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Futuro da medicina: a era da saúde 4.0

O cenário brasileiro traz muitos desafios. Hoje, questões simples como atendimento, profissionais qualificados e acesso a sistemas eficientes carecem de atenção, mas é fundamental olhar para o futuro. Ilustração: Pixabay
O cenário brasileiro traz muitos desafios. Hoje, questões simples como atendimento, profissionais qualificados e acesso a sistemas eficientes carecem de atenção, mas é fundamental olhar para o futuro. Ilustração: Pixabay

* Willian Soares

A transformação digital no setor de saúde envolve diferentes tendências que surgem com o objetivo de ampliar os benefícios aos pacientes e prestadores de serviços no segmento. Teleassistência, uso de aplicativos de engajamento do paciente, aplicação da inteligência artificial nos processos de assistência e análises avançadas de dados com tecnologias de big data têm sido alvo de investimentos recentes como forma de racionalizar custos e melhorar os serviços.

Todas as aplicações já implantadas geram uma grande quantidade de dados valiosos. Garantir a disponibilidade e a segurança deles é uma premissa básica e atual, mas para que a tecnologia possa de fato evoluir nesse setor, é necessário dar um passo além, integrando todo o fluxo de informações relacionadas à saúde.

Hoje, a fragmentação de dados como prontuários e receitas é um dos principais problemas enfrentados por diferentes agentes de saúde e resolvê-lo envolve a aplicação de tecnologias capazes de “conversar” com os sistemas atuais para centralizá-las em um único repositório de dados e torná-los disponíveis para melhorar a assistência e otimizar os recursos.

Nesse sentido, um projeto desenvolvido em nossa vizinha Colômbia salta aos olhos em questão de interoperabilidade. Recentemente, a capital do país, Bogotá, implantou um projeto para integrar informações de pacientes em 22 hospitais públicos da região. A solução empregada é baseada em FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources), o último padrão de interoperabilidade desenvolvido e promovido pela organização internacional HL7 (Health Level Seven), empresa responsável por alguns dos protocolos de comunicação mais utilizados na área da saúde.

A partir desta iniciativa, os profissionais da assistência obtém respostas rápidas e precisas que os apoiam nos processos de tomadas de decisão clínicas, além de outras ferramentas que auxiliam em projetos de pesquisa clínica e trabalhos científicos.

A integração dos processos de gerenciamento de consultas e prescrição eletrônica também traz benefícios importantes: permite aos cidadãos acompanhar seus compromissos através de um portal e melhorar o controle da demanda de agendamentos. Além disso, gerencia todo o processo das receitas médicas, acelerando o acesso dos pacientes aos medicamentos e reduzindo o deslocamento dos pacientes com doenças crônicas.

O acesso em tempo real as informações de relatórios médicos, laudos, testes, medicamentos, antecedentes ou alergias apoia muito a tomada de decisões e os cuidados em relação à saúde, além de fornecer uma visão completa da história do paciente. Com isso, é possível melhorar a assistência prestada, aumentar a produtividade e diminuir os procedimentos administrativos e burocráticos envolvidos em toda a cadeia.

Esses são os benefícios obtidos em uma das maiores cidades da América Latina e, com base nisso, não é difícil imaginar o que outras grandes metrópoles podem ganhar com o emprego de tecnologias avançadas que facilitem o uso dos dados de maneira integrada.

É claro que o cenário brasileiro traz muitos desafios. Hoje, questões simples como atendimento, profissionais qualificados e acesso a sistemas eficientes carecem de atenção, mas é fundamental olhar para o futuro e entender que é um cenário possível, ainda que em longo prazo.

Com o envelhecimento da população e a concentração cada vez maior de pessoas nos grandes centros urbanos, investir em saúde tem de ser algo ainda mais prioritário para os próximos anos. O avanço das tecnologias disruptivas e das health techs com certeza contribuirá para a melhora desse cenário.

As demandas cada vez mais se intensificam para que as instituições trabalhem com modelos de assistência integrada que incluem além do tratamento, a prevenção e o bem-estar e para isso, mais do que nunca o uso dos dados, a história completa dos pacientes se tornam ativos cada vez mais valiosos. Há um caminho possível para isso: integração das informações, em todos os agentes e sistemas de toda a cadeia.

Concluindo, é mandatório planejar e investir cada vez mais em tecnologias, integração e análise de dados para melhorar a assistência ao paciente e fazer as instituições de saúde cada vez mais eficientes.


  • Gerente de Saúde da Minsait no Brasil

Sobre a Minsait

A Minsait, uma empresa da Indra (www.minsait.com), é a companhia líder em Consultoria de Transformação Digital e Tecnologias da Informação na Espanha e na América Latina. A Minsait apresenta um alto grau de especialização e conhecimento setorial, o que complementa sua alta capacidade de integrar o mundo core com o mundo digital, sua liderança em inovação e transformação digital e sua flexibilidade. Assim, concentra sua oferta em propostas de valor de alto impacto, baseadas em soluções end-to-end, com uma notável segmentação, que permite atingir impactos tangíveis para seus clientes em cada setor com uma abordagem transformacional. Suas capacidades e liderança são mostradas em sua oferta de produtos, denominada Onesait, e sua oferta transversal de serviços.

Sobre a Indra

A Indra (www.indracompany.com) é uma das principais empresas globais de tecnologia e consultoria e parceira de tecnologia para as principais operações dos negócios de seus clientes em todo o mundo. É um fornecedor líder global de soluções próprias em segmentos específicos dos mercados de Transporte e Defesa. Também, é a empresa líder em Consultoria de Transformação Digital e Tecnologias da Informação na Espanha e na América Latina, através de sua subsidiária Minsait. Seu modelo de negócios é baseado em uma oferta abrangente de seus próprios produtos, com uma abordagem end-to-end, de alto valor e com um alto componente de inovação. No ano fiscal de 2018, a receita da Indra foi de 3.104 milhões de euros, conta com 43.000 colaboradores, está presente em 46 países e operações comerciais em mais de 140 países.

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