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Notas Econômicas: 15 a 19 de novembro de 2021

Coleta de informações semanais feita pelo Economista Paulo Roberto Bretas

Pela primeira vez desde os meses iniciais da pandemia, a Covid-19 não é a maior causa de mortes no Brasil, segundo levantamento realizado pelo site UOL, com dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil). Os números são referentes a registros realizados em cartórios na segunda quinzena de outubro e foram obtidos no portal de transparência da Arpen Brasil. Entre os dias 16 e 31 do mês passado, o país registrou 3.605 mortes causadas pela Covid-19, número inferior aos óbitos resultantes de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), infarto e problemas cardíacos. Esta é a primeira vez desde o fim de abril do ano passado que o coronavírus não é o maior causador de mortes em território brasileiro. Vale lembrar que a pandemia havia chegado ao país apenas um mês antes, em março. (Radar do Futuro)

Andréa Rêgo Barros/PCR
profissionais de saúde dentro de ambulância do samu - para matéria sobre notas econômicas - queda dos atendimentos por covid
Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR

Economia e Finanças

Auxílio Brasil 1: O Auxílio Brasil será pago a todos os brasileiros que estão no Bolsa Família a partir de novembro. São 14,6 milhões de famílias que serão transferidas automaticamente para o novo programa. Ou seja, não precisam fazer um novo cadastro para receber o Auxílio Brasil. (Poder 360)

Auxílio Brasil 2: O governo pretende ampliar o número de beneficiários do Auxílio Brasil em dezembro, para 17 milhões de famílias – o equivalente a 50 milhões de pessoas. A ideia, porém, depende da aprovação da PEC dos Precatórios e vai atender quem já está na fila de espera do Programa Bolsa Família. (Poder 360)

Reajuste dos Benefícios do Bolsa Família: O Auxílio Brasil reajustará os benefícios do Bolsa Família em 17,84%. O aumento corresponde à correção pela inflação do benefício, que está congelado desde 2018. Por isso, o benefício médio será de R$217,18. (Poder 360)

Taxa de Juros e Inflação: Para o economista André Lara Resende, o aumento da taxa de juros faria mais sentido quando a alta de preços é resultado de pressão de forte demanda, o que não é o caso. A inflação atual, avalia, vem de choques de oferta resultantes da pandemia, que trouxe desorganização de cadeias produtivas internacionais. Na saída da crise sanitária, alguns setores sofreram pressão de demanda muito grande. Um reflexo disso, exemplifica, são os portos nos Estados Unidos, que encontram-se com capacidade saturada e revelam limitações logísticas globais. Há ainda, diz ele, a pressão vinda de commodities e de produtos energéticos, cujos preços subiram no mundo inteiro. (Valor)

Queda nas Vendas do Varejo 1: O peso da inflação sobre a renda das famílias ajudou a derrubar as vendas no varejo em setembro, período em que o faturamento real do setor caiu bem mais que o esperado, apontando um cenário de desaceleração da economia que deve extravasar o terceiro trimestre, segundo economistas. (Valor)

Queda nas Vendas do Varejo 2: As vendas do varejo restrito caíram 1,3% em setembro, na comparação com agosto, feito o ajuste sazonal, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo IBGE. É maior queda para o mês desde o início da pesquisa, em 2000. Esperava-se um recuo de 0,6%. No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, o recuo foi de 1,1%, contra uma expectativa de estabilidade no período. (Valor)

Cai a Confiança do Comércio 1: Sinais de economia mais fraca elevaram a cautela entre os empresários varejistas em novembro, e derrubaram a confiança do setor no mês. É o que mostrou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ao anunciar o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). O indicador caiu 1,3% na passagem de outubro para novembro, para 119 pontos, a terceira queda consecutiva nessa comparação. Em relação ao penúltimo mês de 2020, no entanto, houve alta, de 10,2%. (Valor)

Cai a Confiança do Comércio 2: O economista da CNC, Antônio Everton, disse que há uma série de fatores no momento que podem afetar decisão de consumo. Ele citou inflação; desvalorização da moeda, que encarece as importações; juros; a escalada dos preços dos combustíveis e aumento da energia nas vésperas da chegada do verão. Outro aspecto negativo mencionado pela entidade é o fim do auxílio emergencial pago pelo governo, para impulsionar consumo em meio à crise causada na economia pela pandemia. Esses fatores reunidos apontam um ambiente complicado para vendas no comércio nesse fim de ano. (Valor)

Endividamento das Famílias: As compras com cartão de crédito e o uso dos carnês e cartão de loja pelas famílias de menor renda são as modalidades que mais crescem no endividamento dos consumidores. Pelo menos 85% das famílias endividadas possuem dívidas no cartão, 6 pontos acima do percentual de outubro de 2020. Além disso, 21% das famílias com até 10 salários de rendimento mensal têm dívidas em carnês e cartões de lojas. São as duas modalidades mais representativas no endividamento do brasileiro. (Poder 360)

Sem Crédito Não Há Vendas 1: A saída encontrada pelas famílias para suportar o consumo tem vindo do crédito. Mesmo com a alta dos juros, a contratação de dívidas tem evoluído, as concessões de crédito aos consumidores com recursos livres estão avançando, como mostram os números do Banco Central. Esse ano, as operações de crédito com consumidores devem crescer perto de 18%. (Poder 360)

Sem Crédito Não Há Vendas 2: Os parcelamentos ou dívidas acima de 6 meses, como também acima de 1 ano, têm alcançado proporções recordes dentre as famílias endividadas, segundo os dados da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência). O consumidor está precisando de prazo para possibilitar a compra com parcela reduzida, fazendo cabê-la no orçamento doméstico. (Poder 360)

Corrente de Comércio 1: O Brasil espera que sua corrente de comércio atinja a marca de meio trilhão de dólares este ano, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, na abertura do Fórum Invest in Brazil, em Dubai. “É um país que está começando a se abrir de novo”, comentou. (Valor)

Corrente de Comércio 2: O valor acumulado da corrente de comércio (soma de exportações e importações) de janeiro a outubro deste ano está em US$ 413 bilhões, segundo dados do Ministério da Economia. É o maior valor registrado na série histórica iniciada em 1997. (Valor)

Sonegação Fiscal: A Receita Federal está concluindo um cálculo gigantesco e detalhado, que consumiu mais de um ano de trabalho, para dizer quanto deixou de ser pago em PIS/Cofins. Na sequência, serão feitas estimativas para outros tributos, como o Imposto de Renda e as contribuições sobre a folha. O cálculo não determinará apenas o tamanho da sonegação. Além dela, levará em conta valores não arrecadados por causa de disputas judiciais ou por receitas que o governo deixou de cobrar de um determinado setor para incentivá-lo, por exemplo. Assim, vai medir a diferença entre o que um tributo poderia estar recolhendo e quanto de fato entra nos cofres públicos. (Valor)

IBC-BR 1: O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,27% em setembro, na comparação dessazonalizada com agosto, conforme divulgado pela autoridade monetária. Em agosto, o indicador teve queda de 0,29% (dado revisado de queda de 0,15%). (Valor)

IBC-BR 2: No acumulado de 12 meses até setembro o IBC-Br subiu 4,22%. Devido às constantes revisões, o indicador acumulado em 12 meses é mais estável do que a medição mensal. (Valor)

Relatório Focus 1: A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2022 voltou a cair, agora abaixo de 1,00%, percentual em que estava na semana passada, para 0,93%, no Boletim Focus, do BC divulgado dia 16-11-2021, com estimativas coletadas até o fim da semana passada. (Valor)

Relatório Focus 2: Para 2021, o ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) também foi reduzido, pela quinta semana consecutiva, agora de 4,93% para 4,88%. (Valor)

Relatório Focus 3: A mediana das projeções do mercado para o IPCA em 2021 subiu pela 32ª semana consecutiva, agora de 9,33% para 9,77%. Para 2022, também subiu, de 4,63% para 4,79%. Para 2023, foi de 3,27% para 3,32%. Para 2024, foi de 3,10% para 3,09%. (Valor)

Relatório Focus 4: Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das expectativas manteve-se em 9,25% ao ano no fim de 2021 e 11,00% ao ano no fim de 2022, foi de 7,50% ao ano para 7,75% ao ano em 2023 e permaneceu em 7,00% ao ano no término de 2024. (Valor)

Custo das Reservas Internacionais 1: As reservas internacionais servem como um seguro para o Brasil em momentos de turbulência. De maneira simplificada, o Tesouro Nacional emite títulos no Brasil e, com a quantia arrecadada, compra principalmente dólares para investir em títulos do Tesouro americano. O custo em dólares do carregamento é dado pela diferença entre a Selic (hoje em 7,75% ao ano) e a remuneração dos títulos americanos (entre zero e 0,25% anuais). (Valor)

Custo das Reservas Internacionais 2: Depois de atingir as mínimas históricas nos últimos anos, o custo de carregamento das reservas internacionais voltou a subir rapidamente em 2021 e já está no maior patamar desde 2016. Influenciadas pelo ciclo de altas da Selic, essas despesas passaram de US$ 6,8 bilhões em 2020 para US$ 28,2 bilhões no acumulado de 12 meses até outubro. Em 2022, devem alcançar a casa dos US$ 40 bilhões. (Valor)

Plano Nacional de Fertilizantes: O governo federal lançará um plano nacional de fertilizantes em dezembro, em meio à escalada dos preços desses produtos em todo o mundo. O objetivo do conjunto de diretrizes é reduzir a extrema dependência do Brasil de fornecedores internacionais. Em alguns casos, a importação chega a 95% do que o país consome, o que deixa o agronegócio, principal peso na balança comercial brasileira, muito suscetível a crises internacionais. A meta é reduzir a participação estrangeira de, em média, 85% para algo em torno de 60% nos próximos 30 anos. Não resolverá a crise atual, que vai impactar a safra 2022/2023, mas pode minimizar futuros choques globais entre oferta e demanda. (Poder 360)

Monitor do PIB da FGV: A atividade econômica brasileira encolheu 0,1% no terceiro trimestre, em comparação com o segundo, após uma alta de 0,3% em setembro contra agosto, na análise da série dessazonalizada, segundo o Monitor do PIB, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). Na comparação interanual, a economia cresceu 4,1% no terceiro trimestre e 2,4% em setembro. (Valor)

Projeção do PIB: O governo federal reduziu para 5,1% sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, ante 5,3% projetados em setembro. O cálculo foi elaborado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia. Para 2022, a projeção foi cortada para 2,10%, contra os 2,50% previstos antes. A SPE informou que estima crescimento de 2,5% para 2023 e “em diante”. (Valor)

Projeção da Inflação: O governo revisou para 9,70% sua estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2021. A previsão anterior, de setembro, era de 7,90%. Para o ano que vem, a estimativa é de 4,70%, ante 3,75% em setembro. (Valor)

Indicador de Atividade Econômica: Na semana que vem, o Ministério da Economia apresentará o Indicador de Atividade Econômica (IAE) da Secretaria de Política Econômica (SPE), segundo o subsecretário de Política Macroeconômica, Fausto Vieira. O indicador aponta crescimento de 2% em termos anuais em outubro, adiantou. O dado mostra retração de 4,9% na indústria e de 3,3% no comércio, e crescimento de 7,2% em serviços de transporte, de 8,4% em serviços de informação e de 6,5% em outros serviços. (Valor)

Sobem os Preços dos Importados 1: Como reflexo de gargalos logísticos e de produção que persistem no cenário global, os preços médios em dólar das importações aceleraram a alta nos últimos meses e superam os do período pré-pandemia. (Valor)

Sobem os Preços dos Importados 2: De agosto a outubro os preços médios dos desembarques brasileiros subiram 23,1% contra iguais meses de 2020 e 14,8% quando comparados a mesmo período de 2019. Em outubro o índice de preços do total importado foi o maior para o mesmo mês desde 2013. Os dados são do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) e fazem parte de boletim que deve ser divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). (Valor)

Feira de Importação da China: O Brasil desembarcou em solo chinês no início deste mês para participar, pelo quarto ano seguido, da principal feira de importação da China. Mel, chá, café e açaí estiveram entre os produtos brasileiros em destaque na Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, na sigla em inglês), realçando o potencial do agronegócio na oferta de alimentos e bebidas ao consumidor chinês, cada vez mais atento ao “selo verde”. Mas também ficaram evidentes os sinais da desindustrialização nacional, expondo as dificuldades em fomentar parcerias estratégicas com o país asiático e exportar produtos de alto valor agregado. (Valor)

Lucro da Caixa: A Caixa Econômica Federal registrou em nove meses o segundo maior lucro líquido de sua história, segundo o presidente da instituição, Pedro Guimarães, em coletiva de imprensa sobre os resultados do terceiro trimestre. Segundo o executivo, o resultado de R$ 14,1 bilhões de janeiro a setembro só fica atrás de 2019 e representa uma alta de 87,4% sobre igual período do ano passado. No terceiro trimestre, o lucro da Caixa aumentou 69,7% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 3,2 bilhões. (Valor)

Operadoras de Turismo Otimistas: Com a abertura das fronteiras para o turista brasileiro e o aquecimento do mercado doméstico com a vacinação, as operadoras de turismo do Brasil registraram crescimento no fatiuramento pelo terceiro mês seguido em outubro. A constatação foi divulgada pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa).

Efeitos da Abertura Comercial 1: A maioria dos países latino-americanos e caribenhos implementou medidas de abertura comercial que reduziram, nas últimas três décadas, tarifas de importação e barreiras não tarifárias. No entanto, os efeitos sobre o comércio intrarregional e sobre sua integração às cadeias globais de valor foram modestos, segundo o principal relatório anual do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) – antiga Corporação Andina de Fomento. (Valor)

Efeitos da Abertura Comercial 2: O intercâmbio de bens dentro da América Latina e Caribe tem ficado em torno de 15% das exportações totais desde os anos 1990. Em outras partes do mundo, a força do comércio entre países da mesma vizinhança é muito maior. No Sudeste Asiático, atinge 35%. Na América do Norte – onde Estados Unidos, Canadá e México têm um tratado de livre-comércio – chega a 45%. Na Europa, aproxima-se de 60%. (Valor)

Necessidade de Financiamento Líquida: A necessidade de financiamento líquida do governo geral ficou em R$ 903 bilhões no ano passado, revertendo “a trajetória de queda observada” até 2019. A informação faz parte do relatório Estatísticas de finanças públicas e conta intermediária de governo”, divulgado dia 19-11-2021 pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O trabalho, feito em parceria com o IBGE e o Banco Central, leva em conta os dados fiscais de União, Estados e municípios. O resultado de 2020 reflete queda de 6,5% da receita total e crescimento de 9,3% “dos gastos computados nos três níveis de governo em comparação a 2019”. (Valor)

Volatilidade do Câmbio: O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que fatores como “credibilidade”, crescimento econômico “mais alto” e um quadro fiscal mais estável podem diminuir a volatilidade do câmbio. Segundo ele, alguns fatores afetam a volatilidade do câmbio. A alta do prêmio de risco, por exemplo, aumenta também a volatilidade. A mesma coisa acontece com o diferencial de juros. (Valor)

Inflação

Inflação é um Grave Problema: Nos 12 meses encerrados em setembro, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 10,25%, enquanto os alimentos subiram ainda mais, 12,54%. A inflação de transportes (17,93%), habitação (14,0%) e artigos da residência (12,61%) também foi significativa. Em outubro, o IPCA esticou a alta para 10,67%, embora os alimentos tenham arrefecido um pouco, para 11,71%. (Valor)

Prévia do IGPM: A segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de novembro, divulgada dia 18-11-2021 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sinaliza uma taxa anual de IGP-M, usada para cálculo de reajuste de aluguel, abaixo de 20%. A possibilidade foi levantada por Matheus Peçanha, economista da fundação. Até a segunda prévia de novembro, o indicador acumula altas de 16,82% no ano e de 18,77% em 12 meses. Em 2020, esse indicador terminou em 23,14%. (Valor)

Governo e Ambiente Político

Mentiras que Incomodam: O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou dia 15-11-2021, durante evento “Invest in Brasil Forum” , em Dubai, que a floresta Amazônica está “exatamente igual quando [o Brasil] foi descoberto no ano de 1500”. O presidente também disse que as críticas que o Brasil recebe sobre a floresta “não eram justas”. Bolsonaro voltou a dizer que a Amazônia não enfrenta o problema das queimadas porque é uma floresta úmida. O presidente convidou os investidores a visitarem o bioma e disse que o Brasil está de “portas abertas” para investimentos na agricultura. (Poder 360)

Segue o Desmatamento: Em setembro, a Amazônia registrou uma área desmatada equivale ao tamanho da cidade do Rio de janeiro, de acordo com levantamento do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). Foram 1.224 km² em áreas verdes desmatadas, o pior índice para o mês em 10 anos. (Poder 360)

Guerra Cultural e Realidade Paralela: “Se Paulo Guedes não produzir um milagre, restará ao presidente apostar na realidade paralela e na guerra cultural para chegar ao segundo turno. As afirmações sobre a prova do Enem ‘ter a cara do governo’ não surpreenderam quem acompanha os monólogos de Bolsonaro país afora, especialmente para audiências evangélicas.” (Estadão) (Meio)

Steve Bannon se Entrega: Principal conselheiro de campanha de Donald Trump em 2016 e um dos gurus do clã Bolsonaro, o estrategista de extrema-direita Steve Bannon se entregou ao FBI. A prisão foi decretada após ele se recusar a depor e a entregar documentos ao comitê da Câmara que investiga a invasão do Capitólio em 6 de janeiro. Ele e Trump são suspeitos de estimular o ataque ao Congresso. Mas Bannon já está solto e com o passaporte retido. (Poder360) (Meio)

A Cara do Governo: A Comissão de Educação da Câmara quer que o ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, explique o que Jair Bolsonaro quis dizer ao afirmar que as questões do Enem “começam a ter a cara do governo”. A prova acontece no próximo domingo, duas semanas após a debandada de servidores do Inep, órgão responsável pelo exame, em meio a acusações à direção por assédio moral, incompetência e ingerência política. (Globo) (Meio)

Interferência Ideológica no Enem: Ao contrário do que diz o ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, o governo já interveio ideologicamente no Enem deste ano, e pelo menos 24 “questões sensíveis” foram retiradas da prova, segundo denúncias de funcionários do Inep — 13 tiveram de ser reinseridas por ter havido desequilíbrio no grau de dificuldade do exame. Na segunda-feira, em Dubai, Jair Bolsonaro afirmou que a prova começava a “ter a  cara do governo”. Para fiscalizar o conteúdo do Enem, dizem os servidores, o governo usa artifícios como antecipar a impressão das provas, que passam por mais pessoas. Além disso, pessoal não qualificado, como o general da reserva Carlos Roberto Pinto de Souza, ex-comandante do Centro de Comunicação do Exército, teve acesso à sala segura onde são preparadas as provas. O Enem acontece neste domingo e no dia 28. (Estadão) (Meio)

Discurso da Inconsequente 1: Faltando pouco mais de dez meses para as eleições, o presidente Bolsonaro afirmou, dia 16-11-2021, no Bahrein, que o governo avalia dar reajuste salarial a todos os servidores, caso a PEC dos Precatórios seja aprovada. Aprovada na Câmara e tramitando no Senado, a proposta parcela o pagamento de divididas da União, liberando, na expectativa do governo, R$ 91,6 bilhões do Orçamento. “Não é o que eles merecem, mas é o que podemos dar. Todos os servidores federais, sem exceção”, disse o presidente. (g1) (Meio)

Discurso da Inconsequente 2: Ao fazer o anúncio, Bolsonaro ignorou alertas reiterados da área técnica do governo, como revela a jornalista Ana Flor. Fontes do Ministério da Economia afirmam que, mesmo com a PEC, não há espaço para mexer nos salários dos servidores. Um reajuste linear de 5%, por exemplo, custaria R$ 15 bilhões aos cofres públicos. (g1) (Meio)

Qual é a prioridade? O relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que o presidente Jair Bolsonaro “precisa escolher” quais serão as prioridades do Executivo para  2022. A declaração foi uma resposta ao pedido feito por Bolsonaro para que o Senado aproveite o espaço fiscal aberto pela PEC para conceder um reajuste aos servidores públicos. Segundo Bezerra, o espaço dentro do Orçamento “está muito apertado” e o aumento de servidores pressiona as despesas discricionárias. (Valor)

Pec do Casuísmo: Em 2015, com a perspectiva de mais três anos de governo de Dilma Rousseff, o Congresso aprovou a chamada PEC da Bengala, elevando de 70 para 75 anos aposentadoria compulsória de ministros do STF e impedindo que ela e depois Michel Temer indicassem os substitutos de Celso de Mello e Marco Aurélio. Agora, com o risco de Jair Bolsonaro não se reeleger no ano que vem, governistas querem reverter a medida, o que anteciparia as aposentadorias de Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, previstas para 2023. Autora do projeto, a deputada ultrabolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), nega que a medida seja casuística. (Globo) (Meio) 

Pec dos Precatórios: O governo percebeu que a PEC dos Precatórios vai ter no Senado uma tramitação muito mais difícil do que na Câmara e negocia concessões para tentar seduzir os senadores. Entre as mudanças propostas estão tornar permanente o Auxílio Brasil de R$ 400, hoje previsto apenas até o final do ano que vem. A PEC altera o teto dos gastos e a regra de pagamento de dívidas judiciais do governo para abrir espaço fiscal de R$ 91,2 bilhões em 2022. Outra proposta prevê que todo esse montante vá para o Auxílio Brasil, para programas sociais e para o reajuste de aposentadorias, seguro-desemprego e abono salarial. Mas há uma pegadinha. Todas essas novidades viriam numa outra proposta de emenda à Constituição, para evitar que a PEC dos precatórios tenha de voltar para a Câmara. (Globo) (Meio)

Lidando com as Resistências 1: O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, conseguiu dobrar a resistência de diretórios regionais e recebeu, numa reunião dos dirigentes da legenda, carta branca para acertar a filiação do presidente Jair Bolsonaro e de seu grupo político à legenda. A cerimônia de filiação estava marcada para o dia 22, mas foi adiada por divergências em relação a alianças regionais. “A gente não vai aceitar, por exemplo, São Paulo apoiar alguém do PSDB”, disse Bolsonaro, em Dubai. Ao sair da reunião, o senador Jorginho Mello (SC) disse que o partido não vai apoiar qualquer candidato local que não esteja alinhado ao presidente. (g1) (Meio)

Lidando com as Resistências 2: A carta branca dada ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para negociar a entrada de Jair Bolsonaro não acalmou os ânimos no partido. Integrantes do partido que fazem oposição ao governo já ensaiam o desembarque. Vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), por exemplo, diz a aliados que pretende sair do partido. Anteontem, após a reunião da legenda, ele afirmou que não estará no palanque de Bolsonaro. (Globo) (Meio)

O que ganha Costa Neto e o PL? Ao sacrificar as alianças locais, Costa Neto mira na ampliação da bancada federal, por conseguinte, dos fundos partidário e eleitoral. Ele cita o exemplo do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que teve mais de um milhão de votos em 2018. Hoje o PL tem 42 deputados, mas espera pular para 65 com a adesão dos bolsonaristas, tornando-se a segunda maior bancada na Câmara, atrás dos 81 de DEM e PSL, que estão em processo de fusão, e à frente dos 53 do PT. (Folha) (Meio)

Fim das Emendas do Relator: Enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), manobra para liberar os recursos do orçamento secreto, suspensos pelo STF, senadores querem acabar com essa ferramenta já para 2022, como revela Malu Gaspar. A ideia é proibir o pagamento de emendas que não estejam descritas na Constituição, o que é o caso das “emendas do relator”. Hoje, Lira controla a liberação de cerca de R$ 11 bilhões sem que se saiba que parlamentares tiveram os pedidos de verba atendidos. Integrantes do governo estariam apoiando a iniciativa a fim de reduzir o poder de Lira e eliminar um foco de atrito com o Supremo. (Globo) (Meio)

Thomas Traumann: “A recepção de Macron a Lula é um símbolo evidente do prestígio do petista, mas ainda mais do descrédito do governo Jair Bolsonaro no exterior. O clima na Casa Branca é o mesmo do Palácio do Eliseu francês, que é o mesmo do Zhongnanhai chinês, que é o mesmo do Bundeskanzleramt alemão ou da Casa Rosada argentina: esperar até Bolsonaro deixar o poder para, só então, voltar a negociar com o Brasil.” (Veja) (Meio)

Auditoria no Inep: A pedido do Senado, o TCU vai fazer uma auditoria para avaliar a capacidade do Inep aplicar o Enem. (Metrópoles) (Meio)

Injúria Racial é Racismo: O Senado aprovou, por unanimidade, o projeto de lei que tipifica como racismo a injúria racial, hoje tratada como um crime à parte, com penas menores. Uma vez sancionada, a lei eleva para até cinco anos de prisão a pena para quem ofender outra pessoa com base em sua etnia, cor ou procedência nacional. De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o projeto corrobora uma decisão do STF e segue agora para a Câmara. (g1) (Meio)

Meio Ambiente, Sustentabilidade e Energia

Final Decepcionante: A COP26 terminou no sábado com um relatório suavizado para agradar grandes poluidores, como China e Índia. Há uma defesa da redução do uso de combustíveis fósseis e a promessa de US$ 100 bilhões por ano dos países ricos até 2025 para financiar o controle de emissões, mas, para ambientalistas e especialistas, o compromisso é muito pouco, muito vago e, possivelmente, muito tarde. (g1) (Meio)

O Mentiroso: O presidente Jair Bolsonaro mentiu em discurso a empresários e investidores em Dubai. Além de dizer que a Amazônia “não pega fogo” por ser uma floresta úmida, ele afirmou que 90% dela está preservada, embora ela tenha perdido 16%do bioma e 19% da área original. (UOL) (Meio)

Proibição de Commodities de Áreas Desmatadas: A União Europeia (UE) publicou pela primeira vez globalmente regras para proibir a importação de seis commodities provenientes de terras desmatadas, com impacto sobre exportações agrícolas brasileiras para o mercado europeu. As regras proibirão a importação de soja, café, carne bovina, cacau, madeira e óleo de palma e de alguns produtos derivados, como couro, chocolate e móveis que sejam originários de desmatamentos. A UE define ‘livre de desmatamento” como a condição dos bens produzidos em terras que não foram sujeitas a desmatamento ou degradação florestal após 31 de dezembro de 2020. (Valor)

Desmatamento da Amazônia: Dois dias depois do presidente Jair Bolsonaro dizer que a Floresta Amazônica está “exatamente igual a como era em 1500”, um levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostrou que, entre janeiro e outubro deste ano, o desmatamento na região chegou a 9.742 km2, mais de seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo e o maior registrado nos últimos dez anos. Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento da área desmatada foi de 33%. (g1) (Meio)

Esconderam as Más Notícias: O relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre desmatamento na Amazônia, divulgado dia 18-11-2021, chama a atenção por dois números. O primeiro é o resultado em si: entre agosto de 2020 e julho deste ano, a área desmatada na Amazônia chegou a 13.235 km2. É a maior extensão registrada desde 2006 (14.286 km2). O segundo é a data do relatório, 27 de outubro último, quatro dias antes da COP 26, conferência da ONU que discutiu em Glasgow as mudanças climáticas. Jornalistas e entidades ambientalistas cobraram os dados, geralmente divulgados antes do evento, sem obter resposta. “O governo federal foi a Glasgow já ciente da taxa de desmatamento, mas, ainda assim, não a informou para as Nações Unidas. Preferiu falar sobre outra métrica, o Deter, que apontava uma leve redução no desmate”, diz João Paulo Capobianco, membro da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, e ex-coordenador do Plano de Prevenção e Controle ao Desmatamento da Amazônia. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, jura que só viu os dados ontem, mas, em carta aberta, servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, ao qual o Inpe é subordinado, afirmam que o resultado já era conhecido antes do evento. (g1) (Meio)

Ambiente Social, Emprego e Renda

Trabalho Remoto em Portugal: Chefes não podem telefonar ou mandar mensagens para funcionários fora do expediente, salvo em casos especiais. Empresas devem pagar despesas como energia e serviço de internet para os empregados. E pais de crianças menores de oito anos podem optar por trabalhar de casa. Essas são algumas das regras que entraram em vigor em Portugal, numa tentativa de regulamentar o trabalho remoto, adotado generalizadamente na pandemia. (Estadão) (Meio)

Novo Decreto de Simplificação: O governo federal publicou recentemente um novo decreto que simplifica diversas normas trabalhistas e as reúne em 15 pontos. Uma das principais novidades é o capítulo sobre a alimentação do trabalhador, que traz novas flexibilizações para o vale-alimentação. Na prática, a medida fará com que, em breve, os cartões de vale-alimentação sejam aceitos por mais estabelecimentos. (Exame)

Demanda por Jatinhos: Com a aviação comercial ainda retomando sua malha depois do forte impacto da pandemia, os mais afortunados, também em busca de mais privacidade, estão disputando cada jatinho disponível no mercado mundial. A tendência também ocorre no Brasil, e tem levado a uma escassez de aeronaves de menor porte. Segundo dados do Centro de gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), compilados pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a aviação executiva conseguiu se recuperar da pandemia em maio deste ano – alta de 6% nos pousos e decolagens em relação a maio de 2019. (Valor) 

Pandemia e Casamentos 1: Com a pandemia, o número de registros de casamentos civis no Brasil caiu 26,1% em 2020, frente a 2019, a maior queda da série histórica das IBGE, iniciada em 1974. O número total passou de 1.024.676 em 2019 para 757.179 no ano passado, uma diferença de quase 270 mil casamentos. (Valor)

Pandemia e Casamentos 2: O mesmo comportamento foi observado nos casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, os quais registraram queda de 29,0%, passando de 9.056 em 2019 para 6.433 em 2020. O recuo também foi observado em todos as regiões, com destaque para o Sudeste (31,6%) e o Sul (29,6%). Dos 6.433 casamentos entre pessoas do mesmo sexo realizados em 2020, 60,1% se deram entre cônjuges femininos. (Valor)

Mudança na Estrutura dos Nascimentos: Os dados de registros de nascimentos no país em 2020 confirmaram a progressiva mudança na estrutura dos nascimentos, com redução da maternidade na adolescência e aumento da incidência entre mulheres com mais de 30 anos, segundo as divulgadas pelo IBGE. (Valor)

Queda no Número de Nascimentos: Com a pandemia de covid-19, o número de registros de nascimentos em cartórios no Brasil representou, em 2020, a maior queda desde 2016, quando o país tinha sido afetado pela epidemia de zika. As informações são das Estatísticas do Registro Civil 2020, divulgadas pelo IBGE. (Valor)

Aumento no Número de Mortes 1: A pandemia provocou o maior aumento em registros de mortes desde 1984 no Brasil, tanto em números absolutos quanto em variação percentual, segundo mostram os dados das Estatísticas do Registro Civil 2020, divulgadas dia 18-11-2021pelo IBGE. Ao todo, foram registrados 1.513.575 óbitos no país em 2020, uma alta de 14,9% frente a 2019, o que representa um contingente de 195.965 a mais. (Valor)

Aumento no Número de Mortes 2: Porto Alegre foi a capital que apresentou o menor aumento relativo no volume de óbitos totais entre 2019 e 2020 (8,1%, ou 976 óbitos), seguida por Belo Horizonte e Teresina, com aumentos de 10,7% (1.756 óbitos) e 12,1% (538 óbitos), respectivamente. (Valor)

Rendimento de Todas as Fontes: Devido à queda no rendimento de aposentadorias e pensões e de aluguel e arrendamento, o rendimento médio real de todas as fontes caiu 3,4% em 2020, ao passar de R$ 2.292 em 2019 para R$ 2.213 no ano passado, segundos os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2020 – Rendimento de Todas as Fontes, divulgada pelo IBGE. (Valor) 

Renda dos Programas Sociais: Na pandemia, os chamados outros rendimentos – que incluem programas sociais do governo, seguro-desemprego/seguro-defeso e rendimentos de poupança, por exemplo — ultrapassaram as aposentadorias e pensões e se tornaram a principal categoria entre os rendimentos de outras fontes (que excluem o trabalho). (Valor)

Outros Rendimentos: A parcela da população brasileira que apontou receber outros rendimentos subiu de 7,8% (16,4 milhões de pessoas) em 2019 para 14,3% (30,2 milhões de pessoas) em 2020. Por outro lado, a categoria aposentadoria ou pensão, que tinha o maior peso entre 2012 e 2019, viu sua participação cair de 13% para 12,4%. Com percentuais bem menores, estão as categorias de aluguel e arrendamento (1,3%) e pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (1,7%). (Valor)

Ajuda de Programas Sociais: Quase um quarto dos domicílios no país (23,7%) recebeu ajuda de algum programa social em 2020 além de Bolsa Família ou Benefício de Prestação Continuada (BPC), principalmente auxílio emergencial, frente a uma parcela de 0,7% em 2019. As informações constam da pesquisa “Pnad Contínua 2020 – Rendimento de Todas as Fontes, anunciada IBGE. (Valor)

Ambiente Empresarial e Tecnológico

Internet em Áreas Remotas: O ministro das Comunicações, Fábio Faria, se reuniu com o bilionário Elon Musk nos Estados Unidos e anunciou ontem uma nova parceria para conectar escolas rurais no Brasil e facilitar o monitoramento da floresta amazônica. O acordo envolve a Starlink, área de negócio da SpaceX que atua no lançamento de satélites em órbita para o fornecimento de internet em áreas remotas. Com a nova parceria, a tecnologia será incorporada ao programa Wi-Fi Brasil, iniciativa do governo que oferece acesso gratuito à internet sem fio em instituições públicas. A pasta diz que o projeto deve começar a ser implantado em 2022. (Folha) (Meio)

Fabricantes de Carros Elétricos: Nos EUA, a fabricante de veículos elétricos Rivian superou a Volkswagen em valor de mercado, enquanto a startup rival Lucid superou a Ford, uma vez que suas ações continuam nas alturas após as recentes estreias em bolsa, mesmo com suas operações ainda terem muito o que provar. (Valor)

Realidade Aumentada: A realidade aumentada é uma das tendências em tecnologia que vem crescendo nos últimos anos e adotada por diversas empresas, mas nem todas conseguem ainda gerar valor comercial com essa ferramenta. A Estée Lauder, companhia que detém marcas como MAC e Michael Kors, adotou no início da pandemia a plataforma AR Virtual Try On (VTO). Essa solução permite que as consumidoras “experimentem” virtualmente os produtos das marcas. Dessa forma, as clientes avaliam batons, bases e sombras antes de decidirem pela compra. (Meio)

Escassez de Chips: Uma das maiores fabricantes de chips da China avisou que pode ter que rejeitar pedidos de clientes estrangeiros em 2022 para priorizar a demanda doméstica, segundo apurou o Nikkei Asia, enquanto Pequim pressiona para construir uma cadeia de suprimentos de tecnologia “segura e controlável”. A China também está sendo afetada pela escassez global de semicondutores, uma crise que ocorre em um momento em que Pequim tenta aumentar sua autossuficiência em tecnologia em meio às tensões diplomáticas com os Estados Unidos. (Valor)

Veículo Autônomo da Apple: A Apple está mesmo empenhada em criar seu próprio carro elétrico e autônomo. A fabricante do iPhone trabalha no desenvolvimento da tecnologia de direção autônoma no chamado “Projeto Titan”. Nos últimos anos, a equipe de automóveis da Apple tem explorado dois tipos de tecnologia: a criação de um modelo com capacidade limitada de direção autônoma focada na direção e aceleração – semelhante a muitos carros atuais – e na versão com capacidade total de direção autônoma que não requer intervenção humana. Sob a direção de Kevin Lynch, executivo de software do Apple Watch, a empresa quer lançar seu veículo 100% autônomo em até quatro anos. (k) (Meio)

Estratégia dos EUA para Semicondutores: A Casa Branca está intensificando os esforços para fortalecer sua cadeia doméstica de chips. Os EUA pediram que as fabricantes tragam parte da produção para o país devido a questões de segurança nacional e pode aprovar US$ 52 bilhões para apoiar a indústria nacional de semicondutores. Washington também exigiu que os fabricantes globais de chips compartilhem informações comerciais confidenciais para ajudar o governo dos EUA a entender melhor as questões referentes a como os chips são feitos e quem são os usuários finais. (Valor)

Ambiente Econômico Internacional

Derrota do Peronismo: Com uma derrota eleitoral menos profunda do que a prognosticada pelas prévias legislativas de setembro, o presidente argentino, Alberto Fernandéz anunciou que enviará ao Congresso um projeto de lei que terá um programa econômico plurianual. Esse programa deve chegar ao Legislativo já na primeira semana de dezembro e incluirá detalhes sobre limites de expansão monetária, inflação, atividade econômica e gastos públicos É a primeira vez, desde a redemocratização do país em 1983, que os peronistas perdem o controle do Senado. (Valor)

Comércio Mundial Desacelera 1: O comércio global de mercadorias está desacelerando por causa de interrupções de produção e de fornecimento em setores críticos e com isso diminuindo a demanda de importações. É o que mostra o Barômetro do Comércio de Mercadorias da Organização Mundial do Comércio (OMC). (Valor)

Comércio Mundial Desacelera 2: Depois de registrar uma forte recuperação do choque inicial da pandemia de covid-19, e alcançado 110,4 pontos em agosto, o barômetro caiu para 99,5 agora. Ou seja, está ligeiramente abaixo da linha de base de 100 que indica crescimento do comércio acima da tendência de médio prazo. (Valor)

Varejo dos EUA 1: As vendas no comércio varejista dos USA avançaram 1,7% em outubro em relação a setembro, totalizando US$ 638,2 bilhões. Trata-se do ritmo mais rápido de crescimento do varejo americano em sete meses, quando o governo Biden forneceu bilhões de dólares às famílias para estimular o consumo. (Valor)

Varejo dos EUA 2: Em relação a outubro de 2020, a alta do varejo foi de 16,3%, segundo dados divulgados dia 16-11-2021 pelo Escritório de Estatísticas dos Estados Unidos. O dado mensal de setembro foi revisado de +0,7% para +0,8%. (Valor)

Pacote Socioambiental dos EUA: A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira o pacote socioambiental de US$ 1,75 trilhão, a peça central a agenda econômica proposta pelo presidente americano, Joe Biden. O projeto será agora analisado pelo Senado, onde deve ser alterado devido às divergências que ainda persistem entre os democratas. O projeto inclui, entre outras coisas, US$ 555 bilhões em medidas para combater as mudanças climáticas, um programa universal de pré-escola para crianças de 3 e 4 anos e subsídios para creches e cuidados de saúde. (Valor)

Fontes: Notas Econômicas

: Jornal Valor, Globo, Folha, Estadão, Canal Meio Newsletter, Carta Capital, Poder 360, Mercado & Consumo, UOL, CNN Brasil, Exame, FGV Ibre, Metrópoles, Bloomberg e g1.

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