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O novo futuro: mentalidade coletiva para resolução de sistema complexo

Imagem ilustrativa de computadores
Podemos sim, criar práticas novas de geração de cenários para trabalharmos a complexidade

Luis Norberto Pascoal

“De complicado para complexo”, essa mudança de mentalidade requer abandonar o pensamento complicado e abraçar uma consciência da complexidade. Os problemas complexos vivem no reino do desconhecido. Não existem práticas recomendadas para resolvê-los porque nunca os experimentamos antes e, portanto, não poderíamos tê-los previsto. Podemos sim, criar práticas novas de geração de cenários para trabalharmos a complexidade. Nesta estrutura, é crucial explorar a inteligência coletiva da organização, priorizar os valores da empresa, e criar e permitir que soluções surjam.

A adoção de uma mentalidade de complexidade começa por aceitar que ela existe e precisa ser considerada de forma diferente. Para isso, aproveite o poder da inteligência coletiva para quando surgirem problemas complexos, não negligenciar seu recurso mais valioso: a genialidade de seus próprios colaboradores. A maior parte da força de trabalho consiste em pessoas inteligentes e confiáveis que conhecem seu trabalho melhor do que seus líderes. Considerando tudo o que está nas mãos dos líderes de hoje, eles não terão sucesso se não confiarem em seus colaboradores para ajudá-los a pensar em soluções inovadoras. Muitas acomodações de trabalhos remotos, envolvimento contínuo e suporte adicional, não terão sucesso se não adotarem a inteligência coletiva.

O novo normal será coletivo e responsável. Sem a responsabilidade de cada um e a de todos, nenhuma companhia irá superar os desafios que estão a nossa frente. Inteligência coletiva é a inteligência de grupo que emerge da colaboração, esforços e engajamento de diversas equipes, e para floresce-la, precisa de quatro condições: a densidade e a diversidade do debate e da opinião para evitar o pensamento de um grupo hermético e defensivo; pensamento independente, que libera cada pessoa para expressar suas opiniões sem pressão para se conformar; ouvir e respeitar o indivíduo que melhor interpretou o problema, e aqueles que oferecem contribuição significativa; e um bom método, como o BrainThon (um programa inovador para desenvolver soluções rápidas e transformadoras) para agregar resultados e praticar a lógica e a mente das pessoas.

Essa equação humana requer excelentes habilidades de facilitação, despertamento dos desvios anteriores, parâmetros atuais e claros, assim como notas de atenção ao momento que vivemos, e os cenários com suas representações de imaginários perplexos. As equipes crescem porque se sentem respeitadas, mas também responsáveis, e adoram porque podem compartilhar informações reais e significativas sobre questões importantes. Os resultados obtidos com ideias inovadoras ou fora da caixa podem até assustar, mas essa diversidade de pensamento com alinhamento – algo paradoxal para o mundo atual – é que será o novo futuro.


  • Presidente da Companhia DPaschoal de Participações

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