Executivos da indústria têxtil e de confecção de todo o país iniciam programa de especialização em indústria avançada
Radar do Futuro
Empresários e executivos de alto escalão de empresas têxteis e de confecção de todo o País começam a dar os primeiro passos para a implantação da Indústria 4.0 no Brasil. De olho nas inovações do sistema de produção, eles participam, nos próximos meses, do programa de especialização “Master In Business Innovation (MBI) em Indústria Avançada: Confecção 4.0 – Integrando Tecnologia para Projetar a Indústria do Futuro”.
A iniciativa, oferecida pelo SENAI CETIQT, estimula a elaboração de projetos baseados nos parâmetros da Indústria 4.0. Para alcançar os objetivos, haverá uma profunda imersão em questões fundamentais para a modernização do parque fabril brasileiro, com a ajuda e orientação de grandes especialistas do Brasil e do exterior. E o que é inovador: de forma totalmente colaborativa, com todos os participantes compartilhando conhecimentos, trocando ideias e informações.
“Em seis meses esses alunos-executivos irão criar projetos reais para a implementação do modelo 4.0 na indústria têxtil e de confecção, seguindo a mesma metodologia que utilizamos para desenvolver a nossa planta piloto de Confecção 4.0. Aprendemos fazendo e vamos ensinar como se faz”, pontua Robson Marcus Wanka, gerente de educação do SENAI CETIQT.
Participação
CEOs, diretores, superintendentes, consultores e gerentes das empresas Vicunha, Cataguases, Demillus, Karsten, Malwee, Coteminas, Guararapes, JGB, Altenburg, Lailalou, Kalufindústria, Betelsport, Malharia Ventre Livre, RUUniformes, TBUniformes e Sistema FIEP, entre muitas outras, irão participar do MBI. Serão seis encontros em um hotel no Rio de Janeiro, além de aulas à distância – 80% da carga horária.
“As empresas perceberam a oportunidade de absorver as novidades. Conseguimos atingir a meta de trazer líderes da área têxtil para esta iniciativa audaciosa que, sem dúvida, será o pontapé inicial de uma revolução no modo de produção no setor. Somos os protagonistas nesse processo. Queremos que este MBI seja o início da criação de um grupo de discussão de longo prazo.
O objetivo é promover um ambiente de networking, um espaço inspirador e colaborativo para compartilhar desafios e necessidades, para que floresçam ideias e ações concretas que transformem o processo produtivo no Brasil”, diz Wanka.
“Acredito que este MBI agregará ainda mais ferramentas e conhecimentos que, quando aplicados à realidade da empresa têxtil, poderão transformar a forma como conduzimos nossos processos, gerando um grande diferencial competitivo em relação aos nossos concorrentes visto que hoje, ainda são poucas as empresas onde a indústria 4.0 é realidade”, comentou Dario Lana, supervisor de projetos na Altenburg, empresa de Blumenau (SC).
Programação
A MBI em Indústria Avançada: Confecção 4.0 seguirá por cinco eixos temáticos: Estratégias de Inovação e Posicionamento de Negócio; Materiais e Produtos; Processo Produtivo; Confecção 4.0 e Projeto e Análise de Viabilidade. No primeiro final de semana do encontro, os executivos contarão com a palestra de Angela Hirata, CEO da Japan House e ex-diretora de marketing da Havaianas – responsável por reposicionar a marca no Brasil e em mais de 50 países.
Estarão presentes também Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro e diretor técnico do Instituto Nacional para o Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico; Celson Pantoja Lima, pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA); e Corrado Grassi, professor doutor em Engenharia na Universidade RWTH, em Aachen, na Alemanha.
“Será um desafio enorme, visto que hoje existem pouquíssimas empresas que estão equipadas com tecnologia e mão de obra capacitada. Minha expectativa é conseguir implantar o conhecimento adquirido no MBI e preparar nossa pequena empresa para o futuro do segmento de Moda, cada vez mais competitivo mundialmente. Tenho intenção de levar este MBI para o Paraná, pois em nosso Estado, o setor Têxtil, Vestuário e Couro é o 2º que mais emprega e as indústrias precisam de modernização e conhecimento”, diz Luciana Bechara, diretora de criação na Be Little, de Curitiba, que também é coordenadora têxtil na Federação das Indústrias do Paraná.
Ao longo de toda a especialização, os alunos-executivos contarão com aulas, palestras, videoaulas e dinâmicas colaborativas com vários especialistas, profissionais conceituados em suas áreas de atuação, que compartilharão conteúdo e darão dicas e orientações para que os participantes incluam cada vez mais soluções tecnológicas em seus processos e possam aos poucos implantar em suas fábricas o modelo 4.0.
“Procuramos o que há de melhor no mercado tecnológico destinado ao setor de confecção. Por isso, participar do curso será um canal de abertura para uma nova forma de trabalho. Em princípio, pelo conhecimento do conceito de Industria 4.0 e, de modo especial, sendo esse voltado às indústrias de confecção, aliado à primeira planta instalada de Industria 4.0 na área. Alinhar os conhecimentos tecnológicos à realidade da minha empresa, buscando a troca de conhecimentos com outros profissionais do ramo e encontrar as melhores fontes de modernização na Indústria será excelente, afirma Ricardo Scartazzini, gestor na Tutto Bianco Uniformes, de Barreiras, na Bahia.
“Já desde o primeiro encontro nascerão as primeiras propostas para os projetos de Confecção 4.0. Serão propostos grupos mistos para integração e troca de conhecimento e networking. Ao final do MBI, os alunos-executivos terão elaborado um projeto completo. É o futuro que começa a se transformar em presente; uma grande oportunidade para se discutir mais parcerias do que concorrência e se desenhar o novo parque fabril brasileiro”, conclui o gerente de educação do CETIQT.
Com informações do SENAI CETIQT
Em resumo