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“Outro dia vi o meu filho de 12 anos entrando em site que parecia o tal de baleia azul. Não deixei para depois. Dei uma surra nele”. Com a televisão ligada na TV Globo permanentemente, não era para esperar muito do diálogo que ouvi outro dia na sala de espera de um consultório da dentista. Junto com as pregações de que falta Jesus na vida das pessoas, a conversa resvalava para o senso comum de que as gerações de nossos pais eram mais severas e, por isso, os atuais adultos teriam menos problemas.

Na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, um alarme foi acionado recentemente diante do registro de casos de suicídio. Não teve qualquer relação com a onda da “baleia azul”, aplicativo na internet que estimulou alguns jovens a por fim na vida como etapa final de um jogo de desafios.

Nos Estados Unidos, os millennials são a geração com maior número de doentes com depressão. A Organização Mundial da Saúde alertava, em 2016, para o fato de o suicídio ser a segunda principal causa de morte de jovens entre os 15 e os 29 anos. As causas das doenças mentais são sempre indeterminadas, difíceis de enumerar. Segundo um estudo da BDA- Morneau Shepbell, um em cada cinco millennials sofria de depressão nos Estados Unidos em 2015 (correspondente a 20% da população millennial).

Em Portugal, o Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental foi o primeiro trabalho a avaliar a epidemiologia das perturbações psiquiátricas numa amostra representativa da população adulta de Portugal. Os resultados do estudo, conhecido em 2010, mostram que a prevalência das perturbações psiquiátricas em Portugal é muito elevada. “Mais de um em cada cinco dos indivíduos apresentou uma perturbação psiquiátrica nos 12 meses anteriores à entrevista”.

Segundo análises do estudo, a prevalência é “a segunda mais alta a nível europeu, com um valor quase igual à da Irlanda do Norte, que ocupa o primeiro lugar”. Neste aspeto, Portugal distingue-se significativamente de todos os outros países do sul da Europa, que, sem exceção, apresentam prevalências muito mais baixas que os países do norte.

De acordo com o mesmo levantamento, as perturbações de ansiedade são o grupo que apresenta uma prevalência mais elevada no país (16.5%) e que mais contribui para que, em conjunto com a Irlanda do Norte, Portugal se distinga dos outros países da Europa. Seguem-se as perturbações depressivas, as perturbações de controlo de impulsos e por abuso de substâncias, todas elas com valores mais próximos dos encontrados nos outros países europeus.

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