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Estudantes não estão prontos para o trabalho do futuro

Comportamento das novas gerações preocupa ministra australiana

Redação
Radar do Futuro 

Estudo desenvolvido pelo Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (Csiro), órgão australiano de pesquisa científica, revela que a preparação dos estudantes locais está inadequada para as demandas futuras do mercado de trabalho. Há uma redução do interesse em estudos sobre matemática e ciências, em sentido contrário ao que se espera para os próximos anos. 

A Csiro desenvolveu uma previsão da evolução das tendências do emprego da Austrália ao longo dos próximos 20 anos. Segundo o relatório divulgado no final de fevereiro, a automação e o comércio exterior serão a base de entrada mais relevante para a entrada no mercado de trabalho, exigindo habilidades de “ciência, tecnologia, engenharia e matemática” (Stem, na sigla em inglês). Mas os estudantes mostram desinteresse em relação a estes assuntos. 

Em 2012, em testes realizado no país, os estudantes australianos tiveram um pior desempenho em matemática e ciências, na comparação com resultados de um ano antes, enquanto países da Oceania tiveram resultados melhores. Segundo a ministra do Emprego, Michaelia Cash, enquanto os conhecimentos em Stem são exigidos em 75% das ocupações com demanda crescente, as distorções tendem a deixar a Austrália em posição de atraso. 

“Isso realmente significa que precisamos fazer alguma coisa para redirecionar o interesse em ciência, tecnologia, engenharia e matemática”, afirmou a ministra durante o lançamento de um relatório sobre as perspectivas do mercado de trabalho. 

O estudo reconhece as mudanças de comportamento e de demandas no mercado de trabalho. A era do emprego para a vida passou e as gerações mais jovens estão exigindo menos trabalho permanente e flexível. “Eles querem trabalhar seis meses aqui e viajar durante três meses. Depois voltar e trabalhar por mais um tempo. Este é o futuro do trabalho para eles”, avalia Cash.

“As nossas políticas devem ser adaptar ao que a geração mais jovem quer e precisa ir para a frente”, reconhece.  O relatório prevê que as próximas duas décadas verão as pessoas confiando em si mesmos para o trabalho. Os novos trabalhadores acreditam  na “era do empreendedor”, com profissionais autonômos.

 


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