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Parque tecnológico no Paraná pretende gerar 30 mil empregos

Até o fim de 2021 a meta do Biopark é ter 300 empresas instaladas, além de gerar 30 mil novos postos de trabalho em aproximadamente 30 anos

A Região Oeste do Paraná tem números expressivos, seus municípios destacam-se na produção agrícola, principalmente de suínos e aves, e estão entre os mais inteligentes do país, de acordo com o Conected Smart Cities. A região também está se consolidando como polo de pesquisa, desenvolvimento e tecnologia, graças à atuação do Biopark, parque tecnológico privado, localizado em Toledo (PR), que tem o objetivo de impactar vidas, principalmente com a formação de mão de obra altamente qualificada e geração de empregos.

De acordo com Luiz Donaduzzi, fundador e presidente do Biopark, a meta é ter 300 empresas instaladas até dezembro de 2021, e gerar 30 mil novos postos de trabalho em aproximadamente 30 anos.

Em troca dos benefícios oferecidos, as empresas assumem um compromisso de crescimento e geração de novos empregos. “Para nós o Biopark tem o significado de sentido de vida e queremos que todos ganhem com a sua consolidação. As empresas que estão conosco, principalmente as pequenas e médias, têm que crescer pelo menos 100% ao ano, porque terão as ferramentas para isso”, explica Luiz Donaduzzi que fundou o empreendimento ao lado da esposa Carmen.

Atualmente, o parque abriga mais de 100 empresas, incluindo as internacionais, e quatro universidades em uma área total de mais de 5 milhões de m², que está recebendo mais de R$ 300 milhões em investimento. Por meio de várias âncoras e da integração entre indústrias, instituições de ensino, pesquisa e negócios, o empreendimento visa ter representatividade não só na Região Oeste do estado, mas em todo o país.

“Acreditamos que a única forma de ajudar o país é atuar na formação de profissionais qualificados e na geração de empregos. Por isso, quanto mais empresas tivermos aqui, mais oportunidades teremos. Tivemos um salto de duas empresas no início de 2019 para 100 no mês de novembro de 2020 e as empresas estão vindo porque encontram inúmeros benefícios”, afirma Luiz Donaduzzi.

Com a atração de empresas e novas frentes de trabalho, o Biopark tem avançado na meta de gerar novos postos de trabalho. Somente as empresas residentes geram cerca de 300 empregos diretos, além dos mais de 120 gerados pelo empreendimento. Em 2021 esse número deve crescer, tanto pela atração de novas empresas e empreendimentos, como em projetos específicos, como o Programa Trainee para desenvolvedores de TI, em que os profissionais selecionados devem atuar em empresas do ecossistema e no Biopark.

Residência de empresas

Para gerar empregos, o Biopark atua na atração de empresas para o seu território e isso acontece principalmente por meio do Programa de Residências para Empresas, que oferta diversos benefícios, como estrutura física sem custo de aluguel pelo período de um ano em espaços que vão desde salas exclusivas para escritórios, áreas industriais ou coworking. Outro benefício são as mentorias gratuitas ofertadas nas mais diversas áreas por profissionais experientes.

O programa tem refletido nos resultados que as empresas estão alcançando, como é o caso da 7CNC, empresa que trabalha com a fabricação de robôs cartesianos, principalmente voltados para o setor de ourivesaria. “Durante a pandemia conseguimos triplicar o nosso faturamento, e, sem dúvida, isso teve a participação do Biopark, que tem nos ajudado com o espaço físico e com as mentorias”, explica Evan Goes, diretor da empresa.

Além de empresas brasileiras, organizações internacionais têm visto no empreendimento uma grande oportunidade de crescimento, como é o caso das chilenas PGA Group, Biosamer e Bitácora. O Biopark também abriga investimentos robustos de empresas que viram no território excelentes oportunidades de crescimento, como o Complexo Hospitalar e de Saúde do Grupo Sempre Vida, que irá construir um hospital com 164 leitos, há também o Centro de Distribuição de Medicamentos da Prati-Donaduzzi, que já está com obras avançadas.

Além disso, estão confirmadas as instalações de um shopping center, posto de combustível e hotel, o que amplia a economia da região, atraindo investidores e consequentemente elevando a taxa de empregos para Toledo e região.

Desde que foi fundado, em 2016, o empreendedor Luiz Donaduzzi já investiu cerca de R$140 milhões no projeto, em áreas como infraestrutura, prédios, laboratório de queijos finos, biomateriais, nutracêuticos, e estrutura para receber empresas.

Educação para a vida

O Biopark possui quatro universidades instaladas, sendo o campus de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que teve a doação do terreno e prédio feita pelo casal de empreendedores Carmen e Luiz, com um valor de R$ 22 milhões; o Instituto Federal do Paraná (IFPR), com o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas; a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com mestrado profissional em Tecnologias e Biociências e que agora recebeu a doação de uma área de mais de 37 mil m², e deverá ofertar em 2021 uma pós-graduação na área de Ciência de Dados e Inteligência Competitiva.

Há também a iniciativa própria de ensino do empreendimento, o Biopark Educação, em parceria com a UniAmérica, onde são ofertadas graduações, cursos técnicos e especializações. Com a aplicação de metodologias ativas de ensino, os alunos trabalham com a inovação dentro da sala de aula, formando profissionais com competências verdadeiramente adequadas ao que o mercado de trabalho exige. Os cursos de graduação, por exemplo, têm alcançado índices de empregabilidade superiores a 94%.

Pesquisa com aplicabilidade

Quando se trata da área de Pesquisa e Desenvolvimento, são realizados projetos nas áreas de Biomateriais em parceria com a Université Laval, de Quebec (Canadá), o Instituto Erasto Gaertner, de Curitiba, além de outros parceiros, e Manufatura Aditiva que possui foco na área da saúde através da produção de próteses e órteses em impressoras 3D. Destaca-se ainda o laboratório de pesquisa na área de Queijos Finos – projeto que visa elevar a bacia leiteira regional a outro patamar por meio da transferência de tecnologia para produção de queijos com alto valor agregado. Atualmente um tipo de queijo fino desenvolvido por uma produtora do projeto já está sendo comercializado e outros tipos devem chegar em breve ao mercado.

Com quatro instituições de ensino em atividade e recebendo uma nova empresa a cada 72 horas, há no local uma alta demanda por moradias, instalação de estabelecimentos comerciais e de serviços, o que consolida o empreendimento também como um local para se viver. Para incentivar a atração de investidores, o Biopark lançou uma ação que garante o aluguel de mil apartamentos construídos e que serão entregues até junho de 2023.

“Dificilmente encontramos em alguma cidade um terreno que esteja ao lado de tantas âncoras que trazem progresso. Mas não é apenas isso, hoje as pessoas querem um local agradável para morar, criar os filhos, com acesso fácil a serviços de qualidade, ter boas oportunidades de trabalho, segurança, além de boas opções para se divertir e envelhecer tranquilamente – todo o ecossistema do Biopark é planejado para isso”, assegura Luiz Donaduzzi.

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