcionários. Porém, entre as que empregavam, isso atingia a um volume de 1.517.163 pessoas, sendo 512.000 assalariadas. Ainda dentro do total de empresas fechadas que detinham quadro de funcionários, 126.022 empregavam até dez pessoas; e 7.214 tinham quadro de funcionários de dez pessoas ou mais. (Valor)

No levantamento do IBGE, das empresas fundadas em 2008, apenas 25,3% mantinham portas abertas em seu décimo ano de atividade, ou seja, em 2018. No entanto, na região Sul, esse percentual era de 28,7%, para o mesmo período. Das empresas fundadas em 2008, após o primeiro ano de atividade 81,5% permaneciam abertas. Com cinco anos em operação, cerca de metade das empresas no Brasil já encerraram as portas: uma taxa de sobrevivência de 47,5% no quinto ano de atividade das empresas observadas pelo IBGE. (Valor)

O estudo é um recorte do Cadastro Central de Empresas (Cempre), também elaborado pelo IBGE. Em 2018, o país detinha 4,4 milhões de empresas ativas, que ocupavam 38,7 milhões de pessoas. (Valor)

Criado para o pagamento de benefícios sociais na pandemia, o aplicativo Caixa Tem se tornou estratégico nos planos da Caixa para atender um público que virou alvo do interesse crescente de bancos digitais e fintechs: a população de baixa renda. A disputa no setor bancário sempre esteve muito voltada às classes A, B e, em menor escala, C. No entanto, a forte competição pelo topo da pirâmide, a digitalização da economia (que reduz custos de atendimento), o pagamento do auxílio emergencial e a queda das taxas de juros têm aumentado o interesse na prestação de serviços para os mais pobres. Outro fator que está prestes a entrar em cena é o Pix, que vai abrir novas possibilidades de prestação de serviços para consumidores até então pouco atrativos. Trata-se de um alinhamento inédito de fatores que permitem atender essa população de forma rentável.

A Caixa tem uma vocação natural para atender o público de baixa renda por ser o distribuidor de benefícios sociais do governo. O pagamento do auxílio emergencial neste ano colocou nas mãos da instituição financeira 120 milhões de contas digitais, dos quais 33 milhões não tinham relacionamento bancário. É um contingente muito significativo. No fim do ano passado, o Instituto Locomotiva estimava em 45 milhões o número de brasileiros “desbancarizados”. (Valor)

O número de focos de incêndio registrados na Amazônia de janeiro a setembro deste ano foi o maior desde 2010. E só nos primeiros 14 dias deste mês, o Pantanal acumula 2.536 focos de incêndio — já é maior do que o número de focos registrados em setembro e é o segundo pior outubro da história. (G1) (Meio)

Existem R$ 177 bilhões em recursos que estão parados em fundos federais poderão ser “descarimbados” para financiar ações de combate à pandemia, diminuindo a pressão sobre o endividamento. A medida depende da aprovação, pelo Congresso, do Projeto de Lei Complementar (PLP) 137, de autoria do deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE). Os recursos serão usados em quatro eixos: auxílio emergencial, apoio a Estados e municípios, ações de saúde e ações de apoio ao emprego e à renda. (Valor)

Alejandro Werner (Diretor do FMI): Manter o compromisso com o teto de gastos é essencial para o Brasil sustentar a confiança dos mercados, mas uma retirada mais gradual do apoio fiscal em 2021 é desejável se os resultados sanitários, sociais e econômicos forem piores do que as autoridades esperam. (Valor)

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou sua Pesquisa Especial de Crédito, que consolida as estimativas dos resultados de saldo e concessão de crédito dos cinco maiores bancos do Brasil e tenta antecipar aas Estatísticas de Crédito e Política Monetária do Banco Central. Os participantes estimam que o saldo consolidado do crédito em setembro deverá apresentar alta de 2,1% na variação mensal e crescimento de 13,3% na variação de doze meses. O saldo de crédito para pessoas físicas deve apresentar crescimento de 1,4% na comparação mensal e de 9,1% na comparação anual. O crédito destinado às empresas deve aumentar 3,1% e 19,0%, respectivamente. (Valor)

Praticamente metade dos embarques brasileiros tem como destino um grupo de países distantes cerca de 50 dias por via marítima. A Ásia, excluindo Oriente Médio, absorveu de janeiro a setembro de 2020, US$ 76,22 bilhões em produtos brasileiros, o que representou 48,7% do total exportado. Em iguais meses do ano passado essa fatia era de 40,5%. A exportação para o continente cresceu 10,9% no período enquanto o total embarcado pelo Brasil caiu 7,7%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério da Economia. (Valor)

Em setembro, os resgastes do Tesouro Direto superaram as vendas R$ 168,48 milhões. No mês, as emissões atingiram R$ 1,855 bilhão enquanto as retiradas somaram R$ 2,024 bilhões, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Foi o terceiro mês seguido de saída líquida. No mês passado, o estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 61,5 bilhões, o que significa aumento de 0,4% em relação ao mês anterior (R$ 61,2 bilhões) e de 4,6% sobre setembro de 2019 (R$ 58,8 bilhões). (Valor)

A proporção de domicílios que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia de covid-19, no Brasil, sofreu leve queda para 43,6% em setembro, ante 43,9% em agosto, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação está na edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19. De acordo com os técnicos do IBGE, o valor médio do benefício por domicílio foi de R$ 894. O instituto mostrou, também, que o rendimento médio per capita efetivo do país, em setembro, foi de R$ 1.320, ou seja, 0,7% acima do valor de agosto (R$ 1.311). Desagregando os dados de setembro, o rendimento médio per capita dos domicílios onde nenhum dos moradores recebia algum auxílio do governo em função da pandemia (R$ 1.821) era, em média, mais de duas vezes o daqueles onde algum morador recebia o auxílio (R$ 825). A proporção se manteve nas cinco grandes regiões do país. (Valor)

Norte e Nordeste foram novamente as regiões com os maiores percentuais de domicílios amparados por algum auxílio: 59,8% e 58,8% respectivamente. Os estados das demais regiões estão todos abaixo de 50%. Rio Grande do Sul (29,3%) e Santa Catarina (24,1%) apresentaram as menores proporções de contemplados. (Valor)

A taxa de desemprego do país alcançou 14% em setembro, ante 13,6% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os técnicos do IBGE, trata-se de um recorde na série histórica do instituto. Em setembro, o contingente de desempregados chegou a 13,5 milhões ante 12,9 milhões em agosto. Na passagem de um mês ao outro, houve aumento de 4,3% nesse grupo. Em maio, quando o levantamento foi inaugurado, o número de desocupados era de 10,1 milhões. Houve aumento na força de trabalho para 96,4 milhões de pessoas, ante 95,1 milhões em agosto, alta de 1,4% na passagem de um mês ao outro. Isso não significa que mais pessoas passaram a trabalhar, mas se tornaram aptas ao trabalho, seja por arrefecimento do isolamento social ou quaisquer outras razões. (Valor)

O contingente de trabalhadores informais ficou em 28,3 milhões de pessoas em setembro, ou 34,2% do total de ocupados, segundo o IBGE. Técnicos da instituição informaram que isso representou aumento de 1,7% na quantidade de informais na comparação com agosto. A taxa de informalidade cresceu por dois meses seguidos, saltando de 33,6% em julho para de 33,9% em agosto e 34,2% em setembro. Esse índice, no entanto, ainda é menor que o registrado em junho (34,8%). (Valor)


Fontes: Jornal Valor, G1, IBGE, Canal Meio Newsletter, Verge, Ars Technica, UOL, Folha, Carta Capital.
19 a 23 de outubro de 2020

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