Carlos Plácido Teixeira
Jornalista I
Função ideal para pessoas das áreas tecnológicas que têm curiosidade em encontrar padrões, fôlego para pesquisar minuciosamente e buscar respostas na infinidade de informações disponíveis no big data de demandas internas e externas das organizações, o detetive de dados “investiga” — levanta — e organiza dados antes da preparação e monitoramento de conhecimentos. Com o objetivo de auxiliar a resolver problemas ou contribuir com decisões, o profissional utiliza ferramentas específicas para definir objetivos, coletar, selecionar, armazenar e distribuir os dados para os demandantes.
Imagine a situação de uma instituição pública que deseja identificar as pesquisas sobre os coronavírus. São milhares de conteúdos disponíveis na internet. Perguntas órgãos envolvidos, pesquisadores, vínculos, fontes de financiamento, linhas, propostas e soluções, entre outras informações. Neste contexto, o detetive lida com a investigação dos dados e dos metadados que os descrevem, analisando a exploração e a análise para obter as informações ocultas.
Com formação básica em programação e ênfase em inteligência artificial e ciência dos dados, o profissional se envolve na busca por informações, estruturadas ou não, em bases disponíveis na rede global da internet, o big data. Não há uma graduação específica de detetive de dados. Existem alguns conhecimentos que são fundamentais para quem deseja atuar na área. O profissional, especialista em busca e organização de informações, deve compreender de ciência de dados, análise de dados, estatísticas, finanças e matemática.
QUE DEMANDA ATENDE
Detetives de dados prestam serviços para organizações privadas e públicas interessadas em desenvolver processos de decisão com base em informações de mercado. E que precisam ter as informações estruturadas, identificando o que é útil na oferta de informações do big data e o que é desnecessário, inclusive fontes e categorias. Contribuem para tomada de decisões empresariais. Ajudam a prevenir fraudes, identificar comportamentos ilegais e auxiliar as empresas a proporcionar mais segurança aos seus clientes.
FORÇAS FAVORÁVEIS
A profissão de detetives de dados é favorecida pelo excesso de informações disponíveis na internet, big data, e pela demanda em alta, estimulada pelo mercado de TI Outros fatores que contribuem
- desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial
- ferramentas inovadoras de buscas
- desenvolvimento de sistemas de análises de dados
- demanda crescente das organizações
FORÇAS CONTRÁRIAS
O nome pode parecer excessivamente vago na atividade cujos conceitos estão em fase de disseminaçao.
- Especialistas de várias áreas, em ciências exatas e tecnologias, tendem a descobrir a mesma função.
- A concorrência entre profissionais tende a ser crescente
- Demanda cultura empresarial que valorize informações no processo de decisão
Com formação básica em programação e ênfase em inteligência artificial e ciência dos dados, o detetive de dados se envolve na busca por informações, estruturadas ou não, em bases disponíveis na rede global da internet, o big data, com o objetivo de auxiliar processos de decisão.
CONHEÇA MAIS
“Usando a intuição e uma coleção de técnicas de investigação de dados, eles podem interpretar os dados para análises mais aprofundadas e modelagem preditiva”, diz Clinton Deavall, fundador e cientista chefe de dados da Dinkum Analytics. “Para ter sucesso nesse papel, você precisa ser um pensador analítico, curioso, metódico e ser paciente. Você também precisa das habilidades técnicas necessárias para dissecar, manipular e transformar os dados. ”
O detetive de dados oferece à organização habilidades vitais para o gerenciamento contínuo de dados. Os projetos de ciência de dados são caros e, se a empresa não encontrar preconceitos ocultos nos dados e gastar quantias significativas na construção de modelos defeituosos, então tempo e dinheiro serão desperdiçados. O detetive de dados é aquele que encontra as pistas que levam aos padrões que ajudam a empresa a contornar esse problema. É uma carreira desafiadora, mas que agrega imenso valor à organização, principalmente quando se trata de inovação e desenvolvimento.
“O detetive de dados diz à empresa o que eles não sabem e desafia seu pensamento em termos de suposições antigas sobre como a empresa funciona e se desempenha”, diz Beth McGuinness, líder de dados e análises da IQ Business. “À medida que as organizações automatizam mais e substituem os canais de negócios existentes por canais digitais, precisam de pessoas que possam falar o idioma dos dados e torná-los úteis”, acrescenta ela.
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