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Quase metade dos brasileiros vê automação como ameaça para os empregos

Segundo estudo da PWC, que ouviu 2 mil pessoas no Brasil, 45% dos profissionais temem que a tecnologia coloque em risco o mercado de trabalho como um todo.

O uso crescente da tecnologia e o impacto da automação sobre o mercado de trabalho são motivos de apreensão para 45% dos brasileiros. É o que aponta uma pesquisa global da PwC e que contou com cerca de dois mil entrevistados no Brasil — foram 22 mil pessoas em 11 países. Segundo o estudo, 53% dos brasileiros acreditam que a automação vai modificar significativamente ou tornar seu trabalho obsoleto nos próximos dez anos — mesmo percentual identificado em nível global. Entre os profissionais brasileiros com escolaridade até o ensino médio, essa percepção chega a 67%.

Os maiores temores incluem o de que a tecnologia torne o emprego redundante (50%), além da incerteza sobre o futuro (43%). Mas também foram mencionados o medo de não possuir as habilidades exigidas no futuro (26%) e a preocupação de não ser capaz de aprender as habilidades necessárias (23%).

A China e a Índia são os países onde os profissionais são mais otimistas em relação ao impacto da tecnologia no mercado de trabalho, mas também são os mais propensos a acreditar que seus empregos passarão por mudanças. Eles afirmam estar obtendo mais oportunidades de qualificação: 97% e 95%, respectivamente. Por outro lado, os do Reino Unido e da Austrália dizem ter menos oportunidades e tendem a enxergar o impacto da tecnologia de forma menos positiva.

Impactos da tecnologia na rotina de trabalho

Por outro lado, 65% dos brasileiros entrevistados responderam que as novas tecnologias e a automação trarão oportunidades. Sobre os aspectos positivos do avanço tecnológico no trabalho, 46% acreditam que haverá um aumento da produção e 44% disseram que o trabalho será mais interessante. Mais tempo livre disponível para o lazer foi citado como um dos benefícios trazidos pela tecnologia por 34% dos entrevistados. Para 94% dos consultados, a tecnologia vai melhorar a rotina de trabalho diária, fazendo-os mais eficientes, por exemplo.

“Para lidar com os atuais e futuros desafios do mercado de trabalho, desenvolver novas habilidades será cada vez mais relevante na vida profissional das pessoas. Todos têm de se preocupar com isso permanentemente. Cientes dessa realidade, as empresas precisam buscar os meios necessários para viabilizar a qualificação dos seus colaboradores, de modo que estes estejam plenamente capacitados para os novos tempos. O conceito de Upskilling, com o qual a PwC vem trabalhando atualmente, remete exatamente a isso, a uma cultura contínua de aprendizado e curiosidade”, explica o líder de Clientes e Mercados da PwC Brasil, Fábio Cajazeira.

A agenda da requalificação

A requalificação está entre as preocupações de 92% dos adultos brasileiros (no mundo, 77% das pessoas se mostraram dispostas a aprender novas habilidades ou passar por uma reciclagem no intuito de melhorar a empregabilidade). No Brasil, este aprendizado está sendo realizado por conta própria (81%), ou a partir da iniciativa de seus empregadores (20%). Com a chegada das novas tecnologias ao ambiente de trabalho, 97% afirmam aproveitar essa oportunidade para usá-las ou entendê-las melhor.

A preocupação com a requalificação é maior entre as pessoas na faixa de 18 a 34 anos. Dentre os motivos que aumentariam o interesse por um treinamento de habilidades digitais, o principal é o potencial de aumentar os salários (27%), seguido pelo aumento de empregabilidade (24%) e pela possibilidade de incorporar o treinamento ao dia a dia de trabalho, sem comprometer nenhum tempo adicional (18%).

Sobre o tipo de aprendizado, 28% relataram a vontade de se desenvolver, aprender e adaptar-se às novas tecnologias, sejam elas quais forem, além de melhorar seus conhecimentos gerais de negócio. Outros 25% gostariam de ser proficientes em uma tecnologia específica. Em relação à responsabilidade pela requalificação, 50% acreditam que são os próprios indivíduos os responsáveis por avançar neste processo, enquanto 34% atribuem essa responsabilidade às empresas.

Fonte: PwC

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