Carlos Plácido Teixeira
Radar do Futuro
Desenvolvido a partir de insights sobre o futuro do varejo, o aplicativo MeuVizinho.me foi direto ao ponto ao engajar pessoas e crescer rapidamente com o objetivo de fortalecer a descoberta e integração de compradores e fornecedores que residem ou morem em áreas próximas. Em resumo, a iniciativa desenvolvida pelo publicitário Carlos Ávila possibilita a profissionais autônomos ou pequenos empreendedores expandir a sua rede de contatos e fazer novos negócios.
Tendências
- Negócios que conectam pessoas
- Empresas que têm propósito explícito
- Empoderamento de pessoas
- Fortalecimento de projetos locais
O empresário soube identificar tendências geradoras de oportunidades nos próximos anos a partir de uma conversa com um amigo que esteve no início do ano na principal feira de varejo do mundo, a NRF Retail’s Big Show, realizada em Nova York. “Anotei as tendências no caderno” (confira no quadro à esquerda), assinala Carlos Ávila. Com a pandemia veio o insight, no dia em que percebeu o quanto fazia falta um fornecedor vizinho onde pudesse comprar uma feijoada ou um escondidinho. Do insight à formatação da ideia, o processo foi rápido. Em maio o aplicativo já estava lançado. E o crescimento surpreendeu até mesmo o idealizador da ideia. “
“Apesar de recente”, assinala Carlos Ávila, “a plataforma está crescendo cerca de 5% ao dia de maneira orgânica.” Ou seja, sem que tenha sido pago qualquer anúncio. Atualmente, o webapp MeuVizinho.me já está presente em mais de 400 cidades e em todos os estados do Brasil. O maior crescimento está concentrado no Estado de Minas Gerais e, em especial, na cidade de Belo Horizonte. Agora, em finais de agosto, já são quase 12 mil pessoas cadastradas.
O empresário assegura que já foram levantadas boas histórias de profissionais autônomos e pequenos empreendedores de Minas Gerais que estão utilizando o webapp e sentiram impacto em seus respectivos negócios”. Todos os cases são de negócios que nasceram ou se reinventaram durante o período de pandemia. Temos, por exemplo, a Bolaria do Davi (menino de 12 anos que começou a fazer e vender bolos na quarentena) e o De Comer Rezando (casal de cozinheiros que acabou perdendo o emprego logo no início da pandemia e começou a vender marmitas com um toque de alta gastronomia).
O webapp permite que qualquer pessoa cadastre seus produtos/serviços, os quais ficam visíveis para quem está localizado nas proximidades. O MeuVizinho.me é considerado a primeira rede social de consumo local do Brasil e é totalmente gratuito, tanto para quem divulga quanto para quem procura pelos serviços: não existe nenhuma taxa de inscrição, comissões ou tarifas.
Confira a entrevista:
Em resumo