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Empreendedoras de negócios de impacto social têm menor acesso a capital

Pesquisa sobre negócios de impacto social constata que mulheres têm maior dificuldade para obter recursos financeiros para a viabilização de  projetos
Pesquisa sobre negócios de impacto social constata que mulheres têm maior dificuldade para obter recursos financeiros para a viabilização de projetos

Radar do Futuro *

Até na hora de conseguir acesso a recursos financeiros para a viabilização de suas iniciativas empresariais, as mulheres enfrentam dificuldades maiores do que os homens. Se pudesse existir dúvidas sobre os percalços colocados pelo caminho, agora não há mais, graças à divulgação do “Segundo Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental”, conduzido pela Pipe.Social, especializada em estudos do sistema produtivo envolvido em causas sociais.

Segundo o estudo, 55% dos negócios fundados exclusivamente por homens ou com mais homens do que mulheres no quadro societário já captaram investimento. Na outra ponta, apenas 25% das empresas com apenas ou predominância de mulheres como fundadoras conseguiram captar recursos de terceiros.

Os negócios de impacto social fundados apenas por homens – ou que têm mais homens entre os empreendedores –, são maioria nas faixas de faturamento acima de R$ 4,1 milhões (74%) e entre R$ 501 mil a R$ 1 milhão por ano (67%). Os empreendimentos com quadro societário majoritariamente feminino estão presentes nas faixas de faturamento de até R$ 50 mil (33%) e de R$ 51 mil a R$ 100 mil anuais (36%). Como microempreendedoras individuais de impacto social, mulheres lideram 44% dos negócios e atuam em 33% dos negócios não formalizados.

Perfil do empreendedorismo

Como microempreendedoras individuais de impacto social, mulheres lideram 44% dos negócios e atuam em 33% dos negócios não formalizados. A maior presença masculina no quadro societário é um padrão dos negócios que captaram investimento em incubadoras/aceleradoras, empresas privadas, fundos de venture capital, fundos de private equity e institutos/fundações.

Enquanto eles tendem a acessar recursos por meio de mecanismos de equity e dívida conversível, os negócios com maior presença feminina no contrato social têm acessado fontes como crowdfunding; Family, Friends & Fools (FFF); instituições públicas/governo; bancos de fomento e comerciais por meio de empréstimos e doações.

Analisando o principal fundador dos negócios pesquisados, o estudo identifica que 66% são homens e 34% mulheres; 66% são brancos, 19% pardos e mulatos, 7% negros, 3% de orientais e 1% indígena. Esse empreendedor tem entre 30 e 44 anos (53%); 21% entre 19 e 29 anos; 17% entre 45 e 54 anos; e 9% acima de 55 anos.

Há concentração no Sudeste do país: 62% estão na região, sendo 38% em São Paulo, 12% no Rio de Janeiro, 11% em Minas Gerais e 1% no Espírito Santo. Os homens ainda são maioria no quadro societário nas verticais de Cidades (57% tem apenas homens ou mais homens); e Tecnologias Verdes (55%). A presença de mulheres é maior nos negócios relacionados à Cidadania (36% têm apenas mulheres ou mais mulheres) e Educação (37%).

Problema de viés

Segundo Mariana Fonseca, cofundadora da Pipe.Social e uma das coordenadoras da pesquisa, é menor presença de mulheres que fazem uso de tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial, ChatBot, Blockchain, Biotech, Moedas Virtuais e Internet das Coisas. “Há times mistos em empresas que fazem uso de energias renováveis, drones, impressão 3D e robótica.

No entanto, na busca por competitividade, escalabilidade e inovação, as mulheres podem sair perdendo se não se aproximarem das oportunidades oferecidas por outras tecnologias. Mas, é preciso ressaltar que elas são mais conservadoras nas respostas sobre tecnologia. Ou seja, homens respondem assertivamente que trabalham com tecnologia sem refletir sobre a complexidade da pergunta; mulheres são mais reflexivas nessa resposta”, avalia.

A especialista salienta, porém, que há alguns tipos de soluções tecnológicas nas quais as mulheres se destacam; a realidade aumentada é uma delas.

O mapa de negócios

Conduzido pela equipe da Pipe.Social – plataforma de conexões para fomentar o ecossistema de impacto no Brasil –, a segunda edição do Mapa de Negócios de Impacto Social + Ambiental foi estruturado para acompanhar a evolução do pipeline de negócios de impacto socioambiental no país, ajudando a orientar estratégias e ações dos diversos atores que estão construindo e fomentando um novo setor da economia do país. O Mapa tem uma medição a cada dois anos para trazer dados e números atuais sobre o perfil e atuação dos negócios, assim como um overview dos esforços e agenda do ecossistema para apontar gaps, desafios e oportunidades de crescimento do setor no país.

A segunda edição do mapeamento conta com uma pesquisa quantitativa – 1.002 negócios compõem a base – e análises qualitativas do contexto do país, conduzidas por meio de entrevistas em profundidade com os empreendedores, além de visões dos principais especialistas em startupse negócios de impacto social do Brasil e exterior.

A equipe conduziu, ainda, sessões de análise com diversos atores do ecossistema para construir uma visão de futuro do setor. O filtro para análise foi norteado por negócios com sustentabilidade financeira que não dependem ou dependem de subsídio para cobrir até 50% da despesa operacional. A pesquisa de campo foi realizada entre janeiro e fevereiro de 2019.

  • Com informações da assessoria de imprensa

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