Queria saber, se algum dia, o mercado do arquiteto pode sumir. E se pode um dia ocorrer uma outra função, como um robô, que pode substituir um arquiteto.
Carlos Plácido Teixeira
Jornalista I Radar do Futuro
Nos próximos anos, a sociedade digital, em especial nos países mais desenvolvidos, continuará pressupondo a necessidade de arquitetos humanos para a criação e desenvolvimento de imóveis de todos os tipos. Dos residenciais, comerciais e industriais aos espaços de lazer e convivência. Também serão necessários profissionais com visão para o desenvolvimento das cidades. De fato, a concorrência será ainda maior, assim como as limitações de conquista de espaços no mercado.
A automação ou robotização de suas funções é pouco provável. A substituição de atividades desempenhadas por máquinas ou sistemas depende basicamente das rotinas envolvidas. Quanto mais rotineira uma função, maior a chance dela ser assumida por alguma tecnologia da informação. Não será o caso da arquitetura, em que cada imóvel pode requerer soluções específicas, pelo menos na maioria dos casos.
A profissão se beneficia de sua maior força, a criatividade. Além disso, a necessidade de compreender as demandas específicas dos clientes para o desenvolvimento de projetos torna os especialistas necessários. Mesmo que recorram cada vez mais aos projetos e desenhos auxiliados por computador (CADD) e modelagem de informações de construção (BIM) para criar projetos e desenhos de construção, as habilidades de criativas permanecem, como o desenho à mão, especialmente durante as fases conceituais de um projeto e quando um arquiteto está em uma construção.
Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho prevê que o mercado para arquitetos deve crescer um por cento de 2019 a 2029, mais lento do que a média para todas as ocupações. A estimativa aponta para impactos de softwares de modelagem de informações de construção (BIM) aprimorados e para tecnologias de medição que aumentam a produtividade dos arquitetos, limitando assim o crescimento do emprego para os profissionais. Também aponta para o aumento do número de profissionais disputando o mercado.
Arquitetura: pontos fortes
- requer criatividade
- não é marcada por rotinas ou tarefas repetitivas
- envolve habilidades manuais e sentidos humanos apurados
- envolve noção de espaço
- demanda relacionamento humano
- requer negociações e persuasão
- demanda tomada de decisões humanas
Diversificação
O segmento tende a se beneficiar do surgimento de novas demandas. Como os fatores externos, incluindo a necessidade de construção para atender o aquecimento do clima, a necessidade de sustentabilidade e as mudanças demográficas.
Em especial, o ajuste dos imóveis a novos usos, como a transformação de ambientes residenciais em espaços multiuso, como os home offices. Outro aspecto importante, a adequação dos espaços para a instalação de novas tecnologias. Ou, ao contrário, para adaptar salas, quartos, cozinhas e áreas externas às novidades, seja o desaparecimento futuro de aparelhos, como a “televisão da casa” ou novos perfis dos moradores.
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