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A onda de fechamento de shoppings nos EUA

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Um em cada quatro shoppings fechará as portas nos próximos quatro anos

Carlos Teixeira
Jornalista e Futurista
 

A mudança do perfil do varejo avança nos Estados Unidos. E projeta tendências para outros países como o Brasil, que seguem padrão semelhante de consumo. Parte evidente dos arranjos que serão vistos nos próximos anos já está em curso. Exemplo das mutações, um relatório recente do banco Credit Suisse revela que, no maior país capitalista do mundo, entre 20% e 25% dos shoppings devem fechar as suas atividades em até cinco ano.

Confirmadas as projeções, de 1200 centros comerciais existentes nos EUA, entre 240 e 300 serão fechados. O declínio do movimento de pessoas nesses espaços já dura alguns anos e, segundo o estudo, baseado em dados do Conselho Internacional dos Shoppings Centers, é um fenômeno estrutural. Um dos problemas é o fechamento acelerado de lojas: só neste ano já foram 3.600, um número que deve chegar a 8.640 no balanço do ano.

Se confirmado, seria mais de 4 vezes o total de 2016. O nível mais alto de fechamento de lojas registrado até agora foi em 2008, com 6.163. Um dos motivos é a concorrência do mercado eletrônico, cada vez mais competitivo em preço, agilidade e oferta de produtos. Diversos varejistas atuantes em grandes centros de consumo, como Sears, Macy’s, Kohl e JCPenney, anunciaram a disposição de fechar lojas.

O fato é que a internet dá margem para o surgimento de novos hábitos de consumo, além de afetar a forma como as pessoas se comunicam. O estudo reconhece que as lojas virtuais já são uma realidade lucrativa há muitos anos. Com perspectivas de crescimento contínuo. O comércio eletrônico nas vendas do vestuário deve pular dos 17% atuais para 37%, em 2030. A luta dos gigantes do comércio tradicional com a Amazon, tende a se acirrar continuamente. Outro fator apontado pelos estudos é a ascensão dos outlets, que estão ganhando mercado e não costumam ficar em shoppings.

No Brasil, as razões não são necessariamente as mesmas dos Estados Unidos. Mas o fato é que há um momento de aperto. Os 20 shopping centers abertos em 2016 operam com vacância média de 55%, ou seja mais da metade das lojas estão vagas. Pela primeira vez em 12 anos os shoppings fecharam mais lojas do que abriram.

 

 

 

2016 foi a primeira vez em pelo menos 12 anos em que os shoppings brasileiros fecharam mais lojas do que abriram.

Mas como o Brasil viveu uma profunda recessão que só agora está dando sinais de melhora, é cedo para dizer até que ponto os shoppings têm

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