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Estudo DNA Urbano mapeia mobilidade urbana em cinco capitais do país

Foto: Roberto Parizotti.

Levantamento sobre mobilidade elaborado pelo DataZAP avaliou o deslocamento e os modais utilizados nas cidades, além da oferta de infraestrutura

Entender a forma como moradores de cinco capitais brasileiras se deslocam para o trabalho e quais os meios de transporte mais utilizados, foram algumas das questões abordadas pelo DNA Urbano, um estudo elaborado pelo DataZAP, braço de inteligência imobiliária do ZAP+, que analisou a mobilidade em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.

“A parcela de participantes da pesquisa que admitiu deslocar-se a pé, caminhando, surpreende e chega à metade dos entrevistados em Curitiba; 49%, em São Paulo; 48%, no Rio de Janeiro; 46%, em Porto Alegre; e 42%, em Belo Horizonte”, explica Danilo Igliori, economista do DataZAP. A proporção de pesquisados que afirmou utilizar carro próprio também é relevante, com destaque para os curitibanos, que detém o maior índice: 75%. Os cariocas, por sua vez, são os que menos utilizam veículo particular, em comparação aos residentes de outras capitais: 53%.

Outro dado importante desta amostragem é a quantidade de usuários de aplicativos de mobilidade. Moradores de Porto Alegre e Belo Horizonte são os que mais utilizam este modal, com 58% do total de entrevistados. Paulistas (55%), cariocas (53%) e curitibanos (44%) vem na sequência.

O estudo constatou ainda que moradores de São Paulo (63%) e Belo Horizonte (62%) são os que mais fazem uso de dois tipos de transporte, individual e coletivo. Já Curitiba detém a maior taxa de usuários de transporte individual (46%) em detrimento ao coletivo (4%). “Essa escolha se reflete no deslocamento para o trabalho, com 73% da população de Curitiba e 70% dos moradores de Belo Horizonte optando pelo meio individual para ir e vir do escritório”, pondera Igliori.

Mobilidade: transporte individual

Ainda sob esta amostragem, Curitiba (56%), Porto Alegre (52%) e Belo Horizonte (51%) registraram as maiores taxas de utilização de carro pessoal. O tempo de deslocamento dos moradores também foi analisado pelo estudo e a capital do Paraná revelou disparidades significativas. Enquanto 60% dos entrevistados declararam gastar até 30 minutos para chegar ao trabalho – o maior índice entre as cidades avaliadas – , 22% revelaram que esta jornada pode superar 3 horas.

Curitiba também conquistou as melhores notas de avaliação de mobilidade e fluidez no trânsito, com 47% e 58% dos pesquisados atribuindo notas de 7 a 10, respectivamente. Os residentes do Rio de Janeiro, por sua vez, foram os que mais concederam as piores notas a estes quesitos, com 22% e 30% dos entrevistados conferindo notas de 0 a 3, respectivamente.

Ambas as cidades também se distinguem quando o assunto é a infraestrutura para o pedestre e a presença de equipamentos como piso tátil nas calçadas e corrimão nas escadas. Na capital paranaense, 58% dos entrevistados deram notas de 7 a 10 para a qualidade das calçadas e faixas de pedestre, enquanto 26% dedicaram notas de 0 a 3 para a mesma avaliação.

A qualidade da acessibilidade dos pedestres foi bem avaliada por 48% dos curitibanos, enquanto 45% dos cariocas avaliaram com as notas mais baixas. Segurança no trânsito também é outro ponto de destaque positivo em Curitiba, que atingiu 6,4 de média, contra 5,3, obtido pelo Rio. Já a demanda por ciclovias e ciclofaixas é alta em Belo Horizonte, que é dona da pior média entre as cidades nesta amostragem: 3,2. Curitiba e São Paulo empatam com o melhor índice: 5,1.

São Paulo e Rio alcançaram as melhores avaliações na oferta de transporte nos bairros, com 59% e 57% dos participantes, respectivamente, atribuindo notas de 7 a 10. “Por possuírem a maior malha metroviária do país, ambas as capitais também se destacaram na oferta de linhas de metrô e trem, alcançando as maiores médias neste quesito. Em contrapartida, as cidades do sul, por não contarem com esse modal, registraram os piores índices: 1 e 1,8, respectivamente”, aponta o economista do DataZAP.

O quadro muda com relação à oferta de ônibus ou lotação. Curitiba obteve a maior média (7,8), seguido por São Paulo (7,4), Belo Horizonte (7), Rio e Porto Alegre (6,8). A Cidade Maravilhosa, por sua vez, alcançou a maior média na avaliação da disponibilidade de táxis e meios de transporte individuais, como bicicletas e patinetes: 7,9 e 5,1, respectivamente. Quase uma unanimidade, os serviços de motorista de aplicativo receberam avaliações bastante favoráveis dos participantes da pesquisa em todas as capitais, com médias elevadas variando entre 8,6, caso de Porto Alegre e 8,2, referente a São Paulo e Rio.

O estudo DNA Urbano foi realizado por meio de pesquisa online feita com usuários dos portais ZAP Imóveis e Viva Real ou impactados pela comunicação do ZAP+. Ao todo foram realizadas 1.425 entrevistas, entre os dias 7 de outubro e 3 de novembro de 2020.

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