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Rio inaugura Museu do Amanhã

Visitantes terão acesso a conhecimentos sobre matéria, vida e pensamento

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

 

A Praça Mauá se integra à lista de atrações turísticas do Rio de Janeiro com a inauguração do Museu do Amanhã. Dedicado à ciência, o espaço possibilita ao público “visitar” o passado e ter experiências modernas com instalações interativas, imaginando os cenários das pessoas e do planeta para os próximos 50 anos.

O Museu do Futuro fica no Porto Maravilha, área de 5 milhões de metros quadrados revitalizada na região portuária da cidade. Com informações em português, inglês e espanhol, o visitante poderá explorar variedades do amanhã nos campos da matéria, da vida e do pensamento, além de debater questões como mudanças climáticas, crescimento e longevidade populacionais, integração global, aumento da diversidade de artefatos e diminuição da diversidade da natureza.

De acordo com os idealizadores, será um museu para que o homem possa trilhar o caminho do imaginário e realizar, de forma mais consciente e ética, suas escolhas para o futuro.

O prédio construído no Pier Mauá é um projeto assinado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava e faz uma integração com a baía da Guanabara. No segundo andar do prédio, está a Exposição Principal do Museu do Amanhã, passando por cinco grandes áreas: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Agora. A curadoria é do físico e doutor em cosmologia Luiz Alberto Oliveira.

Na área Cosmos, o visitante tem contato com as origens do homem; na Terra, a matéria, a vida e o pensamento são o foco apresentado em três grandes cubos de sete metros de altura e, no Antropoceno, mostra-se como o homem está transformando a composição da atmosfera, provocando mudanças climáticas e transformando a biodiversidade, além de alterar o curso dos rios.  Na área Amanhãs, o público vai experimentar como será o mundo com mais pessoas e expectativa de vida mais longa em cidades maiores e ainda vivenciando a hiperconectividade e, no Agora, poderá entender que o futuro depende das escolhas do presente.

O museu tem ainda o Observatório do Amanhã, que vai recolher e difundir informações de centros produtores de conhecimento em ciência, cultura e tecnologia. A pergunta “quais são as grandes oportunidades e ameaças para a sociedade nos próximos 50 anos? ” vai marcar a atuação do observatório. Outra atração de destaque é  o Laboratório de Atividades do Amanhã, idealizado para analisar com o público a influência das novas tecnologias no mercado de trabalho e no entendimento das profissões. O espaço conta ainda com uma cafeteria, restaurante e loja.

Segundo o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto, Alberto Silva, o Museu do Amanhã, uma iniciativa da prefeitura em parceria com a Fundação Roberto Marinho e com apoio do Banco Santander, é uma peça importante no processo de revitalização da região portuária pelo que representa para a cultura e a educação. Silva lembrou que o espaço compõe, com mais 26 centros, o corredor cultural que se abre com a nova frente marítima da Orla Conde, onde está localizado.

“O museu é importante por sua arquitetura arrojada e inovadora, que traz um novo ícone e um novo padrão arquitetônico para a cidade, e uma inovação do ponto de vista do seu conteúdo, que trata de questões tão importantes para o futuro, como mudanças climáticas e sustentabilidade. Poder entregar essa obra na Praça Mauá é mais um passo muito firme nesse conjunto que é a revitalização da região portuária e do centro histórico do Rio de Janeiro como um todo”, disse Silva.

Ele acrescentou que o projeto também é parte do processo de requalificação da região portuária, área que estava abandonada e degradada há muitos anos e hoje vive uma revolução em infraestrutura e mobilidade e pode ainda passar por uma evolução residencial. “A construção do Museu do Amanhã em plena Praça Mauá, hoje devolvida à população e que já demonstra nova ocupação dos espaços do centro, é um indicativo de que essa é uma área tem potencial para atrair novos moradores”, afirmou Alberto Silva.

Para Silva, é importante também resgatar a importância histórica da região. “Ao mesmo tempo que temos aqui vários exemplos de lugares de memória da cidade, já restaurados e devolvidos para a população, como o Cais do Valongo, a Pedra do Sal e os prédios que compõem o Museu de Arte do Rio (MAR), o Museu do Amanhã compõe essa paisagem apontando para o futuro.”

De acordo com Silva, a inauguração do Museu do Amanhã poderá atrair mais parceiros para outras instalações do Porto Maravilha. “O museu complementa a paisagem e a vida cultural desta área, valorizando a região e trazendo visibilidade e novas oportunidades de negócios e empreendimentos para o Porto Maravilha.” Isso promoverá o desenvolvimento econômico e social local a partir dos programas Porto Maravilha Cultural e Porto Maravilha Cidadão que estimulam a geração de emprego e renda para moradores e interessados em investir na área. Estes programas fomentam o potencial para a indústria criativa, que dialoga muito bem com as atividades do Museu do Amanhã, acrescentou Silva.

Edição: Nádia Franco

 

 

 

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