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O que muda com a inteligência aplicada no jornalismo

Google apoia implementação de uma ferramenta digital jornalística em agência de notícias

 Redação Radar do Futuro

Para os jornalistas parece uma bomba, capaz de destruir mais um pouco do já arrasado campo de trabalho dos profissionais do setor. Mas nem tanto, pelo menos por enquanto. O fato é que a Press Association (PA), agência de notícias britânica, vai receber mais de 700 mil euros da Google, para integrar sistemas de inteligência artificial no processo de redação de notícias. O financiamento será feito através da Digital News Initiative, um programa da empresa norte-americana, cujo objetivo é o de apoiar o jornalismo europeu com a implementação de soluções tecnológicas e inovadoras.

O editor-chefe procurou acalmar o seu público interno. Ele assegurou que as notícias nunca serão escritas de forma autónoma por estes programas para abastecer de conteúdos noticiosos vários órgãos de comunicação do Reino Unido e da Irlanda. Na prática, a inteligência artificial será somada às ferramentas utilizadas nos processos de produção. Os jornalistas humanos ficarão encarregados de criar modelos detalhados de notícias para temas como crime, saúde e desemprego, que serão depois preenchidos pela IA. Esta última é ainda capaz de gerar gráficos automáticos para cada artigo e de encontrar imagens e vídeos relacionados com o tema.

A ferramenta sistema nomeado como Reporters and Data and Robots (Radar) será fornecida por uma startup chamada Urbs Media e deverá ajudar na produção de 30 mil histórias por mês. A inteligência artificial viabiliza, na prática, o aumento do volume de notícias escritas a um patamar que seria impossível de alcançar manualmente, apenas por uma redação formada por trabalhadores humanos. Desta forma, fica assegurado que jornalistas de carne e osso continuarão sendo vitais neste processo.

Não existe, ainda, uma novidade relevante. Métodos como o estimulado pelo Google já são utilizados noutras partes do mundo há vários anos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Los Angeles Times utiliza inteligência artificial para escrever sobre ocorrências sísmicas desde 2014. O dinheiro que o Google vai investir neste projeto, e que vai totalizar a soma de 706 mil euros, será ainda utilizado para desenvolver novas ferramentas jornalísticas digitais com base nos registos públicos de informação.

A empresa de tecnologia Google decidiu inovar e desenvolveu um robô-jornalista capaz de escrever 30 mil notícias por mês para veículos de mídia locais. A agência inglesa Press Association (PA) ganhou da empresa de mídia um auxílio no valor de 706 mil euros para operar o .

O que muda
 

A iniciativa do Google DNI (Digital News Iniciative), um fundo criado pela multinacional para apoiar ideias inovadoras dos media na Europa, pretende “estimular e apoiar a inovação no jornalismo digital em toda a indústria de notícias da Europa”. O Google já mantém o programa Google News Lab”, destinado a s projetos de pesquisa do News Lab apoiam o ecossistema das notícias conduzindo trabalhos relacionados aos principais desafios do jornalismo de dados, do jornalismo imersivo, da diversidade no jornalismo e da credibilidade e verificação. Também trabalhamos com outras equipes de pesquisa no Google para levar as preocupações dos jornalistas ao redor do mundo para nossas equipe de produto de modo a melhorar nossos produtos para redações.

O editor-chefe da Press Association, Peter Clifton, afirmou que os jornalistas continuarão envolvidos na procura de histórias mas usarão a inteligência artificial para obter mais conteúdos para as notícias. “As competências humanas dos jornalistas continuarão a ser vitais neste processo, mas o Radar vai nos permitir aproveitar a inteligência artificial para aumentar o volume de notícias de âmbito local que seriam impossíveis de dar manualmente. É um passo em frente fantástico para a PA”, afirmou Peter Clifton.

A Google DNI explica que os conjuntos de dados – a ser identificado e gravado por uma nova equipe de cinco jornalistas humanos – virá de departamentos governamentais e autoridades locais, que irão fornecer modelos detalhados, através de uma gama de tópicos, incluindo crime , saúde e emprego. Peter Clifton avalia que o projeto será capaz de beneficiar organizações respeitáveis de notícias, editores independentes e também blogueiros locais.

Para Wilson Andrews, editor gráfico do The New York Times, apesar do processo de automação ser algo absolutamente irreversível, a figura do jornalista não deve ser totalmente substituída neste primeiro momento e devemos continuar fazendo inputs e atuando quase como curadores, orientando e calibrando os sistemas de inteligência artificial de modo que eles possam ser mais eficientes, tanto do ponto de vista de informação de qualidade quanto de adequação da linguagem.

 

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